O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria apenas de informar à Casa que houve uma reunião na semana passada na casa do Senador Tasso Jereissati, da qual participou um grupo de Senadores, todos respeitáveis. Fez-se na ocasião uma proposta de reforma política que considero bastante conservadora para os propósitos da democracia brasileira. Chamo atenção para este aspecto: vivenciamos um momento especialíssimo da vida política brasileira e sul-americana. Quer dizer, temos conseguido eleger governos democráticos, populares. É um momento de avanço, progressista, e seria incompreensível retrocedermos numa proposta conservadora. Entre elas, estão a cláusula de barreira, o voto distrital misto e o fim de coligações. São todas propostas conservadoras que já vêm desde a Assembléia Nacional Constituinte, em 1987, quando o Centrão assumiu essas proposições. Não quero crer que se esteja formando um novo Centrão para conduzir a reforma política, especialmente no Senado da República.

            Então, chamo a atenção para esse aspecto. Essa é uma questão que voltará ao debate, imediatamente, na próxima semana, em função de estar na pauta a cláusula de barreira. Chamo a atenção de todos, porque essa matéria foi base da formação do Centrão na Assembléia Nacional Constituinte, para conseguir conduzir as questões mais conservadoras e mais atrasadas lá em 1987. E retorna agora, em 2007, 20 anos depois, tentando fechar o espaço da participação política em nosso País.

            Era essa questão, Sr. Presidente, que gostaria de levantar, para que a retomemos logo mais, na próxima semana, quando a matéria do Senador Marco Maciel voltar a debate no Plenário do Senado Federal.