O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Romeu Tuma, obviamente estamos todos com muita vontade de assistir a Brasil versus Gana.

Desejo que seja um excelente jogo. Estou torcendo pelo Brasil, respeitando Gana. Imagino como é que estão todos.

A Senadora Patrícia Saboya Gomes está nos convidando para assistir à partida em sua residência. Estou aceitando o convite. Estarão lá a Senadora Heloísa Helena e o Senador Arthur Virgílio.

Sr. Presidente, quero registrar e requerer a inserção nos Anais do Senado Federal da entrevista concedida por um correligionário de V. Exª, o Governador Cláudio Lembo, do PFL, pessoa pela qual tenho tido, desde os anos setenta, uma relação de respeito e de amizade. Mas considero a entrevista dada pelo Governador ao Mauricio Stycer e Mino Carta, editor da revista CartaCapital, convém ser lida por todos os Senadores.

O Presidente Romeu Tuma já a leu e acredito que também a recomende. Estava conversando com o Líder do PFL, José Agripino, e com o Líder do PSDB, Arthur Virgílio. Há uma recomendação de como nos relacionarmos com nossos adversários políticos, da importância de sempre nos referirmos às pessoas com o respeito devido. Esse era um dos maiores ensinamentos do tão saudoso Presidente da Constituinte, Ulysses Guimarães, do PMDB.

E eu ouvia isso com muito interesse. As pessoas devem sempre se referir aos demais colegas políticos, inclusive aos adversários, de tal maneira que possam conversar sem perder o respeito mútuo.

O Governador Cláudio Lembo - inclusive os seus próprios colegas do PFL, há poucos dias, no programa eleitoral, fizeram ofensas ao Presidente e a pessoas do Partido dos Trabalhadores - recomenda que se trate a figura do Presidente da República com respeito, para que sempre se possa ter um diálogo construtivo em defesa dos interesses maiores da Nação. Leio um pequeno trecho:

Eu confesso que tive grande respeito pela formação do PT, mas achava que não daria certo. Acredito ser importante a formação social vinda da base. Achava, porém, que a composição era muito difícil: a Igreja Católica, os sindicatos e a intelectualidade. São elementos que não têm amálgama. É isso está se vendo claramente hoje. O PT foi uma grande experiência histórica, muito rica, que eventualmente possa se recompor ao se afastar dessas origens. É possível. Tem um líder [e aí eu faço uma referência especial de como é que ele trata o Presidente] que tem carisma e qualidade intelectual, que é o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode liderar a recomposição. O meu partido, o PFL, é um partido típico da pequena burguesia, de interesses locais. Ele passa a ser um defensor da liberdade nesse vazio de liberdade. Tem suas qualidades, mas participam dele ...

E também faz críticas. Não vou falar sobre todas as questões. Mas quando ressalta certos adjetivos com os quais o Presidente da República foi referido, ele diz: “Não gosto de agredir o Presidente da República, nem os Governadores, nem outras autoridades. Deve haver um respeito às instituições senão destruímos a democracia”.

Assim, Sr. Presidente, recomendo fortemente aos Líderes e aos Senadores desta Casa a leitura dessa entrevista, que requeiro seja inserida nos Anais da sessão do Senado.

Obrigado.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR EDUARDO SUPLICY EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“No País dos Pilantras”, entrevista do Governador Cláudio Lembo publicada na revista CartaCapital.