O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB-TO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Eminente Presidente Senador Geraldo Melo, meus caros Senadores, quero expressar aqui a minha alegria e a alegria do povo tocantinense por uma vitória que acabamos de conquistar.

Acabo de retornar do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, onde tive oportunidade de discutir alguns assuntos de interesse do Tocantins e quando obtive a afirmação do eminente Ministro Francisco Dornelles de que dois projetos automotivos de interesse do Estado seriam aprovados dentro das premissas ora vigentes para os new commerce. Trata-se, na verdade, do início do processo de industrialização do Estado do Tocantins, que vem desenvolvendo um esforço muito grande para assentar de forma definitiva a sua infra-estrutura, buscando, concomitantemente, a atração de investimentos externos como forma de organizar sua economia e, através disso, promover a geração de empregos, de rendas, buscando a solução dos graves problemas de natureza econômica e social que afligem o nosso Estado, que afligem a nossa população.

De sorte que essa notícia é sobremodo alvissareira, já que permitirá, Sr. Presidente, estabelecer um elo com o povo chinês, que, em parceria com o empresariado tocantinense, vai instalar, em nosso território, uma fábrica de caminhões leves, com capacidade de transporte de quatro toneladas, com múltipla atividade, podendo atender às necessidades urbanas e rurais.

O outro projeto, que trata da implantação de uma fábrica de tratores, vem também ao encontro dos anseios da nossa população e da vocação natural da nossa economia, basicamente centrada na agricultura e pecuária. A fábrica de tratores, notadamente de tratores de pneus, certamente atenderá a uma demanda já crescente no Estado do Tocantins, onde os produtores têm buscado modernizar o desenvolvimento da sua atividade não só com a aplicação das tecnologias hoje disponíveis, mas procurando dar um sentido harmônico, grupal ao desenvolvimento dessa atividade, já que temos a formação de pólos de desenvolvimento de uma agricultura diversificada, como a da produção de abacaxi, soja, arroz, milho, girassol, enfim, buscando alternativas que possam dar ao Tocantins um novo tom, uma nova dimensão, que possam dar uma nova condição à sua economia, conseqüentemente melhorando a qualidade de vida do nosso povo.

Portanto, Sr. Presidente, caros Senadores, trazemos essa informação, ufanosos, exultantes, já que produz resultado o esforço que vínhamos fazendo com vistas a transformar o Tocantins, de uma região inóspita, improdutiva, dependente, em um Estado altivo, próspero, do qual a sua gente possa se orgulhar, que possa efetivamente vir a dar - para o que tem condições - contribuição ao Brasil, para eliminar injustiças como a miséria, a fome, a pobreza, que grassam em várias das nossas regiões.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, essa notícia que o Tocantins hoje traz é das mais alvissareiras, porquanto vimos a luta que os Estados têm feito para organizar o seu processo de industrialização. As grandes montadoras têm procurado dar preferência e privilegiar as regiões mais ricas do País, certamente consultando os seus interesses, em razão da existência de uma mão-de-obra mais qualificada e também de centros consumidores com demografia mais densa. Mas é com satisfação que o Tocantins, ainda com uma população rarefeita, já procura se organizar, não só no setor primário, no setor de produção, e iniciar o seu processo de industrialização.

Era o que eu tinha a registrar, Sr. Presidente.