Discurso durante a 170ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem aos médicos por ocasião da comemoração hoje do "Dia do Médico". Comentários sobre o dinheiro que seria utilizado para compra de dossiê sobre candidatos do PSDB e a artigo do jornalista Boris Casoy, publicado no jornal Folha de S.Paulo, a respeito de crimes de responsabilidade do Presidente da República. Leitura de e-mails recebidos por S.Exa.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Homenagem aos médicos por ocasião da comemoração hoje do "Dia do Médico". Comentários sobre o dinheiro que seria utilizado para compra de dossiê sobre candidatos do PSDB e a artigo do jornalista Boris Casoy, publicado no jornal Folha de S.Paulo, a respeito de crimes de responsabilidade do Presidente da República. Leitura de e-mails recebidos por S.Exa.
Publicação
Publicação no DSF de 19/10/2006 - Página 32503
Assunto
Outros > HOMENAGEM. ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, MEDICO, IMPORTANCIA, TRABALHO, CATEGORIA PROFISSIONAL, MELHORIA, QUALIDADE, VIDA HUMANA.
  • CRITICA, FALSIDADE, DEPOIMENTO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), MESADA.
  • REGISTRO, RESULTADO, PESQUISA, FRUSTRAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, ATUAÇÃO, POLITICO.
  • ELOGIO, IDONEIDADE, CONDUTA, GERALDO ALCKMIN, EX GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), COMPARAÇÃO, AUSENCIA, ETICA, ATUAÇÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • COMENTARIO, LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REIVINDICAÇÃO, IMPEACHMENT, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, QUESTIONAMENTO, IMPUNIDADE, MEMBROS, GOVERNO FEDERAL, ACUSADO, CORRUPÇÃO.
  • COMENTARIO, LEITURA, MENSAGEM (MSG), INTERNET, DESTINATARIO, ORADOR, CRITICA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, REDUÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, SAFRA, AGRICULTURA, AUMENTO, LUCRO, BANCOS, CARGA, TRIBUTAÇÃO, GASTOS PUBLICOS.
  • CRITICA, EXCESSO, INVESTIMENTO, GOVERNO FEDERAL, PROGRAMA ASSISTENCIAL, NEGLIGENCIA, POLITICA DE EMPREGO, AUMENTO, GASTOS PUBLICOS, PUBLICIDADE, REDUÇÃO, ORÇAMENTO, EDUCAÇÃO, SAUDE, INEFICACIA, POLITICA EXTERNA.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senadora Heloísa Helena, que preside esta sessão, no dia 18 de outubro, Dia do Médico, Senadoras e Senadores presentes na Casa, brasileiras e brasileiros aqui presentes e que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, eu não poderia deixar de prestar a minha homenagem no Dia do Médico.

Médicos, enfermeiras, paramédicos, fisioterapeutas, - isso foi o progresso da humanidade - todos formamos uma equipe de saúde. Ninguém precisa buscar em Florence Nightingale ou em Anna Nery o exemplo de uma grande enfermeira, pois aqui mesmo temos uma, a Senadora Heloísa Helena, que, com muita grandeza, representa a categoria nesta Casa.

Então, não se presta homenagem apenas no momento do sofrimento, da dor e das dificuldades, quando são lembrados os médicos e as enfermeiras. Hoje, Magno Malta, pessoa de coração grandioso, foi o primeiro a falar.

Aos médicos, o nosso respeito e a nossa admiração.

No Senado, há vários médicos. Senadora Heloísa Helena, no primeiro Senado da República, só havia dois médicos e vinte e tantos da área jurídica. Desde então, eles fazem leis boas para eles mesmos. Agora, o número de representantes da saúde é maior. Há V. Exª, que representa a enfermagem, e uns seis médicos, traduzindo essa sensibilidade política que trazemos a esta Casa.

Senador Magno Malta, está escrito no livro de Deus que, sob os céus, há tempo determinado para cada propósito. Há tempo de falar, há tempo de calar, há tempo de sorrir, há tempo chorar, há tempo de plantar, há tempo de colher, há tempo de nascer e de morrer. O tempo agora é de reflexões e de eleições. Temos de falar disso.

Senador Magno Malta, temo ser acusado por meus filhos e netos por este momento pior por que atravessa o Brasil. Nunca atravessamos uma faixa tão negra. Nunca estivemos tão afogados num mar de corrupção. Não se tem mais noção do pecado. Senador Magno Malta, perdeu-se a noção do que é pecado mortal e venial.

Pouco freqüentei CPI neste Congresso, porque me decepcionei. Numa reunião, ouvi o depoimento de um membro dessa organização criminosa que é o PT. Apresentaram um cheque, Senadora Heloísa Helena, de R$ 400 mil. Quando indagaram ao depoente - que faz parte dessa quadrilha, dessa organização criminosa que dirige o País, o PT - se ele lembrava para quem tinha emitido o cheque, ele disse que não, que só prestava atenção em cheques com valor acima de R$ 500 mil, que aquilo era insignificante, que ele podia ter dado de gorjeta, de Natal a um amigo.

São esses os valores de hoje cuja noção se perdeu.

Operário do meu Brasil, trabalhador de vergonha, ele disse que só olhava cheques acima de R$ 500 mil!

Senador Magno Malta, num ano, o trabalhador de vergonha ganha R$ 4 mil; em cem anos, R$ 400 mil. Ainda não dá para ele olhar o cheque. Eles consideram só acima de R$ 500 mil. Eles estão levando na brincadeira o R$ 1,7 milhão. Não é nada R$ 1,7 milhão para esse PT, que assalta um “Banco Rural”.

Senador Magno Malta, nunca gostei nem de passar pela calçada de banco.

A Senadora Heloísa Helena diz que eles são gigolôs.

Atentai bem: quando eu via Banco Rural, imaginava uma igreja. Está aí um banco sério, um banco para o trabalhador rural. É um banco para dar sementes, para dar trator, para dar capital, Senadora Heloísa Helena, ao homem do campo, ao homem da roça.

Qual o quê! Esses pilantras do PT tiraram R$ 50 milhões e compraram Deputados. São esses aí do mensalão.

A pesquisa saiu. Qual a credibilidade do político? Entre cem, só cinco acreditam em políticos. Que desgraça é essa? Foi a isso que chegamos? Nunca dantes - está aí Rui Barbosa - viu-se um negócio desse. Então, é isso. Está todo mundo estarrecido, todo mundo contaminado.

Isso, Senador Magno Malta, é pior do que Aids, é pior do que gripe. Contaminou. Nós já estamos imunizados. Este é o País em que vivemos.

Neste momento, temos que lutar, temos que nos salvar. Estamos aqui. Já era para ter terminado. Como Cristo dizia: “Em verdade, em verdade vos digo”.

É o que quero dizer, Senador Magno Malta. Creio que Deus não ia abandonar este Brasil. Então, colocou uma pessoa para fazermos uma reflexão. Vamos comparar. Vamos comparar o candidato Geraldo Alckmin ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Comparem! Educação, ética, responsabilidade, amizades.

Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Eu votei no “Lula paz e amor”, mas eu lá sabia dessas más companhias! Eu lá sabia dessa gangue! Não foi o Senador Mão Santa, não foi a Senadora Heloísa Helena, não. Foi o Procurador-Geral, nomeado por eles, quem disse que havia 40 bandidos indiciados por ele.

Existe honestidade, existe ética, existe decência - por isso estamos aqui. Não é somente esse mar de lama da corrupção.

Recebemos muitos e-mails. Num deles, há uma pergunta sobre Boris Casoy. Senador Magno Malta, V. Exª teve conhecimento de Boris Casoy? Eu o conheço pessoalmente. Eu governava o Piauí e o levei para ver o Delta. Diariamente, quem não ouvia “isso é uma vergonha”? Cadê o Boris Casoy? Somente porque dizia que era uma vergonha foi afastado e proibido de levar a verdade.

Está aqui um artigo dele - não o vou ler todo -, de 2,5 páginas, publicado na Folha de S.Paulo, intitulado “É uma vergonha”, que passo a ler: “Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um Governo”.

Vejam que é um homem com uma vida jornalística de investigação, de comentários, de comparações, ímpar. “Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um Governo”. Isso é claro. Que diagnóstico é esse, brasileiro, brasileira? Jamais! Não vou ler todo o artigo. Procurem o artigo “É uma vergonha”, de Boris Casoy, publicado na Folha de S.Paulo.

Pincei apenas algumas frases:

As razões legais para o processo de impeachment gritam no artigo 85 da Constituição, que versa sobre os crimes de responsabilidade do Presidente. Basta ler os seguintes motivos constantes da Carta Magna para que o Congresso promova o processo de impeachment de Lula: atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo, contra o livre exercício dos direitos individuais ou contra a probidade da administração.

O jornalista justifica, pedindo o impeachment do Presidente Lula. Brasileiro e brasileira, vocês devem fazer justiça! A justiça está aí. Vi a pesquisa.

Ô, Marco Aurélio, salve essa Justiça! V. Exª, que fez uma declaração de justiça, que tem uma bela esposa jurista, salve este País!

Há aquela bela declaração: isso deve ser esclarecido, Heloísa Helena, antes do dia 29.

Brasileiro e brasileira, sabem o que significa R$1,7 milhão?

Você que trabalha e que tem vergonha, em um ano, ganha R$4 mil; em cem anos de trabalho, receberá R$400 mil; em 200 anos, R$800 mil; em 300 anos, R$1,2 milhão! Não chega ao valor desse dinheiro aí que eles estão levando na brincadeira. Para ganhar R$1,75 milhão você trabalhador e trabalhadora precisariam trabalhar 450 anos! Esse dinheiro aí que ninguém sabe de onde veio. Veio do Presidente Lula, ele é o responsável. Veio do PT! Ele é o pai do PT, é o responsável. O filhote dele é o PT. Esse dinheiro veio do PT; o responsável é o Presidente da República, o PT é filho dele. É uma vergonha. É o artigo dele.

Outro artigo interessando: Arnaldo Jabor, símbolo da cultura, do preparo, do nacionalismo, da verdade, da comunicação. Título: “Será possível que ninguém se toca?” Olha o que ele diz, Heloísa Helena, atentai bem, gravai! Arnaldo Jabor, quem não vê? O amor à Pátria, a responsabilidade! Buscou pelo estudo a sabedoria que ele leva para o País. Um artigo de duas páginas: “Será possível que ninguém se toca?”

Heloísa Helena, destaquei três linhas:

O ladrão tradicional roubava em causa própria e se escondia pelos cantos. Os ladrões deste Governo roubam de testa erguida, como em uma ação revolucionária. Fingem-se de democratas para apodrecer a democracia por dentro.

Atentai, brasileira! Um brasileiro, amante do saber, do conhecimento, da investigação. Vou repetir: “O ladrão tradicional roubava em causa própria e se escondia pelos cantos. Os ladrões deste Governo roubam de testa erguida, como em uma ação revolucionária. Fingem-se de democratas para apodrecer a democracia por dentro”. Esse é o quadro.

Senadora Heloísa Helena, recebemos muitos e-mails e recebi este, jocoso. É como o Senador Magno Malta disse, que parece de cordel. Mas, gostei, jocoso! Ouça, Heloísa Helena: “Virei a casaca. Lula para Presidente: para Presidente Bernardes ou para Presidente Venceslau. Presídios de segurança máxima já!”

Recebi um que atesta que a voz rouca é a voz das ruas. Eles mandam porque sabem que temos coragem de ler aqui. Senadora Heloísa Helena, ele cita 100 razões para fugirmos do reinado do PT, do Governo do PT como o diabo tem medo da cruz e foge da cruz. Ele cita aqui: “Descontentamento dos brasileiros. Prezado Senador Mão Santa, tenho muito respeito e admiração pela coragem de V. Exª em combater a corrupção no Brasil. Parabéns por seus sábios interesses (...) Encaminho abaixo...”

Ele cita 100 itens que já foram discutidos aqui e os quais Heloísa Helena tem todos na cabeça. Ele cita 100. Pincei 20 para memorizar neste momento de reflexão em que aproveitamos o milagre da democracia, que é o patrimônio maior da humanidade e que oferece alternância no poder.

- A menor taxa de crescimento. É verdade. Foi 2,2%, a segunda menor das Américas. Só ganhou do Haiti, que está em guerra civil. Taxa de crescimento menor do que todos os países emergentes e metade da média mundial. São 27 países emergentes e estamos em último lugar. Isso tudo é mídia, enganação. Quando há crescimento há emprego, oportunidade de renda e felicidade.

- Lucro dos bancos. Disso, a Heloísa Helena gosta! Em três anos do Governo Lula, 44,12 bilhões. Dão um dinheirinho, pouquinho, para esse Bolsa-Família e pensam que deram muita coisa. Deram para os banqueiros mais do que todo o lucro de bancos em oito anos do Governo Fernando Henrique Cardoso: 35,9 bilhões. Esse já passou.

Então não é PT, é PB, partido dos banqueiros. Quem trabalha está humilhado. A dívida interna superou R$1 trilhão! Superou, aumentou! É mentira! A maior taxa de juros real do planeta! Por isso, a festa dos bancos. Quantas e quantas vezes Heloísa repudiou isto, a festa dos banqueiros? É PB, não aquele PT que o atraiu, que o seduziu; agora é PB, partido dos banqueiros.

- A carga tributária cresceu em mais de 3% do PIB, sufocando as despesas! Explosão de gastos públicos. Em toda a história, em 506 anos, não tivemos mais de 16 Ministros por governo; hoje são quase 40! Trinta mil cargos comissionados para os vadios, para os traquinas, para os malandros que não estudaram do PT; trinta mil aí.

- A safra agrícola em toneladas de grãos reduziu-se em 2004 e 2005. Ele foi derrotado em todos os Estados cuja base econômica é a agricultura.

Lá no Piauí, na região de Uruçuí, “capital da soja”: “A maior praga da agricultura é Lula!” Está aí, tudo cresceu. Tudo.

- Os gastos suntuosos do Palácio do Planalto dispararam, dobrando em relação ao período de Fernando Henrique Cardoso. Os cartões corporativos da Presidência fazem a festa do Presidente e sua entourage.

Senadora Heloísa Helena, está certo? Lá para o Piauí tem 59,09 desse Bolsa-Família. Atentai bem! São 95: 50 mais 15 reais por cada um de três filhos: então dá 45; mais 50, dá 95.

Heloísa Helena, atentai bem! Quanto é o cartão corporativo dele? E quanto ele dá para um pobre necessitado que deveria ter um emprego de salário mínimo decente que dá dignidade? Um emprego...

O Fagner, lá no Nordeste, canta uma música com letra de Gonzaguinha - cadê a Patrícia, que é fã do Fagner? Chama a Patrícia, que ela sabe. Ela vai cantar aqui. Ele diz que o menino guerreiro precisa de um remanso, de um carinho. Ele tem o seu sonho. Se se castra o seu sonho... O seu sonho é a sua vida. O seu sonho é o trabalho. Se se castra o trabalho, ele morre, ele mata, ele não pode ser feliz.

Então, ele devia ter dado o trabalho, e não deu; deu essas bolsas. Heloísa Helena, enquanto ele dá essas bolsas de R$95, dá de milhões e milhões à patota que tem direito aos cartões corporativos da Presidência. É uma caixa preta, Heloísa Helena, ninguém sabe. Enquanto ele dá ao irmão necessitado R$95, aos bandidos do PT, à corriola do Palácio e dos Ministérios, ele dá um cartão do crédito corporativo, que eles estouram, e é uma caixa-preta, toda dele. Ele já mandou até um Decreto para o Tribunal de Contas da União, dizendo que não pode mostrar a verdade dos números.

Olhai esse Governo que dá R$95. Merece. Deveria dar um emprego, com salário que leve à dignidade. Isso, sim. O trabalho é mencionado no Livro de Deus: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”. Essa é uma mensagem de Deus para os governantes propiciarem trabalho. Aí, ele dá. Mas eu quero é saber dos cartões corporativos da Presidência. Enquanto ele dá R$95, dá cartões de dez milhões, de vinte milhões. Não tem limite. Isso é uma caixa-preta. Ninguém sabe. Se nós do Senado não sabemos... Mandou um Decreto para o Tribunal de Contas da União não saber quanto é essa imoralidade. Todos eles, toda a gangue, toda a organização criminosa do PT tem esses cartões corporativos. Não existem só no Palácio, mas também nos Ministérios; estão indo para os Estados. Essa é a diferença.

A febre aftosa, Senadora Heloisa Helena, voltou. Está aí. No Brasil, no Piauí não se pode vender gado. O boi vale quinhentos, mas só pagam duzentos, porque ele só pode ser vendido internamente. A febre aftosa voltou porque eles não vacinaram o gado.

O investimento nas estradas chegou ao nível mínimo, levando à chamada operação tapa-buracos, a maior enganação e o maior programa de contratação de empresas sem licitação. Antes, governo nenhum contratou empresas sem licitação. Os empregos criados estão longe, muito longe, da quantidade prometida na campanha de 2002: dez milhões.

Brasileiros e brasileiras que vão votar, estão empregados? Votem no Presidente. Não está? O desempregado vai votar?

Trabalhar é obrigação. “Comerás o pão com o suor do teu rosto”. Essa é uma mensagem de Deus para propiciar emprego a todos. Por isso, os faraós faziam aquelas pirâmides, Heloisa Helena. Era para dar emprego. Eram as frentes de trabalho para dar emprego, e esse é o desemprego.

Os gastos com publicidade em dois meses de 2006 cresceram 60%. Quero saber se cresceu 60% o orçamento para a saúde, o orçamento para a educação. A criminalidade cresceu assustadoramente.

Atentai bem, Senador Arthur Virgilio: Norberto Bobbio disse que o mínimo que se tem de exigir de um governo é a segurança à vida, à liberdade e à propriedade. É o mínimo. O sábio teórico da democracia assim falava. Quem é que se sente seguro neste País quanto à vida, quanto à liberdade e quanto à sua propriedade? Ele está usando o Programa Bolsa-Família - Bolsa-Escola do ex-Presidente Fernando Henrique - unicamente como campanha política.

O Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, afirmou que “o Bolsa-Família é um programa assistencialista, quem está com fome deve receber o seu alimento, mas não ficar assim sendo estimulado a não fazer nada, ganhando R$60, R$80 ou R$90 por mês. Dê trabalho a todos”. Esse é o representante de Deus em nossa Igreja.

O Presidente pensa que é o maior estadista do mundo e anda por aí no “Aerolula”. Não sabe nada do que está acontecendo no seu Governo e nem mesmo no PT. Senador Arthur Virgílio, apelidaram o nosso candidato de chuchu, mas sabe, Senadora Heloísa Helena, qual é o apelido do Lula? Jamanta. Mas, Heloisa Helena, ele não sabe, não viu, não vê e não responde.

A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL.) - O Jamanta é muito bonzinho. Não dá para compará-lo com gente safada.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Realmente, o Jamanta é tão bonzinho, tão carinhoso e tão puro...

O Presidente fecha os olhos para as invasões brutais.

E a correção das aposentadorias dos nossos velhinhos? Garfaram, pinçaram. Aquela Medida Provisória funesta, a 286, contra a qual nos rebelamos, contra a qual Heloisa Helena, mulher brava e corajosa, lutou e passou a ser perseguida.

Aqui, eu disse que três coisas a gente só faz uma vez na vida: nascer, morrer e votar no PT. O tão festejado Fome Zero nunca saiu do papel. Com sua mirabolante política externa, o Presidente conseguiu fazer o Brasil ser humilhado até pela Bolívia, no caso do gás.

Heloísa Helena, ele quis um assento na ONU; não conseguiu; no BMC, não conseguiu representante; nem no BID... Mas acho que ele vai conseguir uma vitória, Heloisa Helena. Acho que o Lulinha vai ganhar o Prêmio Nobel de Economia, porque, de repente, ele que era biólogo, que tinha uma empresa de comunicação fajuta, de repente, torna-se sócio de uma multinacional e tem US$5 milhões como capital. Então, acho que ele vai conseguir para o Lulinha o Prêmio Nobel de Economia, o Nobel, porque não conheço feito igual. Ele era biólogo, foi para um sistema de comunicação fajuto - não foi esse o termo usado para o dossiê? - e, de repente, é sócio de uma empresa multinacional com 5 milhões de dólares ou 15 milhões de reais. Lula não conseguiu lugar na ONU, não conseguiu no BMC, não conseguiu no BID, mas o Lulinha vai conseguir o prêmio de economia mundial. Um biólogo fajuto de comunicação tornou-se empresário e tem 5 milhões de dólares. Vai ganhar ainda, estou antecipando. Ele é um “sucesso” empresarial visto em todo o mundo. Ele vai ganhar o Prêmio Nobel como empresário. 

Os Deputados mensaleiros continuam recebendo a proteção do PT, são perdoados no Congresso, e o silêncio do Presidente aumenta.

Senadora Patrícia Saboya, permita-me, declamei aqui o poema Guerreiro Menino, do Gonzaguinha, cantado pelo Fagner, que diz que o homem tem um sonho, seu sonho é o trabalho e a sua vida. Se se castra seu sonho....

Os Deputados mensaleiros, Senadora Patrícia Saboya Gomes...

Atentai bem: o homem dos dólares na cueca foi eleito. Olha onde nós estamos! Olha esse embotamento moral! Luiz Pontes, líder, homem de moral - sou vizinho do Ceará. Conheço a história. Homem de bem. Senador da República, Secretário de Governo, Patrícia, não conseguiu se eleger. Ele não tinha dólar na cueca! Ele não era do PT! E o homem do dólar na cueca foi eleito, como todos os vigaristas.

É por isso que só 5% das brasileiras e dos brasileiros acreditam em político, e o pai dessa desgraceira, dessa desmoralização foi o Lula. Ele é o pai do dinheiro.

Por que a Polícia Federal não algema? Ela não algemou o Jader Barbalho que está com eles? Por que ela não algema esses bichinhos? Porque é o bichão. O dinheiro era do candidato Lula, era da família do Lula. Ela não é essa Polícia Federal? Por que não algema? Não algemou o Sr. Jader Barbalho para o País? Não algemou uma mulher, a da Daslu? O Cícero Lucena, que é Senador hoje? Por que não algema nenhum? Porque foi do Lula. O dinheiro é de candidato, e é do PT. Ele é que pai do PT! Cadê a Polícia Federal? Está todo o Brasil esperando, Polícia Federal. Tanto tempo. Ridículo não se descobrir... Se fosse uma galinha que um pobre tivesse roubado, o pobre estava algemado, estava preso. E da gangue da organização criminosa? Ninguém!

Os Deputados mensaleiros continuam recebendo a proteção do PT. São perdoados no Congresso. E o silêncio do Presidente aumenta a impunidade.

São estas as minhas últimas palavras: Deus não iria abandonar seu povo.

Compare os candidatos.

Acredito que o saber é importante. Acho que tem de acabar essa história de que, embora nunca tenha lido um livro, sabe mais do que o que leu. Não! Não sabe. Foi Presidente? Foi. Eu votei. Foi. Já foi. Já o conhecemos. Tem a alternância no poder. Vamos mudar. Não é possível! Pior do que está, não é possível! Perdeu-se a noção da decência, da dignidade, da ética, da vergonha e da honestidade.

Cadê? Onde há alguém do PT aqui? Eles sabiam que eu iria dizer isso, mas eles estão envergonhados de defender. Mostre com as câmeras! Cadê alguém do PT? Eles sabiam que eu vinha aqui.

Sou do Piauí. Amanhã é o dia do Piauí. Lá, em uma batalha sangrenta, expulsamos os portugueses, porque havia a derrama, aquela pela qual Tiradentes foi enforcado. A derrama era um imposto. Teve a novela Quinto dos Infernos, Senadora Heloísa Helena. Se o cidadão tinha cinco quilos de ouro, um era do português; se tinha cinco vacas, uma era do português; se tinha cinco bodes, um era do português. Era um quinto. Agora é uma banda do PT de impostos e de juros. Colocamos, em guerra sangrenta, os portugueses para fora. Eles foram para o Maranhão. Nós os expulsamos.

Eles sabiam que eu viria aqui. Deveria estar o PT aqui para contestar. De cem, em respeito ao público, só li vinte, mas meditem. Vamos utilizar a beleza da democracia: alternância do poder.

Ó Lula, paz e amor. Vai ficar na boa. Ele já tem uma aposentadoria, Senadora Heloísa Helena, e vai ganhar outra. Presidente da República tem uma aposentaria boa, que foi criada depois do Governo de Café Filho, que era honesto. Já houve, Senadora Patrícia, Presidentes honestos.

Getúlio passou 15 anos e saiu sem ter uma geladeira na casa e na fazenda dele. Café Filho, do Rio Grande do Norte, estava passando dificuldades depois de ser Presidente, como Vice-Presidente eleito. Assim, aprovaram uma lei aqui para dar pensão aos ex-Presidentes. E Lula vai ganhar, vai ganhar. Aí vai passear com Dona Marisa, vai contar. Viver. Ele não gosta? E vamos, por um Brasil decente, votar em Geraldo Alckmin.

Primeiro, Geraldo Alckmin é médico. Hoje é o Dia do Médico. Sua vitória será o grande prêmio, o grande presente que o Brasil dará à classe médica. Estou orgulhoso porque, de acordo com as pesquisas, a classe médica é uma das mais acreditadas. Só 5% dos brasileiros acreditam no político.

Lembrem-se de Juscelino Kubitschek, primeiro Presidente médico. Segundo, Geraldo Alckmin, mais experimentado. Como ele, aprendeu o juramento de Hipócrates, o Código de Deontologia Médica. Vereador, Deputado Estadual, Prefeito, Deputado Federal. Cadê o PT? Tragam o que Lula fez e o que Alckmin fez. Projeto de lei do consumidor, Geraldo Alckmin; SUS, Geraldo Alckmin. Vice-Governador e Governador, discípulo do homem que teve mais ética e decência neste País, Mário Covas. Por um País decente, Geraldo Alckmin Presidente.

Muito obrigado, Heloísa Helena.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/10/2006 - Página 32503