O SR. NABOR JÚNIOR (PMDB - AC. Para um esclarecimento.) - Sr. Presidente, gostaria de esclarecer o seguinte: não tenho nenhuma relação política ou pessoal com o Deputado José Aleksandro. Se S. Exª encaminhou esse documento a alguns Ministros do Governo Federal e incluiu o meu nome, não fui consultado nem o autorizei. Foi uma iniciativa pessoal e isolada dele, que deve responder pelos seus atos, até porque alguns dos parlamentares citados dão sustentação ao Governo Jorge Viana aqui no Congresso Nacional. Na Bancada Federal, dos onze parlamentares - oito Deputados Federais e três Senadores - há apenas uns dois ou três em oposição ao Governador Jorge Viana.

A maioria desses que S. Exª cita, como Ildefonço Cordeiro, João Tota, Sérgio Barros, fazem parte da base de sustentação do Governador Jorge Viana, junto ao Governo Federal, junto às autoridades federais.

Então, não vou responder pelos atos do Deputado José Aleksandro. Se S. Exª incluiu o meu nome, agiu sem a devida autorização e não recebe o meu endosso. Tive, aliás, oportunidade de dizer isso a S. Exª. Não aceito, portanto, responsabilidade sobre qualquer ofício que o Deputado José Aleksandro tenha encaminhado a Ministros, citando o meu nome, porque não participei disso. Absolutamente! Sempre trabalhei no sentido não só de ver consignados recursos para o Estado no Orçamento, como também para a posterior liberação desses recursos.

Exatamente no momento em que se alardeava que eu era contra a liberação de recursos para as estradas federais, fui várias vezes dialogar com o Ministro de Transportes, chegando ao ponto de quase romper com S. Exª, porque eu sempre defendi a tese de que os recursos destinados às duas rodovias federais deveriam ser alocados ao Governo do Estado do Acre, como de fato o foram. O Ministro, depois, testemunhou esse fato ao próprio Governador, dizendo: “Olha, o Senador Nabor Júnior já veio várias vezes ao meu Ministério pedindo a sub-rogação das obras das duas rodovias federais ao Estado do Acre e a liberação os recursos. Então, gostaria que V. Exª telefonasse para o Senador para desfazer esse mal estar.”

O Senador Gilvam Borges, em um inoportuno aparte, declarou que o Ministro não estava querendo fazer a sub-rogação das estradas para o Estado do Acre porque a Bancada Federal estava se opondo. O próprio Ministro desmentiu isso. Também o Governador me telefonou do aeroporto, no momento em que estava embarcando para o Acre, para dizer que havia solicitado que se consignasse o fato de que eu sempre me empenhei junto a S. Exª, em várias oportunidades, talvez cinco ou seis vezes, para que não só fizesse a sub-rogação dos contratos para a pavimentação das rodovias para o Estado do Acre, como também liberasse recursos.

Desse modo, nada tenho a ver com esse documento do Sr. José Aleksandro. Se S. Exª o fez, foi à minha revelia, sem a minha autorização, e desaprovo totalmente a sua atitude.