Discurso durante a 132ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Apelo ao Governo do estado de Minas Gerais para que zele pela Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, da Fundação João Pinheiro.

Apreensão acerca da Cemig e da alienação das usinas.

Autor
Antonio Anastasia (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Antonio Augusto Junho Anastasia
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO:
  • Apelo ao Governo do estado de Minas Gerais para que zele pela Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, da Fundação João Pinheiro.
MINAS E ENERGIA:
  • Apreensão acerca da Cemig e da alienação das usinas.
Publicação
Publicação no DSF de 15/09/2017 - Página 62
Assuntos
Outros > EDUCAÇÃO
Outros > MINAS E ENERGIA
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), APOIO, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, FUNDAÇÃO, MODELO, DISCIPLINA, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, DEFESA, MERITO, CONCURSO PUBLICO.
  • APREENSÃO, SITUAÇÃO, COMPANHIA ENERGETICA DE MINAS GERAIS (CEMIG), PRIVATIZAÇÃO, USINA HIDROELETRICA, ELOGIO, QUALIDADE, EMPRESA.

    O SR. ANTONIO ANASTASIA (Bloco Social Democrata/PSDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente, Senador Acir Gurgacz.

    Quero cumprimentar também o Senador Hélio José e aproveito, Senador Hélio José, para felicitá-lo pela iniciativa de trazer a esta tribuna tema tão importante quanto o Setembro Amarelo. Aliás, uma campanha que tem recebido o aplauso e o trabalho de todo o Brasil. O Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, um mineiro, um xará meu, o Dr. Antônio, tem feito, juntamente com seus pares, um grande esforço a favor desse movimento.

    Mas, eminente Presidente, o que me traz à tribuna nesta tarde é exatamente um tema que eu sei que é de vosso agrado pessoal, já que V. Exª e eu somos servidores públicos de carreira de nossos Estados – V. Exª é do Distrito Federal e eu do Estado de Minas Gerais.

    E faço essa menção exatamente pelo fato de que está ocorrendo, em Minas Gerais, algo que me preocupa e até me entristece, que é exatamente o fato de que a nossa Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, da Fundação João Pinheiro – modelo, 1º lugar disparado no Brasil em termos de escola de Administração Pública, reconhecimento absoluto não só no País, como também no estrangeiro –, está sofrendo muito, tendo em vista que não está recebendo a prioridade e a atenção devida do atual Governo do Estado de Minas Gerais, não só em relação ao aproveitamento de seus alunos, de seus egressos, como também no reconhecimento do mérito desses egressos.

    Portanto, eu quero fazer aqui esse registro, lamentando, e fazendo sempre é claro o repto, para que isso seja revertido, para que acabe e para que tenhamos sempre a compreensão da importância que é a carreira no serviço público – o que é meritocracia, o que significa o investimento em jovens que fazem um vestibular, que, no nosso caso, Presidente, tem também a força de concurso público, para serem aproveitados na carreira e assumirem funções importantes.

    Aliás, no meu Governo, em Minas Gerais, os egressos da Escola de Governo ocuparam as funções mais relevantes e deram uma contribuição valiosíssima para o desenvolvimento e o progresso de nosso Estado.

    Então, eu faço aqui, mais uma vez, esse apelo para que a sociedade mineira, em especial o Governo do Estado, olhe com bons olhos para a nossa Escola de Governo da Fundação João Pinheiro e permita que ela retorne aos seus bons tempos, dando garantia e segurança aos seus alunos, ao seus egressos, que ocuparão os cargos que auferiram e obtiveram em concurso público altamente disputado.

    É um registro importante, porque sabemos nós todos o quanto é importante o tema do servidor público para a boa prestação dos serviços públicos.

    E permita-me também V. Exª acrescer que, em Minas Gerais, preocupa-nos muito, neste momento, um outro tema – que também, por coincidência, é de sua especialidade –, que é o caso da energia. Trato aqui da questão da Cemig e da alienação das usinas.

    Quando eu era Governador do Estado, o então Governo Federal, da ex-Presidente Dilma, tomou uma atitude, a meu juízo, equivocada, determinando a revisão do marco elétrico no Brasil. E essa revisão acabou se transformando num desastre conhecido por todos. O preço da energia inclusive aumentou muito em razão disso, e foi determinada uma licitação e a reversão das usinas. Não só na Cemig, como nos outros Estados, houve uma resistência judicial, mas agora há uma decisão da alienação dessas usinas, que representam, grosso modo, metade da força produtiva da geração de energia da nossa empresa, que, como conhece bem V. Exª, é um exemplo de qualidade não só para o Brasil, mas para o mundo.

    Então, nós mineiros, em uníssono, somos contrários a isso e queremos a defesa e a integralidade da nossa Cemig como uma das empresas mais eficientes do País e do mundo em termos de energia elétrica e também de outras fontes de energia renovável. É um marco que faço e um pedido que reitero.

    E queria agradecer a V. Exª, portanto, a paciência, no final da sessão, de nos ouvir, porque são temas que interessam muito a Minas Gerais, mas que calam fundo no sentimento nacional, na medida em que servidores públicos bem qualificados e, ao mesmo tempo, a questão da energia de qualidade e barata são imprescindíveis para o desenvolvimento nacional e, é claro, para a retomada que nós todos desejamos de um progresso para que o Brasil possa voltar a trilhar o caminho do desenvolvimento e da inclusão social.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/09/2017 - Página 62