Discussão durante a 15ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Elogio à pauta feminina, e considerações sobre a importância da criação do Dia Nacional contra a Violência Doméstica e Familiar.

Preocupação com as dificuldades relacionadas à compra de vacinas e ao convencimento das pessoas relacionado ao isolamento social.

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
DIREITOS HUMANOS E MINORIAS:
  • Elogio à pauta feminina, e considerações sobre a importância da criação do Dia Nacional contra a Violência Doméstica e Familiar.
SAUDE:
  • Preocupação com as dificuldades relacionadas à compra de vacinas e ao convencimento das pessoas relacionado ao isolamento social.
Publicação
Publicação no DSF de 12/03/2021 - Página 56
Assuntos
Outros > DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
Outros > SAUDE
Indexação
  • ELOGIO, PAUTA, VOTAÇÃO, MULHER, COMENTARIO, IMPORTANCIA, CRIAÇÃO, DIA NACIONAL, VIOLENCIA DOMESTICA, CONSCIENTIZAÇÃO, FAMILIA.
  • PREOCUPAÇÃO, DIFICULDADE, AQUISIÇÃO, VACINA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PANDEMIA, DEFESA, INTERVENÇÃO, LABORATORIO FARMACEUTICO, COMENTARIO, NECESSIDADE, ISOLAMENTO, NATUREZA SOCIAL.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discutir.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, eu quero cumprimentar todos os relatores de hoje – Weverton, Contarato – por essa pauta feminina, que nos enche de orgulho e que é de uma praticidade muito grande.

    À nossa Senadora Rose de Freitas eu queria dizer que, aparentemente, parece uma coisa simples essa luta do Dia Nacional contra a Violência Doméstica e Familiar, mas é muito importante, porque a gente passa a dar visibilidade a um problema crucial que há no País que é a violência doméstica. Como já foi dito aqui, o Brasil é um dos campeões nos índices de violência doméstica. Então, a gente tem de envolver toda a sociedade. E, quando se tem um dia, 15 ou 16 dias de ativismo, como a gente tem agora, chama-se a atenção da sociedade sobre esse assunto.

    E eu queria também aqui me somar a todos que se preocuparam com essa dificuldade que a gente está tendo de conseguir vacinas, de convencer as pessoas a fazerem o isolamento social, bem como sobre o uso de máscaras, porque a gente não vai ter acesso fácil a vacinas.

    Esperidião Amin, eu queria lhe dizer que há controvérsias sobre não se comprar as vacinas que estavam sendo produzidas. Aqui no Sertão, quem queria algodão para as fábricas de tecido comprava, como a gente dizia, "na folha". Então, já se sabia que, quando foi confirmada a pandemia, como são mais de 7 bilhões de habitantes no Planeta, claramente seria uma disputa grande por vacinas.

    Eu acho que não seria a hora de questionarmos se foi antes ou depois, mas quero dizer aqui que Alvaro Dias tem razão: se junto à Janssen, da Johnson & Johnson, a gente tem prioridade, porque os testes foram feitos com brasileiros, a gente tem de ir atrás.

    E quero aqui agradecer a Confúcio por essa confiança. Eu acho que o Senado tem de ter um cuidado muito grande. A gente vai atrás; a gente não pode se omitir vendo milhares... Já morreram mais de 2,3 mil pessoas nas últimas 24 horas neste País!

    Existe essa falha, mas, como se diz que é para a gente não olhar quem errou, que a gente tem de encontrar soluções, estou disposta a ver como vamos fazer.

    Não pensem que laboratórios tem essa sensibilidade que a gente tem aqui. É claro que há a lei da oferta e da procura, e a procura por vacina é bem maior do que a oferta.

    Só para complementar, Sr. Presidente, eu queria dizer que a gente tem duas grandes instituições com uma grande experiência na produção de vacinas. Nós já fomos os maiores produtores de vacinas da América do Sul. Refiro-me ao Instituto Butantan e à Fiocruz, onde nós temos a coisa mais difícil, que são os recursos humanos. E, se a gente tivesse equipado melhor essas instituições e tivesse tido o interesse maior nisso, nós estaríamos protagonizando esse processo.

    Mas vamos em frente! Há de haver soluções.

    Infelizmente, o Governo brasileiro não tem esse poder que a gente deveria dar, de, em tempos de guerra... A gente não aprovou aqui uma PEC da guerra? Poderíamos interferir nos laboratórios que têm aqui as suas fábricas e exigir que fossem usadas, que se ampliasse o Instituto Butantan e a Fiocruz.

    Mas aqui não se quer interferência nenhuma, a tendência é não haver interferência do Governo na iniciativa privada. E, num momento como esse, tinha que haver, porque o mais importante se chama "vida", salvar vidas.

    E é uma crueldade muito grande com a população brasileira: pessoas morrendo de morte evitável numa fila para conseguir uma UTI!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/03/2021 - Página 56