O SR. JÚLIO CAMPOS (PFL - MT. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, visitei neste final de semana, na região nordeste de Mato Grosso, o Vale do Araguaia, mais conhecido como Baixo Araguaia. A região, que tem como sede principal a cidade de São Félix do Araguaia, é composta de vários municípios, alguns recém-criados. Voltei deveras preocupado com a situação da hanseníase naquela região. O quadro dos doentes de lepra no nordeste mato-grossense agravou-se muito. Nos dois dias que ali passei, vi, com tristeza, que a saúde da população é realmente cada vez pior.

    Hoje, pela manhã, transitamos pela Capital do Tocantins, Palmas. Conversando com alguns Parlamentares daquele Estado, nós os fizemos ver que o problema da hanseníase no Vale do Araguaia, nas duas margens do rio, tanto do lado do Mato Grosso como de Tocantins, é muito grave e exige providências, não só por parte do Ministério da Saúde como também das Secretarias de Saúde dos dois Estados.

    Em virtude da situação econômica e financeira do País, houve empobrecimento brutal da população brasileira. Também naquela região o nível de desnutrição do povo está tendo uma grave conseqüência em virtude da fome e da precária situação da saúde, como pude constatar. A pobreza é muito grande, não só em termos econômicos como também educacionais e culturais. Além disso, há deficiência no setor rodoviário - as estradas estão em estado lamentável. Tanto o setor energético e como o de saneamento básico se encontram também em situação muito difícil.

    Faço, neste instante, um apelo ao Ministério da Saúde, para que, por meio da Fundação Nacional da Saúde, dê mais assistência à população do Vale do Araguaia, de ambos os lados, pois, realmente, a saúde da população, em termos de saúde pública, é a pior dos últimos anos.

    Faço, neste instante, da tribuna do Senado Federal, um apelo aos Governadores dos Estados de Mato Grosso e de Tocantins, Jaime Campos e Moisés Avelino, e ao Ministério da Saúde, especialmente, agora liderado por um político do Centro-Oeste, um homem de Goiás, Ministro Henrique Santillo, no sentido de que tomem providências urgentes para minorar o sofrimento daquela gente. Nas próximas horas, pedirei audiência ao Ministro da Saúde, para relatar pessoalmente a S. Exª o que vi nesse final de semana. Se não houver um apoio muito grande da Fundação Nacional de Saúde àquele povo, já tão alarmado e preocupado, cada vez mais haverá atraso brutal no tratamento dessa doença.

 Muito obrigado.

      Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.