O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, São José, pai de Jesus, é lembrado em todo o Brasil, hoje, dia 19 de março. E com razão. Foi ele, aquele carpinteiro, nascido em Belém da Judéia, no século I a.C., o indicado por Deus para se casar com a jovem Maria, que veio a ser a mãe de Jesus, como narra o Novo Testamento e como sabem os povos de todo o mundo.

Ao lado de São João, São Pedro e Santo Antonio, São José é talvez o santo mais popular do Brasil e, especialmente em algumas regiões, como o Nordeste, onde as populações vêem no 19 de março a data-limite para saber se o ano vai ser de boas chuvas.

No meu Estado, o Amazonas, terra das águas, São José é venerado por maciça parcela da população, pelos amazonenses das mais simples e humildes profissões, como a do Santo, que era carpinteiro. Contudo, nas igrejas, em procissões pelas ruas e nas praças públicas, todos, de diferentes profissões e condições sociais, param por um momento para erguer preces ao céu e pedir graças e proteção.

São cenas que dificilmente deixam de emocionar. Em Manaus e no interior do Amazonas, este dia 19 é feriado na alma de todas as gentes, mas, no comércio, na indústria e em qualquer outra atividade ninguém cessa o trabalho, o que, de certa forma, lembra o ofício de São José, carpinteiro, a profissão que não pára e é encontrada nas grandes cidades e nos mais distantes pontos do território brasileiro, como em todo o Amazonas.

É o momento em que a fé, absolutamente insuperável, das nossas populações pede, em algum momento, um pouco de reflexão para a lembrança da aparição, a José, Carpinteiro, enquanto dormia, um anjo que lhe pede para não temer em receber Maria como esposa - diz a Bíblia - "pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo", passagem interpretada pelos cristãos como concepção divina”.

A grande popularidade de São José, Carpinteiro, tem um dos pontos altos, repito, também no meu Estado. Não sem razão. Pela reverência, respeito e admiração do Santo entre as nossas populações, ele foi proclamado como protetor da igreja e, além disso, o santo padroeiro dos operários.

É por essa devoção que no Amazonas o dia de hoje e a noite também é data para evocar São José e, por seu intermédio, pedir graças a Deus.

Por isso, ao saudar as populações de Manaus e de todos os municípios do Amazonas, rendo homenagem ao culto religioso que, com a fé popular, lembra São José, Carpinteiro. Menciono, como preito a essa fé de nosso povo, o trecho em que Padre Antonio Vieira, em seus Sermões, exalta a graça divina:

(...) Peçamo-la (a graça divina), primeiro ao Espírito Santo, por intercessão da Senhora (Maria, Mãe de Deus).

 Acrescento, após o texto de Vieira:

Peçamos, também a São José, Carpinteiro, toda a graça divina ao povo do Amazonas, neste ano em que a Campanha da Fraternidade é dedicada à proteção da Amazônia, a Terra da Gente Brasileira.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.