Discurso durante a 12ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Internacional da Mulher e a homenagear as mulheres chefes de família, as mulheres negras, as mulheres vítimas de violência doméstica durante a pandemia e as mulheres que atuam diretamente no combate à pandemia do Covid-19.

Autor
Daniella Ribeiro (PP - Progressistas/PB)
Nome completo: Daniella Velloso Borges Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Internacional da Mulher e a homenagear as mulheres chefes de família, as mulheres negras, as mulheres vítimas de violência doméstica durante a pandemia e as mulheres que atuam diretamente no combate à pandemia do Covid-19.
Publicação
Publicação no DSF de 09/03/2021 - Página 15
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, DESTINAÇÃO, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, MULHER, HOMENAGEM, CHEFE, FAMILIA, NEGRO, VITIMA, VIOLENCIA DOMESTICA, ATUAÇÃO, ATIVIDADE PROFISSIONAL, COMBATE, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PANDEMIA.

    A SRA. DANIELLA RIBEIRO (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - PB. Para discursar.) – Boa tarde, Senadoras, colegas, Presidente!

    Hoje é um dia muito especial, obviamente, começando pela reunião realizada pela manhã. Participei da reunião de Líderes.

    Quero cumprimentar o Presidente Rodrigo Pacheco e, na pessoa dele, cumprimento todos os colegas Senadores que também nos saudaram hoje pela manhã. Através deles, recebemos muitas mensagens.

    Houve não só a reafirmação, mas o seu compromisso com o assento da Liderança feminina, da bancada feminina, no Colégio de Líderes.

    Quero cumprimentar, em nome das nossas Senadoras, das minhas colegas, das minhas amigas Senadoras, a Senadora Rose de Freitas pela iniciativa desta sessão hoje à tarde.

    De forma muito especial, eu diria de forma inusitada – talvez isto seja inusitado para muitos –, quero representar aquilo que todas as filhas hoje gostariam de fazer. Eu quero fazer uma homenagem, na realidade, ao que, durante essa pandemia e a minha vida inteira, foi e tem sido a minha mãe. Eu tenho a certeza de que hoje todos os filhos, neste País inteiro, diante dessa pandemia e diante das lutas que têm sido enfrentadas, gostariam de dizer o que eu vou dizer agora, neste momento.

    Senadora Rose, minha mãe é uma mulher de muita fibra, de muita garra, que me inspira muito, pela sua história de vida. Minha mãe também, como eu... Quero dizer que eu, como ela, sou pedagoga, sou educadora. Ela foi diretora de uma escola no Município de Pilar, o terceiro mais antigo Município do Estado da Paraíba. Foi primeira-dama do Município de Campina Grande, onde nasci. Sou filha da terra de Campina Grande. E minha mãe sempre se doou; há uma característica nela que se chama solidariedade, e isso nunca a largou. Era uma época em que as primeiras-damas trabalhavam simplesmente por quererem servir. Não existia essa história de ter aquele emprego ou aquele cargo. Aqui eu não cito nem critico ninguém. Mas àquela época não existia isso. Era uma época em que, realmente, você desejava fazer o bem, em que queria isso. Essa também era uma escolha de cada um.

    Nessa pandemia, minha mãe, Diretora Superintendente da Funasa, mesmo se dividindo entre o seu trabalho, dedicou-se... O meu pai foi Vice-Prefeito de Campina Grande até o final do ano, da cidade de Campina Grande. Ele é extremamente atuante. Meu pai nunca parou em nenhum instante. E nós tivemos um cuidado muito especial com ele pela idade. Ele vai ficar bravo comigo por eu ter dito da sua idade, mas acontece que, por causa da idade dele, a gente brinca muito com ele, porque, mesmo com a idade, ele não para um só segundo. No entanto, a gente teve um cuidado forte com ele. Ele fez três cirurgias que nada têm a ver com a Covid, mas sim com o intestino. E minha mãe se dedicou a ele, deixou tudo e ficou apenas com a Funasa e com meu pai, apesar de, em tese, a gente ter que se dividir. Nós somos quatro filhos. Eu tenho minhas obrigações no Senado; meu irmão, na Câmara dos Deputados; e cada um dos outros irmãos, nas suas atribuições. A gente, no fim de semana, está tendo de se dividir. Mas ela é que levou a luta junto com meu pai. Ela está me vendo nesta hora.

    Eu quero dizer para você, mãe... Qualquer filho hoje, eu tenho a certeza, a maioria dos filhos hoje gostaria de homenagear suas mães por aquilo que elas têm feito. Elas têm se doado dentro de suas casas, nessa luta contra essa Covid, muitas vezes se revoltando, porque nós ainda estamos neste período. Tudo isso vai passar.

    Se eu pudesse lhe dar um troféu, eu diria para você que eu lhe dou o troféu da minha vida. Se eu pudesse dar a algo a você, seria a minha vida. Mas, como eu sei que você não a aceitaria – eu também sou mãe e jamais aceitaria o troféu da vida de um filho –, eu quero dizer que você é uma inspiração, assim como todas as mães que se têm dedicado e se doado. O que você tem feito por "painho", a gente não tem como agradecer, nem eu, nem Aguinaldinho, nem Sílvia, nem Pedro, ninguém de nossa família, nenhum de nossos cunhados, cunhadas e netos, enfim.

    Eu quero agradecer esta oportunidade que Deus me dá no Senado Federal de honrar meu pai e de honrar minha mãe, dizendo a você, mãe, o quanto você fez diferença durante todo esse ano e que nós vamos sair juntos dessa, em nome de Jesus, com a fé que nós temos em Deus, com o "painho" mais saltitante do que nunca, se Deus quiser, aí nessa luta contra o Covid – Covid ele não teve, graças a Deus –, voltando às atividades que ele tanto ama, que é ver o povo de Campina Grande, abraçá-lo, beijá-lo, e falar com essa gente tão querida.

    Muito obrigada, Senadora Rose de Freitas.

    E digo a todos os filhos: que vocês possam valorizar seus pais e suas mães neste dia muito especial!

    Deus abençoe a todos!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/03/2021 - Página 15