O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, perdi alguns minutos do meu tempo, mas foi por uma causa justa. Concordo plenamente com a fala da Senadora Ideli e a expectativa da Senadora Fátima, da Senadora Serys, de todas as Senadoras e dos Senadores também, porque temos que zelar pelas mulheres do nosso País, do nosso Brasil.

            Sr. Presidente, venho a esta tribuna para tratar de um assunto que já devo ter tratado aqui por dezenas de vezes. Recentemente, subi à tribuna para dizer que esperava que as autoridades federais não prorrogassem mais o prazo do leilão das usinas do rio Madeira, Jirau e Santo Antônio, e, infelizmente, esse prazo foi novamente prorrogado: inicialmente, era 30 de outubro; depois, passou para o dia 22 de novembro - na última vez que estive nesta tribuna foi para dizer que esta data ainda estava dentro das nossas expectativas para não furar o cronograma de trabalhos previsto nessas obras das usinas de Jirau e Santo Antônio; e agora fomos surpreendidos pela prorrogação novamente para o dia 10 de dezembro. Mas, se acontecer, Senadora Fátima, no dia 10 de dezembro, ainda está de bom tamanho. Ainda está antes do final do ano e dá tempo de as empresas se programarem, as empresas vencedoras desse certame, para iniciarem as obras no início do verão do ano que vem e prepararem todo o formato do financiamento, dos investimentos dessas obras.

            Concedo um aparte, com muito prazer, à Senadora Fátima Cleide.

            A Srª Fátima Cleide (Bloco/PT - RO) - Senador Raupp, quero apenas me solidarizar com V. Exª e parabenizá-lo por mais este alerta. Nós que estamos à beira do Rio Madeira nos preocupamos, e muito, junto com toda a comunidade rondoniense, com os rumos desse empreendimento que são as usinas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio. Também estou na mesma expectativa que o senhor. Acredito e tinha uma expectativa muito positiva, inclusive para o dia de hoje, de um anúncio positivo. Infelizmente o anúncio veio postergar ainda mais a data de realização do leilão de energia dessas duas usinas. Quero apenas dizer que, como o senhor, fico na expectativa de que o leilão realmente aconteça no dia 10 de dezembro para que possa haver toda essa organização, tanto das empresas vencedoras quanto do próprio Município, que está com vistas de receber cerca de 30 mil pessoas, no mínimo, para trabalhar nesses empreendimentos. Então, parabéns a V. Exª por estar todos os dias aqui, religiosamente, nos lembrando, e ao País, da necessidade desses empreendimentos superimportantes não apenas para o Estado de Rondônia - aliás, o Estado de Rondônia entra como fornecedor de matéria-prima -, mas para todo o Brasil. Toda a população, ao ligar o interruptor, sabe da necessidade de ter energia e ter conforto. Meus parabéns, Senador Valdir Raupp.

            O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO) - Obrigado a V. Exª pelo aparte.

            V. Exª disse muito bem: Rondônia clama pelos empregos. Rondônia clama pelos 30 mil empregos diretos, talvez 50 mil empregos diretos e indiretos, por essas obras tão importantes para o nosso Estado; pelos royalties da energia que se vai gerar em Porto Velho, para a Prefeitura de Porto Velho e para o Estado de Rondônia; pelas indústrias que já estão chegando em Rondônia; pela construção de dois shopping centers, por dois grupos grandes investindo em Porto Velho. Há o anúncio de uma fábrica de cimento. Jamais Rondônia poderia esperar uma fábrica de cimento, como está sendo anunciada agora, do Grupo Votorantim, se não fossem as usinas do rio Madeira. Então, na esteira dessas usinas, estão indo para Rondônia inúmeras outras indústrias que vão gerar milhares e milhares de emprego.

            Então, faço mais este alerta, Sr. Presidente, contribuindo com o tempo - V. Exª tem se esmerado em iniciar a Ordem do Dia, todos os dias, às 16h, pontualmente, e já estamos passando, neste momento, das 16h.

            Deixo registrado aqui este apelo ao Ministro das Minas e Energia, ao Presidente da Eletrobrás, enfim, a todas as autoridades ligadas ao setor elétrico nacional para que não deixem que se ultrapasse o dia 10 de dezembro - terceira data já anunciada - e para que as empresas que brigam por essa concorrência, por esse leilão, possam se entender. Inicialmente, Odebrecht, Camargo Corrêa, Furnas, todos entrariam em um único consórcio. Aí, já brigaram, já estão brigando na Justiça, no Tribunal de Contas da União, e a nossa preocupação é que essa pendenga jurídica possa se estender e que o leilão não aconteça este ano, o que seria o pior dos mundos, não só para Rondônia, mas para o Brasil, que espera a energia do rio Madeira para sustentar o crescimento econômico de nosso País.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.