Discurso durante a 33ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela Campanha da Fraternidade 2003, cujo tema é "Fraternidade e Pessoas Idosas: Vida, dignidade e esperança".

Autor
Hélio Costa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MG)
Nome completo: Hélio Calixto da Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IGREJA CATOLICA.:
  • Homenagem à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela Campanha da Fraternidade 2003, cujo tema é "Fraternidade e Pessoas Idosas: Vida, dignidade e esperança".
Publicação
Publicação no DSF de 08/04/2003 - Página 6276
Assunto
Outros > IGREJA CATOLICA.
Indexação
  • HOMENAGEM, CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), CAMPANHA DA FRATERNIDADE, DEBATE, SITUAÇÃO, IDOSO, IMPORTANCIA, VALORIZAÇÃO, EXPERIENCIA, NECESSIDADE, ASSISTENCIA SOCIAL, VELHICE.

O SR. HÉLIO COSTA (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, senhores dirigentes da CNBB, quero, inicialmente, cumprimentar o Senador Paulo Paim pela oportunidade do requerimento para se fazer esta justa homenagem à CNBB, de tantas tradições, de tantos compromissos com a democracia, sobretudo com os mais carentes, com as pessoas que não possuem privilégios.

A Campanha da Fraternidade de 2003, que trata de pessoas idosas, é muito apropriada, pois vivemos em um País em que os dois extremos das idades são prejudicados. Os muito jovens não alcançam sequer a oportunidade de um primeiro emprego, porque sempre exigem deles a experiência que ainda não têm. E os muito velhos são esquecidos, abandonados, deixados de lado, com toda a sua experiência de vida, a mais importante experiência que alguém pode ter, mas que, lamentavelmente, ainda não é reconhecida no Brasil. Parece que quem passou de certa idade já não é mais útil para a sociedade. E a sociedade não se importa com os mais velhos. Os que se encontram entre a meia idade e a idade mais avançada ainda permanecem naquela situação em que os jovens os chamam de muito velhos, e os velhos dizem que são muito jovens. Ficam, assim, sem lugar na sociedade.

A sociedade deve se preocupar com as pessoas idosas, sem privilégios, algumas delas sem famílias e que são levadas a situações de absoluta falta de interação com a sociedade. Por essa razão é tão importante que se faça essa lembrança dos idosos, que a CNBB encaminhe esse esforço nessa direção de conscientizar a Nação da importância dos mais velhos.

Estive duas vezes na China, talvez o único país onde as pessoas, quanto mais velhas ficam, mais importantes são, mais consideradas, mais representativas, mais lembradas, mais consultadas. Os conselheiros são os mais velhos. Os que ditam o caminho são os mais idosos. Lamentavelmente, no Ocidente, na nossa sociedade, ocorre rigorosamente o oposto: quanto mais velhos ficamos, menos importância temos.

Assim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhores dirigentes da CNBB, como Vice-Líder do Governo, como integrante da Bancada do PMDB, que é o meu partido, venho à tribuna dizer o quanto aplaudimos essa iniciativa e a campanha da CNBB deste ano, dedicada à fraternidade com as pessoas idosas, que merecem esse cuidado e que não podem nunca ser esquecidas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/04/2003 - Página 6276