O SR. ARLINDO PORTO (PTB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente; Srªs e Srs. Senadores; companheiro Frank Moore, Presidente Internacional do Lions; companheiro Mauro Werneck, Diretor Internacional do Lions, representante do Brasil; companheiro Agostin Soliva, ex-Presidente de Lions Internacional; companheiro Zander Campos, ex-Diretor Internacional; Carlos Agenor Roller, Presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo L-Brasil; Wadhy Lacerda, ex-Presidente do Conselho de Governadores; Dorivaldo José Pinheiro, Presidente do Conselho de Governadores; Luiz Geraldo Matheus Figueira, Vice-Presidente do Conselho de Governadores; Francisco José Mota Barros de Oliveira, Vice-Presidente do Conselho de Governadores; companheiro Wantuil Cândido de Almeida, Governador do Distrito LB-3; companheiro Sérgio Bueno, Governador do Distrito LB-1; Arthur Edmundo Souza Rios, Governador do Distrito LB-2; Pedro Evangelista de Ávila, Governador do Distrito LB-4; Teotônio Correia Nunes, ex-Governador Imediato do Distrito LB-3; Fernando Luiz Ramos Dias, Vice-Governador do Distrito LB-3; José Edmilson Barros de Oliveira Jr., Assessor de Divulgação do Distrito Múltiplo LB - DMLB; Leões e Domadoras, inicialmente, em nome do Presidente desta Casa, Senador Ramez Tebet, dou as boas-vindas ao nosso Presidente internacional, Sr. Frank Moore, que veio ao Brasil exclusivamente para homenagear a nossa terra neste momento importante do Leonismo. O Brasil comemorou 50 anos de fundação do Leonismo em nossa terra.

O Leonismo tem sua história iniciada em 7 de junho de 1917, há 84 anos, quando Melvin Jones, nos Estados Unidos, houve por bem unir algumas pessoas com o mesmo objetivo e a mesma filosofia de vida: “O meio mais seguro de tornarmos agradável a nossa vida é fazermos felizes as vidas dos outros”.

E, dentro dessa filosofia, desde 1917, o Leonismo se espalha pelo mundo. Três anos depois, em 1920, o Leonismo foi internacionalizado, ampliando-se, a partir dos Estados Unidos, para o Canadá.

Em 16 de abril de 1956, o Brasil tinha a fundação do seu primeiro clube, patrocinado pelo companheiro Armando Fajardo, um leão de primeira hora, que soube ousar, desprender e receber aquela semente, cultivar e produzir frutos no Brasil.

Hoje, o Leonismo no mundo está representado em 45 mil clubes, em 189 países, com 1,4 milhão de sócios desde a sua fundação. No Brasil, há 1.867 clubes, com 45 mil associados. São leões e domadoras que trabalham pelo Brasil como um todo. Por intermédio das domadoras, os gatinhos e os leos também realizam um trabalho que pode se caracterizar como um grande trabalho social.

O Leonismo, por meio do companheirismo, busca, sobretudo, trazer mais oportunidades para famílias carentes. Por isso, grandes obras são realizadas em todo o Brasil, graças ao desprendimento e à generosidade de leões e domadoras. São mais de quatro mil obras, escolas, centros comunitários, creches, cursos profissionalizantes, campanhas que são realizadas no atendimento aos jovens, crianças e idosos, bibliotecas, projetos de meninos de rua, centros de recuperação, hospitais, enfim, ações que são de responsabilidade do Poder Público, mas que devem ter o comprometimento e a solidariedade da sociedade.

É dentro dessa visão que Melvin Jones dizia: “Você não vai muito longe se não começar a fazer alguma coisa por alguém”. E está dentro do nosso objetivo atender as pessoas mais carentes. O leão, que simboliza o valor, a força, a fidelidade e a ação, é, sem dúvida, a figura que todos respeitam como rei da selva. Mas o leão, no sentido do Leonismo, de liberdade, inteligência, ordem, nacionalidade e serviço, significa compromisso e desafio de tornar, sem dúvida, aqueles mais necessitados em pessoas que possam usufruir dos bons momentos da nossa sociedade. E, nessa perspectiva, várias campanhas são realizadas por esse Brasil afora.

Há um exemplo que eu gostaria de citar, que ocorre bem próximo a nós, no Estado de Goiás, na cidade de Goiânia: na Fundação Banco de Olhos de Goiás, fundada em 1984, existe um hospital totalmente mantido pelo Lions Clube, com 2,8 mil metros quadrados e cinco centros cirúrgicos. É o maior centro de transplante de córnea do Brasil, onde mais de 12% dos transplantes foram realizados.

O seu Diretor aqui está, o companheiro Zander Campos da Silva, que já foi Diretor Internacional e atende, a cada dia, mais e mais pessoas necessitadas. Foram 85 mil consultas, mais de 25 mil óculos distribuídos e 12 mil cirurgias de catarata realizadas.

Não bastassem esses fatos, essa obra representa, sem dúvida, a grande oportunidade de podermos comemorar os 50 anos de Lions no Brasil.

Sr. Presidente, estamos também nos preparando para comemorar o aniversário de Brasília, no próximo dia 21. Quando se fala em Brasília, lembra-se de Juscelino Kubitschek, e, quando se lembra de Juscelino Kubitschek, verificamos que este é o ano do seu centenário.

É importante destacar, para orgulho de todos nós, leões, que Juscelino Kubitschek foi o primeiro sócio do Lions Clube em Brasília. Esse fato mostra a identidade daquele grande homem, daquele grande estadista, com o Leonismo, pois travou a sua luta para tirar o cidadão da miséria e dar-lhe condição digna de vida.

Enfim, entre os seus vários pronunciamentos e manifestações, numa placa de bronze que se encontra no Memorial JK, Juscelino registrou a seguinte frase:

A luta pela liberdade envolve necessariamente o combate à fome e à miséria. Não deve faltar pão à mesa do povo humilde, para que o fermento da rebeldia não venha a ameaçar a liberdade do homem.

Dentro dessa perspectiva, Sr. Presidente, nós aqui estamos para, orgulhosamente, reconhecer que o Leonismo é, sem dúvida, o movimento de maior integração mundial. O Lions é a maior organização não-governamental do mundo e, naturalmente, tem participação em vários organismos internacionais, entre eles a ONU.

O nosso movimento de Lions Internacional atualmente observa a possibilidade da criação, na Coréia, da União Parlamentar de Lions Internacional, em que estaremos agregando leões de todo o mundo, com o mesmo objetivo, que é o de servir. E, nessa perspectiva, verifica-se a luta pela confraternização dos povos e a paz universal entre os homens. São 50 anos de Lions no Brasil, são 50 anos de trabalho dedicado aos menos favorecidos.

Para nós, leões, Sr. Presidente, é uma grande honra ser recebido por V. Exª, que representa o Poder Legislativo. A delegação do nosso Presidente vem aqui para trazer ao chefe do Poder Legislativo a alegria da convivência com os leões brasileiros. Neste momento, com a delegação de V. Exª, o Senado da República sente-se envaidecido e orgulhoso por essa visita.

Desejamos que os leões que aqui vieram, de Brasília, de Minas e de outros Estados, e o nosso Presidente internacional, que vem dos Estados Unidos para nos visitar, sejam recebidos num ambiente de cordialidade. Que recebam as boas-vindas do Brasil, que tenham uma boa estada no nosso País e que tenham a confiança do Senado da República para que o trabalho por eles realizado seja cada vez mais de desenvolvimento, de companheirismo e de valorização das pessoas! Se todos trabalharmos, naturalmente a ação será mais efetiva, e o Lions Clube, aqui, no Brasil, terá muito a comemorar, sim.

É com essa visão que queremos agradecer a presença do nosso Presidente internacional. Desejamos que S. Sª retorne outras vezes ao Brasil; o Senado o estará aguardando para recebê-lo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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