Discurso durante a 132ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Questionamento sobre a criação de cargos no Senado Federal.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Questionamento sobre a criação de cargos no Senado Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 16/07/2008 - Página 27533
Assunto
Outros > SENADO. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • COMENTARIO, DIFERENÇA, CARGO PUBLICO, CONCURSO PUBLICO, CARGO DE CONFIANÇA, AUSENCIA, ESTABILIDADE, IMPORTANCIA, COMBATE, DESEQUILIBRIO.
  • REGISTRO, CRITICA, EDUARDO SUPLICY, SENADOR, CONTRADIÇÃO, EXISTENCIA, SUPERIORIDADE, CARGO DE CONFIANÇA, AUSENCIA, CONCURSO PUBLICO, GOVERNO FEDERAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Senador Alvaro Dias, Cristo dizia: “Em verdade, em verdade eu vos digo...” O que eu quero dizer é que todos sabem, a imprensa informou, que há muito mais de um ano a Câmara Federal deu acesso a esse aumento. O Senado vivia uma época, no momento em que a Câmara Federal tornava público, votava, debatia, nós enfrentávamos aqui o problema do Presidente Renan Calheiros, que demorou muito. E eu disse aqui, desde o início, que estávamos todos errados. A história do Senado, a história do Parlamento. Porque não existe isso, nem no livro de Deus. Ô Geovani Borges, permanecer o Renan Presidente ou botá-lo para fora. O livro de Deus diz que a virtude está no meio, a sabedoria está no meio; não havia outra alternativa. Até o livro de Deus diz que a gente pode ir para o céu, para o inferno, para o purgatório e para o limbo.

            Eu sou funcionário público alternativo aposentado e sem o regimento de uma punição. Eu fui contra o Governo na ditadura e fui perseguido, na Previdência Social, como médico, mas nunca fui para fora, porque tem a exclusão, tem a advertência oral, escrita, suspensão e tal. Estava errado, erramos, mas demoramos a entender isso aqui no Senado, e acabou com aquilo que eu disse: a virtude está no meio. Isso é velho. A Câmara já debateu.

            Agora, há a idéia do nosso Eduardo Suplicy. Eu quero dizer que são duas coisas distintas, e eu estou aqui para ensinar ao Luiz Inácio e ao Eduardo Suplicy. É o seguinte: eu já fui prefeitinho, já fui governador de Estado, e são duas coisas diferentes o cargo de confiança e o cargo público por concurso. Sou defensor do concurso, fiz muitos concursos como prefeito, como governador do Estado, sou contra a porta larga da malandragem. Cargo de confiança não existe; é de confiança, é demitido ad nutum, não tem segurança, não conta, sai. Temos de ser claros e votar.

            Então, eu chamaria ao Eduardo Suplicy, austero Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, vamos fazer concurso em 25 mil aloprados que Luiz Inácio nomeou neste País. Entraram pela porta do cargo de confiança. Luiz Inácio, 25 mil aloprados entraram e ninguém fala. Cadê o PT? Porque foi o Luiz Inácio, que não tinha experiência de prefeito, de governador, não fez concurso. A geração de brasileiros que estuda.

            Então, nós temos - como Cristo dizia, “em verdade, em verdade eu vos digo” - nós temos que ponderar e buscar a verdade, o equilíbrio disso tudo. Essa história é velha, há mais de um ano foi aprovada pela Câmara Federal.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/07/2008 - Página 27533