O SR. GILVAM BORGES (PMDB - AP. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Congresso Nacional, composto pelas duas Casas, tem uma expressão de todo o seu trabalho pela divulgação realizada pelas Rádio Senado e TV Senado, Rádio Câmara e TV Câmara.

            Com esse trabalho, houve uma grande modificação perante a opinião pública, pois somos assistidos de um extremo a outro do País. E esses setores da Casa são servidos por profissionais competentes, que nos fornecem todo o suporte.

            E, em um velho jornal, Sr. Presidente, desses que o vento leva ou que, às vezes, encontramos em uma estante, li uma notícia que me preocupou. Vou lê-la rapidamente para V. Exª, como Presidente desta Casa: “Você sabia que no Congresso Nacional existem trabalhadores exercendo as mesmas funções com salário diferenciado em até 90%?”

Em conversa com nossos radialistas e os funcionários que fazem a nossa televisão, eles me disseram que realmente a diferença de salário entre Senado e Câmara chega a 90%.

Por isso, faço um apelo a V. Exª no sentido de que verifique essa situação. Preocupa-me não só a qualidade, mas também a situação desses trabalhadores, responsáveis por nos colocarem na rádio e na televisão e oferecerem a todo o Brasil um excelente jornalismo e um trabalho da mais alta qualidade, retratando a ação parlamentar tanto do Senador como do Deputado Federal.

Há algo esquisito nisso. Se há prestadoras, se há serviço terceirizado, por que essa diferença de 90%?

Faço esse registro, porque estou sempre em contato com esses trabalhadores e pude sentir uma tristeza profunda neles, uma desmotivação muito grande ao perguntarem: “Senador, por que um profissional que faz o mesmo trabalho nosso na Câmara ganha 90% mais do que nós, aqui do Senado? Por que esse desprestígio? Há diferença entre essas duas empresas? O que está acontecendo?”

Essa é uma questão importante.

Agradeço a V. Exª e peço desculpas ao Senador Casildo Maldaner, que estava ansioso para falar. Há cinco dias S. Exª está-se inscrevendo para falar.

Finalizando, Sr. Presidente, deixo esse apelo para que V. Exª dê uma olhada na situação desses profissionais de comunicação do Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (Ramez Tebet) - Senador Gilvam Borges, esclareço a V. Exª que está em andamento nesta Casa um projeto que cuida dos cargos e salários. V. Exª sabe perfeitamente das condições em que assumimos a Presidência desta Casa.

Faço este esclarecimento porque, talvez, a população pode entender que se trata de uma crítica à Presidência. Hoje mesmo, li em um jornal um artigo em que um colunista social afirma que, no setor de comunicação da Casa, havíamos procedido a inúmeras nomeações irregulares, quando, na nossa gestão, não fizemos nenhuma nomeação, a não ser a do titular.

Entendi as observações de V. Exª e as recolho para que todos trabalhemos no mesmo sentido, fazendo justiça a todos que nos ajudam na Casa.

Agradeço a V. Exª ter me permitido esse esclarecimento à Casa.