Discurso durante a 195ª Sessão Especial, no Senado Federal

Pronunciamento destinado a homenagear os 100 anos de criação do Município de Anápolis - Goiás.

Autor
Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Pronunciamento destinado a homenagear os 100 anos de criação do Município de Anápolis - Goiás.
Publicação
Publicação no DSF de 26/10/2007 - Página 37504
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MUNICIPIO, ANAPOLIS (GO), ESTADO DE GOIAS (GO), REGISTRO, HISTORIA, REGIÃO, VINCULAÇÃO, SANTO PADROEIRO, DETALHAMENTO, PROCESSO, AUTONOMIA MUNICIPAL.
  • REGISTRO, SUPERIORIDADE, DESENVOLVIMENTO, MUNICIPIO, ANAPOLIS (GO), ESTADO DE GOIAS (GO), QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO, HOSPITAL, UNIVERSIDADE FEDERAL, UNIVERSIDADE PARTICULAR, IMPORTANCIA, LOCALIZAÇÃO, CONEXÃO, RODOVIA, LIGAÇÃO, REGIÃO, PAIS, FAVORECIMENTO, EXPORTAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, COMENTARIO, QUALIDADE, INFRAESTRUTURA, INCENTIVO, POLO AGROINDUSTRIAL, INDUSTRIA QUIMIOFARMACEUTICA, INDUSTRIA AUTOMOBILISTICA, EMPREGO, RENDA, DEFESA, IMPLANTAÇÃO, ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO (ZPE), HOMENAGEM, POLITICO, CUMPRIMENTO, CONVIDADO, PRESENÇA, SESSÃO ESPECIAL.

O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmº Sr. Presidente Alvaro Dias, ex-Governador do Paraná, que me dá a honra de falar representando também a Mesa do Senado Federal; Exmº Sr. Secretário da Indústria e Comércio do Estado de Goiás, Sr. Ridoval Darci Chareloto, que neste ato representa o Exmº Sr. Governador do Estado de Goiás, Dr. Alcides Rodrigues - aliás, S. Exª me ligou ainda há pouco dizendo da impossibilidade de comparecer, tendo em vista a presença do Ministro de Estado da Educação em nossa capital, neste mesmo horário -; Exmº Sr. Prefeito do Município de Anápolis, Professor Pedro Fernandes Sahiúm, cuja presença e de toda sua equipe agradeço - o Vice-Prefeito Atair Pio e de toda a comunidade -; Exmº Sr. Presidente da Câmara Municipal de Anápolis, Vereador Gérson Sant’Ana, em nome de quem quero saudar todos os Vereadores presentes; Exmª Srª Conselheira Carla Santillo, que neste ato representa o Tribunal de Contas do Estado, filha do querido e saudoso ex-Governador, ex-Ministro e ex-Senador Henrique Santillo; Magnífico Reitor da Universidade Estadual de Goiás, Dr. Luiz Antônio Arantes; Magnífico Reitor da UniEvangélica, professor Carlos Hassel Mendes e todo seu corpo diretivo aqui presente; Exmºs Srs. Deputados Federais Rubens Otoni, anapolino; Carlos Alberto; Leonardo Vilela, Presidente do PSDB; Exmº Sr. Deputado Estadual Frei Valdair; queridos ex-Deputados Lídia Quinan, Pedro Canedo, Adhemar Santillo, Onaide Santillo, Carlos Mendes; Secretários de Estado; Prefeitos; prezadíssimo ex-Prefeito Raul Balduíno; minha saudação a todos os empresários, minha saudação a todas as lideranças religiosas aqui tão bem representadas, minha saudação à Irmã Rita e a toda sua equipe que representa aqui a Santa Casa e o Hospital de Urgências; minha saudação ao Dr. Henrique Fanstone, enfim, a todos meus amigos aqui presentes; minha saudação muito especial à Associação Comercial e Industrial, na pessoa do seu Presidente, dos seus ex-Presidentes, o Dr. Mounir Naoum, enfim, minha saudação a todos.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu queria poder voltar no tempo e no espaço, sem perder a referência do presente nem os sonhos para o futuro... Eu queria poder voltar no tempo e ser um velho tropeiro, braço direito de Gomes de Souza Ramos ou, quem sabe, ele mesmo...Eu queria, em lombo de mulas, me achegar para sentir o cheiro e o vento dessas paragens da Freguesia de Santana das Antas naqueles distantes anos de outrora.

Como seria maravilhoso poder...vagarosamente... perceber a passagem de cada momento da vida e da história que fizeram do lugarejo abençoado essa maravilhosa, pujante e estratégica cidade de Anápolis, berço do progresso, caminho para a prosperidade de Goiás e do Brasil.

Conta a história que a escolha da padroeira da cidade, Santana, nas duas versões, está ligada a uma imagem de Nossa Senhora de Santana transportada em uma besta, na bruaca - como dizemos os goianos -, juntamente com os pertences de D. Ana das Dores, mãe de Gomes de Souza.

Na pausa de descanso, após a comitiva atravessar o córrego, hoje denominado das Antas, notou-se, na recontagem da tropa, o sumiço de uma besta, exatamente a que transportava a imagem. Pois bem, uns dizem que D. Ana prometeu que, se o animal chegasse ao fim da viagem, ergueria uma capela para Nossa Senhora de Santana. Outros contam que os peões tiveram dificuldade em levantar a bruaca, e D. Ana teria interpretado nisso o desejo da Santa em permanecer ali.

Ao contrário de diversas outras cidades, nossa querida Anápolis não nasceu do ciclo do ouro, marca predominante da primeira atividade econômica de Goiás, mas das levas de gente que para lá correram com o esgotamento da lavra.

Quem nos conta essa passagem da história de nossa homenageada, da qual recebemos, há alguns anos, o carinhoso título de cidadão, é Humberto Crispim Borges, em relato que reproduzo aqui:

...grande massa de aventureiros, escravos, mercadores e autoridades do fisco, movendo-se de um para outro lugar, cortavam o futuro território de Santana das Antas, admirando os campos ricos, o mato grosso, águas abundantes e excelência de clima. Fartos de rude labor, desencantados, um desbravador aqui, outro além, se deixaram ficar na bela paragem, seduzidos por atividades agropastoris.

É, portanto, Sr. Presidente, da atividade agropastoril e dessa gente desejosa em se assentar que começa a brotar Anápolis. Mas o povoado ganharia novos rumos a partir de 1870, com a presença de Gomes de Souza, homem viajado, com visão moderna e de futuro.

Ele consegue doação de gleba com os fazendeiros Joaquim Rodrigues dos Santos, Inácio José de Souza, Manuel Roiz dos Santos, Camilo Mendes de Morais e Pedro Roiz dos Santos para constituir o patrimônio de Santana, onde, já em 1871, cumprira a promessa feita à progenitora e erguera o pequeno templo, abrigo da imagem de Nossa Senhora de Santana.

Daí para frente, o lugarejo cresceu e nem ciúmes ou oposição de outras vilas foram capazes de deter aquele embrião da nossa querida Anápolis.

Em 1873, nasce a Freguesia de Nossa Senhora de Santana das Antas, que 14 anos mais tarde é elevada à condição de vila. A instalação prevista no decreto imperial só se tornaria realidade bem mais tarde, em 1892, já no Brasil republicano, governado por Floriano Peixoto. Em 25 de fevereiro daquele ano, era nomeada a Junta Administrativa e o povo saía às ruas para comemorar.

Quando vemos a rapidez da Internet e dos jatos supersônicos, quando percebemos a agitação tecnológica do mundo de hoje, é difícil imaginar os primeiros momentos do século XX, lento para nós, mas rápido e promissor para aquele momento da história.

No limiar do século XX, o mundo assistia ao primeiro Mercedes, fabricado por Daimler, rodar nas ruas da Alemanha em 1901. E Henry Ford abria sua primeira fábrica nos Estados Unidos, em 1903, para produzir o primeiro modelo T em 1907. Um ano antes, Paris maravilhava-se com o vôo do 14 Bis, do engenhoso brasileiro Santos Dumont, que, aliás, teve aqui a sua homenagem há dois dias.

É nesse contexto que a Vila Santana das Antas viu a esperança de tornar-se cidade ser concretizada por ato do então Presidente do Estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, em 31 de julho de 1907, tornando-se Município, deixando de estar vinculado ao Município de Pirenópolis, que, aliás, também merece hoje a nossa homenagem sincera pelos 280 anos recém-completados agora no mês de outubro.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não sei se Gomes de Souza sonhou um futuro tão alto para o lugarejo que fez nascer. Mas nem é preciso dizer que, de lá para cá, nossa querida Anápolis foi crescendo, ganhando maturidade e formosura, para ter reconhecido o papel estratégico como confluência de rodovias, de ferrovias, como a Centro Atlântica, a Norte-Sul - que agora não vai ficar só em Anápolis, chegará também a São Simão, e transformará definitivamente Anápolis no principal anel logístico brasileiro -, que, segundo audiência pública realizada aqui na nossa Comissão de Infra-estrutura, na semana passada, deverá estar pronta até 2010.

Estamos muito animados, especialmente depois da licitação da subconcessão de um trecho de 700 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul nos Estados do Tocantins e do Maranhão, já licitado e cuja concorrência foi ganha pela Companhia Vale do Rio Doce e vai render aos cofres federais R$1,470 bilhão. A metade dos recursos será disponibilizada imediatamente para a construção do trecho de 280 km já licitado e cuja ordem de serviço será dada no início do ano - as obras deverão se iniciar por volta de março ou abril, ficando pronta até 2009 -, que ligará Anápolis a Uruaçu. Com esses recursos, o trecho do Tocantins também deverá ficar pronto até 2010. É importante dizer que metade será disponibilizada agora e a outra metade será desembolsada de acordo com o andamento das obras.

O trecho compreendendo Uruaçu à divisa com Tocantins já está licitado, dependendo apenas de uma nova licitação de subconcessão, para que, com os recursos, esse trecho possa ser construído.

E agora um novo traçado entre Anápolis e São Simão até Santa Fé do Sul, em São Paulo, já está com projeto de viabilidade econômica em andamento e, tão logo fique pronto, também haverá uma licitação para a subconcessão - a concessionária é a Valec. E o Governo vai realizar essa obra com os recursos da privatização. Com isso, teremos dentro do Estado de Goiás, e passando por Anápolis, 980 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul.

E isso vai fazer com que efetivamente a ferrovia seja norte-sul, pois ela nasceria em Anápolis e agora nascerá em Santa Fé ou no Porto do Itaqui, colocando-nos definitivamente na rota de desenvolvimento do nosso País.

Foi essa importância estratégica que motivou também a localização da Base Aérea, com os aviões supersônicos responsáveis pelo patrulhamento do espaço aéreo brasileiro, especialmente agora com o patrulhamento da Amazônia. Anápolis está a um raio de ação viável em relação a todos os pontos importantes do nosso território, fator determinante para as missões de interceptação de caças e de controle do espaço amazônico. Anápolis é hoje - repito - um dos mais estratégicos Municípios brasileiros para a logística e principalmente para as futuras e modernas tecnologias que certamente terão em Anápolis o seu porto seguro.

Gostaria, aproveitando esta oportunidade, de prestar uma homenagem a um anapolino de coração e alma, por quem temos extrema admiração. Falo do Dr. Henrique Santillo, nosso querido Vereador, Prefeito, Deputado Estadual, Senador - grande Senador -, grande Governador de Goiás e um dos mais destemidos e corajosos homens públicos deste País, que, de certo, deve estar aqui conosco em espírito, porque foi um dos homens mais dedicados a essa cidade. Foi meu grande inspirador - isso não é segredo para ninguém - e incentivador para a atividade pública.

Homenageio ainda, com muito carinho, D, Lívia, os ex-Governadores Onofre Quinan e Jonas Duarte, que tanto fizeram por Anápolis, e aqueles que por lá passaram, como Lúcia Vânia e Irapuan Costa Júnior, que foram Prefeito e primeira-dama e muito fizeram, sobretudo para o nascimento do Daia.

Durante o Governo à frente do Estado de Goiás, inspirado neste símbolo da política, Henrique Santillo, sempre envidei todo o esforço possível para dar a Anápolis a devida atenção, não só pelo carinho que toda gente anapolina tem me dedicado, mas também pela importância da cidade como pólo indutor do progresso de Goiás e ponto de comunicação entre as regiões do Brasil.

Aproveito esta oportunidade para homenagear também a todos os ex-Prefeitos que muito fizeram por Anápolis - aqui presentes, além do nosso querido Pedro Sahiúm, atual Prefeito, os ex-prefeitos, Raul Balduíno, que reside hoje em Brasília e Adhemar Santillo. Em nome deles, quero saudar a todos.

Pelo povo dessa maravilhosa cidade, fui duplamente homenageado e reconhecido, porque não só recebi da Câmara de Vereadores o título de cidadão anapolino, mas também sempre pude contar nas urnas e nas pesquisas com expressiva confiança. Para V. Exª ter uma idéia, Senador Alvaro Dias, nosso Presidente, nessa última eleição para Senador da República, pela generosidade e pelo carinho do povo de Anápolis, recebi 90% dos votos dos anapolinos. Para se ter uma idéia, consegui ter a confiança de 136 mil anapolinos contra seis mil do meu principal adversário - e olha que eu disputava com uma pessoa também nascida na cidade de Anápolis. De modo que sou extremamente grato aos anapolinos hoje, amanhã e sempre.

Nossa homenageada é hoje uma cidade moderna e de extrema relevância para a economia do Estado de Goiás. Revela-se como nossa capital industrial e exemplo de expansão econômica sustentável. Revela-se como um coração forte e pulsante a irradiar prosperidade para todo o Estado. 

Por isso, sempre me esforcei para realizar os investimentos necessários ao desenvolvimento da cidade, tanto na área social quanto na infra-estrutura. Entendo que a criação do Produzir, em 2000, foi decisiva para garantir a industrialização do Estado; em particular, para a retomada da industrialização de Anápolis.

Falo, Sr. Presidente, do Distrito Agroindustrial de Anápolis, o Daia, como já disse aqui, criado por Irapuan Costa Júnior e depois incentivado pelos Governadores que o sucederam, principalmente Onofre, Henrique e tantos outros. Esse Distrito está em uma localização extremamente privilegiada, porque dista, por exemplo, 1.400 quilômetros do Porto de Tubarão, no Espírito Santo, por meio da Ferrovia Centro Atlântica, que, aliás, deverá ser modernizada também, futuramente, pela iniciativa privada, e dista 1.950 quilômetros de Belém. Completada a Ferrovia Norte-Sul, Anápolis será a mais importante cidade na conexão entre as duas porções do País, quer seja pelas BRs quer seja pelas ferrovias.

Com esse complexo da Norte-Sul, indo até Santa Fé, teremos a interligação definitiva com o Porto de Santos e com o Porto de Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro; além, é claro, da conexão com o Porto do Itaqui, no Maranhão, que estará duas mil milhas náuticas mais próximo dos países do hemisfério norte para a exportação dos nossos produtos, o que dará enorme competitividade a nossa produção, à produção de toda a região do Centro-Oeste.

O Daia, juntamente com a plataforma logística, que tivemos a honra de iniciar, e o Porto Seco - tivemos a honra de ajudar a consolidar - dá à cidade uma estrutura fenomenal para a acolhida de empresas dos mais diversos ramos, sobretudo as que desejam comercializar em todo Brasil pela pouca distância, até, nada mais nada menos, 75% do mercado consumidor do Brasil.

Anápolis, Srªs e Srs. Senadores, está bastante próxima de diversos centros consumidores, não só do próprio Estado, mas também do Distrito Federal, de Minas Gerais, de São Paulo e, repito, de boa parte do Brasil. Note-se que a nossa cidade, hoje homenageada, está a apenas 350 Km do porto hidroviário de São Simão, que integra a hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná.

Decerto, o laboratório Teuto Brasileiro percebeu isso. Trata-se de uma indústria farmacêutica com 56 anos de existência. E, apesar do nome de origem alemã, é uma empresa genuinamente nacional e com capital totalmente brasileiro. O nome é uma homenagem ao país de origem do fundador e ao Brasil, local onde ele resolveu reconstruir sua vida depois da 2ª Guerra Mundial.

O pólo farmacêutico tem hoje a pujança da Neoquímica - agradeço de coração ao amigo Marcelo, ao Sr. Ildefonso, à Cléo e ao coral que esteve aqui a meu pedido para nos brindar, para nos prestigiar -, da Greenfarma, da Novafarma e de tantos e tantos laboratórios, de tantas e tantas indústrias que transformam Anápolis atualmente na principal capital da América Latina na produção de medicamentos genéricos no Brasil.

O pólo farmoquímico de Anápolis certamente é um dos mais expressivos e continuará sendo um dos mais importantes para o Brasil e para a América Latina. Homenageio a todos eles, assim como homenageei também a gerente da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e os representantes de todas as instituições aqui representadas.

A Hyundai, uma das mais importantes montadoras da Coréia do Sul, por meio do grupo Caoa, do Dr. Carlos Alberto de Oliveira Andrade, também percebeu a viabilidade de Anápolis e instalou uma montadora no distrito industrial, de onde tem enviado a todo o Brasil veículos que surpreendem pela qualidade e robustez. A verdade é que a Hyundai Motor Company colocou Anápolis no mapa do setor automobilístico brasileiro e mundial, com significativo investimento gerador de emprego e renda.

É por toda essa força que defendo também, mais do que nunca agora, como Senador da República, ao lado de Lúcia Vânia e de Demóstenes Torres, a instalação na cidade de uma Zona de Processamento de Exportação, vinculada ao distrito industrial, ao porto seco, à plataforma logística. Anápolis está madura para receber a sua zona de processamento de exportação.

Penso que, com isso, Deocleciano e Wilson, amigos, Presidentes aqui presentes, vamos dar um passo significativo no sentido da consolidação econômica da cidade.

Anápolis ganhou o seu contorno viário, a duplicação para Goiânia, para Brasília - eu mesmo só vou e volto de carro, porque ficou uma beleza -, ganhou a nossa Universidade Estadual de Goiás, a nossa UniEvangélica, esperamos ganhar o curso de Medicina, ganhou o Hospital de Urgências, ganhou tantos outros benefícios ao longo do tempo. Ganhou não, conquistou, porque Anápolis é uma cidade de conquista, pela sua bravura, pelo seu espírito de combatividade, pelo seu espírito de conquista, que a transformam num efetivo pólo gerador de oportunidades, de trabalho e, principalmente, de qualidade de vida.

Sr. Presidente Alvaro Dias, Srª Senadora Lúcia Vânia, prezadíssimos convidados aqui presentes, amigo Ridoval, meu secretário, que representa o Governador, autoridades, meu amigo Prefeito, Pedro Sahiúm, Vice-Prefeito, Vereadores, finalizando, eu queria alterar o tempo e trazer aqui, agora, o saudoso Gomes de Souza Ramos e, quem sabe, sua mãe, Dª Ana das Dores, para verem essa maravilhosa cidade acolhedora em que se transformou o lugarejo, sob a proteção de Santana, sendo homenageada, nesta Casa de Rui Barbosa, por todos nós Senadores, por merecimento, por tudo que ela representa para o nosso Estado e para o nosso País.

Mas o tempo não volta nem retroage...o tempo nos empurra para frente, ao futuro...a nós, homens públicos, sob a luz e inspiração de Vargas, que, com a “Marcha para o Oeste”, tanto impulsionou o Brasil central, especialmente com a construção de Goiânia; de Juscelino Kubitschek, que, com a construção de Brasília e da Belém-Brasília, da rodovia até Anápolis, efetivou o sonho de Dom Bosco e deslocou definitivamente o centro não só geográfico, mas político, das decisões políticas, para a região Centro-Oeste e para o coração do Brasil, no Estado de Goiás; sob a inspiração e a luz de homens como Vargas, Juscelino, Santillo, Onofre, Bulhões, Ludovico e tantos outros líderes do Brasil e de Goiás, cabe a nós, agora, a tarefa de continuar a construir o progresso, o desenvolvimento e a esperança. Cabe-nos a tarefa de plantar dezenas, centenas, milhares de cidades pujantes, grandiosas e tão queridas como Anápolis nos quatro cantos do Brasil.

Por essas e muitas outras razões é que o Senado Federal homenageia hoje, jubiloso, o centenário de nossa para sempre querida Anápolis.

Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/10/2007 - Página 37504