Pronunciamento de Leomar Quintanilha em 03/12/1998
Discurso no Senado Federal
APELO AS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS E, EM ESPECIAL, A DIREÇÃO DO BANCO DO BRASIL, NO SENTIDO DE QUE VIABILIZEM RECURSOS PARA O CUSTEIO AGRICOLA.
- Autor
- Leomar Quintanilha (PPB - Partido Progressista Brasileiro/TO)
- Nome completo: Leomar de Melo Quintanilha
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA AGRICOLA.:
- APELO AS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS E, EM ESPECIAL, A DIREÇÃO DO BANCO DO BRASIL, NO SENTIDO DE QUE VIABILIZEM RECURSOS PARA O CUSTEIO AGRICOLA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 04/12/1998 - Página 17788
- Assunto
- Outros > POLITICA AGRICOLA.
- Indexação
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- SOLICITAÇÃO, AUTORIDADE, BANCO DO BRASIL, URGENCIA, DESTINAÇÃO, RECURSOS, SUPERINTENDENCIA, VIABILIDADE, FORNECIMENTO, CREDITO AGRICOLA, CUSTEIO, AGRICULTURA, BRASIL.
O SR. LEOMAR QUINTANILHA
(PPB-TO. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o crédito agrícola só é eficiente se for suficiente e oportuno. Esta é uma máxima muito antiga, que, ao longo da História do Brasil, não vem sendo devidamente observada.
Neste fim de tarde, faço um apelo às autoridades do Banco do Brasil, para que satisfaçam, com certa urgência, à demanda hoje reprimida nas suas diversas superintendências, que não estão tendo recursos suficientes para atender às propostas de custeio agrícola em vários Estados da Federação.
Ora, Sr. Presidente, estamos iniciando o mês de dezembro, e, como a agricultura é uma atividade ligada à temporaneidade, ou seja, depende de fatores climáticos que evoluem com o tempo, já não é época de preparar a terra para plantar, mas de fazer tratos culturais. E, para uma agricultura totalmente descapitalizada como está a brasileira, é preciso que o crédito seja oferecido em tempo hábil. Ele deveria estar disponível nas agências bancárias por volta dos meses de agosto ou setembro, não em dezembro, Sr. Presidente.
Estamos aqui apelando, atendendo aos reclamos de produtores de várias regiões, inclusive do meu Estado — Tocantins —, onde, com um esforço imenso, os produtores estão tomando dinheiro emprestado, comprando a prazo o combustível, fazendo os necessários reparos nos equipamentos, adquirindo fertilizantes, mas preparando o solo com a preocupação de ainda aproveitar o período adequado para plantar.
Neste momento, o Brasil precisa, mais do que nunca, dos produtores agrícolas. Este é o segundo ano em que o Brasil é o líder mundial de importação de arroz. Está importando também, em larga escala, o algodão, o milho e o feijão. Não há razão, Sr. Presidente, para que tenhamos tanta dificuldade de disponibilizar recursos para nossos produtores. Se não o fizermos, se negarmos o crédito necessário ao custeio agrícola, teremos, fatalmente, de perder divisas, de desembolsar dólares para comprar produtos importados, prestigiando o produtor estrangeiro, dando-lhe emprego e dificultando o trabalho do produtor brasileiro.
Por essa razão, Sr. Presidente, nesta tarde, registro este apelo à equipe econômica do Governo Federal e ao Banco do Brasil, que capitaneia as ações de apoio à agricultura neste País e faz a maioria dos empréstimos de custeio agrícola: mobilizem-se e ajam com a maior rapidez possível, disponibilizando recursos para que nossos produtores possam, em tempo hábil, cultivar a terra e trazer para a mesa do brasileiro os produtos de que todos nós necessitamos.
Era o que gostaria de registrar, Sr. Presidente.