O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB - TO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Sr. Presidente do Conselho de Administração da Gazeta Mercantil , Deputado Herbert Levy, Sr. Diretor-Presidente da Gazeta Mercantil , Dr. Luís Fernando Ferreira Levy, ilustres Senhoras e Senhores convidados, como Líder do Partido Progressista Brasileiro no Senado Federal, venho aliar-me à conclamação do eminente Senador Edison Lobão e dos demais ilustres Senadores que me antecederam às homenagens pelos oitenta anos de fundação da Gazeta Mercantil, como reconhecimento pelo importante trabalho que vem prestando ao País desde 1920. Tal homenagem nos enche de orgulho, porque não apenas nós, brasileiros, reconhecemos o lugar de destaque por ela ocupado no cenário da grande imprensa, mas a própria mídia internacional a enaltece. A Gazeta ostenta capacidade técnica, corpo redatorial qualificado, organização administrativa suficiente, prestígio e orientação convincente.  

A Gazeta é, portanto, um símbolo de sucesso e criatividade.  

Fundada em abril de 1920, por José Francesconi, ex-funcionário do Banco Francês e Brasileiro, ainda em forma de boletim, na Rua da Quitanda, na cidade de São Paulo, especializou-se em apresentar cotações mercantis. Foi adquirida em 1934 pelo seu atual Presidente do Conselho de Administração, o ilustre Herbert Levy, e nesta terça-feira edita o seu número 21.815, na comemoração dos cinqüenta anos em que o periódico passou a ser diário.  

Como um jornal especializado em Economia, representa uma faceta antiga da imprensa escrita no Brasil. Isso porque, pouco depois da inauguração da imprensa régia, no século passado, e muito antes da conquista da liberdade de imprensa, já circulavam no Rio de Janeiro e na Bahia, principalmente, gazetas dedicadas às artes, à indústria, ao comércio e à agricultura.  

Nesse campo da imprensa especializada, a Gazeta ocupa lugar de destaque. Como um representante do Novo Jornalismo, torna-se pioneira em sua estruturação material, com seu aparelhamento técnico, com o emprego de recursos da indústria gráfica, surpreendendo a mentalidade empresarial. Torna-se o primeiro jornal brasileiro a abrir seu capital a investimentos externos, como parte de um processo de modernização iniciado pelo Sr. Luís Fernando Ferreira Levy, atual Diretor Presidente.  

A Gazeta Mercantil, como jornal especializado, é inédita na expressão desse Novo Jornalismo. De maneira diferente daqueles que se enveredam pelo sensacionalismo ou por ideologias e partidarismos, assume a liderança como veiculador do interesse da notícia, da interpretação desapaixonada do conhecimento, com uma opinião independente, ainda em plena década de 70, postura coerente que mantém até hoje. Com o aquecimento de nossa economia e o conseqüente aumento do volume de negócios e de moedas estrangeiras em circulação, a Gazeta percebe a lacuna no mercado editorial brasileiro para um jornal efetivamente de negócios.  

Em plena economia inflacionada, a partir de 1972, a Gazeta revela sua engenhosidade: passa a disponibilizar informações prontas sobre as taxas da inflação, das cadernetas de poupança, dos reajustes cambiais, de remuneração das aplicações, ou ainda sobre a evolução da guerra nos países produtores de petróleo, tornando-se essas informações tão importantes para a Gazeta e seus leitores quanto o valor intrínseco das próprias moedas, como dizia o jornalista Filgueiras Quintão.  

Reconhecendo a informação como volátil, como mercadoria perecível, a Gazeta, sabiamente, passa a investir na agilidade e na precisão de sua divulgação.  

A inauguração de uma obra com essas características, sem a perda da qualidade da informação trabalhada por um corpo de profissionais os mais íntegros e competentes, confere à Gazeta Mercantil o título de pioneira no cenário do jornalismo nacional, quase que deixando a não menos importante e meritória imprensa brasileira para trás nesse processo.  

O Sr. Djalma Bessa (PFL – BA) – Permite-me V. Exª um aparte?  

O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB – TO) – Ouço, com muito prazer, o nobre Senador Djalma Bessa.  

O Sr. Djalma Bessa (PFL – BA) – Senador Leomar Quintanilha, permita-me interrompê-lo, mas antes, porém, já me congratulando com as palavras de V. Exª. A minha manifestação chega a ser necessária, porque não resisto à tentação de lembrar que fui contemporâneo do então Deputado Federal Herbert Levy, na Câmara dos Deputados. Como tal, devo acentuar que se trata, realmente, de uma pessoa ímpar, um homem competente, um homem de bem, o qual teve uma atuação parlamentar que merece louvores. Ao fazer esta referência, quero, por intermédio do ex-Deputado Herbert Levy, enviar as minhas congratulações, os meus parabéns e a minha homenagem à Gazeta Mercantil . Devo dizer que várias vezes, conversando com S. Exª como colega na Câmara dos Deputados, Herbert Levy revelou o seu apego à Gazeta Mercantil . Realmente, V. Exª tem razão: trata-se de um jornal que não é só útil, mas necessário ao País. É um jornal especializado e que se tem atualizado de uma maneira que, realmente, merece o nosso aplauso. Hoje, o Senado Federal, ao prestar esta homenagem, faz justiça a um jornal que tem produzido, atuado e servido às nossas finanças e, sobretudo, à área econômica, em que opera, porque não se limita a informar; sugere e orienta de uma maneira correta e louvável. Muito obrigado a V. Exª.  

O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB - TO) – Senador Djalma Bessa, colho, com muita alegria, a participação de V. Exª, que vem enriquecer a minha modesta fala e que, seguramente, interpreta o pensamento de todos os membros desta Casa e do povo brasileiro.  

A Srª Thelma Siqueira Campos (PPB - TO) – Permite-me V. Exª um aparte?  

O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB - TO) – Ouço, com satisfação, a nobre Senadora Thelma Siqueira Campos.  

A Srª Thelma Siqueira Campos (PPB - TO) – Muito obrigada, Senador, pela oportunidade que tenho de me dirigir ao Deputado Herbert Levy, companheiro de meu pai, Siqueira Campos, hoje Governador de Tocantins. É uma honra estar homenageando esse jornal, do qual sou leitora assídua. O Senado faz muito bem, neste momento, em homenagear um jornal tão sério e honrado como o de V. Exª, do seu filho e de todo o corpo diretivo. Como leitora assídua da Gazeta, tenho a dizer, no meu depoimento, que o jornal é especializado, sim, em Economia, mas é muito especializado, também, na área social. A contribuição que esse jornal tem nos dado, a nós, que lutamos com o terceiro setor, é ímpar. Os artigos que mostram a execução da rede de solidariedade que se quer implantar no País, as ONGs, as organizações sociais que efetivamente trabalham e que são mostradas no seu jornal têm contribuído muito conosco, que precisamos de bons exemplos de solidariedade no Brasil. Tenho muito a agradecer, como funcionária que fui do Ministério da Previdência e Assistência Social, como Secretária de Estado do Trabalho e da Ação Social, pelo tanto que pude usufruir das notícias referentes à assistência social, à contribuição social que as empresas dão e até mesmo ao ler os balanços sociais publicados. Estes são poucos, é verdade, mas um dia o jornal estará publicando mais. No entanto, os poucos que são publicados também servem. Então, não só as notícias que os seus jornalistas têm trazido são uma contribuição ao terceiro setor, a nós, que labutamos na área social, mas também essa outra parte econômica tem trazido luzes para a justiça social, que é muito difícil de se fazer em um País como o nosso, atravessando um momento de globalização como este. Muito obrigada, nobre Deputado, por ter sido colega de meu pai, por lhe ter ensinado o bom caminho e ter-lhe dado o exemplo de perseverança e luta pelos seus ideais. Trago o abraço amigo do meu pai, que me pediu que o transmitisse ao ex-Deputado Herbert Levy. Parabéns pelo seu jornal que retrata com fidedignidade o seu caráter, que conheço por intermédio de meu pai. Parabéns à Gazeta Mercantil, repito. Agradeço-lhe pela contribuição social que esse jornal traz ao nosso País. Muito obrigada, Senador Leomar Quintanilha, pelo aparte.  

O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB - TO) – Agradeço a V. Exª pelas considerações e as incorporo ao meu modesto pronunciamento, uma vez que elas o enriquecem e ressaltam, de forma inquestionável, a importância das informações noticiadas pela Gazeta Mercantil nas diversas atividades desenvolvidas em nosso País.  

Mas eu falava sobre o título de pioneira no cenário do jornalismo nacional com a qual a Gazeta Mercantil foi contemplada. E o prêmio para esse desempenho, por sua percepção acurada da realidade: a Gazeta passa a ocupar no cenário não apenas brasileiro, mas também latino-americano, um status equivalente ao do Finantial Times , do Wall Street Journal , do alemão Handelsblatt e da cadeia japonesa Nihon Kezeai Shimbun .  

E a história do jornalismo nos ensina que a transformação ocorrida na Gazeta despertou os grandes jornais da retórica modernizante e dependente, libertando-os do discurso oficial para o valor contido na informação.  

Com regionais em Brasília, Rio de Janeiro, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza , Belém e Manaus, tendo seus articulistas se consolidado como referências importantes no pensamento econômico, extraindo do cotidiano político a essência da informação de negócios voltada para o estímulo do desenvolvimento de uma economia de livre mercado.  

Cumpre acrescentar, nobre Presidente, como Senador de um Estado amazônico, o Estado de Tocantins, e em nome da valorosa gente tocantinense, o nosso reconhecimento pelo empenho da Gazeta Mercantil em despertar no empresariado brasileiro, notadamente no empresariado paulista, o interesse pelo imenso potencial econômico latente daquela promissora região.  

Pela construção de uma obra que somente nos engrandece e orgulha, tenho a honra de estender nossas congratulações ao Jornalista e ex-Deputado Herbert Levy, Presidente do Conselho de Administração; ao Sr. Luiz Fernando Ferreira Levy, Diretor – Responsável; ao Sr. Luiz Fernando Ferreira Levy Filho, Diretor da Regional de Londres; ao Diretor de Redação e Editor-chefe, Mário de Almeida; aos Srs. Albino Castro; Claudio Lachini; Miguel Angelo Magalhães Dyna e Roberto de Souza Ayres, Diretores Executivos; ao Sr. Xerxes Gusmão Neto, Diretor de Marketing; ao Sr. Carlo Iberê, Diretor de Assuntos Corporativos; ao Sr. Luiz Recena, Diretor Regional do Distrito Federal; e, em seus nomes, ao todo excelente quadro profissional da

Gazeta, inominado, porém, não esquecido.  

Por tudo isso, honra-me, sobremodo, nesta significativa homenagem que o Senado da República presta à Gazeta Mercantil , afirmar que esse jornal conquistou o maior laurel que a sociedade brasileira poderia conferir: a credibilidade.  

Era o que tinha a dizer.  

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