O SR. ELCIO ALVARES (PFL-ES. Como Líder, pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, eminentes colegas, faço um registro, no dia de hoje, que acredito importante para todos nós. De uma forma ou de outra, nós, nesta Casa, envolvidos em discussões de problemas nacionais, lutando por um Brasil melhor, perseguimos um ideal de vida pública, marcado pela intransigência do cumprimento dos mandatos que nos foram outorgados pelos nossos Estados.

Hoje é o Dia do Taquígrafo. Faço o registro com muita simpatia, porque quem conhece os trabalhos da Casa, quem acompanha ao longo do tempo os trabalhos do Parlamento brasileiro sabe muito bem a importância do taquígrafo dentro desse contexto.

Tive a curiosidade de examinar a evolução da Taquigrafia através dos tempos. Trata-se de atividade que tem mais de dois mil anos. Ou seja, é a arte da escrita veloz, que veio, através dos tempos, marcando sempre posições importantes, principalmente quando temos a visão da História.

A Taquigrafia foi introduzida no Parlamento brasileiro na época do Império, por iniciativa de José Bonifácio de Andrada e Silva, entendendo, já naquela época, que era preciso fazer o registro de todos os pronunciamentos.

Hoje, se tivermos de examinar os Anais para verificar toda a reposição de fatos políticos e históricos, inegavelmente, no seu anonimato, o taquígrafo tem uma participação especial.

Quero fazer um registro que também considero fundamental: o da eficiência da Taquigrafia do Senado Federal.

Participei de um processo que comoveu toda a opinião pública brasileira, que foi o impeachment do ex-Presidente Fernando Collor de Mello, e o trabalho da Taquigrafia do Senado foi excepcional, porque, durante a formação do processo, presidida pelo Ministro Sydney Sanches do Supremo Tribunal Federal, a nossa Taquigrafia, pari passu aos depoimentos, dava-nos condições de colher, imediatamente, a assinatura dos vários depoentes que passaram pela Comissão do impeachment.

Um outro questionamento que poderia surgir é sobre o papel do taquígrafo no dia de hoje - e eu o faria rendendo, mais uma vez, homenagem aos taquígrafos, principalmente aos do Senado da República -, quando se fala em informática, quando a tecnologia avança, quando as nossas vozes são gravadas. Compreendemos, mais do que nunca, que a associação do taquígrafo com a informática e com a evolução tecnológica é imperativa, porque os nossos pronunciamentos, que são dados a conhecer à imprensa e a todos aqueles que buscam as anotações, têm, também, a participação dos taquígrafos, que, de uma forma ou de outra, aprimoram as orações que são aqui proferidas.

Portanto, Sr. Presidente, eminentes colegas, nós nos sentimos muito felizes em prestar esta homenagem singela, que demonstra, acima de tudo, a nossa admiração por essa atividade profissional, que é das mais importantes tanto no Parlamento como no Tribunal de Justiça, órgão em que trabalhei.

Quero dizer, aqui, com toda a ênfase, que, neste instante, rendemos a nossa homenagem ao corpo de taquígrafos do Senado Federal, externando uma admiração e um respeito muito grande pela seriedade do trabalho que realizam.

Portanto, nossos parabéns, pelo dia de hoje! (Palmas)