Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Transcrição do editorial do jornal O Estado de S.Paulo, intitulado "Delito Flagrado", em que adverte o governo sobre a necessidade de apurar as denúncias sobre o pedido de propina feito pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Transcrição do editorial do jornal O Estado de S.Paulo, intitulado "Delito Flagrado", em que adverte o governo sobre a necessidade de apurar as denúncias sobre o pedido de propina feito pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 18/02/2004 - Página 4707
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • LEITURA, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, EDITORIAL, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ADVERTENCIA, GOVERNO, NECESSIDADE, APURAÇÃO, DENUNCIA, CORRUPÇÃO, EX SERVIDOR, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, ESTADO DE MINAS, REFERENCIA, PRIVATIZAÇÃO, BANCO COMERCIAL, GESTÃO, EDUARDO AZEREDO, GOVERNADOR, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG).

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, naquele tempo, o da ditadura, era assim. É estranho que o Governo e o PT queiram seguir a mesma receita. E ponha em marcha firme a operação abafa nesse triste caso Daniel das propinas. É estranho, mas não muito. Afinal, na propaganda, o Planalto copia tudo que era modelo no regime de arbítrio em que o País vivia.

Esquece o Governo e esquece o PT que o País vive outros tempos, que já não permitem camuflagens como essa. Para evitar uma investigação pelo Parlamento desse que é um dos maiores escândalos da República, o Palácio armou-se até os dentes e mandou que o próprio Ministro-Chefe da Casa Civil fosse ao Congresso Nacional e ali instalasse palanque no Salão Negro do Senado e dissesse: O caso está encerrado.

Esses novos tempos pedem, exigem até, uma investigação ampla em torno do escândalo que tem no epicentro a figura mais influente do Governo Lula, o Ministro José Dirceu.

Por tudo isso, Sr. Presidente, leio para que conste dos Anais do Senado Federal o editorial da edição de hoje de O Estado de S. Paulo, em que o jornal adverte o Governo e chama-o à responsabilidade. Diz o Estadão que é preciso apurar o escândalo, inclusive para ver se o amigo do Ministro não fez outras vezes o que se vê na fita.

Sr. Presidente, ocupo a tribuna também para registrar o artigo intitulado “Cumpre fazer-se justiça”, publicado no jornal Estado de Minas, edição de 15 de fevereiro do corrente ano.

O texto, de autoria de Hindemburgo Pereira-Diniz, Presidente do Conselho Consultivo do Condomínio dos Associados, trata das privatizações promovidas em Minas Gerais, durante a administração do hoje senador Eduardo Azeredo, dos bancos comerciais controlados pelo estado: BEMGE e CREDIREAL.

Em seu artigo, o autor destaca o arquivamento do procedimento investigatório aberto no Ministério Público estadual pela inexistência de ilicitudes nas duas operações. O autor destaca, ainda, que o senador Eduardo Azeredo “... é um homem público bem formado, sério, digno do respeito com que se distingue”.

            Para que conste dos Anais do Senado, requeiro, Sr. Presidente, que o artigo publicado no jornal Estado de Minas, de 15 de fevereiro do corrente, seja igualmente considerado como parte deste pronunciamento.

A seguir, a íntegra do editorial de O Estado de S. Paulo, bem como o artigo ”Cumpre fazer-se justiça”, publicado no Estado de Minas.

Era o que tinha a dizer.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/02/2004 - Página 4707