O SR. BERNARDO CABRAL ( /AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a comunicação é tanto mais inadiável por tratar-se do falecimento do Monsenhor Francisco Pinto, vigário-geral da Arquidiocese de Manaus e pároco da catedral da minha cidade .

Amigo ao longo de 35 anos, entre mim e o pranteado havia uma tal identidade na atuação política que tantas vezes o Monsenhor Francisco Pinto demonstrava a sua lealdade à causa pública. Religioso há quase quarenta anos, começou na cidade de Taquatiara, depois passou para Manaus e se notabilizou à frente da Paróquia do Bairro de Educandos, onde era considerado um verdadeiro anjo. Imagine a Casa que o seu nome ficou tão ligado àquele bairro que quando recebeu o título de Monsenhor a gente humilde dali o chamava de Monsenhor Padre Pinto, numa idéia de que ele jamais se descaracterizaria dessa chamada titularidade de padre.

A sua morte ocorreu ontem pela manhã na cidade de Manaus, onde me encontrava, e à tarde, às 16 horas, em missa de corpo presente, o Arcebispo de Manaus, Dom Luís Soares Vieira, fez questão de realçar as altas qualidades que ornavam o caráter daquele sacerdote. A seguir, às 17 horas, o féretro até o Cemitério São João Batista reproduziu o que se viu na catedral: uma multidão incalculável de fiéis.

Não tenho dúvida em afirmar, Sr. Presidente, que o Clero do Amazonas fica desfalcado de uma de suas maiores figuras e eu como ser humano perco um dos amigos mais leais e dedicados que tive ao longo da vida.

Sr. Presidente, pediria a V. Exª que desse conhecimento ao eminente Arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Luís Soares Vieira, deste registro que faço da mais alta tribuna legislativa do País, por ser toda ela credora deste apreço.

Sr. Presidente, era o registro.