Discurso durante a 183ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso do Dia do Médico, no próximo dia 18 de outubro. Manifestação em favor dos aposentados de todo o País.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. PREVIDENCIA SOCIAL. SAUDE.:
  • Homenagem pelo transcurso do Dia do Médico, no próximo dia 18 de outubro. Manifestação em favor dos aposentados de todo o País.
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2009 - Página 52404
Assunto
Outros > HOMENAGEM. PREVIDENCIA SOCIAL. SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, MEDICO, IMPORTANCIA, VALORIZAÇÃO, EXERCICIO PROFISSIONAL, FAVORECIMENTO, BEM ESTAR SOCIAL, AMBITO, ETICA, ANALISE, PARTICIPAÇÃO, POLITICA NACIONAL, DEPOIMENTO, BIOGRAFIA, ORADOR, EX PREFEITO, EX GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI).
  • REGISTRO, HISTORIA, ESTADO DO PIAUI (PI), ATUAÇÃO, MEDICO, QUALIDADE, INTERVENTOR, CRIAÇÃO, HOSPITAL, SANATORIO.
  • HOMENAGEM, POLITICO, SENADOR, MEDICO, SAUDAÇÃO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIAL CRISTÃO (PSC).
  • COBRANÇA, GOVERNO FEDERAL, RECUPERAÇÃO, VALOR, BENEFICIO PREVIDENCIARIO, EXTINÇÃO, FATOR, IGUALDADE, REAJUSTE, SALARIO MINIMO, CONTESTAÇÃO, ALEGAÇÕES, FALTA, RECURSOS.
  • REGISTRO, MENSAGEM (MSG), INTERNET, MEDICO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DIVULGAÇÃO, DIFICULDADE, EXERCICIO PROFISSIONAL, PEDIDO, APOIO, BENEFICIO, SAUDE PUBLICA.

                          SENADO FEDERAL SF -

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            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Cassol, que preside esta sessão de sexta-feira, 16 de outubro; Parlamentares na Casa; brasileiras e brasileiros, aqui, e os que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado; hoje são 16 de outubro. Mozarildo, no dia 18 de outubro, comemoramos o Dia do Médico.

            Ô Presidente Cassol, encanta-nos, encantou-nos e nos encantará a profissão de médico. Sou do Partido Social Cristão. O Lucas, o evangelista Lucas, era médico. A própria passagem do Senhor nos encantou não pelos discursos que Ele proferiu, que foram belos. O Pai-Nosso é um belo discurso do Cristo. As bem-aventuranças também: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”.Mas, Mozarildo, fé sem obras já nasce morta. Cristo saiu para as obras. Isso é que nos faz seguir Cristo. Uma das primeiras obras Dele foi saciar a fome, multiplicando alimentos: pão e peixe - o peixe é o símbolo do meu Partido, do Partido Social Cristão do Brasil, o que mais cresce no Brasil, porque tem sua doutrina cristã.

            Cristo encantou a todos, ô Mozarildo, justamente quando ele foi médico, quando ele usou a sua força e teve o poder de cura, de fazer cego ver, aleijado andar, mudo falar, surdo ouvir, de livrar endemoninhado e limpar os corpos dos leprosos, com a força, ainda, do renascer. Ao visitar doentes como Lázaro, alimentar os famintos, dar água a quem tinha sede, vestir os nus, visitar os Pedros, assistir os doentes, ele tornou-se mais grandioso.

            Com essa inspiração histórica, sem dúvida nenhuma, uma das coisas que me encantou, ô Mozarildo, foi o nosso Simón Bolívar. Dom João XVI disse: “Filho, coloque essa coroa na cabeça antes que algum aventureiro a coloque”. Esse aventureiro a que ele se referia era Simón Bolívar. Simón Bolívar estava libertando todos os países, derrubando todos os reinos. Ele nasceu onde reina hoje o Chávez, saiu e andou também pela Colômbia.

            Ô Mozarildo, eu, quando era Deputado, fui, em uma excursão, a Bogotá, à Clínica Pró-Família, para um curso de planejamento familiar. Fui à praça principal, e bem próxima da praça tinha a casa de Simón Bolívar. João Pedro, quando V. Exª for... Aí eu fui a uma casinha branquinha, um sobrado - ele nasceu em Caracas, mas morou onde ele libertou -, e tinha uma estátua. Na estátua, estava escrito, ô Mozarildo, que ele tinha sido tudo: soldado, cabo, sargento, capitão, major, coronel, marechal, comandante-em-chefe, ditador, presidente e El Libertador. Aí, ele disse, João Pedro, que abdicaria de todos esses títulos, mas não abdicaria de ser um bom cidadão. O Chávez deveria ler isso, mas não leu e ficou ali, não é? “A ignorância é audaciosa”, repetia meu professor de cirurgia, Mariano de Andrade.

            Eu quero dizer também que Deus e o povo me proporcionaram ser um bocado de coisas. Estou aqui depois de ter recebido um bocado de títulos. Cheguei aqui hoje e posso dizer: somos pais desta Pátria. Mas quero dizer também, Mozarildo, que abdicaria de todos esses títulos que tive ao longo da minha vida - muitos -, mas não abdicaria de ter sido um médico, um bom médico. Essa é a homenagem que quero fazer.

            Sou orgulhoso. Aprendi, como reza a Organização Mundial da Saúde, que saúde não é apenas ausência de enfermidade ou doença, mas o mais completo bem-estar físico, mental e social. Daí o médico adentrar a política, porque ele, na política, como nós fizemos, como todos os médicos fizemos - orgulhosamente, somos simbolizados pelo maior de todos, Juscelino Kubitschek -, pode fazer o bem-estar social, combater o pauperismo, a miséria e a fome. Daí os médicos adentrarem a política, por vocação, por entendimento e por amor. Sem dúvida nenhuma, atentai bem, brasileiros e brasileiras, porque a exercitamos com a maior grandeza - tem uns que dizem que até a exercitamos como um sacerdócio -, somos melhores, somos mais preparados. É a única profissão cujo juramento já é um código de ética, o Juramento de Hipócrates, e é de ética que a sociedade e a democracia precisam.

            Entendam, ética, eu sou do Piauí e entendo o povo, é vergonha na cara. É disto que nós precisamos - brasileiras, brasileiros e nós, políticos -, de vergonha na cara, pois a profissão, o Pai-Nosso... Assim como Sócrates foi o pai da sabedoria, Platão, da política, e Galeno, da Farmácia, Hipócrates foi o pai da Medicina. Ele exigiu um juramento, uma ética, e o dia 18 consagra-se aos médicos.

            Gastei os melhores anos de minha vida para buscar ciência e consciência, e, com ciência, servir a minha gente.

            Estamos aqui. Mozarildo, nós damos valor à etiologia. A etiologia estuda a origem das coisas. Se tem um doente com febre, ninguém está nem aí, nem com convulsão. A gente quer saber a causa. Isso é etiologia.

            Brasileiros e brasileiras, eu vou dizer a causa. A causa das falácias dessa democracia não é nossa, dos médicos. Eu citei um, apenas, e vou citar dezenas e centenas: Juscelino Kubitschek, médico como eu, de Santa Casa, cirurgião, prefeitinho, Governador, humilhado e cassado bem aí. Bem aí, ele foi cassado, e é um símbolo. Ele disse, além de deixar essa obra que você vê, que é melhor ser um otimista. O otimista pode errar, mas o pessimista já nasce errado e continua errando. Este foi o nosso patrono: Juscelino.

            Mozarildo, eu quero confessar aqui, para o Brasil, que sou médico, encantado pelos médicos, e, de repente, o povo de minha cidade me elegeu Prefeito. Mozarildo, eu quero confessar - e adentra Gim Argello, que é metido a machão, a corajoso -, aqui, que fui eleito Prefeito de minha cidade e, aí, eu tive medo. Medo, medo.

            Está ouvindo, João Pedro? Interessante, não é? Quando eu vi, me tornaram, como se torna numa destinação. Eu não dormia, com medo, João Pedro. Eu dizia assim: E agora, Mão Santa? Deus guiou suas mãos para curar um aqui, outro ali. Agora Prefeito?

            Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O meu templo sagrado, a minha igreja, era uma sala de cirurgia: “fazer o bem sem olhar a quem”. Eu estava com medo. E se aproximava o dia primeiro, e aumentava, Cassol, o medo. Eu dizia: “Vou me lascar. Está tão bom aqui como cirurgião...” Senador João Pedro, eu fui um bom cirurgião: era o Pelé fazendo gol; o Roberto Carlos cantando; o Dom Hélder celebrando, e eu operando. E eu dizia: “Vou me lascar! Como eu entrei nessa fria de ir para a prefeitura”.

            Aí, acredito em Deus, acredito no estudo, que leva à sabedoria, e comecei a estudar, de noite, administração. Vi que Getúlio foi um grande brasileiro e administrador. Este País teve o Dasp - Departamento Administração do Serviço Público -, tinha escolas de serviço público. Tem um livro de Wagner Estelita, Chefia e Administração. E eu estudei e eu aprendi. Fui ler o primeiro livro de administração, Henri Fayol, unidade de comando, unidade de direção, planejar, designar, coordenar, orientar e fazer o controle. Aí estão as faculdades de administração.

            João Pedro, estava bem próximo do dia primeiro; Cassol, e o medo. Eis que eu estava lendo de madrugada, Adalgisa dormia, e eu peguei um livro, Best&Taylor, de capa amarela, um mago da Administração. Aí, no meio do livro, Cassol - eu, com medo de ser Prefeito: “Vou-me lascar; eu não sei administrar, eu sei operar” -, e lá pelo meio do livro Best&Taylor disse: “Administrar é fácil. É como um cirurgião: tem de ter coragem, tem de trabalhar em equipe, tem de saber começar e terminar, tem de dividir em etapas”. Aí eu disse: “Ah é? É como cirurgião?”. Aí eu tomei coragem, tomei forças. Lá, ele dava o exemplo de cirurgião: domínio, liderança, coragem, saber começar e terminar. Se eu dava uma anestesia raquidiana para operar um pobre, eu tinha 45 minutos para fazer a operação. As minhas obras todas terminaram porque em etapas; foi assim que Juscelino deu certo.

            Aprendi, João Pedro, que o pré-operatório que fazemos é o planejamento; que a obra é a operação em si, é o que chamamos de transoperátorio; e o pós-operatório, o acompanhar, é o controle que o Tribunal de Contas tem de fazer. Então, para onde se vai, leva-se à nossa formação profissional. Foi assim que Juscelino se tornou o mais aperfeiçoado administrador: sua vocação de cirurgião.

            Foi assim que nós chegamos aqui, depois de Secretário de Saúde de dois Municípios do Piauí, depois de Prefeito de minha cidade e de governar o meu Estado. E é isso. E é a isso que queremos prestar homenagem. E o Piauí, através de mim, com muita autoridade, esse Piauí construiu Brasília... Gim Argello, são 300 mil piauienses aqui, que fizeram desta a mais encantadora cidade do mundo, porque tem 300 mil piauienses, por isso Brasília é importante. Somos a segunda colônia daqui. Quando vocês andarem, entrarem na Catedral, agradeçam aos piauienses. Só perdemos para a colônia dos mineiros, porque Juscelino veio na frente. Somos 300 mil piauienses aqui. Daí esta cidade ter a bravura do homem piauiense, ter a fidelidade da mulher piauiense. Está vendo, Pedro Simon: Brasília, filha da coragem dos homens piauienses e da fidelidade das mulheres piauienses!

            O Piauí, no Dia dos Médicos, eu o represento. Pedro Simon, Getúlio Dornelles Vargas, ao adentrar no Governo, botou tenentes em quase todo o Brasil. No Piauí, nós nos livramos do tenente e ficou um médico: Leônidas Melo, que fez o Hospital Getúlio Vargas, o maior de todo o Nordeste e Norte. Foi ícone. “Um bem é acompanhado de outro bem”. Surgiu o Sanatório Meduna, o maior hospital psiquiátrico do Norte e Nordeste, por Clidenor Freitas. Teresina, hoje, é excelência em referência de Medicina, são quatro faculdades de Medicina. Quatro faculdades!

            E eu, um dos seus governantes médicos, coloquei aquele Estado na era do transplante. Mozarildo, eu vi e assisti os bravos médicos fazerem lá transplante cardíaco com êxito, Mozarildo!

            Então, o povo, agradecido, deu ao Piauí vários Governadores médicos: Leônidas Melo; Eurípides Aguiar; Rocha Furtado; Tibério Nunes; Dirceu Mendes Arcoverde, que tombou nesta tribuna em seu primeiro discurso de Senador; Lucídio Portela, Senador austero, irmão mais velho de Petrônio Portela - Lucídio Portela, que também por aqui passou; era o mais velho e foi ele quem deu força à grandeza de Petrônio -, e eu, que fui Governador daquele Estado por duas vezes.

            A deferência do povo ao médico é tão grande que hoje temos, João Pedro, dos candidatos, todos extraordinários, quatro médicos disputando a preferência do povo do Piauí. O Vice-Governador, um médico extraordinário, foi Líder de meu Governo. Ele é neurocirurgião; um homem de muita força. O Deputado Marcelo Castro, professor de psiquiatria, Líder, Deputado Federal pelo PMDB, participou do meu Governo - e eu o agradeço - como Presidente do Iapep e Secretário de Agricultura. Flávio Nogueira, um excelente e extraordinário homem, que também participou do nosso Governo, e liderou o PDT lá, e é um cirurgião-geral, toráxico extraordinário. E o Prefeito da capital, Silvio Mendes, traumatologista, ortopedista, que simboliza as forças oposicionistas. Ele é, por assim dizer, como Winston Churchill comandando a Segunda Guerra Mundial, reunindo as forças libertadoras da democracia que buscam a alternância do poder no Piauí e no Brasil.

         E quero dizer que, aqui, no Senado, cinco Senadores engrandecem esta Casa: o Senador Mozarildo Cavalcanti, o Senador Papaléo Paes, o Senador Tião Viana, a encantadora Senadora Rosalba Ciarlini e eu. E por que, Pedro Simon? Os médicos, nós não temos culpa. O primeiro Senado da República - meditai e atentai bem, Pedro Simon, V. Exª que simboliza a história, a virtude e a decência da política, porque nós vamos buscar a causa dessa desgraceira de falta de ética na nossa política -, atentai bem, Pedro Simon, lá no gabinete do Senador José Sarney olhava as “caras” dos 42 primeiros Senadores. Pedro Simon, Pedro Simon, Pedro Simon, “em verdade, em verdade, eu vos digo”: dos 42 - só os brasileiros, porque tinha um português -, 22 eram da área jurídica. Que vergonha! De lá para cá, fazem só leis boas para eles. Quanto ganha um da área da Justiça? Quanto ganha uma querida professorinha, que ontem homenageamos? Novecentos e cinquenta reais, e eles não deixam passar. Isso não é falta de justiça, é falta de vergonha!

         Nós votamos aqui um piso, não é, Pedro Simon? Continuo o mesmo, obedecendo-lhe, seguindo-o, porque eu fui para o Partido Social Cristão. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”. Pedro Simon, quanto ganha a professorinha? Quanto ganha o magistrado? Quanto ganha o “medicozinho”, o “soldadozinho”, os dentistas, a enfermeirinha? Pedro Simon, precisaria um médico vir aqui para trazer a etiologia, a doença é velha. De 42, 22 eram da área da Justiça, dez militares - Duque de Caxias, Senador -, sete religiosos - Padre Feijó, exemplificando -, dois médicos. Nós já melhoramos, Mozarildo. Nós somos cinco hoje. Atentai bem o que era o primeiro Senado e o que é hoje. E esse pessoal da Justiça, Pedro Simon... Isso aqui deveria ser como o Rotary. Eu sou rotariano. “Dar de si antes de pensar em si”. “Quem não vive para servir não merece viver”. Mas, Mozarildo, lá tem uma coisa que nós não temos aqui. Ô Pedro Simon, medite e faça. Aqui tem que passar a ser como no Rotary: não pode ter mais de 10% de uma classe não. A gente não pode encher lá de médico não.

            Eu entrei na vacância de um médico-cirurgião, Dr. Cândido de Almeida Athayde. Quando fiquei veterano, convidei outro médico. Tem que dar um freio aqui nesse pessoal da área da Justiça. Eles não estão buscando justiça, eles estão legislando em causa própria. Olhe o salário dessa gente e olhe o das professorinhas, das enfermeiras, dos soldados, dos médicos, dos geólogos e dos outros!

            Pedro Simon, só quem pode dizer isso é o Senado da República. Eu sou o pai da Pátria, V. Exª é já avô da Pátria, e avô é melhor do que pai. Está aí Barack Obama dizendo para o mundo: se não fossem os avós dele, ele era um maconheiro.

            E eu vi ontem uma reunião de aposentados, Pedro Simon. V. Exª fez vigília, trouxe a sua encantadora esposa, namorou aqui a noite inteira, para dar solidariedade aos velhos. E eu, quando vi os velhos aqui chorando porque foram roubados nas suas aposentadorias - “roubado”, o nome é esse, é lá no Piauí, o Piauí é que é verdade. Fez-se um contrato, eles trabalharam, descontaram, assumiram o compromisso, e hoje quem pagou 10 salários por 30, 40 anos, com sonho, com o propósito de ajudar os netos, recebe cinco salários; quem pagou cinco, dois.

            Pedro Simon! Ô Pedro! Pedro, você se lembra de Cristo. O outro Pedro falhou três vezes. V. Exª nunca falhou com o Brasil. Atentai bem, Pedro Simon. Aí, dizem que Barack Obama chamou o nosso Presidente de “cara”, João Pedro: “É o cara”. Mas, se ele não resolver o problema dos aposentados, que nós, governo... O governo não é ele não. Que se manque! O governo não é mais L'État c'est moi . Somos nós, são os três Poderes: é o Legislativo, o Judiciário e o Executivo. Ô João Pedro, se ele não devolver o dinheiro dos aposentados e o Barack Obama vir os aposentados sofrendo, humilhados, morrendo, alguns se suicidando, ele pode completar a frase e dizer que “o cara” era “cara-de-pau” e que o enganou.

            Tem que devolver o dinheiro dos aposentados. Isso não existe em país nenhum, em sociedade nenhuma, um fator redutor. Isso foi aprovado aqui por unanimidade. O projeto é do PT, é do Paim. Eu fui o Relator, ele me convocou e eu o defendi na Comissão de Justiça, na Comissão de Economia, de Direitos Humanos, de Assuntos Sociais e aqui, por unanimidade.

            E, naquela Casa, onde o Luiz Inácio foi muito verdadeiro, muito forte e muito certo, ele disse que não quis voltar porque lá havia 300 picaretas. Eu acho que aumentou. O projeto está lá. Está todo aprovado.

            Não tem dinheiro? É dinheiro para país de fora, é dinheiro para as Olimpíadas, é dinheiro para Carnaval - como é que não tem dinheiro? -, é para trio elétrico, é para farra, é para política, é para se contratar pela porta larga, sem concurso. É! Sessenta mil contratados! Um DAS-4 o Governador tem. Mas aqui tem é DAS-6, Mozarildo, R$10.548,00. E não se pagam às professorinhas R$950,00. Que País é este? Que injustiça é essa?

            Então, eu queria dizer que o médico não tem culpa disso. Em nome dessa decência, dessa coragem, dessa dignidade, eu quero fazer a minha saudação a todos os médicos do Piauí, a todos os médicos do Brasil. E o nosso exemplo maior: Juscelino Kubitschek.

            E o povo tem esse pensamento. Tanto é verdade que, para mim... O Presidente da Associação Piauiense de Prefeitos é médico, Francisco Macedo; o Prefeito de Teresina é médico; e dezenas de prefeitos são médicos, mostrando que o povo acredita na classe médica.

            Então, nossas últimas palavras. Recebi um e-mail aqui, Dia do Médico. Vou terminar com ele em homenagem. Dia do Médico, política de ajuda ao médico e vice-versa. Ele é da Direção Clínica do Pronto Atendimento da Policlínica de São Paulo. Pede aos crentes em Deus e em Jesus, a seus cultos, uma mensagem com essa intenção para que, em cada coração, seja tomado um momento de reflexão seguido de muitos atos e muitos progressos para a saúde pública brasileira.

            Esta é uma mensagem muito bem feita pelo Dr. Francisco Mário de Azevedo, mostrando as dificuldades, as mazelas, os honorários baixos e o pedido de apoio dos médicos.

            O meu Partido é o Partido Social Cristão. Inspirado em Lucas, o evangelista e médico, e nas ações de Cristo eu queria homenagear esse partido que mais cresce no País. Tem dois médicos que são Deputados Federais, viu, Mozarildo? Um é o Jorge Eduardo Amorim, Deputado Federal por Sergipe. E entrou agora o Marcondes Gadelha, um dos nomes mais influentes na medicina e na política da Paraíba e do Nordeste, homem de uma inteligência privilegiada.

            Ontem o Marcondes Gadelha veio aqui me convidar para a posse dele como Presidente do Partido Social Cristão da Paraíba, ele que tem perspectivas invejáveis na política desse Estado e do Brasil.

            Lamento não poder estar lá no próximo fim de semana, pois esse Partido cresce não só na Paraíba, mas no Piauí e no Brasil e é - como disse Francisco Santos: onde haja desespero, seja a esperança - o Partido da esperança por virtude.

            Então, ao Gadelha,... Porque eu estarei em uma missão internacional, representando o Senado da República, em um encontro da cultura portuguesa e a brasileira. Mas ao Marcondes Gadelha a nossa homenagem. São dois médicos do nosso Partido.

            Então, oh Deus, oh, Deus! Oh Lucas, nosso patrono, abençoe os médicos do Brasil!


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2009 - Página 52404