Discurso durante a 65ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro da participação de S. Exª na 10ª Exposoja, realizada em Uruçuí-PI.

Homenagem aos produtores de soja gaúchos e paranaenses da comunidade Nova Santa Rosa, no município de Uruçuí-PI.

Registro da participação de S. Exª em solenidade destinada à comemoração dos 59 anos de criação do 2º Batalhão de Engenharia e Construção, realizada em Teresina-PI.

Autor
Elmano Férrer (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Elmano Férrer de Almeida
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO:
  • Registro da participação de S. Exª na 10ª Exposoja, realizada em Uruçuí-PI.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
  • Homenagem aos produtores de soja gaúchos e paranaenses da comunidade Nova Santa Rosa, no município de Uruçuí-PI.
HOMENAGEM:
  • Registro da participação de S. Exª em solenidade destinada à comemoração dos 59 anos de criação do 2º Batalhão de Engenharia e Construção, realizada em Teresina-PI.
Publicação
Publicação no DSF de 16/05/2017 - Página 18
Assuntos
Outros > AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, EXPOSIÇÃO AGRICOLA, ASSUNTO, PRODUÇÃO, SOJA, LOCALIDADE, MUNICIPIO, URUÇUI (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), PARTICIPAÇÃO, ORADOR, NECESSIDADE, INVESTIMENTO, INFRAESTRUTURA, OBJETIVO, APERFEIÇOAMENTO, PRODUTIVIDADE, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
  • HOMENAGEM, PRODUTOR, SOJA, COMUNIDADE RURAL, LOCALIDADE, MUNICIPIO, URUÇUI (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), NATURALIDADE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ESTADO DO PARANA (PR), COMENTARIO, HISTORIA, RELEVANCIA, DESENVOLVIMENTO AGRICOLA, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, REGIÃO.
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, SOLENIDADE, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, OBJETIVO, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, CRIAÇÃO, BATALHÃO DE ENGENHARIA (BTLENG), LOCALIDADE, CIDADE, TERESINA (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), RELEVANCIA, CONTRIBUIÇÃO, INFRAESTRUTURA, REGIÃO NORDESTE.

    O SR. ELMANO FÉRRER (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Meu nobre Senador Roberto Requião, brilhante Senador da República, brilhante ex-Governador do Paraná, que preside esta sessão neste instante, eu queria apenas, Srªs e Srs. Senadores, fazer dois registros.

    Um deles diz respeito a conterrâneos de V. Exª, paranaenses e sobretudo gaúchos, que migraram de suas terras para os cerrados piauienses. Lembro-me de que, há quase 20 anos, a Cotrirosa, uma grande cooperativa de produtores do Rio Grande do Sul – muitos deles descendentes de europeus, especificamente de alemães, italianos –, decidiu, em assembleia, isso nos idos de 1997, tentar migrar para as novas fronteiras agrícolas, sobretudo para os cerrados. E, naquele momento, para o Piauí, tendo como polo a cidade de Uruçuí; para o Maranhão, Balsas; e para o Estado da Bahia, tendo como polo Barreiras. Então, a Cotrirosa decidiu, em assembleia, abrir uma oportunidade para aqueles pequenos produtores tentarem a aquisição de novas terras, inclusive, terras baratas, Sr. Presidente, terras que à época eles compraram, há quase vinte anos, o hectare por quase dez sacas de soja – isso a 18 anos atrás. E hoje essas terras da Nova Santa Rosa, para onde gaúchos e paranaenses migraram no princípio, essas terras compradas pelo correspondente a dez sacas de soja valem 250 sacas de sojas.

    O que é importante, Sr. Presidente, é a contribuição desses pequenos produtores – pequenos no Paraná, pequenos no Rio Grande do Sul, mas médios produtores nos nossos cerrados do Piauí. Saíram, Sr. Presidente, inicialmente, 40 famílias de pequenos proprietários, saíram levando tudo que tinham no Rio Grande do Sul, especificamente da cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, levando equipamentos, máquinas, caminhões e especialmente as suas famílias, para terras distantes. Mais de 3 mil km é a distância que separava Santa Rosa da Nova Santa Rosa que eles fundaram lá nos cerrados do Piauí.

    E, Sr. Presidente, eu estive lá nesse final de semana – estive lá sábado –, acompanhado do nosso companheiro de Bancada Ciro Nogueira, Presidente Nacional do PP, dois Deputados Federais, o Mainha – José Maia Filho – e a Deputada Iracema Portella Nogueira, a Deputada Estadual Lisieux Coelho, o Secretário de Mineração Dr. Luís Coelho, enfim, uma caravana que se somou ao Prefeito Municipal de Uruçuí, o Dr. Wagner, e ao Prefeito Municipal João da Cruz, de Palmeira do Piauí. E participamos do encerramento da 10ª Exposoja.

    Ou seja, esses migrantes se instalaram há 18 anos onde não havia estrada, não havia energia, não havia água, e fizeram ali, há 18 anos, acampamentos de lona e enfrentaram todas as adversidades, mas se implantaram e hoje estão dando uma contribuição muito forte ao desenvolvimento dos nossos Cerrados.

    Creio, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que, em Nova Santa Rosa, a formação que esses migrantes trouxeram do Rio Grande do Sul e do Paraná – a maior parte deles, como disse anteriormente, com ancestrais vindos da Europa, da Alemanha e da Itália –, está contribuindo para a implantação de uma nova cultura nos nossos Cerrados.

    O sistema cooperativo e associativo prevalece sobre os grandes produtores, ou convive, numa convivência harmoniosa, não só com os grandes, mas especialmente com a Cargill, com a Bunge, essas grandes multinacionais que estão hoje, podemos dizer, contribuindo para a evolução do agronegócio nacional.

    Então, Sr. Presidente, nós participamos da 10ª Exposoja, um grande evento. Convencemo-nos das dificuldades que eles enfrentaram e enfrentam hoje, dada a deficiência, ou também, de outra parte, dada a ineficiência do poder estatal em dotar aquelas novas fronteiras da energia tão demandada por aquele universo de produtores. Vi lá mais de vinte termelétricas, de custo elevado, porque nós não fomos competentes para fazer a infraestrutura que esses pequenos produtores demandavam e ainda hoje demandam. Não são só problemas de energia, mas problemas de estradas, problemas de financiamento.

    Aliás, houve uma composição de dívidas por meio do Banco do Nordeste do Brasil e do próprio Banco do Brasil, e dessa forma eles estão enfrentando, na certeza de que, se voltassem ao Rio Grande do Sul, eles também retornariam ao Piauí para enfrentar o que estão enfrentando hoje.

    A outra comunicação, o outro registro que nós gostaríamos de fazer nesta tarde refere-se a uma grande solenidade de que participamos na sexta-feira, solenidade que assinala os 59 anos de criação e instalação do 2º Batalhão de Engenharia e Construção na cidade de Teresina, uma guarnição do Exército nacional, especialmente da arma da Engenharia, que se instalou em 1958, ou seja, há 59 anos. E, ao longo desse tempo, quase 60 anos, esta instituição, o 2º Batalhão de Engenharia e Construção, realizou grande trabalho no que se refere à infraestrutura de rodovias, de ferrovias, trabalho de recapeamento e asfaltamento em aeroportos, unidades e vilas pelas cidades do Piauí e do Maranhão; enfim, uma série de obras. Além disso, construção de barragens, poços tubulares, uma contribuição à infraestrutura hídrica da Região Nordeste, especialmente Piauí e Ceará. E trabalharam também em outros Estados, como a Paraíba.

    Enfim, queria fazer este registro, congratulando-me com todos aqueles que formam e constituem o 2º Batalhão de Engenharia e Construção pelo trabalho realizado ao longo desses 59 anos de grandes realizações em nosso Estado.

    E eu faço, Sr. Presidente, na pessoa do comandante daquela guarnição, o Tenente-Coronel Alessandro Silva, que bem vem comandando aquela instituição e estabelecendo parcerias importantes com o Governo do Estado e outras instituições, como o DNIT na área federal.

    Eram esses, Sr. Presidente, os registros que queríamos fazer na tarde de hoje.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/05/2017 - Página 18