O SR. PEDRO SIMON (PMDB-RS. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, considero da maior importância o pronunciamento feito pelo Líder do PFL. Quero felicitá-lo, quero felicitar a Comissão Executiva do PFL; vou ser sincero, quero felicitar V. Exª, Sr. Presidente.

No jornal de hoje, foi V. Exª - pelo menos foi com V. Exª a primeira matéria que li a respeito - quem disse que esses Parlamentares deveriam ser imediatamente afastados do PFL.

Creio que é um assunto importante. Volto a repetir: entendo o seu significado. Haverão de perguntar: e o direito de defesa? Mas a matéria está tão esclarecida na Folha de S.Paulo que, a meu ver, para o PFL ter feito o que fez é porque ele simplesmente já telefonou para o Banco do Brasil e verificou se esse Deputado realmente pagou os R$125 mil da dívida, que, na gravação, diz que foi paga no dia tal.

Quero felicitar o PFL. Quero dizer que tenho até um pouco de inveja do partido. Se o Brasil agisse assim, se as coisas fossem assim, se tivéssemos coragem de tomar providências, este País seria diferente.

Que pena que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania não tenha aceitado o nosso apelo para suspender por uma semana, interromper por uma semana a votação dessa matéria, para vermos o que iria acontecer. Mas o PFL fez isso; não esperou um dia. Cassou o mandato dessas pessoas porque entendeu que devia fazê-lo.

A ilustre Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, tendo como Presidente esse ilustre Jurista Senador Bernardo Cabral, quase por unanimidade, decidiu votar a matéria ao atropelo, sem esperar pelo menos as outras publicações que deveriam sair na Folha de S.Paulo.

Meus cumprimentos ao nobre Presidente e meus cumprimentos ao PFL. Que bom! A essa altura já posso dizer: o Presidente da República, que tem vários elos sobre os quais se apóia, deveria olhar um pouco para o PFL e, na hora da denúncia, fazer o que o PFL faz com relação ao que há dentro do seu Governo.