Discurso no Senado Federal

COMENTARIOS SOBRE O BALANÇO SOCIAL DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL RELATIVO AO EXERCICIO DE 1997 E SUA IMPORTANCIA PARA A REGIÃO NORDESTE.

Autor
Edison Lobão (PFL - Partido da Frente Liberal/MA)
Nome completo: Edison Lobão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • COMENTARIOS SOBRE O BALANÇO SOCIAL DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL RELATIVO AO EXERCICIO DE 1997 E SUA IMPORTANCIA PARA A REGIÃO NORDESTE.
Publicação
Publicação no DSF de 18/03/1998 - Página 4365
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • ANALISE, DADOS, BALANÇO, NATUREZA SOCIAL, BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A (BNB), COMPROVAÇÃO, IMPORTANCIA, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, INVESTIMENTO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, REGIÃO NORDESTE, FINANCIAMENTO, EMPRESARIO, MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA, MEDIA EMPRESA, UTILIZAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, PROCEDENCIA, FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE (FNE).

O SR. EDISON LOBÃO (PFL-MA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o Banco do Nordeste do Brasil divulgou, a 30 de janeiro último, o seu balanço social relativo ao exercício de 1997.

No último dia 12, tive a oportunidade de oferecer aparte ao discurso do Senador Ney Suassuna, que destacou os investimentos que vêm sendo efetivados pelo BNB para o seu aperfeiçoamento administrativo e operacional.

Hoje, peço licença para voltar ao assunto, pois nunca será demais enfatizar, para o conhecimento da Nação, a importância do Banco para os esforços de progresso buscados pelos nordestinos.

Em julho do ano passado, tive o prazer de assomar a esta tribuna para registrar os 45 anos de existência dessa agência federal de desenvolvimento regional, destacando o meu otimismo quanto aos resultados que, seguramente, o BNB iria atingir, em virtude das reformulações que lhe foram impostas pela sua atual direção sob o comando do Dr. Byron Costa de Queiroz.

O balanço social agora divulgado confirma por inteiro minhas expectativas. Em 1997, o Banco dobrou, em relação ao ano anterior, os recursos injetados nos nove Estados nordestinos e no norte de Minas Gerais: foram contratadas 286,8 mil operações de crédito, das quais se estima a geração de 667,3 mil empregos diretos e indiretos.

Atuando nos 1.875 Municípios da região, o Banco do Nordeste logrou fazer-se presente em todos eles especialmente pelos seus “agentes de desenvolvimento” ou pelas “agências itinerantes” ou graças a convênio firmado com a Empresa de Correios e Telégrafos, a todos os pontos nordestinos nos quais houvesse os pequenos tomadores, que receberam 62% dos recursos aplicados.

Na sede da instituição concentravam-se 28,6% dos seus funcionários. Hoje, lá estão apenas 8,9% dos 4.350 servidores, na sua grande maioria espalhados por toda região e pelos municípios que carecem da ajuda e da colaboração do Banco.

Somente com os recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) foram financiados 52 mil projetos, absorvendo os setores rural e agroindustrial 77% do total, com predominância considerável (90%) para os micro, pequenos e médios produtores.

É de destacar-se, igualmente, o lucro líquido de R$67,2 milhões obtidos pelo BNB no exercício de 1997, superior a todos os resultados obtidos pela instituição nos seus 45 anos de existência. Tal lucratividade muito se deve às novas normas adotadas pelo Banco, dando atenção especial a aspectos antecedentes ou posteriores à concessão de crédito. Como conseqüência positiva dos rigores da fiscalização e da orientação técnica aos tomadores, a taxa de inadimplência foi inferior a 10%, abaixo, portanto, da média do mercado bancário.

Não me furto, Sr. Presidente, a repetir alguns trechos do meu pronunciamento anterior em relação a essa instituição:

“... Falar em Banco do Nordeste, em nossa região, é referir-se a um relevante instrumento impulsionador do progresso e de renovadas esperanças para o desenvolvimento. Um instrumento que inspira a confiança de que empreendimentos criativos de viabilidade econômica, abrangidos no leque de suas atividades, poderão nele encontrar o suporte para o seu alavancamento.”

“...O Banco vive nos dias atuais, sob a Presidência do Dr. Byron de Queiroz e seus dignos Diretores, uma fase de grande efervescência laboral. Elaborou recentemente uma larga pesquisa sobre as atividades econômicas mais representativas de dezenas de Municípios nordestinos, examinando as vocações locais por setores, ramos e produtos. Tal trabalho irá facilitar sobremodo as ações do próprio Banco, dos Governos estaduais e das prefeituras, pois apresenta diretrizes fundamentadas sobre os setores que têm oportunidade de se desenvolverem com êxito no mercado. Especialmente o Banco do Nordeste, a partir da pesquisa, está em condições de estimular investimentos com a segurança de retorno para o próprio Banco e para as comunidades que deles se possam beneficiar.”

No meu pronunciamento anterior, também me referi à “profícua administração que, com grande talento e criatividade, tem orientado os rumos dessa instituição da maior relevância para os destinos nordestinos. O seu Presidente, Dr. Byron Costa de Queiroz, e os Diretores Drs. Raimundo Nonato Carneiro Sobrinho, Ernani José Varela de Melo, Jefferson Cavalcante Albuquerque e Osmundo Evangelista Rebouças merecem o reconhecimento do País pelo devotamento com que se têm dedicado ao Banco do Nordeste, mantendo a sua credibilidade e o seu crescente prestígio.”

Como vêem V. Exªs, só tenho motivos para me rejubilar com os êxitos alcançados pelo Banco do Nordeste do Brasil, renovando, nesta oportunidade, os aplausos merecidos pelos servidores e pela diligente Direção da Instituição.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/03/1998 - Página 4365