O SR. ONOFRE QUINAN (PMDB-GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Líbano é um país castigado por constantes conflitos armados. O Sul e a Bekaa-Oeste, então, sofrem terríveis assédios militares por parte de Israel, cujas agressões vêm se acentuando e fazendo vítimas civis e dolorosas destruições, ao longo do território sulino e oestino.

As informações que nos chegam, procedentes da Assembléia Nacional da República Libanesa, contam que muitos libanases sofrem injustas detenções nas famigeradas prisões de Khyam, bem como em prisões da Palestina ocupada, onde estão em vigor as condições previstas na Convenção de Genebra. Ali acontece que integrantes da comunidade libanesa são detidos, sem serem julgados. E ainda são torturados cruelmente.

Ocorre ainda que, com a renovação de rotina das Forças de Segurança Internacionais no Sul do Líbano, Israel vem reafirmando sua disposição de não levar em consideração as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, relativamente àquele País, especialmente com vista às Resoluções nºs 425 e 426.

As autoridades e o povo, liderados pela Assembléia Nacional, erigiram o dia 14 de março de 1995 como "Dia Libanês Internacional", para o Sul e Bekaa-Oeste, tendo em conta que essa data assinala o décimo-sétimo aniversário da invasão israelense no Líbano, em 1978.

Com essa iniciativa, visa-se a pressionar o Estado de Israel a acatar as resoluções da ONU, também libertando os detentos libaneses das prisões israelenses.

Para este Senador, descendente da valorosa raça libanesa, esta é uma oportunidade de nos solidarizarmos com o sofrido povo do Líbano, um dos mais belos países asiáticos, berço de figuras luminares da arte, da literatura e da poesia comovente, além de um adiantado comércio com os países vizinhos.

Este 14 de março, instituído como o "Dia Libanês Internacional", merece consideração especial de todos os integrantes da comunidade árabe do globo, mormente os libaneses, que devem emprestar seu apoio e seu carinho aos irmãos violentados nos seus direitos e na sua integridade física e moral, pela prepotência de autoridades estrangeiras alimentadas de cruel sentimento de desumanidade.

Com o nosso pronunciamento de integral solidariedade, rogamos ao Grande Arquiteto do Universo que faça tocar o coração empedernido dos dirigentes israelenses, e que aconteçam, com brevidade, a libertação dos detentos libaneses em Israel e a aplicação, racional e justa, das Resoluções nºs 425 e 426, do Conselho e Segurança da Organização das Nações Unidas, que determinam liberação dos territórios libaneses.

Era o que tínhamos a dizer.

Obrigado.