Discurso durante a 21ª Sessão Solene, no Congresso Nacional

Sessão Solene destinada a homenagear os 100 anos da Igreja Assembleia de Deus do estado do Amazonas.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Solene destinada a homenagear os 100 anos da Igreja Assembleia de Deus do estado do Amazonas.
Publicação
Publicação no DCN de 30/11/2017 - Página 14
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, CENTENARIO, IGREJA EVANGELICA, LOCAL, ESTADO DO AMAZONAS (AM).

     O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR-ES. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Silas Câmara, que ora preside esta sessão, Srs. Parlamentares, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores que aqui estão, hoje começo fazendo uma reflexão a partir de um entendimento: até aqui chegamos! Cem anos se passaram, por conta do atrevimento, por conta da ousadia e por acreditarem no Comandante em Chefe da obra. Se assim não fora, não estaríamos aqui hoje comemorando estes 100 anos, caso os nossos antepassados, que nos transmitiram as boas novas, tivessem se acovardado -- alguns deles até pagaram com a própria vida. Alguns deles foram achincalhados, e não eram nem dias de Internet para serem achincalhados e expostos nas redes sociais.

      A exemplo do profeta Jeremias e de tantos outros, passaram 30 anos, 40 anos, para que as boas novas alcançassem aqueles mais jovens, como eu e tantos outros de uma geração seguinte, através dos princípios recebidos, impregnados de ousadia e de um sentimento de mudança de cultura de um povo, porque acreditamos na eternidade.

      O princípio dos seus pais, Pastor Samuel, Pastor Jonatas, Deputado Silas Câmara, está muito longe de 100 anos de idade. O princípio que o seu pai recebeu e que possivelmente o pai dele recebeu conduziu os 100 anos da Assembleia de Deus. Aí estão dois irmãos, Samuel e Jonatas, que chegaram aqui hoje por terem mantido esses princípios. E quais são esses princípios? Fundamentos familiares.

      Deus não criou o Ministério Público. Deus não criou nenhum tipo de comissão ou de exército. Deus não criou comissão popular. Deus não criou partido político. Deus criou a família. A partir da família, tudo; fora dela, Senador Aziz, nada!

      A política é um instrumento de mudança. É daqui que saem a água limpa e a água suja. Daqui sai o bem, sai o mal. Nós erramos, ao longo do tempo, por termos nos afastado, enquanto o espinheiro tomou conta de tudo isso.

      O Brasil vive essa mazela, um esgoto a céu aberto, de partidos desmoralizados, de homens comprometidos com o crime, com a corrupção e, mais que isso, com uma nova ordem familiar, estabelecida ao longo de 14 anos. Agora, a nova ordem familiar é a ideologia de gênero.

      Um menino não nasce menino. Uma menina não nasce menina. Você nasce um vegetal, Pastor Ivan. Mais tarde é que o menino escolhe se quer ser menina ou a menina escolhe se quer ser menino. Você nasce um vegetal, segundo essa nova ordem familiar. E, aí, não existe sexo. Eles querem quebrar o entendimento de que não há cromossomo homossexual. Uma mulher se engravida de um menino ou de uma menina, e ninguém se engravida de homossexual! A contradição diabólica é tamanha, que eles pregam e divulgam que homossexual nasce homossexual. Ora, se menino não nasce menino e menina nasce menina, por que homossexual nasce homossexual?

      Nós precisamos enfrentar esse debate, porque há uma nova ordem de quebra de valores de família. Querem implantar isso nas nossas escolas. Há uma nova ordem de quebra de família, porque o homem heterossexual e a mulher heterossexual terão que ter vergonha de ser heterossexual.

      Se nós não levantarmos a nossa voz neste País, perderemos o que, ao longo desses 100 anos ou mais, fizemos sem nos acovardar na condição de Igreja, erguendo a nossa voz na pregação salvadora do Evangelho, na pregação de arregimentação, de fortalecimento de valores familiares. Do jeito que o Brasil caminha, se Deus não tomar providência com este País, nós teremos que nos desculpar com Sodoma e Gomorra.

      Para tanto, esses valores fizeram com que a Igreja chegasse aqui. Pai é pai, mãe é mãe! Educação quem dá são pai e mãe. Escola abre janela para o conhecimento. Que história é essa de escola com partido, ideologia para os nossos filhos, ideologia socialista e comunista para os nossos filhos?! Que escola é essa?! (Palmas.)

     A Igreja precisa enfrentar esse debate. Nós temos que enfrentar esse debate. Ideologia marxista? Escola abre janela para o conhecimento. O máximo que um professor pode fazer é passar ao meu filho o conhecimento que recebeu, mas a educação do meu filho não é obrigação dele nem dever dele. O professor ou a professora tem, no máximo, a obrigação de educar o seu filho. Ao meu filho, eu vou dar educação, porque filho é dádiva de Deus. Criar filho é privilégio. Desses princípios, a Igreja não pode abrir mão.

     Estamos aqui, nesta sessão de hoje, para falar de dados históricos? Estamos, mas aqui estamos muito mais para falar de valores mantidos pela Igreja, porque a Igreja na Amazônia está nos ribeirinhos, porque a Igreja na Amazônia está nos igarapés, está nas palafitas, está no grande centro, no pequeno centro, no meio da Amazônia. E por que as igrejas estão cheias de índios no Estado onde há mais suicídio indígena por conta do alcoolismo? Alcoolismo é cultura, mas pregar para índio não pode, porque quebra a cultura deles. Ora, eles morrem alcoolizados, há suicídios todos os dias!

     A Igreja não perdeu a sua essência e se mantém corajosa acreditando no Comandante em Chefe. (Palmas.)

     Advirto os senhores de que hoje esta Casa vai votar alguns projetos que vilipendiam a família brasileira. Votará e tentará aprovar com voto de Senadores que chegaram a esta Casa com o voto da Igreja, que foram à igreja e mentiram, que fizeram café da manhã e almoço, enganaram líderes, enganaram pastores.

     Nós não podemos mais ser tomados por inocentes, porque o esgoto foi aberto e nós sabemos quem eles são, nós sabemos os seus nomes. E, se nós queremos criar uma legislação que proteja a família em 2018, nós teremos que trazer para esta Casa e para a outra Casa homens e mulheres que acreditam nos valores da Igreja que completa 100 anos no Amazonas. (Palmas.)

     Está ali o Senador Petecão, que está sendo crucificado. Olhem para ele: um homem "criminoso". As redes sociais batem nele 24 horas por dia, sabem por quê, Pastor Jonatas e Pastor Samuel? Porque ele é Relator de um projeto, Senadora Vanessa, de legalização da maconha, e seu relatório é para arquivar esse projeto, que vai ser votado hoje.

     Por isso, está sendo crucificado certamente por aqueles "esquerdopatas" que tentam falar em maconha medicinal, sendo que a maconha medicinal é o Canabidiol, uma substância usada por crianças e pessoas que têm convulsão -- e o número de pessoas que já recebem o remédio é ínfimo. Eles agora querem aprovar a legalização do uso do THC, ou seja, o que é alucinógeno, Senador Omar Aziz, dizendo que é para uso recreativo. O que é uso recreativo da maconha? É o sujeito fumar maconha e ficar louco? É o sujeito fumar maconha e se desequilibrar? É o sujeito fumar maconha e “viajar na maionese”, dormir o dia inteiro?

     Há um dia bom para legalizar a maconha no Brasil. Aliás, esse dia bom será o dia em que se vai felicitar o ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que é o arauto da legalização da maconha.

     No dia, Deputado Silas, em que um empresário resolver contratar para o setor de recursos humanos da empresa dele um sujeito fumador contumaz de maconha e disser “não, está legal, eu o contrato”; no dia em que tivermos coragem de andar num taxi, sabendo que o taxista é maconheiro; no dia em que tivermos coragem de subir num avião, sabendo que os dois pilotos fumam maconha dentro da cabine, porque está liberado por lei no Brasil, este será o dia bom para legalizar a maconha no Brasil! Mas e se não houver esse dia? (Palmas.)

      E está ali o Senador Petecão. Isto será votado hoje: projeto de homofobia, que não é tipo penal, Pastor Ivan. Não está no Código Penal. Índio não pediu para nascer índio. Negro não pediu para nascer negro. Velho não pediu para ser velho. Portador de deficiência também não pediu para ser portador de deficiência. Mas eles querem ser tratados assim, até porque homossexualismo é opção -- queiram ou não; queiram ou não!

      Sabem do que estou falando? Estou falando das bandeiras que me trouxeram a vida inteira e nas quais acredito. Eu não sei falar de outra coisa, eu só sei falar disso. E falar disso é falar de fortalecimento da família. Eu me pergunto: onde existe outra coisa, neste mundo de meu Deus, em que a família não seja o pilar principal?

      Pastor Jonatas, Pastor Samuel, eu estarei aqui nos 200 anos. (Risos.) (Palmas.) Meu companheiro Alfredo Nascimento, ex-Senador, ex-Prefeito, ex-Governador, Deputado Federal; Senadores Omar Aziz, Gladson Cameli, Sérgio Petecão; Pastor Ivan -- toda vez falo no Ivan porque ele é do meu Estado, para marcar o meu Estado bem marcadinho --, Senador Eduardo Lopes, eu estarei aqui nos 200 anos.

      Quando Aziz se sentou, eu falei para ele: “Você não vai estar, mas eu estarei”. Ele falou: “Se você estiver, eu também estarei”. Eu estarei nos 200 anos -- posso não estar fisicamente, mas estarei na memória de todos aqueles que amam a obra de Deus, que respeitam valores de família e que acreditam no Comandante em Chefe desta obra, que é o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, Cristo Jesus, o Leão da Tribo de Judá! (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DCN de 30/11/2017 - Página 14