O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é fundamental que o Brasil encontre a fórmula de livrar seus cidadãos desse faroeste. A que ponto chegou o tráfico! Há tempos, essa era uma atividade praticada às escondidas e jamais teriam a ousadia de fazer o que fizeram com um jornalista ligado a um jornal tão conceituado e tão expressivo quanto o Correio Braziliense no Distrito Federal. Agora, simplesmente, estamos torcendo pela vida - que, graças a Deus, parece-me assegurada - do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, mas certeza nenhuma temos da capacidade que teria o Estado brasileiro de punir essas pessoas, os criminosos.

     E mais, na prisão, no presídio, continuam comandando toda a ação organizada do crime com seus celulares, com seus aviões, com sua capacidade de ameaçar carcereiros.

  É um drama tão grave, algo tão sério, que deveríamos mesmo ter uma posição do País nisso. Idealizo um sistema nacional de segurança liderado pelo Presidente da República, com o cotidiano das ações praticadas pelos governos estaduais, mas com a participação das prefeituras, com a interveniência do terceiro setor, com a conscientização fundamental das pessoas a não usarem drogas. Existe também aí a figura capitalista da lei da oferta e da procura. Se tem quem consuma droga, então tem quem se arrisque para vender a droga, e no Brasil ninguém corre praticamente risco algum traficando drogas.

     Minha solidariedade à família do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, a ele próprio. Desejo que ele volte a exercitar a sua pena vibrante, o seu jornalismo investigativo e que nós tenhamos nesse símbolo mais uma agulhada na nossa consciência para meditarmos se estamos fazendo de fato tudo que precisa ser feito na direção de um País justo. O País jamais será justo enquanto houver tanta violência ameaçando a cidadania brasileira, Sr. Presidente.

     Muito obrigado.