Discurso durante a 55ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reconhecimento da importância do Banco da Amazônia - BASA, como agente financeiro do Governo Federal e co-responsável pelo desenvolvimento da região, por ocasião da publicação do relatório de gestão daquele banco referente ao período de 1995 a 2002.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • Reconhecimento da importância do Banco da Amazônia - BASA, como agente financeiro do Governo Federal e co-responsável pelo desenvolvimento da região, por ocasião da publicação do relatório de gestão daquele banco referente ao período de 1995 a 2002.
Publicação
Publicação no DSF de 15/05/2003 - Página 11310
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • REGISTRO, RECEBIMENTO, RELATORIO, ATIVIDADE, BANCO DA AMAZONIA S/A (BASA), ELOGIO, GESTÃO, NATUREZA FINANCEIRA, NATUREZA TRIBUTARIA, RECUPERAÇÃO, ESTABELECIMENTO, CRISE, ECONOMIA NACIONAL, COMENTARIO, RELEVANCIA, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, COLABORAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO, REGIÃO AMAZONICA.
  • ELOGIO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, PEDRO MALAN, EX MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), APOIO, DESENVOLVIMENTO, BANCO DA AMAZONIA S/A (BASA).

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, recebi recentemente o relatório de gestão do Banco da Amazônia referente ao período de 1995 a 2002. Entre tantos relatórios, livros e demais publicações que nos chegam às mãos, este, em particular, despertou-me grande interesse. Como representante da Amazônia, não posso deixar de reconhecer a importância do Banco da Amazônia, o BASA, como agente financeiro do Governo Federal na região e co-responsável pelo desenvolvimento da região.

É gratificante constatar, Sr. Presidente, como o Banco da Amazônia foi enfrentando com competência e sabedoria os inúmeros desafios que se apresentaram nesse período.

O relatório traz uma retrospectiva dos últimos sete anos e meio do Banco. Abrange o período de 1995 a 2002. Não é de se estranhar, portanto, que tenha enfrentado, nesse tempo, tormentas e tempestades capazes de sacudir as mais sólidas instituições!

Além de ter agregado esforços para um ajuste interno, dada a nova ordem econômica vigente no País, decorrente da implantação do Plano Real, a administração do BASA teve de lidar com situações extremadas, como reflexo de crises dos países asiáticos, da economia russa e, mais recentemente, dos efeitos causados pelos conflitos internacionais, como o atentado de 11 de setembro, em Nova Iorque, e a crise econômica da Argentina.

O BASA passou, sim, por grandes dificuldades, mas soube lidar com elas, nesses últimos anos, e foi hábil e competente o bastante para singrar águas mais calmas e tranqüilas. É importante destacar - até para o conhecimento de muitos brasileiros - que o Patrimônio Líquido do Banco, nos últimos oito anos, passou de pouco mais de 35 milhões de reais para 1 bilhão e 200 milhões de reais! Seus Ativos Totais se elevaram de 1 bilhão e 900 milhões de reais para 7 bilhões e 900 milhões de reais! A Carteira de Fomento passou de 1 bilhão para quase 4 bilhões de reais! O relatório ressalta, nesse ponto, que foi decisivo, para fundamentar tal crescimento, o esforço direcionado para a gestão financeira e tributária, bem como o apoio do Governo Federal.

Gostaria de ressaltar um ponto que me parece significativo quanto ao sucesso alcançado pela administração do Banco, nesses anos: quando assumiram a direção do BASA, seus administradores tiveram de lidar com uma mudança bastante grandiosa. Na época, o Banco da Amazônia não estava preparado para reagir adequadamente às exigências do novo cenário desenhado pelo Plano de Estabilização Econômica. A esse respeito, informa o relatório: “Sua estrutura apresentava-se inadequada para promover as mudanças então requeridas. Seria preciso ajustar-se de modo a justificar sua existência, apresentando solidez empresarial capaz de produzir resultados econômico-financeiros favoráveis, para que pudesse cumprir os objetivos estratégicos de governo de maneira auto-sustentável.”

A administração do Banco, então, tratou de empreender a retomada do planejamento estratégico, direcionando a instituição para alcançar maior eficácia, visando ganhos de qualidade, produtividade e competitividade. Com isso, seria eliminada a crise de identidade do BASA: ser banco de fomento ou banco comercial.

O objetivo a ser atingido, Sr. Presidente, não se apresentava fácil - nem simples. Era uma missão de alta envergadura. Exigiu da administração e de todos os seus colaboradores um esforço que tem de ser valorizado e enaltecido! A meta almejada buscou, em síntese, dar ao BASA novo rumo e novo perfil, de forma a torná-lo o principal banco da Amazônia, capaz de promover o desenvolvimento integrado da região, mediante recursos de fomento, produtos e serviços. Tudo isso visando, em última análise, à satisfação da sociedade, dos clientes e acionistas. Hoje, o BASA pode exibir o sucesso de tal empreitada, que se comprova pelos números que acabei de ler.

Registro meu aplauso ao ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, pela sua grande visão de homem público, que sempre soube apoiar os instrumentos voltados para o desenvolvimento, como é o caso do Banco da Amazônia. Por igual, estendo meus cumprimentos ao ex-Ministro Pedro Malan, de quem o BASA mereceu especial atenção.

Nesta oportunidade, desejo parabenizar todo o pessoal do BASA, essas mulheres e esses homens que, com sabedoria, competência e rara disposição, tendo à frente sua então Presidente, a dinâmica Drª Flora Valadares, fizeram do BASA o que ele é hoje: um banco de referência para toda a nossa Amazônia, melhor dizendo, um banco de referência para todo o Brasil.

Gostaria de poder cumprimentá-los a todos, um a um, porque sei que administração alguma chega a operar obra tão significativa se não contar com a colaboração de todos os funcionários, dos que ocupam os postos mais humildes até os dos escalões mais altos. Na impossibilidade de fazê-lo pessoalmente, cumprimento-os deste plenário com orgulho e satisfação.

Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/05/2003 - Página 11310