Discurso durante a 166ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso do Dia do Evangélico, no último dia 30 de novembro. (como lider)

Autor
Romero Jucá (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem pelo transcurso do Dia do Evangélico, no último dia 30 de novembro. (como lider)
Publicação
Publicação no DSF de 04/12/2001 - Página 30057
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, COMEMORAÇÃO, DIA, IGREJA EVANGELICA, REGISTRO, FERIADO RELIGIOSO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF).
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, DISCURSO, SAUDAÇÃO, MEMBROS, IGREJA EVANGELICA.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço a palavra para fazer um registro que considero extremamente importante. Na ultima sexta-feira, 30 de novembro, comemorou-se em Brasília, com um feriado, o Dia do Evangélico, num reconhecimento à história, a todo o esforço, à espiritualidade e ao compromisso dos evangélicos com o Brasil.

            Por essa razão, desejo aqui saudar esse dia, pedindo a V. Exª que dê como lido meu discurso, que enaltece o trabalho dos evangélicos no Brasil. Especialmente em Roraima, os evangélicos têm tido uma participação muito efetiva na transformação do Estado, na implementação de um caminho de fé, de conhecimento e de transformação humana. Portanto, é importante que se faça o registro e que se enalteça aqui a data comemorada no dia 30 de novembro.

            Peço a transcrição do meu discurso.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

*********************************************************************************

SEGUE DISCURSO NA ÍNTEGRA DO SR. SENADOR ROMERO JUCÁ.

*********************************************************************************

            O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PSDB - RR) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, é exatamente em seus momentos mais críticos que a humanidade se volta para a espiritualidade, em busca de inspiração, compreensão e conforto. Daí, a perene importância das religiões no cotidiano dos indivíduos, das sociedades e das nações, ao garantir a todos as bases indispensáveis para a conciliação e a superação das privações e provações a que estamos expostos em nossa luta diuturna.

            A idéia do transcendental, ainda que durante muito tempo toscamente formulada e enunciada, é uma constante para a humanidade, pois surge no momento mesmo em que a admirável aventura do homem teve efetivamente início. A história registra primeiro nas religiões mesopotâmicas; em seguida, no fantástico imaginário do politeísmo antropomórfico, celebrizado e levado às últimas conseqüências pelos formidáveis gregos das eras anteriores aos pré-socráticos. Depois, na introdução da poderosa e sofisticada tradição judaico-cristã, isto sem descurar das milenares, únicas e exemplares elaborações da espiritualidade oriental e das fortes e sedutoras construções que transbordam do espírito africano.

            O homem é fundamentalmente um animal religioso, observou sem muita originalidade, porém com absoluta propriedade, um famoso político britânico. Pelo menos, é o que evidencia toda a experiência humana registrada. E isso, a despeito das cíclicas perdas de espiritualidade ocorridas ao longo dos últimos séculos, em especial a partir da instauração de uma visão fundamentalmente racionalista do mundo, que levou Max Weber a anunciar a chamada desmagificação da vida e, antes dele, o também alemão Friedrich Nietzsche a proclamar até mesmo a morte de Deus.

            Sabemos que, na verdade, não passaram de constatações pontuais, transitórias e insubsistentes, pois as carências do espírito, a crença, o poder da fé são muito superiores ao somatório de todas as conjecturas, análises e previsões humanas.

            Esta rápida introdução serve apenas de pano de fundo para que junto com os meus pares registre a passagem, na última sexta-feira, 30 de novembro, do Dia do Evangélico, data que merece ser celebrada não somente pelos seus adeptos e fiéis, mas por todos os brasileiros.

            Os evangélicos, em suas distintas correntes, se constituem hoje em um admirável exemplo da forma como a religião pode atuar também como um importante vetor da promoção social dos indivíduos, estabelecendo as premissas para uma sociedade mais harmônica, justa e plural, unida e sintonizada em objetivos plenamente alcançáveis.

            Em sua curta, porém intensa história de cinco séculos, o Brasil conseguiu configurar-se perante as nações como um País multicultural de singular receptividade ao novo e ao estrangeiro, onde etnias, visões de mundo e convicções dessemelhantes convivem civilizadamente, atentas precipuamente ao desenvolvimento do homem e de seu ambiente. Conseguiu, assim, realizar de forma modelar o ecumenismo em sua feição mais admirável.

            No magnífico quadro das religiões monoteístas, o cristianismo, em todas as suas variantes e vertentes, conquista corações e mentes de mais de um sexto da população do planeta. No Brasil, as mais de cem denominações evangélicas espalhadas por todo o nosso imenso território detêm a direção espiritual de cerca de 23 milhões de pessoas, o que significa mais de 13 por cento da população brasileira.

            Para além da indispensável assistência espiritual, neste mundo absolutamente carente de valores universais, as igrejas evangélicas atuam efetiva e produtivamente no trabalho de alfabetização de adultos e no estímulo ao hábito da leitura, provando, ainda uma vez, que a educação é o principal motor da ascensão social. Ademais, nos ativos dos evangélicos, encontra-se uma outra atividade de extrema relevância e alcance social: a recuperação dos dependentes de álcool e de drogas, em clínicas que se distribuem por todo o País. Assim, os evangélicos estimulam e configuram uma extensa, rica e operosa rede de solidariedade, capaz de prover assistência concreta a todos os necessitados.

            Por todo esse conjunto de atividades, os evangélicos ocupam hoje um lugar de grande destaque na sociedade brasileira e preservam, como princípios inquestionáveis, os valores do amor a Deus, do respeito ao próximo, da tolerância e da prosperidade, permitindo a seus fiéis a conjugação de conforto espiritual e material.

            Para finalizar, Sr. Presidente, quero cumprimentar a todos os líderes evangélicos - bispos, pastores e auxiliares - e os milhões de fiéis, os milhões de brasileiros que se reconhecem como evangélicos, pelo transcurso de seu dia. Que Deus abençoe a todos!

            Muito obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Carlos Patrocínio) - Eminente Senador Romero Jucá, V. Exª será atendido, na forma regimental. A Presidência aproveita a oportunidade para também se congratular com o Dia dos Evangélicos, transcorrido na última sexta-feira.


            Modelo17/27/249:24



Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/12/2001 - Página 30057