4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 8 de fevereiro de 2022
(terça-feira)
Às 9 horas
2ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG. Fala da Presidência.) - Meu bom-dia a todos que acompanham a TV Senado, nos 27 estados do nosso Brasil. Estamos começando uma sessão especial solene para uma data muito importante em uma das áreas pilares da democracia em qualquer país: a boa informação. É por ela que o cidadão sabe como os rumos estão sendo decididos, quais são os posicionamentos daqueles que o representam e o que vai impactar nas novas gerações quando um Parlamento torna uma lei ou quando decide por alguma política especial em relação ao nosso povo. Portanto, a você, que acompanha a TV Senado, o nosso abraço aqui de Brasília e o nosso muito obrigado em acompanhar hoje, dia 8 de fevereiro, os nossos trabalhos.
Eu declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão especial remota foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 8, de 2021, que regulamenta o funcionamento das sessões e reuniões remotas e semipresenciais no Senado Federal e a utilização do Sistema de Deliberação Remota, e em atendimento ao Requerimento nº 2.288, de 2021, de minha autoria e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a comemorar o 25º aniversário da Rádio Senado e da Agência Senado.
Como jornalista que sou, por profissão, e hoje estou político, Senador da República por Minas Gerais, eu quero primeiramente dar o meu abraço a todos os colegas jornalistas da TV Senado, da Rádio Senado e da Agência Senado e, em especial, aos que comemoram hoje os 25 anos de trabalho.
A Rádio Senado e a Agência Senado são, hoje, referência, como nós vamos ver ao longo desta sessão, em um momento quando o país discute, primeiramente, a liberdade de se informar e de opinar, mas também a qualidade e a veracidade daquilo que é levado ao nosso povo.
Muitos diziam que as redes sociais terminariam com o rádio e com a televisão. Não é verdade. As redes sociais são uma ferramenta importante, democrática, mas que hoje precisam cada vez mais de um trabalho sério, de um trabalho em profundidade e confiável, como os produzidos pelos colegas jornalistas da Rádio Senado e da Agência Senado. A vocês meu muito obrigado pela gentileza de terem me permitido ser aqui o Presidente desta sessão especial.
A Presidência informa que esta sessão terá a participação dos seguintes convidados: a Sra. Ilana Trombka, que é a Diretora-Geral do Senado Federal; a Sra. Érica Ceolin, Diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal; o Sr. Fernando César Mesquita, Secretário de Comunicação à época da criação da Rádio Senado e da Agência Senado; o Sr. Sílvio Burle de Menezes, Coordenador-Geral da Agência Senado; o Sr. Celso Cavalcanti, Diretor da Rádio Senado; a Sra. Valéria Ribeiro, Diretora da Agência Senado no período de 2005 a 2009; o Sr. Sílvio Hauagen, Diretor da Rádio Senado no período de 1997 a 2001; o Sr. Fernando Oliveira Paulino, Presidente da Federação Brasileira de Associações Científicas e Acadêmicas da Comunicação (Socicom); e o Sr. Jorge Duarte, Gerente de Comunicação Estratégica e Diretor da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCP).
E eu quero convidar também a você, que nos acompanha, se desejar mandar a sua mensagem, se desejar mandar aqui o seu posicionamento, ao longo da sessão, no tempo que temos, podemos atender, quem sabe, colocar aqui o seu posicionamento. Será muito bem-vindo. Esta é uma Casa da população brasileira.
Eu convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
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O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG. Para discursar - Presidente.) - Muito bem. Muito obrigado a todos.
O ex-Presidente José Sarney, infelizmente, não pôde comparecer, mas enviou uma mensagem para que fosse lida nesta sessão de homenagem, e aqui faço minhas as palavras neste momento, por minha voz, do ex-Presidente José Sarney:
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Quando assumi a Presidência do Senado Federal procurei atender, em termos contemporâneos, à regra da publicidade das atividades parlamentares que existe desde nossa primeira Constituição. Assim, criei um complexo de serviços, Jornal, TV entre outras, como, destaco aqui, a Agência Senado e a Rádio Senado, que completam agora 25 anos. A data é importante, mas o mais importante são os imensos serviços que elas prestaram, com seu excelente quadro de profissionais - dedicados, competentes e eficientes, capazes de discernir a importância relativa dos fatos, mas também sabendo equilibrar equanimemente o trabalho de cada Senador, ao mesmo tempo que o resultado da ação coletiva do Senado Federal.
Quero cumprimentar a todos os servidores da Rádio e da Agência Senado, os que estão em atividade e os que por elas passaram. A festa hoje é, deve ser, deles. Parabéns a todos!
São as palavras do ex-Presidente José Sarney para os nossos colegas da Rádio Senado e também da Agência Senado.
Um dos pontos mais importantes que eu tenho destacado quando converso com os jornalistas da Casa - se posso ter alguma experiência do que falar, porque foram 23 anos de dedicação ao jornalismo, 37 anos de dedicação à vida privada antes de me tornar um Senador - é a necessidade de que nós temos no Brasil...
E aqui quero dar o meu bom-dia a todos os Senadores que já estão conosco: Senadora Zenaide Maia, o meu abraço à senhora. Daqui a pouquinho, teremos o prazer de ouvi-la; também ao Senador Flávio Arns, um dos grandes lutadores da nossa educação, que sabe a importância das informações corretas e seguras na formação da cidadania brasileira; temos também o Senador Lasier Martins, que está conosco, do nosso Rio Grande do Sul, muito bem-vindo; Senador Nelsinho Trad está conosco também, Líder do PSD, do nosso Mato Grosso do Sul. Um grande abraço a você, meu querido. Daqui a pouquinho, todos nós poderemos participar e homenagear os nossos companheiros da Rádio Senado e também da Agência Senado.
Mas um ponto importante é a discussão da informação pública e da informação estatal, o que muitas vezes gera debates. A informação estatal é aquela que visa apenas elogiar e divulgar um determinado governo; a informação pública, não. A informação pública é o cidadão em primeiro lugar. É a ele, que paga, que sustenta todo o Estado, que sustenta todos os meios, que as informações são destinadas - informá-lo corretamente do que se passa, das decisões tomadas e dos impactos que o Parlamento terá na vida das pessoas. Essa é uma discussão que todo país, eu acredito, precisa fazer quando nós trabalhamos a questão das agências públicas e dos canais públicos.
Aqui no Senado, hoje, o respeito que os servidores da rádio e da agência têm dos demais colegas das mídias tradicionais e nacionais mostra claramente que estão acertando na direção de um país com um senso e principalmente com um serviço de notícias públicas da maior relevância.
Srs. Senadores, Sras. Senadoras, sinto-me muito feliz por estar aqui abrindo esta sessão especial destinada a comemorar os 25 anos de existência da Agência e da Rádio Senado, tão oportuna e merecidamente realizada a meu pedido e de outros Senadores e Senadoras, a quem agradeço a generosidade de nos acompanhar.
Todos os dias, durante o nosso trabalho aqui na Casa, nos deparamos com os incansáveis repórteres da Agência e da Rádio Senado, que estão sempre em busca de um esclarecimento ou de uma entrevista para levar a melhor informação à população sobre o que faz o Senado da República.
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Esse trabalho de grande importância para a cidadania permite que a população brasileira tenha à sua disposição informação confiável sobre os temas que são tratados aqui, muitas vezes como impacto direto e imediato sobre sua vida. Em outras palavras, graças aos serviços que prestam a Agência e a Rádio Senado, não existe possibilidade de algum projeto de lei ser discutido ou aprovado sem que a sociedade tome dele conhecimento. E aqui faço questão de repetir porque é um dos pontos mais importantes do trabalho desta Casa: não existe a possibilidade de algum projeto de lei ser discutido ou aprovado sem que a sociedade tome dele conhecimento. E assim tem que ser, senhoras e senhores: as pessoas têm que saber com clareza e transparência o que é decidido nesta Casa. Elas são, na verdade, os olhos da sociedade sobre o trabalho legislativo que aqui se desenvolve.
No começo, havia preconceito contra o material noticioso produzido pela agência e pela rádio: seriam notícias chapas-brancas, como se diz no jargão jornalístico. Com o tempo verificou-se o contrário, e esse material ganhou total credibilidade, tornando-se, inclusive, contraponto a uma praga contemporânea das chamadas fake news, as notícias falsas. Notícias da agência e da rádio são frequentemente citadas pela própria imprensa para contestar notícias falsas ou distorcidas, justamente pela sua confiabilidade. Ademais, como não estão submetidas à lógica de mercado, a agência e a rádio podem se dedicar integralmente ao interesse público.
Não é difícil entender que não há risco de as notícias produzidas pela Agência ou pela Rádio Senado - e por que não pela TV Senado? - serem parciais ou tendenciosas. Não há. O Senado é uma instituição plural, e os Senadores e as Senadoras representam as diversas correntes de pensamento da sociedade. Logo, discursos, debates, votações noticiadas representam todas essas vozes, sejam elas conservadoras ou progressistas, ruralistas ou ambientalistas, governistas ou oposicionistas. Sendo o Senado plural, o noticiário é também necessariamente plural.
Apenas para dar uma ideia do alcance do trabalho desses dois órgãos, vale mencionar que a produção jornalística da agência, que fica no Portal Senado Notícias, somou, somente em 2021, no ano passado, 14 mil reportagens, material que recebeu 36,6 milhões de visualizações. O número de fotos à disposição da imprensa e da população em geral aumentou 65% de 2015 até agora. Já a Rádio Senado possui uma rede FM em 17 capitais e distribui seus produtos para um universo de outras 4 mil emissoras cadastradas em seu serviço de radioagência, o que multiplica de forma expressiva o alcance do material jornalístico que produz.
Seguem assim esses dois importantíssimos órgãos do Senado cumprindo a missão que lhes confiou o então Presidente da Casa, o Senador José Sarney, em 1997, quando os criou um ano depois da TV Senado.
Ao encerrar, quero saudar, na pessoa da Diretora da Secretaria de Comunicação Social, Érica Ceolin, e dos Diretores da Agência e da Rádio Senado, Paola Lima e Celso Cavalcanti de Melo, todos os servidores, que trabalham incansavelmente para bem informar os cidadãos brasileiros e conectá-los ao Senado Federal. Que sirva esta sessão para homenagear condignamente o trabalho que realizam todos em favor da informação e da democracia.
Assistiremos agora a um vídeo institucional produzido pela TV Senado.
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(Procede-se à exibição de vídeo.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Meu obrigado. Mais uma vez, parabéns pela produção!
Antes de dar início aos nossos oradores convidados, eu quero me permitir aqui, diante de todos, chamar primeiramente os meus colegas do Senado que estão conosco acompanhando esta sessão e que são muito bem-vindos aqui nos nossos trabalhos de homenagem aos 25 anos da Rádio Senado e também da Agência. E agora estamos ao vivo, pela TV Senado, transmitindo para todo o país. O meu bom-dia; mais uma vez, a todos vocês o nosso agradecimento pela companhia!
Começo pela Senadora Zenaide Maia. Senadora, o meu bom-dia à senhora e, mais uma vez, um ano de 2022 de muito trabalho, de boas discussões e de melhoras para este nosso país!
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar.) - Bom dia, Senador Carlos Viana, Presidente desta sessão especial. Já parabenizo pela ideia, mostrando a importância do que eu costumo dizer: informação é poder, Senador Carlos Viana; ninguém empodera mais uma nação do que com informações reais, com que se combatem medidas.
A Rádio Senado tem números incríveis que nem todo mundo conhece, como a presença de radiotransmissores em 16 capitais brasileiras, inclusive em Natal, aqui no meu Estado do Rio Grande do Norte.
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Além disso, são 4 mil emissoras conveniadas, em todo o território nacional, que utilizam as notícias produzidas pela Rádio Senado, além da presença na internet, por meio do portal e das redes sociais.
Os competentes jornalistas - já parabenizando os servidores que trabalham aqui na Rádio do Senado -, radialistas, publicitários e sonoplastas da emissora já ganharam reconhecimento nacional e internacional em mais de 45 premiações. Eu estou dando visibilidade a isso, porque muitas pessoas não têm conhecimento. Entre elas, o primeiro lugar no Prêmio Jornalismo para a Tolerância da Associação Internacional de Jornalistas, com a reportagem sobre a saga dos imigrantes bolivianos aqui no Brasil, história marcada pelo subemprego e trabalho análogo à escravidão. Essa foi uma matéria que eu vi e revi várias vezes. Cito também a medalha de prata no Prêmio Ricardo Ortega de jornalismo, concedido pela associação de jornalistas das Nações Unidas - a Rádio Senado foi premiada pela reportagem sobre os 60 anos da carta fundadora da ONU -; e o primeiro lugar no Prêmio Imprensa Embratel, com a reportagem "Quando a sombra cai". É uma reportagem linda, a que estou dando visibilidade, porque quem ainda não viu pode ver, sobre a prática da tortura no Brasil da ditadura.
A Rádio Senado, senhores, transmite as nossas atividades todos os dias, como o nosso Presidente desta sessão falou, nossos debates, votações das Comissões e do Plenário, empoderando o cidadão brasileiro, porque, repetindo, informação é poder. Eu sou ouvinte da Rádio Senado e como tal me orgulho de uma emissora pública que presta esses e outros serviços para milhares de brasileiros e brasileiras, que têm o direito de acompanhar os trabalhos do Legislativo, fiscalizando as atividades de quem os representa neste Congresso Nacional. Todos os meios de comunicação do Senado cumprem brilhantemente esse papel de informação para a cidadania e a democracia, mas hoje aqui estamos reunidos para reconhecer e agradecer à Rádio Senado e a seus servidores.
É de se pensar que tantas vezes anunciaram que era o fim do rádio. Não é mesmo, gente? Houve uma época, com o advento da televisão, em que diziam: "Agora é o fim do rádio". Mas a verdade é que o rádio nunca perdeu sua relevância e nunca a perderá, pois sempre está se reinventando sem perder de vista o essencial: a informação e a cultura de qualidade.
E, ao falar de cultura, destaco os programas culturais da Rádio Senado sobre a literatura, sobre o samba, sobre o cenário musical contemporâneo, sobre os ritmos regionais, os clássicos populares, sem falar da excelente programação musical diária, com música de qualidade. A Rádio Senado reconhece que a cultura é a digital de um povo. Sem essa cultura, sem essa digital, não sabemos de onde viemos, onde estamos e aonde queremos chegar. Não é à toa que a Rádio Senado coleciona admiradores por todo o Brasil, um reconhecimento merecido por um trabalho feito com carinho.
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Fiquei sabendo que durante 12 anos - de 2000 a 2012 -, a Rádio Senado também teve transmissão em ondas curtas para o interior do Brasil. Nele, a Rádio, além de divulgar notícias do Senado, prestava serviço como o Celular do Sertão, um serviço de recados para quem morava onde o sinal de celular nem pensa em chegar, até os dias de hoje. Por esse serviço, a Rádio Senado proporcionou o reencontro de familiares que não se viam há décadas, informou sobre nascimentos e mortes, passou milhares de recados, prestando assim um serviço de utilidade pública que muitos de nós nem sequer imaginávamos que ainda era necessário em plena era da internet.
Pois bem, essa Rádio Senado é patrimônio do Senado Federal, do Brasil e do povo brasileiro!
Estou muito feliz - viu, Carlos? - em poder participar desta sessão em comemoração ao jubileu de prata dessa rádio. Que outros 25 anos venham com muita informação para a cidadania e a democracia.
Parabéns à Rádio Senado e parabéns aos seus seguidores.
Obrigada, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Muito obrigado, Senadora Zenaide Maia. Muito bem-vinda a sua participação e as palavras. Eu tenho certeza de que todos aqui se sentem muito honrados pelo seu posicionamento.
A senhora falou, colocou algo muito importante. Nós sempre vivemos assim determinados pontos apocalípticos: "Ah, o mundo vai acabar". Vai, o mundo acaba, todos os dias o mundo acaba para alguém, uma morte que vem, uma situação que muda, mas o mundo se renova. A mesma coisa na comunicação: "vai acabar o rádio", veio a televisão, estão os dois firmes; e vieram as redes sociais, "vai acabar a rádio", estão os três trabalhando em conjunto. Isso mostra a importância que as pessoas dão à informação, elas sabem que, sem informação de qualidade, dificilmente tomamos decisões também de qualidade. Esse aprendizado a gente vem, ao longo de décadas, percebendo.
Muito obrigado, Senadora Zenaide.
Quero convidar também meu colega Flávio Arns, Senador do Paraná, um grande batalhador pela educação pública em nosso País, para o seu posicionamento.
Muito bom dia, Senador Flávio, e, mais uma vez, obrigado por participar conosco da sessão.
O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - PR. Para discursar.) - Bom dia, caro colega Senador, amigo, Carlos Viana, que, além de estar presidindo esta sessão, também é o autor do requerimento para a realização desta sessão solene do Senado Federal para homenagear a Agência e a Rádio Senado, numa data tão importante da caminhada de 25 anos.
Quero cumprimentar também de uma maneira muito especial a Diretora da Secretaria de Comunicação do Senado Federal, a Érica Ceolin - que bom que estamos juntos -, a Paola Lima, que é a Diretora da Agência Senado, também o Celso Cavalcanti de Melo Junior, que é o Diretor da Rádio Senado, e, nas suas pessoas, cumprimentar todos e todas que fazem parte da Agência e Rádio Senado.
Toda caminhada que a gente faz na vida é uma caminhada de parceria. Ninguém faz um bom trabalho sozinho. Nós temos que ter equipes, pessoas boas, competentes, comprometidas com aquilo que é importante para o desenvolvimento das atividades. Então eu quero aqui também prestar a minha homenagem a todo o corpo funcional da Secretaria da Rádio e da Agência Senado.
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Quando nós pensamos numa caminhada de 25 anos, em primeiro lugar, sempre duas palavras devem vir à mente de todos nós. Uma delas é gratidão, gratidão por tudo o que foi feito, pelo trabalho incansável de tantos profissionais no decorrer do ano, e quero dizer obrigado. O que seria do Brasil e do Senado hoje sem uma agência e sem uma rádio? Vinte e cinco anos de trabalhos de muita competência, dedicação, amor à causa. Então é gratidão, não há dúvida, e reconhecimento. Reconhecimento porque 25 anos atrás - se nós pensarmos, estamos em 2022, então lá, ainda no milênio passado, no século passado, final - criou-se, lá no início, toda uma necessidade de estruturação dessas duas iniciativas fundamentais para o Brasil. Então é gratidão e é, sem dúvida, reconhecimento.
Mas nós também temos que pensar que - eu, inclusive, já participei tantas vezes da programação da Rádio Senado - talvez seja um dos poucos instrumentos que temos no Brasil para que as pessoas todas em nosso país tenham notícia, saibam da diversidade dos debates, das discussões, dos diálogos que estão acontecendo dentro do Senado Federal.
Fui, por exemplo, autor da PEC que incorporou o Fundeb como definitivo dentro da Constituição, aumentando os recursos. E isso foi objeto de inúmeras iniciativas da Rádio e da Agência Senado, com entrevistas não só comigo, mas também com outros Senadores, com a comunidade, todo mundo apontando para a importância da educação. E se nós olharmos nos meios de comunicação, nós não vamos ver, em qualquer meio de comunicação, uma cobertura tão adequada quanto, obviamente, a que o Senado prestou. Isso é essencial.
Educação na pandemia. O Senado se debruçou sobre isso em mais de dez audiências públicas, refletindo, discutindo a importância do chamamento dos alunos, dos alunos que saíram da escola, deixaram de frequentar. E isso está apontado agora nos meios de comunicação. O pessoal vem dizendo: "Olhe, as crianças deixaram de frequentar a educação infantil, milhares de jovens saíram do ensino médio", mas a Agência e a Rádio Senado já vinham debatendo isso há dois anos, pelo menos. Então isso é fundamental, é essencial para que a comunicação aconteça e que a sociedade brasileira tenha acesso à informação. E os números são impressionantes. Nós próprios, no Senado, vamos amanhã discutir, ainda na área da educação, só para dar um exemplo, o Sistema Nacional de Educação. Isso nem vem sendo ainda objeto de um debate mais aprofundado na sociedade, mas a Agência Senado e a Rádio Senado já tomaram uma série de iniciativas para tornar esse assunto, que é tão importante, um sistema nacional... Já temos o SUS, que é o Sistema Único de Saúde, o Suas, que é o Sistema Único de Assistência Social, o Susp, de segurança pública, e não tínhamos, para a educação, um sistema nacional de educação. Já pelos últimos meses, e até mais de ano, a Agência e a Rádio vêm debatendo esse assunto.
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Então é um momento, em todas as áreas, fundamental, e eu gostaria de dizer, para finalizar, que é realmente um instrumento forte de aproximação do Parlamento com a sociedade. Quanta gente na sociedade deseja saber o que está sendo debatido, discutido, visto? As notícias da Agência Senado chegam, como já foi relatado, a quase 40 milhões de visualizações. As notícias da Agência Senado servem de base para os jornais e para as rádios do Brasil inteiro. A Rádio Senado está presente em milhares de rádios pelo Brasil. O que a gente deseja é que esse trabalho bom, competente, de 25 anos, continue a acontecer, mostrando a diversidade que existe dentro do Congresso, opiniões diferentes, transparentes, dando publicidade para tudo, para que, no final, o povo também possa dizer, considerando as várias alternativas, o que a gente pode pensar, refletir e construir sobre determinado assunto.
Então, para o Senado Federal, para a Agência, para a Rádio e para o Brasil é um dia bonito, um dia importante, necessário. E o que todos nós desejamos é que essa caminhada ainda produza muitos frutos, principalmente a favor da democracia em nosso país, para mostrar que, na diversidade, somos competentes e capazes para construir a convergência.
Que bom! Parabéns e vamos em frente!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Muito obrigado ao Senador Flávio Arns, do Paraná, pela participação.
Estamos pela TV Senado. Você que está nos acompanhando, nós estamos em uma sessão de homenagem aos 25 anos da Rádio Senado e também da Agência Senado, um trabalho a favor da democracia e da boa informação em todo o nosso país.
Passo a palavra já também ao nosso colega Lasier Martins, do Rio Grande do Sul, a quem dou as boas-vindas e desejo um ano profícuo, de muito trabalho e, principalmente, de sabedoria para todos nós.
Senador Lasier.
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O SR. LASIER MARTINS (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - RS. Para discursar.) - Muito obrigado, Senador Carlos Viana. Muito obrigado.
Olha, Senador e prezados amigos, como oriundo do ramo, eu não poderia faltar a esta sessão hoje para trazer também o meu pronunciamento, saudando, em primeiro lugar, o próprio Senador Carlos Viana pela feliz iniciativa de propor esta sessão especial do Senado; cumprimentando o Diretor da Rádio Senado, Celso Cavalcanti Junior, e a Diretora da Agência Senado, Paola Lima.
Então, eu queria dizer que, como Senador, mas como jornalista e radialista - esta que foi a minha primeira e mais longa profissão, Presidente Carlos, desde os 17 anos, nunca parando até o momento em que cheguei ao Senado, por mais de 50 anos -, além de apaixonado pelo mais dinâmico meio de comunicação, eu sinto-me honrado e feliz por participar desta homenagem à Rádio Senado, inaugurada há 25 anos, juntamente com a Agência Senado. Os dois veículos, surgidos em 29 de janeiro de 1997, ganharam ampla programação de atividades comemorativas, incluindo esta sessão solene proposta pelo nosso brilhante Senador Carlos Viana. Trata-se de algo merecido, pois eles são frutos do esforço diário e do talento dos servidores, profissionais dedicados ao sistema jornalístico que se desempenha nesta emissora. Com justiça, celebramos o trabalho isento e de qualidade daqueles que informam os cidadãos brasileiros sobre tudo que ocorre na Casa da Federação, além de oferecerem um nobre serviço de utilidade pública.
Não é também exagero dizer que a nossa agência de notícias e nossa emissora de rádio servem a um propósito bem maior: o de fortalecer a democracia no país. Conectadas com a modernidade, Rádio Senado e Agência Senado estão presentes com competência em todas as mídias digitais, por meio das quais prestam cobertura em tempo real e com excelência. Em todo o meu Rio Grande do Sul, constato sempre a presença fácil dos conteúdos jornalísticos e culturais gerados pelos dois veículos, que chegam por canais próprios, são reproduzidos por terceiros e ainda servem de pauta para outras relações. Como elo de integração entre as áreas do Senado, dos mandatos dos Senadores e da sociedade, presentes nos espaços interativos, Agência e Rádio colaboram com a desejada transparência da coisa pública, induzem à cidadania e escrevem a história nacional.
Quero lembrar também, Presidente, que vivemos uma época de grandes polêmicas na política nacional, em particular a política federal, mas nem sempre os posicionamentos dos políticos de nível federal são levados às emissoras tradicionais; mas, ao contrário, a nossa Rádio Senado age de maneira bem diferente, porque tem estado sempre atenta, fiel e imparcial para transmitir os debates, os discursos, as opiniões, as ideias plúrimas dos Senadores, sem qualquer restrição, isto é, de forma equânime no tratamento a todos que trabalham nesta Casa.
Portanto, por estas e outras razões, deixo o meu sincero obrigado a todos que hoje fazem a Rádio Senado e a Agência Senado e os meus cumprimentos aos ex-diretores e ex-servidores dos veículos hoje aqui homenageados e naturalmente aos atuais, igualmente, pelo trabalho eficiente que desempenham.
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Por fim, lembro que a nossa missão de agente público se realiza também com a evolução e a expansão desses instrumentos em favor dos cidadãos do país, isto porque o direito constitucional de todos à informação e à liberdade civil encontra o respaldo nas notícias, nas reportagens, nos programas especiais, nas análises históricas e demais efeitos e feitos cotidianos da Agência Senado e da Rádio Senado.
Poderia dizer que estamos todos nós de parabéns, Presidente Carlos Viana.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado, Senador Lasier Martins, do nosso Rio Grande do Sul. Parabéns também pelo trabalho como radialista e, hoje, como um grande Senador que representa de uma forma muito digna e honrada o nosso Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado pela participação.
O Senador Nelsinho Trad, do nosso Mato Grosso do Sul, também está conosco.
Senador, o meu bom-dia. Seja muito bem-vindo, Nelsinho!
O SR. NELSINHO TRAD (PSD - MS. Para discursar.) - Muito bom dia, Senador Carlos Viana, Senador por Minas Gerais, do MDB. Para nós é uma alegria muito grande prestigiar esta sua iniciativa. Você, que é oriundo da comunicação, não nega as suas origens. Sempre que pode nos auxilia com a sua experiência no sentido de alavancar cada vez mais as questões relacionadas à comunicação do nosso país.
Cumprimento a Érica Ceolin, Diretora de Comunicação do Senado, estendo esse cumprimento para a Ilana, que aqui se encontra presente, duas mulheres, e, na pessoa delas, quero saudar todas as que estão participando, ao Luciano Rodrigues e ao Celso Cavalcanti Junior, que é o Diretor da Rádio Senado.
Quero dizer que esta comemoração de 25 anos tem que ser enaltecida por todos nós. A Rádio Senado, juntamente com a TV Senado, o grupo de comunicação do Senado da República proporciona que muitos canais, muitos que têm uma situação similar a eles, acabem levando a pauta das nossas discussões, dos nossos embates, dos nossos projetos, que por aqui são cobertos primeiro para depois serem pautados por outras emissoras. Isso é muito importante, porque faz a ponte de comunicação de tudo aquilo que a gente produz aqui com a sociedade brasileira.
Eu costumo dizer que sou um radiófilo, ou seja, eu sou um amante, um estudioso do rádio. Escuto rádio todos os dias. Para mim é um indutor do meu sono. Antes de deitar no travesseiro, eu boto o radinho num volume bem baixo para poder ouvir as notícias. Sempre que posso escuto a Rádio Senado, que tem uma programação de música popular brasileira bastante forte, com as atenções todas voltadas para prestigiar a cultura nacional.
Parabéns, Senador Carlos Viana, por não deixar passar em branco esses 25 anos.
Que venham mais 25 anos!
Estamos todos em festa.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado, Senador Nelsinho Trad. Meu abraço. Hoje à tarde teremos a oportunidade de nos encontrar mais uma vez, no início de, vamos dizer assim, uma série de discussões importantes para o país que virão, discussões sobre tributação, as discussões sobre a Federação. Agora, há pontos que nós precisamos entregar ao país, decisões debaixo, naturalmente, de um debate muito democrático.
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Quero convidar nosso Senador Izalci Lucas, que é mineiro como eu, mas hoje representa, abraçou e ama Brasília.
Senador, muito bom dia.
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF. Para discursar.) - Bom dia!
Quero cumprimentar a todos. De uma forma especial, não só cumprimentar, mas parabenizá-lo também, Carlos Viana, pela iniciativa desta sessão solene. Cumprimento também a nossa Diretora Érica Ceolin, a Ilana, nas pessoas de quem eu cumprimento também todos os profissionais da Rádio e da Agência Senado. Quero dizer da minha alegria... Cumprimento - estou o vendo aí - o Fernando César Mesquita. Cumprimento também o nosso ex-Presidente José Sarney, que teve a ousadia de criar a Comissão Especial para a criação da Rádio Senado, de todos os meios de comunicação do Senado.
São sempre difíceis essas tomadas de decisão, mas acho que o Presidente Sarney acertou, porque não basta fazer leis. Nós temos muitas leis que ainda precisam ser levadas ao conhecimento do público. Nós temos leis que pegam, outras que não pegam, muitas vezes por falta de informação.
Então, eu quero dizer da importância da rádio, da agência, que levam transparência, levam informação, interação também com a sociedade - e é do que a gente precisa. A Rádio Senado está 24 horas no ar, sete dias por semana, está praticamente em todas as capitais, e também com milhares de rádios também que fazem essa interação com a Rádio Senado.
Eu não poderia deixar aqui de manifestar a minha alegria. Eu já estou começando a virar radialista, também estou em programa de rádio agora toda hora. Mas a Rádio Senado...
Acabei, inclusive de manhã, agora dando uma entrevista - viu, Leila? - sobre a questão que está acontecendo com os autistas aqui no DF: o Governador mandou despejar a AMA, que é uma instituição que presta relevante serviço. Com certeza, a Rádio Senado colocando isso publicamente nós vamos resolver muito mais rápido o problema.
Portanto, eu quero mais é saudá-los, cumprimentá-los e parabenizá-los pela eficiência, pela amplitude aí do trabalho de vocês, que realmente faz a diferença. A gente tem muito orgulho dos servidores do Senado pela competência e dedicação de todos vocês. Então, parabéns!
Parabéns, Carlos Viana, pela iniciativa! E que venham outros 25, mais 25 e muitos mais anos aí para a gente poder comemorar a importância dessa interação com a sociedade. Parabéns a todos! Obrigado a todos!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado, Senador Izalci Lucas, pela participação.
Senador Chico Rodrigues, de Roraima, que está conosco, o senhor gostaria também de ter uma palavra? O senhor é muito bem-vindo aqui. Meu bom dia, Senador Chico. (Pausa.)
Está sem áudio. Só abrir o áudio do computador.
Não. Abriu e fechou... Abriu e voltou. Um toque! (Pausa.)
Ótimo. O.k. Estamos ouvindo.
Bom dia, Senador!
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O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR. Para discursar.) - Bom dia, nobre Senador Carlos Viana. Primeiro, parabenizo-o pela brilhante iniciativa de patrocinar, para todos os brasileiros, esse momento especial, que é a comemoração do aniversário dos 25 anos da Rádio Senado e da Agência Senado. Esse instrumento de comunicação, que eu chamo de um instrumento de comunicação invisível, que é a rádio, tem o seu magnetismo, tem os seus mistérios, e, acima de tudo, Senador Carlos Viana, tem a sua capacidade, em tempo real, de comunicação. Eu digo sempre que o rádio é mágico, porque ele leva a todos os rincões - seja na residência, seja na fazenda, seja no carro, seja em qualquer lugar em que você se encontre, através das suas ondas invisíveis - a informação, leva a comunicação.
E o fato é a notícia. Então, na verdade, essa rádio... Nós temos até que, olhando pelo retrovisor do tempo e da história, agradecer ao Presidente José Sarney, que, em um momento muito feliz, juntamente com toda a sua equipe, ao presidir o Senado da República, tomou a iniciativa da criação dessa rádio e da Agência Senado, que, queira ou não queira, é uma espécie de caixa de ressonância da sociedade. As informações são brutas, ou seja, em tempo real. Então, o rádio tem essa qualidade de comunicação. Vocês, que são radialistas, e você, na verdade, Senador Carlos Viana, que é um comunicador, que tem toda a sua história nos veículos de comunicação, sabe exatamente o poder, na verdade, que o rádio representa para toda a humanidade - por que não dizer toda a humanidade?
A Rádio Câmara e a Rádio Senado levam, de uma forma muito clara, muito determinada, esses fatos. Os nossos projetos, por exemplo, até para citar um aqui, por uma questão de divulgar ainda mais nosso trabalho através da rádio, através da Agência Senado. Ontem, dava uma entrevista e passava um projeto que nós estamos criando agora, a lei de segurança do PIX, porque um instrumento poderosíssimo para o cidadão brasileiro se transformou, na verdade, em um pesadelo, em cima dos problemas, em cima dos desvios, em cima de tudo aquilo que é praticado hoje de forma contrária à história, com a utilização do PIX. Então, o projeto de lei de minha autoria foi apresentado esta semana, e tenho certeza de que vai ter adesão de todos os nossos pares, e, obviamente, a Rádio Senado, a Agência Senado vão divulgar, à exaustão, um projeto dessa dimensão.
Então, eu sempre fui um adepto - apesar de não ser radialista - da rádio. Nas cidades do interior do Estado, na capital, muitas vezes não sou nem convidado, mas vou lá me oferecer para dar uma entrevista, para comentar temas importantes dos projetos que apresentamos aqui, no Senado. Na época em que fui Deputado Federal por 20 anos, era um usuário permanente da Rádio Câmara também, porque sei e compreendo a importância e a penetração da informação através do rádio.
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E a Rádio Senado, especificamente, é uma espécie de caixa de ressonância para toda a imprensa brasileira, porque vocês veem que eles pautam muitas e muitas das suas notícias, das suas informações, através exatamente daquilo que é programado pela Agência Senado.
Então, eu quero, de uma forma muito feliz, alegre, parabenizá-lo pela iniciativa. Tenho certeza de que todos os servidores, seja da Rádio Senado, seja da Agência Senado, estão de parabéns. Quero cumprimentar cada um deles pela dedicação, pelo amor, pela responsabilidade, pelo profissionalismo, dando, obviamente, o suporte a todos nós, Senadores, dos nossos trabalhos.
E, obviamente - não poderia ser diferente -, quero cumprimentar o Presidente Rodrigo Pacheco, que tem dado o suporte necessário, juntamente com a sua Diretora, Dra. Ilana, para que a Rádio, na verdade, cada vez mais se aperfeiçoe e se qualifique para levar as informações para toda a nossa população brasileira.
Inclusive, meu caro colega Senador Carlos Viana, nos rincões mais distantes da Amazônia, as pessoas comentam comigo, no meu estado, o Estado de Roraima: "Senador, eu ouvi o senhor falando daquele projeto lá na Rádio Senado, eu ouvi o senhor falando daquele projeto para atender às comunidades indígenas, para atender às comunidades ribeirinhas, para atender ao agricultor...". Então, isso, na verdade, chama muito a atenção, até porque essa estrutura de que nós dispomos aí no Senado, como uma espécie de um grande link do nosso mandato para chegar até a população brasileira, é altamente qualificada pelos nossos profissionais, e nós, obviamente, temos que agradecer a cada um deles pela sua dedicação, pelo seu compromisso e, como eu já disse, pelo seu profissionalismo.
Portanto, agradeço a participação ao nobre Senador Carlos Viana, que realmente merece todo o nosso aplauso e a nossa gratidão por este momento de hoje, em que comemoramos 25 anos da Rádio Senado e da Agência Senado também.
Então, muito obrigado e que Deus abençoe a cada um de nós.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado, Senador Chico Rodrigues, pelo Estado de Roraima.
Vamos com a Senadora Leila Barros, que está conosco também, daqui de Brasília.
Senadora Leila, meu bom-dia. (Pausa.)
Bem, assim que ela retornar, ouviremos a Senadora Leila Barros.
Senadora Eliziane Gama.
Ah, venha cá, Leila. Ótimo! Que bom!
A SRA. LEILA BARROS (PDT/CIDADANIA/REDE/CIDADANIA - DF. Para discursar.) - Desculpe-me, Carlos, eu estou aqui mexendo no meu tablet. É que deu um probleminha aqui com relação à bateria.
Eu gostaria muito de agradecer por este momento, de cumprimentar pela iniciativa a você, que é um jornalista, uma referência para nós, junto com o Kajuru, junto com o Lasier (Falha no áudio.)
Nessa área de comunicação, eu tive oportunidade, enquanto ex-atleta, de ser comentarista também. Então, vivenciei muito aquele universo da comunicação numa grande emissora daqui do nosso país durante mais de oito anos. Então, assim, muito carinho, muito respeito mesmo pelos profissionais da comunicação e, em especial, obviamente, aos nossos profissionais aqui da Rádio, da Agência Senado. Então, aproveito para cumprimentar também, além de você, que preside esta sessão, as Senadores, os Senadores, jornalistas e demais colaboradores da Rádio e da Agência Senado, brasileiras e brasileiros que acompanham o nosso trabalho pelos veículos de comunicação e plataformas sociais da Casa.
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É com muita satisfação que eu participo desta sessão especial que tem como finalidade celebrar as bodas de prata desse casamento tão bem-sucedido da Agência Senado e da Rádio Senado com a democracia. São 25 anos de relevantes serviços prestados ao Brasil e, sobretudo, aos brasileiros.
Ao inaugurar a Rádio e a Agência Senado no dia 29 de janeiro de 1997, o então Presidente da Casa, o Senador José Sarney, cumpria a decisão tomada pela Casa em 1995 de estreitar os laços do Parlamento com a população brasileira. A TV Senado já funcionava desde fevereiro do ano anterior, e consolidar a criação do sistema de comunicação da Casa significava cumprir o papel constitucional de prestar contas do trabalho legislativo à sociedade. Esse objetivo, claro, foi plenamente alcançado inclusive com estatísticas superlativas que demonstram a relevância e o alcance do trabalho desenvolvido pelos profissionais que atuam nos dois veículos.
Sr. Presidente Carlos Viana, Sras. e Srs. Senadoras, aproveito para cumprimentar também a nossa Diretora de Comunicação, a Érica Ceolin, assim como a nossa Diretora-Geral, Ilana Trombka. No ano passado, o Portal Senado Notícias publicou - vejam bem - 14 mil reportagens, e esse material jornalístico foi acessado por 36,6 milhões de vezes. São números que impressionam. O portal reúne matérias produzidas pela Agência, pela Rádio e pela TV Senado. A Rádio Senado, que inicialmente transmitia apenas para Brasília, hoje já toca nos receptores de 16 capitais, e pela internet alcança todo o planeta.
Mais do que levar para o ouvinte a cobertura em tempo real das atividades da Casa, a Rádio Senado conquistou a reputação de importante emissora cultural, porque além da programação que apresenta, tem uma programação musical que privilegia a boa música brasileira e inclui entrevistas com artistas de todos os gêneros. A emissora produz documentários e programas literários com entrevistados de todo o país.
Por sua vez, a Agência Senado, fora o trabalho cotidiano de cobrir jornalisticamente toda a atividade legislativa, tornou-se também uma fonte de informação segura no combate a fake news. Com a orientação editorial de fazer a cobertura mais plural possível, os veículos de comunicação do Senado Federal ganharam o merecido reconhecimento pela credibilidade de sua produção jornalística.
Nós, Senadoras e Senadores, também temos muito o que agradecer a esses profissionais que tanto se dedicam ao cumprimento de sua missão. A Agência e a Rádio Senado, além da TV, foram fundamentais para afastar o estigma de que o Parlamento brasileiro pouco trabalha. Além disso, como consumidores de suas informações e noticiários, temos facilitado o trabalho de permanecer sempre bem informados sobre as principais atividades do Senado Federal.
Eu encerro, aqui, Sr. Presidente, as minhas palavras, recordando importantes profissionais desses veículos que infelizmente nos deixaram nesses últimos anos: o Olivio Calábria, que trabalhou na Rádio Senado desde 2003, como locutor e programador, que nos deixou em novembro do ano passado; Rogério Soares Couto, que era editor do Portal Senado Notícias, que morreu em junho de 2019, um mês antes de completar 48 anos; Domingos Mourão Neto, que foi responsável pelo serviço de nota em tempo real da Agência Senado, que faleceu em outubro de 2019, quando já estava aposentado; Larissa Bortoni, que foi repórter tanto na Rádio quanto na Agência Senado e que partiu de forma precoce em 2019.
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Ao lado de todos os profissionais que estão em plena atividade, vocês também são responsáveis pela consolidação e respeito da Rádio e da Agência Senado.
Também não posso, Sr. Presidente, rapidinho aqui, deixar de registrar a falta que está fazendo o nosso cinegrafista da TV Senado Carlos Alberto Pereira da Silva, que perdeu a vida para a covid-19 em agosto de 2020.
De todo o meu coração, parabéns à equipe da Secretaria de Comunicação do Senado Federal, assim como a todos os profissionais. Em nome de todas as Senadoras e Senadores da Casa, agradecemos o comprometimento, o trabalho e, acima de tudo, o profissionalismo de todos vocês.
Gratidão, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Muito obrigado, Senadora Leila Barros, sempre uma das falas e um dos rostos mais simpáticos do nosso Senado Federal, muito querida por todos.
Eu concedo a palavra à Sra. Ilana Trombka, que é Diretora-Geral do Senado Federal e que participa conosco nesta sessão especial de comemoração dos 25 anos da Rádio Senado e da Agência Senado.
Muito bom dia, Ilana. (Pausa.)
Estamos sem áudio.
A SRA. ILANA TROMBKA (Para discursar.) - Olá, Senador, bom dia ao senhor e a todos os Senadores que usaram a fala. Meus cumprimentos aos colegas do sistema de comunicação do Senado Federal aqui representados pela Érica Ceolin, Diretora da Secretaria de Comunicação do Senado Federal, pelo Celso e pela nossa querida Diretora da Agência Senado.
Mas, antes de começar as minhas palavras, eu acho justo fazer um destaque com relação a outra pessoa que nos acompanha, ou mais de uma: o Fernando César Mesquita, que foi o primeiro Diretor da Secretaria de Comunicação Social e quem consolidou todo o trabalho do sistema de comunicação do Senado. Vejo aqui também o colega Sílvio Hauagen, também Diretor da Rádio Senado, hoje já um colega aposentado, que contribuiu nessa caminhada. Não estão aqui, mas eu gostaria de lembrar do Flávio e do Duque - o Duque já falecido. O Flávio também é outro colega hoje aposentado.
Esses colegas que antecederam a leva que chegou comigo e com a Érica em 1998 foram aqueles que começaram essa trajetória e pavimentaram o caminho que eu, Érica, Celso e tantos outros colegas tivemos o prazer de seguir. Se hoje estamos aqui ocupando esses postos de responsabilidade na nossa Casa, no lugar em que escolhemos trabalhar que é o Senado Federal, foi graças a esses colegas, que nos receberam, que colocaram as primeiras pedras, que construíram esse sistema, muitas vezes com o descrédito dos outros órgãos, muitas vezes com uma enorme expectativa e uma responsabilidade de construir algo que até então era desconhecido.
Hoje a comunicação pública não vive mais sem os instrumentos de comunicação legislativa não só no Senado Federal, na Câmara dos Deputados e em todos os sistemas de comunicação legislativa que estão nas assembleias legislativas, na Câmara Distrital e nas Câmaras de Vereadores. É onde, lá no Mato Grosso do Sul, o Senador Nelsinho Trad, no Paraná, o Senador Flávio Arns, na sua Minas Gerais, Senador Carlos Viana, as Assembleias e as Câmaras de Vereadores têm um espaço para divulgar o trabalho do legislador, porque sabemos que o sistema legislativo é o que garante a democracia no nosso país, e por isso a comunicação é fundamental. Ela traz a transparência, ela mostra como funciona o regime democrático e - ousaria até dizer - ela faz parte hoje do sistema de compliance, que é a governança pública, dentro daquelas três letrinhas, ESG, hoje tão faladas.
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A comunicação é o que garante que todo cidadão brasileiro e toda cidadã brasileira possam acompanhar os trabalhos do Senado Federal, acompanhar também para contribuir, também para sugerir e também, porque não, para criticar. Nós somos uma organização em construção, em constante melhoria, trabalhando no encontro, para ir na mesma direção que a cidadania brasileira. E certamente isso é possibilitado pela Rádio Senado, pela Agência Senado e por todo o sistema de comunicação social da nossa Casa.
Ao terminar essas breves palavras, que já são muito difíceis, porque falar depois dos Senadores que deram uma visão tão importante de como valorizam o trabalho dessas áreas da Casa, eu gostaria de dizer que os desafios seguem aí, os desafios que Fernando César Mesquita enfrentou em 1997 junto com o Presidente Sarney.
Eu acho muito importante, como fez o Senador Izalci, lembrar o nome do Presidente Sarney, um decano da política nacional que teve a visão de investir na comunicação social no Senado Federal, e dizer que os desafios continuam.
Hoje temos um mundo de mídias sociais que oferecem muitas informações que precisamos alinhar e modernizar à comunicação social do Senado Federal nesta direção. A Agência e Rádio Senado têm trabalhado a partir de suas agências de disseminação de informação para que aquilo que é produzido aqui em Brasília possa chegar a todos os recantos do país, e é assim que a gente se refere, Senador Lasier Martins, lá do Sul, quando a gente fala do Brasil, este país enorme, este país com um tamanho gigantesco que a comunicação social do Senado consegue, a partir de Brasília, atingir na sua plenitude.
Parabéns a todos os colegas que lá estão, parabéns a todos os presidentes e a todas as mesas diretoras que passaram a partir de 1997, que souberam investir e dar condições para que esse trabalho continuasse e se consolidasse. Certamente, que venham mais 25 anos e que possamos, eu, Erica, Celso e os outros colegas, quem sabe daqui a 25, estar assistindo novamente a esta sessão e podendo também mostrar que fizemos parte desse lindo caminho.
Muito obrigada, Senador.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado à Ilana Trombka, que é Diretora-Geral do Senado Federal, pelas palavras.
Vamos ouvir agora a Érica Ceolin, que é Diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal.
Érica, muito bom dia.
A SRA. ÉRICA CEOLIN (Para discursar.) - Bom dia. Bom dia a todos e todas que acompanham esta sessão.
É impossível não começar essas minhas palavras já emocionada depois de ouvir a homenagem de todos os Senadores. Muito obrigada.
Senador Carlos Viana, o meu agradecimento especial por reconhecer a importância da comunicação pública e solicitar a realização desta homenagem.
Agradeço ainda aos demais Senadores que apoiaram o requerimento. Ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a minha gratidão pela confiança depositada em nosso trabalho.
Meus cumprimentos a Fernando Paulino, Presidente da Federação Brasileira de Associações Científicas e Acadêmicas da Comunicação, e Jorge Duarte, Diretor da Associação Brasileira de Comunicação Pública.
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Também agradeço aos demais convidados da sessão, que muito contribuíram nesses 25 anos da Agência e da Rádio Senado: Presidente José Sarney, um visionário na criação dos veículos de comunicação do Senado Federal e que, mesmo sem poder comparecer a esta sessão, nos brindou com sua mensagem; Ilana Trombka, Diretora-Geral do Senado, aliada em todas as ações e desafios; Fernando César Mesquita, desbravador da comunicação do Senado; os primeiros diretores que conduziram a Agência e a Rádio Senado, Valéria Ribeiro e Sílvio Hauagen; e meus colegas de equipe Silvio Burle, Coordenador-Geral da Agência Senado, representando a Diretora Paola Lima, e Celso Cavalcanti, Diretor da Rádio Senado.
Festejamos hoje 25 anos da Agência e da Rádio Senado cientes da credibilidade conquistada com muito trabalho, na cobertura universal das atividades do Senado Federal. Nosso compromisso com o serviço público nos motiva a praticar o jornalismo legislativo com transparência, pluralidade, linguagem acessível e interatividade.
Sabemos que a comunicação pública revela sua maior importância justamente ao estreitar o laço entre a instituição que representa e a sociedade. Foi o que aconteceu em Ipiranga do Norte, município de Mato Grosso, com cerca de 8 mil habitantes. A prefeitura recorreu à série Orçamento Fácil, produzida pela Agência Senado, para explicar à população como os recursos públicos são distribuídos no Brasil. Assim, os moradores e gestores públicos desenvolveram o orçamento participativo e decidiram, em conjunto, quais investimentos seriam prioritários para a cidade. Essa série de vídeos é fruto da parceria com a Consultoria de Orçamento do Senado. Aliás, aqui registro o meu agradecimento a todas as diretorias do Senado Federal que apoiam as iniciativas da agência e da rádio e realizam diversos projetos em conjunto.
A aproximação entre o Poder Legislativo e a sociedade, almejada pelos veículos de comunicação do Senado, ficou ainda mais evidente nos últimos dois anos. Com a pandemia, os veículos não só anunciaram os fatos, mas cumpriram o papel constitucional de dar publicidade aos atos dos Senadores no socorro financeiro a brasileiros e brasileiras e na regulamentação de medidas sanitárias. Em atenção às normas de cuidado e prevenção contra a covid-19, os meios de comunicação da Casa ainda formaram uma rede multimídia, permitindo que a imprensa de todo o mundo ou qualquer pessoa física pudesse multiplicar as informações do Senado Federal sem precisar estar presencialmente na cobertura. Nós cedemos material bruto e até reportagens completas.
Papel relevante também foi conquistado no combate às notícias falsas. Inúmeras agências verificadoras reproduzem as matérias noticiadas pelos meios de comunicação do Senado ou citam a própria agência como fonte para testar a veracidade ou não de uma informação. Agência Lupa, UOL Notícias, G1 são alguns dos veículos que já citaram as publicações do Senado para desmentir fake news.
Mas toda essa preocupação em gerar material de qualidade não teria sentido se não alcançássemos o maior número de pessoas possível. Por isso, estamos de olho no advento novas ferramentas tecnológicas e inovações do mundo digital. Além de construir uma homepage de notícias, desenvolvemos aplicativo próprio, divulgamos conteúdo em listas de distribuição no WhatsApp e Telegram, publicamos fotos no Flickr, produzimos podcasts e marcamos presença nas redes sociais.
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Estão nos nossos projetos a ampliação da acessibilidade do site de notícias a pessoas com deficiência e a transmissão dos programas da Rádio Senado em vídeo pela internet. Assim, além de explicar e dar publicidade ao trabalho dos Senadores, servir de fonte de informação e checagem de notícias, a Agência e a Rádio Senado cumprem papel relevante na educação da população para o exercício da cidadania e resgatam ainda o espírito que deve reger a imprensa defendido pelo jornalista e Senador Ruy Barbosa em discurso proferido na sessão do dia 4 de maio de 1914. Dizia ele: "A imprensa é o meio de correspondência entre o Congresso Nacional e a Nação, é o ambiente onde a Nação respira, e respira o Congresso Nacional. Eliminada a imprensa, está decretada a asfixia, sequestrada a representação nacional, condenada a Nação a uma atmosfera de calabouço. A imprensa não é só uma liberdade individual, é ainda uma instituição, uma grande instituição da ordem política". Ouso dizer que o Patrono do Senado Federal teria orgulho da imprensa desta Casa.
Em nosso dia a dia, vivenciamos outro ensinamento defendido por ele: não é a imprensa que cria o sentimento público; o sentimento público é que cria a imprensa.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado, Érica Ceolin, Diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal.
Nós vamos ouvir o Sr. Fernando César Mesquita, Secretário de Comunicação à época da criação da Rádio Senado e da Agência Senado, que tem uma grande experiência na área da comunicação pública.
Fernando, meu abraço, meu bom-dia.
O SR. FERNANDO CÉSAR MESQUITA - Bom dia.
Eu não sei se estou sendo ouvido.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Sim, estamos.
O SR. FERNANDO CÉSAR MESQUITA (Para discursar.) - Nós vivemos num tempo em que há muita informação, desinformação, fake news, e a nossa memória e o nosso tempo são suficientes para aprender e guardar e conservar tudo que a gente ouve, lê, tudo que a gente sabe. Mas, como se trata aqui de uma sessão histórica, comemorativa e importante, eu tenho apenas que falar do que sei, do que vi e do que passei.
Eu quero agradecer ao Senador por esta sessão e agradecer ao Senador Izalci, à Ilana, ao Senador Chico Rodrigues e também à nossa Diretora Érica por se lembrarem do papel do Senador Sarney e também do meu.
Eu não quero aqui dizer nada que possa parecer que eu estou me envaidecendo, que eu estou me orgulhando, mas eu tenho muito orgulho de ser o autor do projeto que criou o sistema de comunicação do Senado. Graças ao conhecimento que o Senador Sarney tem de mídia, experiência política, como intelectual e como jornalista que foi, o Senador Sarney me pediu para elaborar um projeto de comunicação social para o Senado quando assumiu a Presidência, porque ele entendia que, com os tempos modernos, com tanta tecnologia, o Senado e o Congresso não tinham meios de se comunicar melhor e mostrar ao povo brasileiro o que estávamos fazendo, porque a mídia...
Eu fui repórter, no Congresso, desde 1963, chefe de redação, secretário de redação etc., e via a má vontade que a imprensa tinha com o Congresso. Só se divulgava o que era negativo, nunca se divulgava aquilo que era importante.
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Sempre se ia atrás de algum defeito, algum problema, alguma falha, algum interesse oculto. E eu via isso como repórter, como chefe de reportagem, como chefe de redação do Estadão aqui, eu sempre achei que isso era um absurdo. Então, quando o Presidente Sarney pediu um projeto, eu me reuni com alguns colegas do Senado e elaboramos um projeto que previa a Rádio Senado, a TV Senado, o fortalecimento do serviço de relações públicas da Agência Senado.
Eu vou falar aqui porque isto é necessário, já que a reunião é histórica. Quero dizer do trabalho que foi importante, o trabalho de todos os Senadores que na época estavam aqui nesta Casa para apoiar. O Senador Sarney fez uma sessão secreta, e apresentei um projeto em Plenário. Houve algumas resistências, porque ninguém acreditava que aquilo, aquele volume, naquela progressão, seria feito. E foi feito.
E eu quero agradecer a todos os colegas do Senado. O Senado é uma Casa que tem profissionais do mais alto nível. Eu quero reconhecer o trabalho do Prodasen. Sem o Prodasen, nós não teríamos avançado muito. Nós entramos numa área em que era necessário muito conhecimento tecnológico. Na parte de organização, nós tínhamos que ter gente que entendesse de licitação, de equipamento, de transmissores, de tudo que hoje é exigido para que uma rádio ou uma televisão funcione. E isso aí nós encontramos aqui no Senado: diretores que eram realmente dedicados, esforçados, competentes. Eu quero citar aqui o Agaciel Maia, que foi importantíssimo, porque ele sabia das dificuldades que as pessoas do Senado tinham para encarar um desafio daquele e sabia que havia uma determinação e era necessário - o Agaciel era o Diretor dessa época. E nós tínhamos também um grupo de funcionários da área técnica - eu me lembro aqui do Narciso, que era um dos chefes da área técnica, e do empenho que todo mundo teve para procurar se informar, para a gente fazer a coisa funcionar.
Eu tenho, assim, uma grande gratidão a todos os Presidentes que sucederam o Presidente Sarney, que levaram avante esse projeto, que não tiveram nenhum meio de aceitar o que a mídia fazia. Porque, quando nós começamos esse projeto, a mídia, que era dona da verdade, dizia o que queria e iria enfrentar uma realidade diferente, a realidade do que se passava efetivamente dentro do Congresso, dentro do Senado. E houve muita resistência. E hoje a mídia, a tradicional e a particular, é uma das maiores beneficiárias do que o Senado pode oferecer, tal a variedade, tal o volume de trabalho do Senado e da Câmara aqui.
E outro aspecto importante é que a criação do sistema de comunicação do Senado abriu uma porta para que se criasse no Brasil um sistema de comunicação nacional: veio a Câmara, veio a Justiça, depois vieram as Assembleias Legislativas, as Câmaras de Vereadores.
No caso da Rádio Senado, eu quero aqui parabenizar o Celso, na pessoa de todos os diretores que por lá passaram, inclusive o Silvio Hauagen, porque a Rádio Senado é uma beleza. Eu sou ouvinte até hoje da Rádio Senado. Recentemente eu pedi ao Celso para conseguir cópias de alguns programas de música popular que eu estava acompanhando, que, inclusive, eram feitos pelo Artur da Tavola, o Paulo Alberto, que era Senador e também colaborava.
Então, a Rádio Senado tem um papel importantíssimo porque ela chega em todo o Brasil, ela dá informação, ela faz a música popular brasileira valer.
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Outras emissoras também seguiram esse exemplo, embora a maioria das emissoras de rádio prefiram música internacional; mas a Rádio Senado mantém a tradição da música popular brasileira. Então eu só tenho elogios a fazer à Rádio Senado e à Agência Senado. A Agência Senado é importantíssima.
E também eu queria aproveitar para falar sobre o Senado como Casa. O Senado hoje é a Casa mais transparente do Brasil. O Senador está falando e, hoje, quem quiser já está recebendo a informação traduzida, em texto. São coisas que é preciso que se diga.
E quero também falar sobre todos os nossos colegas que estavam na Rádio, na época - simbolizados aqui pelo Silvio, que deve falar também -, e dizer que eu me sinto feliz em ver que esse fruto cresceu e que o Senador Sarney tem o seu papel na história, não por isso, mas por outras razões, mas também porque soube enfrentar esse desafio de fazer com que o povo brasileiro soubesse o que o Congresso faz, a maneira como o Congresso atua, no meio de tantas críticas, de tantas injustiças. São homens de muita seriedade, de muita competência.
Eu me lembro aqui do Senador Pedro Simon, que é um Senador por quem eu tenho a maior admiração. O Senador Pedro Simon uma vez falou para mim: "Eu fui reeleito Senador graças à TV Senado, porque os veículos de comunicação do Estado não me apoiam, ao contrário, me sabotam".
Então esse é apenas um pequeno depoimento que eu tenho sobre fatos importantes, muitos dos quais eu tenho registrados.
E eu gostaria então, enfim, de não me alongar, agradecendo principalmente à Ilana, que foi muito generosa com relação a mim e porque a verdade histórica deve ser dita no meio de tanta desinformação e tão pouca memória que nós temos hoje.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado ao Sr. Fernando César Mesquita, num depoimento muito importante de quem conhece a história e que ajudou na criação de todo esse complexo de informações que hoje serve tão bem ao Brasil. Meus parabéns, Sr. Fernando.
Vamos ouvir o Sr. Silvio Burle de Menezes, Coordenador-geral da Agência Senado.
Como nós já estamos com o horário adiantado, vou pedir a gentileza aos nossos convidados: nós teremos um tempo de cinco minutos e, assim que estivermos finalizando, nós vamos dar um pequeno aviso.
Sr. Silvio Burle, um bom dia, muito obrigado pela presença.
O SR. SILVIO BURLE DE MENEZES (Para discursar.) - Um bom dia a todos. Estão me ouvindo? Estão me ouvindo bem?
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Sim.
O SR. SILVIO BURLE DE MENEZES - O.k. Obrigado, então.
Em primeiro lugar, eu queria cumprimentar e agradecer ao senhor, Senador Carlos Viana, por ter apresentado o requerimento para esta sessão que o senhor está presidindo; aos demais Senadores e Senadoras que acompanham a sessão; lembrar o Senador José Sarney, que não pôde nos acompanhar na sessão, mas mandou essa mensagem; agradecer à Diretora-Geral do Senado, Ilana Trombka; à Secretária de Comunicação Érica Ceolin; ao Fernando César Mesquita, Secretário de Comunicação à época da criação da Agência e da Rádio; à Paola Lima, que é a Diretora da Agência e deveria estar aqui hoje - eu a estou substituindo porque ela está se recuperando da covid. Estamos torcendo aí para a pronta e rápida recuperação da Paola. Ela está bem, está acompanhando com a gente a sessão -; ao Celso, meu colega da Rádio, Diretor da Rádio; aos professores Jorge Duarte e Fernando Paulino; e a todos os servidores da Agência e da Rádio, ex e atuais, que nos acompanham hoje e, com muito orgulho, eu tenho certeza, comemoram esse aniversário de 25 anos.
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Bem, antes de falar sobre a importância da Agência Senado para o Parlamento, para a comunicação pública, para a democracia, eu gostaria de contar rapidamente um pouquinho da minha experiência profissional como integrante dessa equipe, porque eu acho que ajuda a entender o que move esse time, o time da Agência.
Nos 25 anos da Agência, eu tenho participado diretamente de doze. Fui admitido no Senado em janeiro de 2010 depois de ter tido uma carreira de jornalista na iniciativa privada. Até entrar no Senado, eu tinha um certo pé atrás com o serviço público, um receio de que minha vida profissional pudesse estacionar, era um preconceito mesmo, mas ainda bem que eu estava inteiramente enganado, porque o que eu encontrei, desde o primeiro dia de trabalho aqui no Senado, na Comunicação do Senado, foi justamente o contrário: gente bem preparada, gente criativa e, talvez mais importante do que qualquer outra coisa, gente compromissada com o resultado do trabalho. E é esse compromisso que, a meu ver, faz toda a diferença na história da Agência Senado, esse trabalho diário, de formiguinha, um trabalho incansável feito com o melhor dos propósitos: informar o cidadão de maneira aprofundada e precisa sobre todos os debates e todas as decisões que ocorrem no Senado e que, afinal, são as decisões e os debates que definem a sociedade brasileira e se materializam na realidade do país. Para todos nós que fazemos a comunicação no Senado e para nós da Agência especificamente, esse trabalho ambicioso no bom sentido, por ser abrangente, tem nome e sobrenome: é o que chamamos internamente, no nosso jargão diário, de cobertura universal.
A cobertura universal significa que todos os discursos proferidos em plenário pelos Senadores, todos os projetos apresentados, todas as audiências públicas das Comissões, todas as votações nas Comissões e no Plenário merecem a cobertura jornalística da Agência, ou seja, todas as atividades legislativas do Senado viram notícia, viram texto e foto no portal editado pela Agência Senado, que é o Portal Senado Notícias, portal onde também publicamos uma enorme quantidade de matérias produzidas pela Rádio Senado e pela TV Senado, num exemplo de integração e convergência de mídias que só tende a crescer nos próximos anos.
A cobertura universal é o centro, o coração, o motor que move todos os setores da Agência Senado, ela é a principal diretriz que orienta o trabalho da fotografia, da reportagem, da arte e da edição. É a cobertura universal que permite à Agência Senado defender valores centrais para a Comunicação da Casa desde a concepção dos veículos. E que valores são esses? Pluralismo, isenção, transparência, clareza e precisão sobre o trabalho do Senado e dos Senadores.
Por conta da cobertura universal, a Agência não escolhe o que deve ser feito, sua pauta jornalística é toda a pauta legislativa do Senado. Disso resulta que todos os Senadores, independentemente de partido, estado ou história política e pessoal, têm espaço nas reportagens publicadas no Portal Senado Notícias. Isso é pluralismo, convivência e diálogo de posições políticas antagônicas, a essência da democracia, um trabalho que não encontra paralelo na mídia privada.
Além disso, ao dar espaço a todas as vozes presentes no Senado, a cobertura universal mantém a Agência no caminho do equilíbrio, da isenção e da imparcialidade. Outro aspecto fundamental é que, ao informar sobre todas as etapas do processo legislativo e fazer isso de forma clara, explicando as implicações de cada projeto de lei na vida do cidadão e da cidadã, traduzindo o jargão do Congresso para o entendimento de todos, a Agência contribui decisivamente para a transparência do trabalho desenvolvido pelos Senadores.
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Assim, ela se tornou uma ferramenta essencial para que os eleitores possam exercer, de maneira mais plena e consciente, a cidadania, na medida em que conseguem acompanhar a rotina de seus representantes no Senado.
De quebra, a Agência e também a TV e a Rádio ajudam a desfazer aquela ideia tão cultivada nas mesas de bar de que o Senado e o Congresso de maneira geral trabalham pouco. Acredito que o volume de trabalho da própria Agência ajuda a dimensionar o quanto é intensa a atividade dos Senadores, mesmo em tempos de pandemia.
No ano passado, a Agência Senado publicou, como alguns Senadores lembraram, milhares de reportagens em texto e foto no portal Senado Notícias e também 2,5 mil notas em tempo real sobre decisões das Comissões e do Plenário. Disponibilizou ainda 65 mil novas imagens online para download gratuito na plataforma Senado Fotos, sem falar nas 2,4 mil reportagens em áudio produzidas pela Rádio Senado e outras 1,8 mil reportagens em vídeo assinadas pela TV, também publicadas no portal em 2021.
Embora esses números nos encham de orgulho, a Agência não se acomoda sobre eles. Nossa equipe sabe que é preciso ir ao encontro do cidadão e da cidadã onde eles estão. Novas maneiras de conectar o Senado e os Senadores com a sociedade são necessárias: buscar novos formatos, investir em novas linguagens, estar atentos às inovações da comunicação digital. Nessa busca, os exemplos mais recentes adotados em 2021 são as reportagens especiais em formato de Web Stories, o microblogue desenvolvido para cobrir grandes eventos em tempo real, como a CPI da Pandemia, e a presença no Instagram.
Toda essa dedicação se reverte em credibilidade - credibilidade verificável em números. Só no ano passado, os conteúdos publicados pela Agência contabilizaram entre 38 milhões e 40 milhões de visualizações e registramos 18 milhões de usuários. Vai longe, então, o tempo em que os críticos da comunicação pública, como a comunicação do Senado, chamavam-na de chapa branca. Na era das fake news, os leitores e eleitores buscam informação confiável, clara, precisa; e é isso que eles têm encontrado na Agência Senado e no portal Senado Notícias ao longo desses 25 anos.
Parabéns à Agência! Parabéns à Rádio! É um orgulho fazer parte dessa história e desse time.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado ao Silvio Burle de Menezes - parabéns pelas palavras -, Coordenador-Geral da Agência Senado.
Vamos ouvir mais um dos nossos convidados, Celso Cavalcanti, Diretor da Rádio Senado, por cinco minutos.
A palavra é sua, Celso. Um grande abraço e um bom dia.
O SR. CELSO CAVALCANTI (Para discursar.) - Muito bom dia, Senador Carlos Viana, autor do requerimento para esta sessão. Nosso muito obrigado ao senhor.
Sras. Senadoras, Srs. Senadores; prezadas Diretoras Ilana Trombka e Érica Ceolin; prezados colegas, ex-colegas, ex-diretores do sistema de comunicação do Senado, Fernando, Silvio, Valéria; caros convidados, que nos honram muito com a sua presença - muito obrigado -; senhoras e senhores, fazer comunicação pública legislativa é um trabalho ao mesmo tempo desafiador e apaixonante. Numa época em que as mídias sociais permitem a qualquer usuário produzir e disseminar conteúdos, o nosso trabalho ganha ainda mais relevância. Temos a obrigação de ser - e somos - um porto seguro de informação confiável, precisa e de qualidade.
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No seu livro O Espírito das Leis, uma das obras de referência do Iluminismo, Montesquieu nos alerta que as decisões tomadas no Parlamento impactam no funcionamento do Estado de forma ampla e também a vida de cada indivíduo nas mais diferentes esferas. Daí, Senador Carlos Viana, não é exagero afirmar que, ao conectar o Senado com esse cidadão, com esse indivíduo, levando a cada brasileiro, onde quer que ele esteja, informações sobre todas as votações e debates que acontecem aqui na Casa, estamos contribuindo sim para o exercício da cidadania e o fortalecimento da democracia em nosso país.
Como eu falei, esse trabalho é feito por uma equipe de apaixonados. Somos um time muito comprometido com o veículo rádio e principalmente com o sentimento de fazer da nossa emissora um veículo realmente útil para a sociedade, uma equipe que trabalha também muito alinhada com as demais áreas e veículos de comunicação da Casa, cuja parceria tem sido imprescindível para que a gente possa cumprir nossa missão institucional.
A nossa programação, como já foi dito, tem como carro-chefe a transmissão ao vivo das sessões plenárias e das reuniões das comissões temáticas e o nosso jornalismo está sempre atento em cada canto desta Casa, cobrindo essas atividades que são divulgadas por meio de matérias, noticiários, programas de entrevista veiculados ao longo de todo o dia, de toda a semana. Para citar apenas dois exemplos, sem querer ser injusto com os demais, duas referências, dois carros-chefes que nós temos neste jornalismo: pela manhã, o Conexão Senado, que virou ponto de encontro e interação com ouvintes de todo o país - a cada edição, são dezenas de mensagens de ouvintes que chegam, telefonemas de ouvintes que querem opinar, dar sugestões, criticar também, enfim, participar, eles também, do dia a dia do Senado por meio desse programa -, e, à noite, o nosso Jornal do Senado, durante A Voz do Brasil, que resume em dez minutos, para milhões de ouvintes... Mesmo após a flexibilização do horário do A Voz do Brasil, a gente ainda tem um público muito grande que ouve, um público fiel a esse noticiário. Em dez minutos, nesse Jornal do Senado, nós conseguimos resumir tudo que de mais importante aconteceu naquele dia no Senado Federal.
Muitas de nossas reportagens especiais já foram reconhecidas em importantes premiações jornalísticas no Brasil e no exterior. Essas reportagens abordam temas diversos de interesse da sociedade, como história, cultura, educação, economia, enfim, vários temas em que a gente tem um feedback muito positivo por parte dos ouvintes, reconhecidos também nessas premiações.
E outro foco importante também do nosso trabalho é a valorização da cultura, a divulgação da música popular brasileira, seja por meio de artistas já consagrados ou de novos talentos da MPB, e também várias outras vertentes da música nos programas semanais de rock, de samba, de jazz, de música regional. Músicas que abrangem cada cantinho deste país a gente também toca aqui. E temos programa de literatura também.
Sr. Presidente, a Rádio Senado chega aos 25 anos também com a rede FM implementada em 17 capitais das cinco regiões, o que é possível por meio de parcerias que o Senado firma com instituições locais, em sua maioria, Assembleias Legislativas. E eu quero aproveitar também este momento para agradecer muito a esses parceiros nos estados - muitos deles estão nos acompanhando nesta edição -, agradecer também às mais de 4,5 mil emissoras parceiras de nossa radioagência. São emissoras públicas, privadas, comerciais, web, comunitárias, educativas, enfim, de qualquer natureza, que, ao se registrar na nossa radioagência, passam a poder retransmitir vários de nossos programas em suas grades. Com isso, elas nos ajudam também a cumprir a nossa missão de divulgar o trabalho do Senado Federal para todo o território nacional.
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Sr. Presidente, nós vivemos hoje a era da comunicação sob demanda. Hoje é o ouvinte que decide quando e onde pretende acessar qualquer conteúdo de seu interesse, e a Rádio Senado está muito antenada com isso. Temos hoje uma forte presença na internet, com perfis atualizados nas mídias sociais e também nas principais plataformas agregadoras de podcasts. Aliás, o Senado Federal - esse é um dado muito interessante -, por meio de sua rádio, foi o primeiro órgão participante de A Voz do Brasil a disponibilizar esse noticiário tão longevo na íntegra no formato podcast, um sinal do pioneirismo aí da rádio, e é o nosso podcast jornalístico mais acessado - outro dado interessante.
Muita coisa mudou então desde aquele início de 1997, quando a internet ainda engatinhava por aqui. Passados esses 25 anos, o cidadão está muito mais conectado e mais exigente em relação ao trabalho do Parlamento. A informação circula numa velocidade jamais vista, jamais imaginada, e os veículos de comunicação hoje são obrigatoriamente multiplataformas e interativos, sob pena de não existirem mais. A Rádio Senado, como nós vimos, está muito atenta e sintonizada com essa evolução, estamos em permanente transformação, mas se há algo que não pretendemos e não podemos nos mudar, Sr. Carlos Viana, Sr. Senador, é o nosso compromisso com a credibilidade da informação: a comunicação pública, transparente e a nossa certeza de estar contribuindo para a democracia no Brasil.
Muito obrigado, Senador.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado ao Celso Cavalcanti pelas palavras, Diretor da Rádio Senado.
Nós vamos ouvir agora a Sra. Valéria Ribeiro, Diretora da Agência Senado, no período de 2005 a 2009. Muito bem-vinda. Um bom dia, Valéria.
A SRA. VALÉRIA RIBEIRO (Para discursar.) - Bom dia, Exmo. Senador Carlos Viana, Exmas. Senadoras e Senadores, estimados colegas da Casa e do sistema de comunicação do Senado Federal.
Fico feliz, grata e emocionada, como os colegas que me antecederam - o Celso, o Silvio, a Ilana e a Érica - citaram, e honrada de falar em nome dos primeiros chefes e diretores da agência, mas fico mais confortável como repórter e jornalista, que é como a maioria de nós aqui chegou e sempre atuou.
Não parecia a mim que tanto tempo havia se passado: 25 anos. A internet comercial chegou ao Brasil em 1995, e a Agência do Senado e também a Rádio já estavam formalmente instituídas menos de dois anos depois. Apenas esse dado é capaz de mostrar como o Senado, os Senadores e o grupo de servidores que estruturou esse potente sistema de comunicação foram audaciosos. E como outros também que já me antecederam, quero destacar a coragem do Senador José Sarney, do Diretor Fernando César Mesquita, do Flávio, do Helival, da Marilena, do Duque, da Virginia, da Rita e de tantos outros e queridos amigos da comunicação, alguns já não entre nós.
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Destacaria a qualidade dos jornalistas que para cá vieram, saídos dos grandes veículos de comunicação do país, com trajetória e renome, mas também a energia dos mais jovens, a disposição e a experiência dos mais antigos, todos juntos para, no raiar no novo século e do novo milênio, trazerem para a nova comunicação a grande novidade que iria mudar a vida de todos nós: a internet.
Foram, é claro, enormes desafios para deixar o suporte do meio impresso e entrar no virtual, alterar o horário da entrega das matérias, o tamanho das matérias, a forma de escrevê-las e de editá-las, de modo que a palavra proferida no Plenário por uma ou um Parlamentar pudesse estar disponível quase que imediatamente ao seu usuário e eleitor.
A Agência Senado passou a fazer com que o vivo dos meios sonoros e imagéticos fosse transposto para os meios e produtos impressos. Quem viveu vai se lembrar: chegava a mídia do tempo real, e era mesmo um real tempo de se acelerar. A Agência Senado cresceu na mesma medida e rapidez que o número de usuários de internet no Brasil. Penso que não foi apenas porque esse grupo de servidores públicos acreditava e trabalhava arduamente para modernizar a comunicação da Casa, mas principalmente porque todos viam, de maneira quase visionária, que a Agência Senado e os demais veículos da Casa poderiam funcionar através de um meio de acesso abrangente e global, levando a mensagem política original ao cidadão, democratizando a informação e as práticas cidadãs.
Sou grata por ter participado desse momento e parabenizo a todos que também dividiram esse instante pelo trabalho de todos os jornalistas, diretores, funcionários terceirizados, comissionados, colegas da administração da Casa, Senadoras e Senadores que sempre apoiaram as iniciativas da implantação da Agência Senado, hoje Portal de Notícias Senado. Vários deles já não estão aqui, mas, na figura da Diretora Paola, a quem agradeço o convite, parabenizo também os atuais e valentes colegas que tocam a agência e os outros veículos da Casa. A confiança que esse veículo, a agência, usufrui junto à imprensa nacional, ao meio político e à população é a prova de que acertamos ao acreditar na necessidade de o Senado ser um dos primeiros a trazer e a usar a internet em sua comunicação com o Brasil, e defendê-la.
Quero citar ainda a ideia de um pensador e teórico não muito conhecido, o canadense Harold Innis - que é contemporâneo do Marshall McLuhan, que é muito mais famoso pela ideia de aldeia global -, que dizia que uma civilização fica conhecida pelos meios que ela utiliza. Nós já somos historicamente conhecidos, a nossa civilização mundial, como aquela que mais usa as tecnologias de comunicação. Nesse sentido, eu acho que o Senado é precursor, exemplo e, honrosamente, iniciou a implantação de um sistema de comunicação com as tecnologias mais avançadas, e hoje segue sendo exemplo.
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Por isso, eu quero parabenizar todos os colegas da agência, os do passado e os de hoje, da rádio e de todos os demais veículos pela aventura que compartilhamos e continuamos a compartilhar juntos. Meu muito obrigada e parabéns a todos.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Muito obrigado, Valéria Ribeiro, Diretora da Agência Senado no período de 2005 a 2009.
Nós vamos ouvir também o Sr. Silvio Hauagen, Diretor da Rádio Senado no período de 1997 a 2001.
Sr. Silvio, muito bom-dia.
O SR. SILVIO HAUAGEN (Para discursar.) - Bom dia, Senador Carlos Viana.
Estou muito agradecido pela sua iniciativa, no sentido de fazer acontecer uma reunião tão importante como a de hoje.
Sou servidor do Senado desde 1974. Vou falar na primeira pessoa, porque é necessário, representando muitos que ingressaram no Senado naquela época.
Ingressei no Rio de Janeiro e trabalhava no subsolo do Palácio Monroe. Os senhores hão de indagar: "Subsolo do Palácio Monroe?". Sim. Era onde funcionava uma equipe de jornalistas que toda semana, de segunda a sexta, começava a trabalhar às 3h30 da madrugada. Os jornais chegavam, frescos, da edição, e era composta uma súmula com os principais destaques. Essa súmula era transmitida para Brasília, via telex, aqui retornava a texto e depois virava novamente um caderno com noticiário que pontualmente era entregue nos gabinetes, entre 9h e 9h30 da manhã. Era um esforço que representava a capacidade do trabalho em equipe.
Aprendi muito com eles. Nunca neguei ajuda. Sempre procurei ser solidário.
Dou esse exemplo, porque ele é válido até hoje. O trabalho de construção da Rádio Senado foi feito à base de muito sacrifício, sem olhar a tênue linha da relação do servidor com o serviço público, que é de direitos e obrigações.
Não encontrei, nessa trajetória, nenhuma ocorrência, felizmente, que pudesse prejudicar o trabalho em equipe.
Érica, eu também comecei no subsolo.
E eu quero agradecer - e me perdoem a emoção - a todos os Srs. Senadores e Senadoras que nos prestigiam neste momento, mas é indispensável agradecer à audiência que nós estamos tendo neste momento, seja ela curta, mais longa, da forma que tiver que acontecer, mas que nos prestigia e se informa e, muitas vezes, é multiplicadora da informação.
Quero agradecer ao homem de Estado, Presidente José Sarney, e ao Fernando César pelo apoio irrestrito ao projeto da Rádio Senado, como também para as demais atividades da área de comunicação no geral.
Fernando cobrava muito, 24 horas cobrando, 48 horas ajudando. Com certeza. Tenho saudade, Fernando.
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Quanto à programação da Rádio Senado, ela nasceu de uma dificuldade, de um desafio muito grande, porque, situando no tempo, em 1994 - vamos fazer uma pequena viagem - a Voz do Brasil era o único informativo com que o Senado contava para dialogar com a população brasileira, de então 165 milhões de pessoas. Dez minutos era muito pouco, porém muito importante, e é importante até hoje, para exprimir o esforço do Legislativo no sentido de melhorar o dia a dia do cidadão. Esse era um desafio sempre na linha do horizonte. Era um desafio a ser perseguido. A gente caminha, caminha, caminha e ele sempre está lá. Era uma tentativa de chegar a uma solução plena, e era praticamente - me perdoem - impossível, num dia de grande atividade legislativa, pela manhã as comissões permanentes, as CPIs, as comissões de inquérito, e com as atividades de Plenário acontecendo todas no mesmo dia. Isso acontecia com frequência.
Esse foi o desafio. Qual era a solução? A solução era óbvia. Era a criação de uma emissora de rádio que o Congresso Nacional, em 1963, mais precisamente em abril, havia aprovado - os estudos para a criação de uma rádio do Congresso. Esse sonho ficou adormecido. Já se foram mais de trinta e poucos anos, mas que ressurgiram com o projeto de comunicação social do Senado, implantado em 1995 e que foi um esforço coletivo muito grande, muito. Num prazo de seis meses - era a nossa obrigação - nós tínhamos que colocar a rádio no ar. Foi o nosso compromisso. Isso só foi possível graças a um trabalho coletivo, em especial da comunicação social, mas contando com uma doação imensa por parte da administração da Casa, sem atropelar o rito processual. E aqui eu quero elogiar a administração da Ilana Trombka, que é um exemplo desse espírito de trabalho em equipe. Deu celeridade a todas as iniciativas tomadas pelo Senado Federal. Eu acompanho à distância, sempre acompanho, mas hoje sou um telespectador, um ouvinte da Rádio Senado. Não tenho mais o ouvido crítico. Sou um admirador, ainda um apaixonado.
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Eu quero encerrar pedindo desculpas a todos os presentes pela emoção, porque é muito honroso, em nome de todos os servidores e colegas que nos sucederam na administração da Rádio Senado, e que eu quero homenagear porque me substituíram, juntamente com suas equipes, que foram: Cezar Motta, o talentoso Cezar Motta; Max Fabiano; Ivan Godoy; George Cardim; Adriano Faria, comigo desde o início da emissora; Flávio Mattos; Marco Reis; chegando até ao Celso Cavalcanti, que hoje, com muita competência, junto com a sua equipe, mantém esse processo de informar, de tratar a comunicação de uma forma cada vez mais moderna, mas sem perder aquela linha, aquela essência da comunicação do rádio. O rádio é amigo, o rádio ensina, o rádio é companheiro. A gente o liga e ele está lá. Ele nos conforta, ele nos estimula e principalmente ele nos informa. Existe, então, uma diferença muito grande entre o que era a comunicação social do Senado de 1994 até 1997. A partir daí, nós começamos a mudar a história, evidentemente com o apoio irrestrito de todos os Srs. Parlamentares. Não foi uma caminhada solitária. A união faz a força.
Muito obrigado a todos e perdoem a emoção.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Não há o que perdoar, Sr. Silvio, há o que admirar pela sua história de vida e dedicação a todo o trabalho e à vida pública. Meus parabéns e meu abraço! Eu fico mais feliz ainda, Sr. Silvio, de poder presidir esta sessão, ser aqui testemunha e levar a vocês a homenagem de todos os Senadores pelo trabalho prestado a nós e ao Brasil nesses últimos anos. Parabéns, mais uma vez!
Nós estamos caminhando para o final da sessão e temos dois convidados, mas, antes, nós vamos assistir a um vídeo do ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que também deixou a sua homenagem.
(Procede-se à exibição de vídeo.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Muito obrigado pelo vídeo.
Ele participou também e foi testemunha de toda essa história.
Vamos ouvir o Sr. Fernando Oliveira Paulino, que é o Presidente da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom).
Sr. Fernando, bom dia.
O SR. FERNANDO OLIVEIRA PAULINO (Para discursar.) - Bom dia, Senador.
Como Presidente da Socicom, agradeço a V. Exa. pela Presidência e pelo requerimento desta sessão, que acontece em um momento muito oportuno, porque estamos na semana que celebra o Dia Mundial do Rádio, o dia 13 de fevereiro.
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Na pessoa do Senador Carlos Viana, eu gostaria também de saudar os demais e as demais Parlamentares, estimulando que o Congresso Nacional continue a promover a comunicação pública, a ciência, a tecnologia e a inovação. As pandemias sanitárias e as tentativas autocráticas que vivemos no Brasil e no mundo demonstram a importância de tais medidas.
Igualmente eu agradeço a participação do Dr. Fernando César Mesquita, do meu querido amigo e colega Jorge Duarte e parabenizo a Ilana Trombka, a Érica Ceolin, a Paola Lima, o Celso Cavalcanti, a Valéria Ribeiro, o Silvio Hauagen e todas as pessoas que integram ou integraram as equipes da Rádio Senado e da Agência Senado pelo trabalho realizado e pelas ações de celebração dos seus 25 anos.
Aproveito a oportunidade, Senador, para estimular o público a acessar os conteúdos online que já estão sendo produzidos em relação a esta celebração. Há muita coisa interessante já demonstrando numa linha do tempo os conteúdos produzidos e a relevância da Rádio Senado e da Agência Senado.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu os princípios para os serviços públicos no Brasil, definindo bases normativas para políticas públicas em áreas setoriais como saúde, educação e comunicação. Afirmando o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal e o direito à informação, a Constituição deu um passo decisivo para o estabelecimento e o fortalecimento de ações de comunicação pública no nosso País.
Comunicação pública é prática, como já relatado aqui nesta sessão de extrema relevância, e também é tema de ensino, pesquisa e extensão nas instituições de educação superior que oferecem cursos de graduação e pós-graduação em todas as regiões do País, formando comunicadores e também formando e orientando o público em relação à comunicação.
Representantes das instituições de educação superior e de associações acadêmicas foram fundamentais na afirmação da comunicação como um direito constitucional e na definição dos chamados canais de acesso público na então Lei do Cabo, 8.977, de 1995, que serviu de referência para a criação das iniciativas que estão sendo celebradas hoje. Tais decisões normativas foram fundamentais para a criação da Rádio Senado e da Agência Senado em suas funções de promoção da cidadania e do direito à informação. Desde o momento de suas criações, os canais de comunicação do Congresso Nacional, de maneira inovadora, têm se constituído como uma referência local, regional, nacional e internacional de disponibilidade, diversidade, pluralidade de opiniões e prestação de contas. A Agência Senador e a Rádio Senado têm qualificado o debate público e promovido um diálogo com a sociedade que precisa ser ainda mais comunicado, para que haja uma compreensão dessa sua relevância.
Para concluir, Senador, e ficar dentro do tempo que havia sido estabelecido, eu gostaria de apontar alguns desafios para o presente e para o futuro da comunicação pública, em especial das ações que têm sido desenvolvidas no Poder Legislativo.
É muito importante manter e expandir a acessibilidade e a diversidade também a partir de parcerias com canais universitários e das organizações da sociedade civil.
É essencial, especialmente neste ano que vivemos, quando haverá eleições, intensificar ações de prevenção à desinformação, chamadas fake news, incluindo a publicação de conteúdos educativos específicos e - por que não? - realizando oficinas online e presenciais, oferecendo cursos a partir das plataformas que essas ações que têm sido debatidas hoje já começam a realizar.
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É também, entendemos, muito importante garantir a presença dos canais legislativos nos ambientes analógicos e digitais, fortalecendo tais iniciativas e a comunicação pública de uma forma geral, o que significa também investir na autonomia e na qualificação permanente dos servidores. Acho que é um tema que merece a nossa atenção.
Outro tema importante é fomentar continuamente a cooperação regional com os canais que foram citados anteriormente, que constituem uma ampla rede que vai desde as Câmaras Municipais e chega até o Congresso Nacional. Também é essencial estabelecer ainda mais bases para a cooperação nacional entre os canais legislativos e outras instituições ligadas à comunicação pública, algumas delas num momento bastante crítico, especialmente a Empresa Brasil de Comunicação, que vive uma ameaça de extinção ou de desestatização. Gostaria de convidar os Senadores também a participarem desse debate que tem sido feito por associações científicas, acadêmicas, organizações sociais e sindicais, seus servidores em todo o Brasil.
Também é muito importante expandir a cooperação internacional que tem sido realizada, mantendo a promoção do conhecimento de ciência e tecnologia, alcançando também públicos específicos, como crianças e adolescentes, que têm o direito à informação e o direito à comunicação, e estão sendo bastante atingidos pela pandemia. E, com isso, Sr. Senador, estaremos mais em condições de, no presente e no futuro, ter uma comunicação pública forte, na certeza de que as universidades, associações científicas e principalmente seus docentes, técnicos e estudantes estarão sempre à disposição do Congresso Nacional e, claro, da sociedade brasileira nesses esforços.
Muito obrigado pelo convite.
Parabéns à Rádio Senado, parabéns à Agência Senado e parabéns às pessoas que participam dessa história na produção, na distribuição e no acesso aos conteúdos realizados!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Muito obrigado ao Sr. Fernando Oliveira Paulino, Presidente da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom).
Por último, ouviremos também o Sr. Jorge Duarte, Gerente de Comunicação Estratégica e Diretor da Associação Brasileira de Comunicação Pública, que está nos acompanhando desde o início. O meu bom-dia, Sr. Jorge!
O SR. JORGE DUARTE (Para discursar.) - Bom dia, Exmo. Senador Carlos Viana! Obrigado pelo convite, parabéns pela iniciativa de realizar esta sessão! Bom dia a todos!
Eu cumprimento os participantes, em particular os Senadores e os integrantes do sistema de informação do Senado Federal. É uma honra participar da solenidade comemorativa dos 25 anos da Rádio Senado e da Agência Senado.
Eu vou seguir um pouco a partir da apresentação do Fernando Paulino. Eu atuo na Embrapa e na Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), que reúne profissionais de comunicação, professores e interessados em potencializar o uso da comunicação para garantir a ampliação do acesso do cidadão ao conhecimento e à ação de interesse público. É uma entidade jovem que já reúne agentes de comunicação de todos os estados, com alguns deles, talvez muitos até, atuando no Senado.
E aqui eu quero, como parte desta fala, agradecer a todos que fizeram da Rádio Senado e da Agência Senado parte de um sistema de informação ao cidadão para ajudá-lo a exercer a cidadania. A Agência Senado e a Rádio Senado possuem uma concepção e uma trajetória que fortalecem a democracia e a cidadania no Brasil. Isso é uma conquista da sociedade, porque a comunicação pública com a sociedade é uma responsabilidade e uma obrigação, e não apenas uma prerrogativa; comunicação não é apenas emitir informações, mas ajudar as pessoas a entender o mundo.
Na comunicação pública centrada nos interesses do cidadão, o Estado atua como indutor e facilitador, e o Senado cumpre esse papel ao ajudar o cidadão a obter informação a respeito do que é de seu interesse.
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Assim, fazer comunicação pública é assumir a perspectiva cidadã nos temas de interesse coletivo. A comunicação de órgãos, como a Agência Senado e a TV Senado, deve ser tratada como instrumento de desenvolvimento, aperfeiçoamento da democracia e construção da cidadania.
E aqui é bom lembrar que a gente tem uma dívida enorme com o brasileiro: 38 milhões de brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos funcionais; entre 38 nações, o Brasil é o segundo povo que sabe menos a respeito de si mesmo; e o brasileiro é o povo, entre 19 nações - mostra outra pesquisa de 2018 -, mais suscetível a discursos populistas.
Então, a Agência e a Rádio Senado têm um papel e estão ajudando o Brasil a enfrentar o desafio da informação e do desconhecimento. E esse desafio é muito grande. A Agência e a Rádio têm o papel de garantir informação de qualidade a um público amplo e plural, promover os temas de interesse público e melhorar a compreensão sobre a política, a democracia e a ação pública. Assim, não se trata apenas de disseminar informação, mas de garantir a pluralidade de visões, o acesso, a compreensão e a participação. Trata-se de ajudar o cidadão a garantir sua cidadania plena. E isso é muito mais difícil numa época atual, com o impacto das falsas notícias, da manipulação e do engodo, que tumultuam o ambiente, dificultam a compreensão do que está acontecendo no país.
Por tudo isso, meus cumprimentos ao que eu chamaria de comunicador protagonista, que atua no Senado e que busca essa sociedade mais plural, diversa, informada e participativa.
O Gilberto Gil fala, numa música, que o povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe. É nossa missão, comunicadores da área pública, garantir ao cidadão os direitos que ele nem sabe que possui e garantir também toda a informação que facilite sua inserção ativa na sociedade.
Eu queria dizer a quem faz a Rádio e a Agência Senado que vocês são fundamentais para termos um cidadão mais informado, mais esclarecido, mais participante, com maior capacidade de conhecer e interpretar o país.
Nossos cumprimentos a todos os dirigentes e servidores que fazem ou fizeram da Rádio Senado e da Agência Senado um significativo instrumento de cidadania.
Muito obrigado pela oportunidade.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Muito obrigado ao Jorge Duarte, Gerente de Comunicação Estratégica e Diretor da Associação Brasileira de Comunicação Pública.
São muito interessantes os dados que o senhor trouxe. É preciso encarar a realidade, nos conhecermos para entendermos com clareza o que está acontecendo no país. Nós fomos suscetíveis ao discurso populista em várias épocas, ainda o somos e possivelmente continuaremos sendo, porque desconhecemos como nós mesmos funcionamos. Achei muito interessante e muito apropriado. A informação pública de qualidade, como a da Rádio Senado e da Agência Senado, é fundamental para que o brasileiro entenda com clareza como funcionam os mecanismos que decidem a vida e o futuro do país. Muito obrigado pela palavra.
Senhores, caminhamos para o encerramento.
Eu quero agradecer, primeiramente, a todos os jornalistas e profissionais da Rádio Senado e da Agência Senado, que me permitiram solicitar esta sessão especial e estar aqui homenageando a todos. Obrigado à Ilana Trombka, Diretora-Geral do Senado; à Érica Ceolin, Diretora da Secretaria de Comunicação Social; ao Fernando César Mesquita, é um prazer conhecê-lo e conhecer também da sua história; ao Sr. Silvio Burle de Menezes, muito agradecido; ao Celso Cavalcanti, Diretor da Rádio Senado; à Valéria Ribeiro; ao Fernando Oliveira Paulino; agora ao Jorge Duarte; e a todos que participaram.
Eu me sinto muito honrado e mais uma vez desejo...
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Ah, sim. Está ali a Senadora Eliziane Gama. Então, antes do encerramento, vamos ouvir a nossa Senadora pelo Maranhão.
Bem-vinda, Eliziane!
A SRA. ELIZIANE GAMA (PDT/CIDADANIA/REDE/CIDADANIA - MA. Para discursar.) - Obrigada, Senador Carlos Viana. Eu quero lhe agradecer profundamente por me conceder ainda, aqui, esta fala no final da sessão - e aí, portanto, serei muito breve.
Quero cumprimentá-lo e parabenizá-lo pela extraordinária iniciativa de realização desta sessão. Quero cumprimentar a todos os demais colegas, na sua pessoa; e cumprimentar a todos os profissionais aí da comunicação, na pessoa da Érica e também do Fernando César Mesquita, que representam muito bem esses profissionais destemidos, dedicados, entregues, sem hora para trabalhar, sem tempo para trabalhar - eu digo "sem tempo para trabalhar" assim: com todo o tempo, porque não têm hora, entram pelo dia, pela noite, pela madrugada e estão lá trabalhando.
E eu fico feliz porque eu sou radialista, não é? Eu sou jornalista e também comecei a minha caminhada profissional no rádio, e eu sei o quanto o rádio é importante para as nossas vidas. A gente sabe que, quando surgiu lá atrás o rádio e depois veio a televisão, as pessoas diziam: "A televisão chegou, nós vamos aqui acabar com o rádio, que vai sumir". E o rádio ficou ainda mais forte, porque ele está presente na vida das pessoas, seja no trânsito, seja em casa, seja no trabalho - você está lá com a possibilidade real de acompanhar as informações através do rádio.
E a iniciativa de um maranhense, o ex-Presidente Sarney, da implantação da Rádio Senado e da Agência Senado foi fundamental. Eu entendo que foi um divisor de águas em um dos princípios que são fundamentais da administração pública, que é a transparência pública. Através aqui do rádio, da agência, todos os profissionais conseguem, na verdade, levar para o restante do Brasil as informações e o trabalho feito pelo Senado Federal, pelos Senadores. E, como já disseram aqui, às vezes isto está na sociedade brasileira: que a representação política não trabalha. É ao contrário: a gente trabalha e trabalha muito. O rádio tem esse papel fundamental de levar essa informação. Então, democratiza a informação.
Eu sou de um estado, Carlos Viana, que é um estado muito grande - nós somos 217 municípios no Maranhão. Então, são muitos municípios, e muitos deles, inclusive, ainda em situação, do ponto de vista de tecnologia, muito defasada. Nossa cobertura, inclusive, digital é uma das mais baixas do Brasil. E o rádio acaba tendo um papel fundamental na vida dessas pessoas, não é? Às vezes são comunidades distantes em que o acesso, inclusive, do transporte é muito difícil. Mas estará lá o rádio, que as pessoas acompanham. Às vezes, na nossa caminhada, alguém sempre diz: "Olha, Senadora, eu a ouvi lá na Rádio Senado". Enfim, a gente sempre ouve isso; ou seja, está lá presente através desse poderosíssimo instrumento de comunicação que é o rádio e também naturalmente a agência, porque acabam os dois, um municiando o outro, com um volume de informações realmente muito pertinente, muito importante.
Então, eu quero parabenizá-lo, Carlos Viana, pela iniciativa, você que é um grande comunicador. A gente ouviu aí vários outros comunicadores também que têm o início da caminhada, assim como eu, na comunicação. A gente está aqui no Senado e a gente continua presente no rádio, conversando através desses grandes profissionais da comunicação.
Muito obrigada, e que Deus abençoe a todos e todas!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Viana. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MG) - Obrigado, Senadora Eliziane Gama, pelas palavras.
Cumprida a finalidade desta sessão especial remota do Senado Federal, agradeço às personalidades que nos honraram com a sua participação e a você que nos acompanhou.
Está encerrada a sessão, e o nosso desejo de mais 25 anos de muito trabalho, de muita informação pública e de serviço ao Brasil!
Um abraço a todos.
(Levanta-se a sessão às 11 horas e 16 minutos.)