Discurso durante a 74ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

SATISFAÇÃO COM A DECLARAÇÃO, PELA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE PIZOOTIAS - OIE, DA ERRADICAÇÃO DA FEBRE AFTOSA NO CIRCUITO PECUARIO CENTRO-ESTE.

Autor
Maguito Vilela (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/GO)
Nome completo: Luiz Alberto Maguito Vilela
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PECUARIA.:
  • SATISFAÇÃO COM A DECLARAÇÃO, PELA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE PIZOOTIAS - OIE, DA ERRADICAÇÃO DA FEBRE AFTOSA NO CIRCUITO PECUARIO CENTRO-ESTE.
Publicação
Publicação no DSF de 08/06/2000 - Página 12099
Assunto
Outros > PECUARIA.
Indexação
  • REGISTRO, CERTIFICADO, ORGANISMO INTERNACIONAL, DEFESA SANITARIA ANIMAL, PECUARIA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), ESTADO DO PARANA (PR), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), DISTRITO FEDERAL (DF), ESTADO DE GOIAS (GO), AUSENCIA, FEBRE AFTOSA, IMPORTANCIA, AMPLIAÇÃO, EXPORTAÇÃO, CARNE BOVINA.
  • ELOGIO, TRABALHADOR, PRODUTOR, PECUARIA, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DE GOIAS (GO), ERRADICAÇÃO, FEBRE AFTOSA.

O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO. Para uma comunicação inadiável.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Estado de Goiás acaba de alcançar uma esperada e importante conquista no setor da pecuária. A Organização Internacional de Epizootias - OIE - acaba de aprovar o pedido para que o Circuito Pecuário Centro-Oeste fosse declarado livre da febre aftosa. São seis Estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás.  

Para o meu Estado, particularmente, essa é uma vitória de desdobramentos econômicos extraordinários. Passamos a ter, a partir de agora, o maior rebanho em área livre de febre aftosa do País, com quase 19 milhões de cabeças, o que deixa claro as possibilidades amplas de conquistarmos rapidamente novos mercados para exportação.  

Os maiores especialistas do setor em Goiás acreditam que, em apenas um ano, poderemos dobrar o volume de venda de carne bovina para o exterior. Com o status de área livre, passamos a ter condições reais de disputarmos mercados importantes como os Estados Unidos, o Canadá e a Ásia, além de ampliarmos as exportações para a Europa.  

Hoje, de uma produção aproximada de 432 mil toneladas de carne, Goiás exporta apenas 42 mil toneladas, sendo que 40% apenas para a Comunidade Européia. Esse número deve passar, em 12 meses, para 85 ou 90 mil toneladas com a ampliação do mercado. Goiás já tem três frigoríficos habilitados para exportação: Friboi, Goiascarne e Frigoalta. Outros dois, Bertin e Modele, estão próximos de se habilitar.  

Sem dúvida é uma conquista do povo goiano, dos agropecuaristas, da nossa economia. Depois de vários anos lutando pelo eficaz combate à febre aftosa, vem a recompensa. Foi uma luta árdua, de mais de uma década, período em que o Estado chegou a ser descredenciado como exportador pela União Européia por duas vezes. É uma vitória que transcende ações isoladas, porque foi possível apenas graças a um engajamento de toda a comunidade pecuária do Estado: criadores, médicos veterinários, associações, trabalhadores do campo, enfim, um verdadeiro batalhão de goianos que, neste momento de conquista, devem ser reverenciados com muita ênfase.  

Em 1997, quando era Governador, atendemos uma reivindicação da classe produtora que foi fundamental para que recebêssemos esse certificado. Criamos o IGAP, Instituto de Defesa Agropecuária, um órgão pequeno, enxuto, mas de grande eficácia em suas ações, que na época foi dirigido pelo pecuarista Antenor Nogueira, hoje Coordenador Nacional da Pecuária de Corte da Confederação Nacional da Agricultura, sem dúvida um dos grandes responsáveis por essa conquista.  

Com a criação desse Instituto, tivemos a possibilidade de, juntos com o Ministério da Agricultura, assumir o compromisso de erradicar definitivamente a febre aftosa dentro do território goiano até o ano 2000, o que foi conseguido com pleno êxito. Extirpamos esse mau que manchava a nossa pecuária, coibindo o aumento da comercialização de nossa carne.  

Mas foi uma luta que começou bem antes. O Senador Iris Rezende Machado, que governou por duas oportunidades o Estado, deu uma contribuição fundamental. Foi ele quem comandou uma virada de mentalidade, dando início a esse trabalho em Goiás. Foi em suas mãos que Goiás começou a olhar com mais responsabilidade para esse importante setor da economia. A partir das sementes sólidas lançadas por Iris, o Estado enxergou a necessidade de controlar o abate clandestino, de fiscalizar a vacinação correta - inclusive multando e apreendendo o gado de uma minoria de produtores que, no início, não entendia o salto de qualidade que queríamos para a pecuária goiana -, de controlar as nossas fronteiras.  

É importante ressaltar que, nesse esforço, o Estado sempre contou, de forma muito vigorosa, com as entidades do setor, como o Sindicato das Indústrias da Carne, hoje presidido pelo pecuarista José Magno Pato; o Sidan; a Fundepec; a Federação da Agricultura e Pecuária; a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura – SGPA - e, repito, os criadores, que tiveram a consciência da importância de se vacinar, de cuidar do rebanho. Os médicos veterinários e técnicos de uma forma geral, funcionários do Estado ou não, também desenvolveram um trabalho muito eficiente.  

Ao finalizar, felicito toda a classe produtora de Goiás, todo o povo goiano, o atual Governo de Goiás, que deu seqüência ao trabalho que vinha sendo realizado no Governo de Iris Rezende e no nosso Governo. Essa é, de fato, uma conquista histórica, que abrirá portas de mercados antes inacessíveis, trazendo uma maior rentabilidade a esse setor que tem um papel de monumental importância na nossa economia.  

Muito obrigado, Sr. Presidente.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/06/2000 - Página 12099