Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Protesto contra o uso da máquina governamental pelo governo em favor da candidatura da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Comentários a matérias publicadas no Piauí a respeito do Governador Wellington Dias.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Protesto contra o uso da máquina governamental pelo governo em favor da candidatura da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Comentários a matérias publicadas no Piauí a respeito do Governador Wellington Dias.
Aparteantes
Heráclito Fortes.
Publicação
Publicação no DSF de 17/02/2009 - Página 1837
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • COMENTARIO, HISTORIA, CORRUPÇÃO, ELEIÇÕES, BRASIL, DENUNCIA, CRIME ELEITORAL, ANTECIPAÇÃO, CAMPANHA, SUCESSÃO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, VIAGEM, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, TENTATIVA, MANIPULAÇÃO, ELEIÇÃO MUNICIPAL, PROMESSA, PREFEITO, RECURSOS, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO, AUMENTO, BOLSA FAMILIA, APARELHAMENTO, JUDICIARIO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).
  • REGISTRO, PROCESSO JUDICIAL, TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE), REU, GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), APREENSÃO, ORADOR, IMPUNIDADE, ARQUIVAMENTO, MOTIVO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DETALHAMENTO, GRAVIDADE, CORRUPÇÃO, ELOGIO, INDEPENDENCIA, ARTIGO DE IMPRENSA, AMBITO ESTADUAL, EXPECTATIVA, IMPARCIALIDADE, JUDICIARIO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Papaléo, V. Exª fica bem aí, nos faz lembrar o Senador Auro de Moura Andrade.

Parlamentares presentes, brasileiras e brasileiros aqui e que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, saiu aqui da tribuna Pedro Simon. A história nos lembra que Getúlio avançou e tomou o Governo. Ele acusava de corrupção eleitoral o sistema. E, assim, surgiu a ditadura Vargas.

Papaléo, não melhorou, não. Piorou.

Heráclito Fortes, atentai bem aqui ao jornal do nosso Piauí, Diário do Povo do Piauí. É um jornal livre, independente, porque o proprietário é um empresário muito rico, domina o comércio entre Brasil e China. É uma dessas figuras raras. Porque isso é difícil, isso é difícil. Então, o presidente desse jornal é o filho dele, Danilo Damásio. E ele tem vocação. É assim um Machado de Assis, misturado com Sebastião Nery, com Stanislau Ponte Preta. Ele é um literato. E o pai dele é um empresário exitoso, muito poderoso. Isso aqui é brincadeira, ele tem um intercâmbio comercial com a China. Outro dia ele levou foi o Prefeito de Teresina, porque na China é a autoridade quem compra, quem produz, quem trabalha.

Então, tem o Zózimo Tavares, que é um editorialista, que eu até uma vez já o chamei aqui de nosso Carlos Castello Branco.

Mozarildo, a gente vê aí. Atentai bem para o momento que nós vivemos. Getúlio entrou e mudou o sistema por corrupção eleitoral. Nunca dantes houve tanta. Olha que o Cláudio Humberto, um jornalista, disse em uma crônica: “Vocês vão ver boi voar.” É lá no Piauí, em São Raimundo Nonato. Voou. É um negócio que a gente... E nunca houve tanta imoralidade em pleito eleitoral.

Agora, o que esse Luiz Inácio e essa Dilma fizeram... Eles apareceram no programa eleitoral com o Prefeito: “Se não votar aqui não sai o PAC.” Isso é imoralidade. Foi por isso que Washington Luiz rodou, Luiz Inácio! E o Getúlio tomou, e tudo, e está aí. O programa eleitoral era desse jeito, no interior: iam lá, apareciam os dois: “O Prefeito aqui do PAC é esse”. É a mãe do PAC, o pai do PAC, o galo cacarejador, a galinha cacarejadora... “Se não elegerem o meu, não sai nada.” Nunca houve tanta imoralidade como hoje. E o sábio Cláudio Humberto disse: “Vocês vão ver boi voar.” Voou. E aí está o rolo. E está voando. E sai para o lado. 

O Pedro Simon salvaguardou o nosso Partido; eu quero salvaguardar a Democracia.

Olha, Papaléo, Poder Executivo muito forte: tem o BNDES, tem o Banco do Brasil, tem a Caixa Econômica, que usa como quer. O Prefeito dele estava perdido, aumenta dez no Bolsa Família. É isso hoje. Muito pior do que eleição no tempo da ditadura. Os militares fizeram aquele negócio do AI, depois não estavam nem aí. Ganhava, nós ganhamos em 1972. A Oposição tirou da Arena, antes de Ulysses. Você ganhou? Agora, está ganhando, Bolsa Família, dá R$10.000,00. Está na entrevista do Jarbas, é o maior programa oficial de corrupção eleitoral. Shakespeare disse que não tem nem bom nem mau, o que vale é a interpretação. Mas aí nós temos. E aí Governador entra, vai sair, é um drama doido.

Agora, já tem sete do Poder Judiciário. Tem gente de carteirinha. Estão ali o Mozarildo e o Papaléo que sabem mais Medicina do que eu, Psicologia. Então, se ele tem impregnado, eu vou fazer para mudar esse negócio, esse negócio da Corte Suprema. Então, tem gente que é filiado do PT, e é Ministro. Aquilo ali está incorporado. Eu sou médico, eu sei psicologia. Ô, Mozarildo, é como: eu sou Fluminense, quero é que o Vasco se lasque. O Pedro Simon ali, com a justiça dele, é Internacional. E quem é filiado de um PT há vinte anos? Então, se for para lá, não é... Isso é psicológico. Estou para ensinar aqui. Vamos corrigir, isso está errado. Sete.

        E neste jornal: “TSE tem sete processos contra Wellington Dias”. Sete. Agora, tem lá um procurador, Heráclito, que é engavetador. Você vê na lista dos outros? Não, porque ele é do PT, e o Luiz Inácio o chama “meu menino”. “Não mexa no meu menino!” Mas desses que estão aí, os Governadores... Não pode um País deste com dois pesos e duas medidas. Não tem! Este aqui ocupa o pódio, o primeiro lugar na corrupção eleitoral.

Fala-se toda hora: “Vai cair o governador.” Agora, este é do PT, é do “meu menino”. Aí, o engavetador, porque tem sete... É o jornal, não sou eu não. Eu vou ler. Ô, Heráclito, é o jornal do nosso Piauí. Aliás, você está aqui no meio, mas é fazendo austeridade. Mas só vamos ficar aqui. Não vamos juntar as coisas.

         Na movimentação processual do TSE, Tribunal Superior Eleitoral, existem sete processos contra Wellington Dias. Dentre as acusações estão abuso de poder político, abuso de poder econômico, conduta vedada a agente público, uso indevido de meio de comunicação, compra de votos, corrupção e fraude.

Bota aí grandão, aí, rapaz! Vamos embora. Aqui não é o negócio do Alvorada, do “meu menino”, não. Aqui é para botar grandão, como outdoor. Vamos embora!

Heráclito, vamos lá. Está aqui o bicho aqui. Responde sete, o diabo, tal, tal, tal, tal, tal.

Agora, aqui tem o negócio do engavetador. Só os outros ameaçando.

Mas, antes, antes desse aqui... Por isso a corrupção. Ulysses disse: a corrupção é o cupim que destrói a democracia. Eu nunca vi tanto cupim. Eu nunca vi, porque antes de o “meu menino” do PT assumir, ele já contratou uma Finatec, lá do Rio Grande do Sul, para fazer uma reforma administrativa no Piauí. Heráclito, você se lembra da Finatec, saiu em tudo que é revista. Ganhavam uns pilantras do Partido dos Trabalhadores. Está aí, a Finatec está nessa reportagem aí. Ganhavam 500 mil por mês e se hospedaram no melhor hotel, que é desse aqui, desse rico aqui, do Metropolitan. Passaram lá um ano ganhando 500 mil por mês. Esses bichinhos aí são danados. Aí, antes de entrar, já começou... Eu nunca vi isso.

Aí teve o negócio dos sanguessugas. Rapaz, mais de duzentas ambulâncias. Um tal de Genoino, lá dentro do Palácio, saiu na imprensa. O Tribunal de Contas da União contestou tudo, disse que não podia ser candidato. O que adianta?

Aí veio: dezessete telefonemas gravados com a Gautama, com o engenheiro. Se não mandar o dinheiro do Luz para Todos, perde a eleição. Foi gravado, e está aí.

Atentai bem, Heráclito e vocês aí, brasileiros e brasileiras, tem um negócio de um castelo aí, de um mineiro lá, dos Democratas da Câmara, corregedor. Lá já tinha. Até isso teve lá. Arrumaram, nos arredores de Teresina... Quando viram, foi fotografia, não sei como, de um castelo dele, do “meu menino” lá. Uma mansão, piscina, quadra, e está na escritura que foi vinte mil reais. Milhões e milhões...Então, esse castelo que tem aqui, lá eles já tinham feito! E nada. Aí faz. Lá do Maranhão, sai; lá da Paraíba sai não sei o quê. E o do Piauí está aqui. Até castelo tem!

Mas eles erram. Errare humanun est. Pecaram, Papaléo! Aí o PSDB, está aqui a série de processos... A coligação... O PSDB foi quem entrou primeiro, depois o PMDB. Tem o nome aqui da coligação... Coligação “Piauí é daqui para frente!”: PSDB, PPS, PT do B e tal. Então, eles entraram logo em seguida com esses rolos aqui todos. Nada!

Depois, o PMDB, através de William Guimarães e Edvar Santos e o jornalista Tomaz Teixeira, no Detran... Carteira! Fala aí que “não-sei-quem” distribuiu cheque e lá foi carteira. Votou o eleitor, carteira, compraram... Aí eles erraram, Papaléo, porque aí a Justiça: “Nós vamos dar apenas uma multa”. Olha! Olha, Mozarildo. Se eles multaram é porque constataram a vergonha. Deram uma multa aí para ser paga com o dinheiro deles mesmo, dessas... que eles ganharam, porque multar é ridículo! Mas mostra o crime. Eles multaram lá.

Aí vem para cá e tem aí um procurador engavetador. Você vê falar nos outros. Mas o Jornal do Piauí lembra e relembra. Então, não pode. Bem-aventurados o que têm fome e sede de justiça. A justiça é divina. Agora, ela é feita por homens fracos. Montaigne disse: “a justiça é o pão que mais a humanidade precisa”. E que é do PT, que a gente não está vendo aí nesses julgamentos? Por que ele é do PT, hein, Mozarildo? Você não vê aí os Estados todos? Até o defunto que foi para o céu...Como é o nome, lá, do nosso de Roraima? O nosso ex-Governador...

O Sr. Mozarildo Cavalcanti (PTB - RR) - Otomar.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - O Otomar Pinto, porque era do PTB, queria impedir o homem de entrar no reino do céu. E o do PT, não, tem um procurador engavetador. Porque estão aqui sete processos. E ele trouxe e está aí. Então, nós temos que ajeitar todos. Não é só, aqui,o Legislativo, não. São todos. E vemos isso aí. Tem que haver uma legislação. Isso é muito perigoso. Essas corrupções eleitorais? Foi por isso que o Getúlio veio, porque constatou na história.

Então, essas são as nossas palavras e aplausos ao Luciano Coelho, esse bravo, extraordinário repórter desse jornal independente por um empresário que não depende do governo, que tem iniciativa. Porque isso é raro hoje. Porque o governo, aproveitando-se da debilidade empresarial de muitos, aplica a lei de Goebbels: “uma mentira repetida se torna verdade”.

Mas esse é o nosso Brasil. Então, explodiram hoje as declarações do nosso Senador Jarbas, mas é porque está um mar de corrupção e inconstância. Então, é hora. Não pode haver dois pesos e duas medidas. Eu sei aí que se estão seguindo governadores, mas nós conhecemos, o Piauí conhece, o povo conhece. Esse aqui é que tem que primeiro ser afastado.

Então, essa é a verdade e essas são as nossas palavras e a nossa contribuição para que haja...

O Sr. Heráclito Fortes (DEM - PI) - Permite-me um aparte?

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Permito um aparte ao Senador Heráclito Fortes.

O Sr. Heráclito Fortes (DEM - PI) - Senador Mão Santa, eu ouvi calado o pronunciamento do Senador Pedro Simon. Achava que, como era um discurso envolvendo declarações de um prócere do Partido do nobre Senador, só a V. Exª e ao Senador Geraldo Mesquita, que são do Partido, caberia, se conveniente, aparteá-lo. Mas uma coisa me dava saudade, Senador Crivella: aquelas campanhas em que o Lula foi derrotado. Os vitoriosos tinham uma inveja danada daquela campanha que o Lula fazia, em que pregava o combate à corrupção, à ética. E prometia ao País um novo modelo e uma nova prática de governar. Aquele Lula-lá do Egberto Gismonti fazia qualquer um ficar arrepiado, porque havia uma crença de que o Brasil era preconceituoso e não colocaria jamais aquele trabalhador à Presidência da República. Quando Lula elegeu-se, eu pensei cá com os meus botões: chegou a vez de este País mudar. No primeiro mês... Aliás, não foi nem no primeiro mês: na comemoração de eleição, já não era mais o Presidente trabalhador. Já saiu lá de São Bernardo num helicóptero emprestado por uma multinacional e foi para um hotel de uma cadeia americana, nas proximidades da Avenida Paulista, comemorar o grande feito. E, com ele, seus companheiros todos abandonaram a humildade, a simplicidade. Aqui em Brasília, tradicionalmente, hospedavam-se no Hotel Torre; passaram para o Blue Tree. Deixaram a comida de peso, de quilo, e foram para o Porcão. Aqueles ternos de preço módico da Casa Colombo foram trocados por roupas benfeitas do Ricardo Almeida, em São Paulo. E por aí foi...Três meses depois, deu o primeiro escândalo de corrupção, e daí não parou mais. E o Governo, que prometia e fazia com que ficássemos arrepiados de emoção com aquela pregação, hoje nos remete à ânsia de vômito de ver o que ocorre no País. O Governo passou a ser o grande defensor dos mensaleiros, dos sanguessugas, dos aloprados, dos carregadores de dólar na cueca. Os escândalos não são apurados. O nosso Piauí não fica atrás. V. Exª é médico e sabe que a Secretaria de Saúde virou um balcão de interesses eleitorais. As questões são tratadas de acordo com o interesse político-eleitoral. Temos lá, no Detran, um diretor que está fazendo campanha no Piauí todo. Eu nunca vi nada mais escandaloso que isso. Ele já anuncia, de agora, que é candidato. E vai por aí afora. O Governador e seu Partido anteciparam, em dois anos, a campanha eleitoral. Já está com candidato na rua a fazer comícios nas cidades por onde passa. Os custos desses deslocamentos são estratosféricos. Nada mais acontece, porque o exemplo vem de cima. V. Exª citou bem o Presidente da República, fazendo proselitismo eleitoral às custas da esperança dos prefeitos brasileiros - e eu sou municipalista. Os prefeitos brasileiros vieram para cá, certos de que encontrariam, Senador Geraldo Mesquita, uma solução para os seus problemas. E não encontraram. A solução apresentada é um paliativo, mas nada perto do que os municípios precisam. Se Lula, Senador Crivella, quer ajudar os municípios brasileiros, recalcule o Fundo de Participação dos Municípios. Pra que esse centralismo econômico em mão do Governo Federal? Isso só encarece as obras; obras feitas e realizadas nos municípios têm um custo mais barato. Nós vivemos, ano após ano, nesses seis anos do Governo Lula, fortalecendo as empreiteiras. E as empreiteiras preferidas do Governo estão aí a mandar e a comandar as obras. As prefeituras são colocadas de lado, porque não interessa às grandes empreiteiras obras pequenas, por causa do deslocamento de máquinas. O que nós estamos vendo é isso. E eu louvo a coragem do Jornal Diário do Povo, que V. Exª exalta aí, por ter colocado matéria dessa natureza no Estado. É preciso, Senador Mão Santa, que a minha voz e a voz de V. Exª não se calem. Eles estão inclusive arregimentando Senadores de outros Estados para defender as corrupções que ocorrem, infelizmente, no nosso Estado. Ô Piauí para sofrer! Muito obrigado.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Pois essas são nossas lamentações. E advertimos o Presidente da República. Errare humanum est, mas é tempo de eles... Ele é responsável pela democracia. “Palavra sem exemplo é um tiro sem bala” - Padre Antônio Vieira. Ele tem que dar o exemplo. E não é preciso ele estudar e ler História, pois ele mesmo disse que não gosta, que dá uma canseira ler uma página; mas os exemplos estão bem recentes.

Olhai, Presidente Papaléo Paes: vamos ao momento atual. Olha o comportamento do Presidente Sarney: a eleição pura, tranquila, em que ele enfaixou o seu adversário Collor. Não é verdade? O Presidente Itamar passou a Fernando Henrique Cardoso, estadista. Se ele tivesse usado a máquina - tu tá doido? -, se ele tivesse usado 2% como eles estão fazendo nessa corrupção, ele teria eleito o sucessor dele. Não. Ele foi um estadista, Luiz Inácio.

O povo, insatisfeito com isso que o Chávez quer, que estão querendo meter na cabeça de Vossa Excelência.. Foi assim que o povo foi às ruas e gritou: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Caiu o absolutismo, e os reis dividiram o seu poder. O poder foi dividido. Mitterrand, no final de sua vida, escreveu um livro: Mensagem aos Governantes. É fortalecer os contrapoderes.

Luiz Inácio, agradeça aos brasileiros que o elegeram por duas vezes - 60 milhões de votos -, mas garanta o maior patrimônio da nossa civilização, a democracia.

Por que o Barak Obama surgiu? Porque aquele povo respeita a lei. Papaléo, 224 anos de Constituição! Eleições iguais de quatro em quatro anos. Livre! O candidato nasce do povo nas primárias, e vem a alternância do poder. E é isso que queremos salvaguardar. Por quê? Um mal traz outro. Estão paradas todas as obras federais. Heráclito, cadê o porto? Cadê a ferrovia? A sua ponte de Luzilândia? A ponte de 150 anos de Teresina? A Transcerrado? O hospital universitário?

Então, Luiz Inácio, nós queremos... V. Exª é o nosso Presidente. É tempo de cumprirmos. Que a Justiça no Brasil, o TSE, que a Justiça seja como o sol, igual para todos, e não puna os governadores, porque são adversários, e um menino do Lula fica protegido.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/02/2009 - Página 1837