O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM - RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria de me inscrever como Líder. Pensei que fosse ter a oportunidade de fazer o encaminhamento da votação do requerimento que aprovou o nome do Senador Antonio Carlos Magalhães para um auditório da Casa.

Fui amigo de Antonio Carlos a minha vida toda, mas não é por isso que vou fazer estas afirmações. Antonio Carlos foi um homem polêmico. Em vida, muitos o amaram e alguns o odiaram. Isso é característica de líder. Líder inspira amor e ódio. E ele foi um Líder. Na Bahia, ele é idolatrado por muitos, pela maioria. Idolatrado por quê? Porque foi um grande administrador? Sim. A Bahia deve muito a ele. Do ponto de vista do crescimento econômico, a Bahia deve muitíssimo a Antonio Carlos.

No Senado Federal e na Câmara dos Deputados, ele foi um grande Parlamentar. Veja V. Exª que até hoje tramitam propostas de emenda à Constituição e projetos de lei importantes - nada desimportante; todos importantes - de autoria de Antonio Carlos Magalhães. O Fundo de Combate à Pobreza é de autoria dele. Um legado que ele deixou para a apreciação pela Casa é o Orçamento Impositivo. Temos na pauta uma PEC de autoria de S. Exª que disciplina matéria de irrigação.

Dar o nome de Antonio Carlos Magalhães a uma dependência, a um auditório da Casa, é um gesto de reconhecimento do Congresso Nacional a Antonio Carlos. Não é uma homenagem a um Senador que passou e que foi, por muitas legislaturas, um homem que marcou muita posição; foi um grande Senador, um político com defeitos e com virtudes - na minha opinião, mais virtudes que defeitos - que marcou a sua vida pública pela honestidade pessoal e de princípios, mas, acima de tudo, pela competência e pela dedicação, tanto no exercício do Poder Executivo quanto no Poder Legislativo.

Cumprimento o Senador Efraim Morais, que apresentou a proposta e se encarregou de sua aprovação.