O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, distinta representação francesa, antes de abordar o assunto do meu pronunciamento, o Ministro Alcides Tápias, também trago, como fizeram o Senador Eduardo Suplicy e o nosso ilustre Presidente Antonio Carlos Magalhães, a minha saudação aos parlamentares franceses.  

Nós, no Brasil, temos uma identificação muito grande com a França. A minha geração, principalmente, quando estudou os princípios de liberdade, cultura e literatura, o fez olhando para a França.  

Os nossos princípios de liberdade nós os aprendemos olhando para a queda da Bastilha. Desde criança até hoje, depois do hino do meu País, muitas e muitas vezes vou às lágrimas quando ouço o fantástico hino da França, a Marselhesa.  

Reconhecemos o significado e a importância da França para a cultura da humanidade, para as causas da liberdade, para as causas da justiça. E, perdoem-me, tenho visto ultimamente alguns debates internos da França que me têm chamado a atenção.  

O mundo, após a guerra, estava dividido entre o comunismo e o capitalismo; entre a União Soviética e os Estados Unidos. De repente, cai o muro de Berlim, cai a União Soviética, implode o comunismo. E estamos vendo, com muita preocupação, o Brasil ter um pólo só, sob o comando dos Estados Unidos, e uma determinação só, a determinação dos Estados Unidos. Na hora de intervir em um país europeu, com bombas e mais bombas e mais bombas, numa região da antiga Iugoslávia, tradicionalmente de lutas que vêm de longe, eg û