Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Anúncio da liberação, nos próximos 30 dias, da primeira parcela dos recursos destinados à construção da Ponte Binacional, no Rio Oiapoque, ligando o Brasil à Guiana Francesa.

Autor
Gilvam Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: Gilvam Pinheiro Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Anúncio da liberação, nos próximos 30 dias, da primeira parcela dos recursos destinados à construção da Ponte Binacional, no Rio Oiapoque, ligando o Brasil à Guiana Francesa.
Publicação
Publicação no DSF de 22/02/2006 - Página 5711
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • IMPORTANCIA, ANUNCIO, LIBERAÇÃO, PARCELA, RECURSOS, DESTINAÇÃO, INICIO, CONSTRUÇÃO, PONTE INTERNACIONAL, RIO OIAPOQUE, LIGAÇÃO, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, GUIANA FRANCESA, INCENTIVO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DO AMAPA (AP).

O SR. GILVAM BORGES (PMDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmº Sr. Presidente, nobres colegas, Senadores e Senadoras, os grandes temas nacionais que estão sendo debatidos nesta Casa, ou melhor, nas duas Casas do Congresso Nacional - esta augusta Casa e a Câmara dos Deputados -, preocupam justamente pela complexidade do processo eleitoral que se avizinha. Já estamos às vésperas das eleições.

Ontem meu Partido promoveu aqui um grande debate, conduzido pelo eminente Senador Pedro Simon, juntamente com o Presidente do Congresso Nacional e Presidente desta Casa, o Senador Renan Calheiros. Acredito que o Partido fermenta bem, e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, com as correntes que o compõem, está suficientemente maduro, com uma experiência acumulada em uma longa trajetória de propostas em defesa do País, principalmente no que tange à redemocratização do Brasil.

Senador Papaléo Paes, que agora preside a Mesa, o Amapá é um Estado estratégico para a região amazônica. Nós estamos lá na cabeceira e fazemos fronteira com a Guiana Francesa. Alegram-nos as boas notícias de construção da ponte binacional que irá atravessar o rio Oiapoque; uma obra a ser realizada por um grande consórcio com o governo francês. Lá no Oiapoque, na comunidade São Jorge, nós iremos adentrar na Guiana Francesa, e o Amapá terá, também, estrategicamente, uma posição de alta relevância no setor econômico da Amazônia - é o caso do turismo. Os vôos que vêm de Paris para a Guiana Francesa irão trazer, sem sombra de dúvida, uma economia fabulosa para o Estado com a potencial vinda de turistas do continente europeu. Uma média anual de dois milhões de turistas chegam à Amazônia, que tem no Estado do Amazonas, notadamente na sua capital, Manaus, o grande celeiro. Esse eixo começará pela Amazônia, pelo Amapá, ali na cabeceira. O potencial turístico da Amazônia é gigantesco e acredito que essa ponte foi, sem sombra de dúvida, um grande acerto estratégico do Presidente José Sarney, que trabalhou nesse acordo por mais de cinco anos.

Tive oportunidade de estar presente ao primeiro encontro de Jacques Chirac e do Presidente Fernando Henrique, na Guiana Francesa, especificamente em Saint Georges. Eu estava num dos helicópteros da Força Aérea, que fazia parte da comitiva presidencial. Agora, o Presidente Lula deu prosseguimento a esse acordo que foi celebrado em Paris. Graças a Deus, essa é uma notícia alvissareira, pois o eixo turístico brevemente será mudado.

O Senador Papaléo Paes falou do saneamento básico e eu cito também as obras de infra-estrutura estratégica para que possa ocorrer o desenvolvimento de que a nossa região tanto necessita. Possivelmente, dentro de 30 dias, haverá a liberação, pelo DNIT, da primeira parcela para o início da construção da ponte binacional. Isso me alegra e me satisfaz.

A BR-156 também avança e faltam apenas 250km para que ela chegue a Oiapoque. Tive oportunidade de percorrer aquela estrada, a pé, entre 1998 e 2000. Ela sai de Macapá e chega à cidade de Oiapoque, percorrendo 600km.

O Amapá se organiza e se prepara para ser, realmente, um Estado pujante. A sua vocação é essa e todos nós, que integramos a aguerrida Bancada do Estado do Amapá, estamos atentos e a postos. Há pouco, eu disse ao Senador Papaléo Paes, que ocupou esta tribuna, que amanhã, estaremos com o Ministro das Cidades, independentemente de posição político-partidária.

Eu assim sempre procedi quando se trata do interesse do Estado. Fiz uma oposição acirrada ao Governo passado, mas quando se tratava de obras importantes e de recursos para meu Estado, eu não media distância. Sempre foi assim, porque a união, esse exercício, esse esforço, só faz o Estado crescer.

O Amapá é formado por um povo valoroso, a exemplo de quase todos os outros Estados da Amazônia. Grandes massas de nordestinos, vindos da seca em busca da oportunidade de enfrentar as adversidades e abrir novas fronteiras, deram uma colaboração decisiva para a formação da nossa população - negros, índios -, a qual, às margens do grande rio Amazonas, ansioso e vivo, tem esperança de receber a atenção de que tanto necessita do Governo Federal.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a ponte binacional, conduzida pelo Presidente José Sarney e incorporada por toda a Bancada, é uma grande vitória. Eu não poderia deixar de registrar os meus agradecimentos ao Presidente Sarney, a todos os colegas de Bancada, ao Presidente Fernando Henrique e ao Presidente Lula, porque nesses dois Governos conseguimos celebrar e concluir esse processo burocrático.

O primeiro encontro para tratar do assunto foi há cinco anos, entre o Presidente Jacques Chirac e Fernando Henrique. Depois, assumiu o Presidente Lula e, em seguida, celebraram-se os acordos em Paris. A matéria tramitou no Senado Federal, especificamente, e conseguimos chegar a essa grande vitória.

Por esse motivo, nesta tarde, brindo toda a população do Estado do Amapá com essa notícia alvissareira de que a primeira parcela será liberada dentro de 30 dias. Assim, poderemos comemorar o início da obra da estratégica ponte binacional, que foi celebrada entre o Governo brasileiro e o Governo francês.

Sr. Presidente, meu pronunciamento se encerra nesta tarde. Agradeço a atenção de todos. Que Deus nos abençoe e sempre nos motive a estar na defesa dos interesses do Estado do Amapá e do povo brasileiro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/02/2006 - Página 5711