O SR. BERNARDO CABRAL ( -AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o meu companheiro de Bancada, Senador Jefferson Peres, que vem acompanhando comigo o problema de assinaturas no pedido de CPI, alertou-me, com a lealdade de sempre, senão teria passado desapercebido, para uma notícia que acaba de sair no jornal O Estado de S. Paulo, na coluna de autoria da jornalista Cristiana Lôbo, cujo texto é o seguinte:

      "Alguns que assinaram o pedido da instalação da CPI dos bancos acham que o sistema financeiro precisa mesmo de uma investigação. Outros nem tanto. Bernardo Cabral disse a colegas que assinou o pedido porque espera há dias uma audiência com FHC, mas não é recebido. Enquanto isso, Vicentinho esteve no Planalto oito vezes."

Sr. Presidente, não tenho nada a ver com quantas vezes o Sr. Vicentinho tenha ido, vai ou irá ao Planalto. Eu não pedi nenhuma audiência, não comentei absolutamente nada com ninguém. Lamento que a Cristiana Lôbo, por quem tenho amizade, não tenha confirmado comigo a notícia, porque isso é o tipo da plantação que se faz, oriunda não se sabe de onde - mas desconfia-se qual seja a intenção -, para dizer que a assinatura foi uma mera jogada de aborrecimento.

Quero dizer o que já disse aqui várias vezes. Assinei o pedido de CPI muito antes, e assinaria até a hora do depoimento do Presidente do Banco Central. Não aporia uma assinatura como vingança, e, neste ponto, incluo também o nome do meu companheiro Jefferson Peres. Estamos sendo retaliados por aí, mas ninguém vai, absolutamente, debruçar-se sobre a nossa conduta ética, sobre a nossa honestidade, sobre a nossa decência política.

Quero dizer, Sr. Presidente, também por justiça, que todas as vezes que telefonei para o Presidente Fernando Henrique Cardoso, na mesma hora Sua Excelência atendeu. E quando fui ao Palácio, com audiências marcadas, levando o Governador do Estado, o mesmo tratamento recebi. Portanto, não tenho nenhuma queixa do Presidente da República.

Quanto ao terceiro escalão, Sr. Presidente, a quem eu nunca procurei, um Senador amigo meu me disse, há 48 horas, que está esperando uma audiência que até agora não veio.

De modo que isso deve ser oriundo de alguém, provavelmente dos quintais do Palácio do Planalto, contrariado com certas posições independentes, que deve ter passado essa notícia, que carece de qualquer fundamento. Ela é nitidamente apócrifa.