Pronunciamento de Eduardo Suplicy em 19/01/2004
Discurso durante a 1ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Homenagem de pesar pelo falecimento de D. Kyola Ferreira de Araújo Costa, mãe do senador José Sarney.
- Autor
- Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
- Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.:
- Homenagem de pesar pelo falecimento de D. Kyola Ferreira de Araújo Costa, mãe do senador José Sarney.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/01/2004 - Página 24
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
-
- HOMENAGEM POSTUMA, KYOLA FERREIRA DE ARAUJO COSTA, MÃE, JOSE SARNEY, PRESIDENTE, SENADO.
O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, trazendo aqui os sentimentos do Piauí, há pouco tão bem apresentados pelo Senador Heráclito Fortes, neste momento, eu traria o conforto ao Presidente Sarney, já que S. Exª é poeta, como se Kyola ensinasse a poesia de Gonçalves Dias:
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
Forte e bravo foi o filho de Kyola, o Presidente Sarney. Já que este momento é de solidariedade ao Presidente Sarney, busco outro poeta, Antoine de Saint-Exupéry: “o essencial é invisível aos olhos”.
Todos nós, o Maranhão, vizinho ao Piauí, o Brasil, o mundo, todos conhecemos as obras do Presidente José Sarney. Muito novo, foi Deputado Federal e Governador do Estado do Maranhão - com certeza o melhor Governador que aquele Estado já teve. Foi o Presidente da República que consolidou a democracia neste País. Como “o essencial é invisível aos olhos”, as obras de Sarney o País conhece, mas o invisível aos olhos foi o amor que ele aprendeu com sua mãe, Kyola, o amor ao próximo, à família, à esposa, aos filhos. Aprendeu o exemplo de família. Bastaria isso para o País estar de luto, mas não entristecido, porque é o grande exemplo da família, é o reviver da sagrada família. Deus não colocou seu poderoso filho desgarrado numa família. Kyola soube construir essa grande família sagrada do Brasil.
Termino minhas palavras, já que é para confortar um poeta, com aquele que disse, numa inspiração que tenho inveja - ele pode cantar e rezar -, “vi minha mãe rezando aos pés da Santa Virgem Maria: era uma santa escutando o que outra santa dizia”.