Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referências ao pronunciamento do Senador João Ribeiro.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. :
  • Referências ao pronunciamento do Senador João Ribeiro.
Publicação
Publicação no DSF de 20/06/2007 - Página 20120
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, ATUAÇÃO, ORADOR, QUESTIONAMENTO, NOME, INDICAÇÃO, DIRETOR GERAL, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), MOTIVO, ILEGALIDADE, DUPLICIDADE, FONTE PAGADORA, EX SERVIDOR, SENADO, AUSENCIA, PERSEGUIÇÃO, NATUREZA POLITICA.

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

Quero dizer ao Senador João Ribeiro que também não é intenção minha questionar o nome do Luiz Antônio Pagot. O que fiz na tarde de hoje foi minha obrigação, Senador.

Eu tenho aqui em minhas mãos um atestado desta Casa dizendo que, de 1995 a 2002, o Sr. Pagot recebeu desta Casa R$428 mil em função de serviços prestados. Também tenho informações seguras de que o Sr. Pagot trabalhou na Hermasa nesse mesmo período.

A Lei nº 8112 não permite acumulação de cargos, daí a minha preocupação. Disse eu, inclusive, Senador, que não conheço o Sr. Pagot, não tenho nada contra ele, não moro onde ele mora, não milito politicamente onde S. Sª milita, não tenho nada, absolutamente nada politicamente sobre a questão, mas é minha obrigação questionar o Senado, como entreguei o documento, questionar a Comissão de Infra-estrutura para saber. É meu dever, e ninguém pode me impedir isto. É meu dever, Senador Magno Malta, fazer isso! Não estou cometendo nenhum ato leviano, Senador Malta. O que é que me proíbe? Quem pode me proibir de questionar o entendimento?

Quero saber, quero que a Comissão de Serviços de Infra-estrutura me diga. Se estiver certo, tudo bem. Oxalá esteja certo! Mas tudo indica que não está. Na dúvida, eu quero saber. Não posso votar nada nesta Casa na dúvida. Aí, sim, seria um ato leviano; votar na dúvida seria um ato leviano.

V. Exªs jamais verão isso da minha parte. Eu quero votar com consciência - é minha obrigação fazer isso. Já votei o nome de várias autoridades aqui indicadas pelo Presidente Lula, sem nenhum problema, depois de verificar sua conduta ilibada, seu caráter. Votei e votarei; mas, na dúvida, não vou votar. Se V. Exª quiser ganhar o meu voto, prove a verdade dos fatos e conquistará o meu voto. Se não, vamos discutir, sim; vamos discutir a validade dessa indicação. Até fui gentil, mesmo sendo da Oposição, Sr. Presidente. Até fui gentil sendo Oposição, dizendo que eu estaria, nesse caso, ajudando o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que ele revisse a sua indicação, porque realmente, se for verdade, acumulação de cargos é proibida. E estaremos fazendo, aqui, neste Senado, o que não deveríamos fazer: votar em alguém que omitiu dados para este Senado.

Então, Presidente, quero dizer, mais uma vez, a V. Exª que não é minha intenção criar nenhum fato político, pois não milito politicamente na área do Sr. Pagot, nem sei onde é; mas é minha obrigação ver documentos e questionar fatos. Vi documentos e estou questionando fatos - e vou fazê-lo sempre, doa a quem doer! Repito: vou fazer sempre, pois não tenho medo de fazê-lo. Se um dia conseguir ter medo, eu peço a minha renúncia deste Senado.

Por isso, Sr. Presidente, quero aqui dizer a V. Exª: não quis cometer e não quero cometer nenhuma injustiça votando na dúvida.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/06/2007 - Página 20120