Discurso durante a 207ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Anúncio e justificativa da decisão de abandonar a CPI da Petrobras, tomada em conjunto pelo DEM e pelo PSDB.

Autor
Antonio Carlos Júnior (DEM - Democratas/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).:
  • Anúncio e justificativa da decisão de abandonar a CPI da Petrobras, tomada em conjunto pelo DEM e pelo PSDB.
Aparteantes
Alvaro Dias, Papaléo Paes.
Publicação
Publicação no DSF de 11/11/2009 - Página 57913
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).
Indexação
  • JUSTIFICAÇÃO, DECISÃO, ABANDONO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), REGISTRO, DEMORA, INSTALAÇÃO, IMPOSSIBILIDADE, CONVOCAÇÃO, AUTORIDADE, QUEBRA DE SIGILO, AUSENCIA, INTERESSE, IMPRENSA, CRITICA, INTERFERENCIA, GOVERNO, LEGISLATIVO, MANIPULAÇÃO, INFORMAÇÕES, IMPEDIMENTO, ATUAÇÃO, OPOSIÇÃO, LEITURA, ARTIGO DE IMPRENSA, PUBLICAÇÃO, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), INTERNET.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ANTONIO CARLOS JÚNIOR (DEM - BA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nesta tarde anunciamos a decisão que tomamos de abandonar a CPI da Petrobras, decisão tomada em conjunto pelo Democratas e pelo PSDB, pelos Líderes Arthur Virgílio e José Agripino e pelos membros da Comissão, Senadores Sérgio Guerra, Alvaro Dias e eu.

            Por que abandonamos a CPI da Petrobras? A Constituição Federal, em seu art. 49, inciso X, diz que cabe ao Congresso Nacional fiscalizar os atos do Poder Executivo. Portanto, a CPI cabia nesse caso, porque estamos cumprindo nosso dever, ou seja, estamos cumprindo a Constituição ao fiscalizarmos o Executivo. Surgiram fatos determinados, de que fala a Constituição em seu art. 58, §3º, que trata das comissões parlamentares de inquérito. Os motivos são amplamente conhecidos de todos. Vou lembrá-los, mas todo mundo se recorda dos motivos que o Senador Alvaro Dias colocou em seu pedido de instalação de CPI: Refinaria Abreu e Lima; artifícios contábeis para economizar impostos; Plataformas P-52 e P-54; Operação Águas Profundas; patrocínios utilizando ONGs como intermediárias; royalties; usineiros; e aparelhamentos político na ANP e na Petrobras.

            Porém, desde o início, o Governo atuou violentamente para desmoralizar a CPI. Não só a base do Governo aqui, no Congresso, mas o Governo, o Poder Executivo, começou a atuar fortemente, tentando desmoralizar a CPI, fazendo com que se criasse uma expectativa de que ela não funcionaria para exatamente obter o seu objetivo.

            - Primeiro, tivemos aqui a visita do Presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, no Senado Federal. Segundo a imprensa, o Presidente da Estatal visitou Senadores tentando minar a criação da CPI (Estadão on-line, 27/06);

            - A retirada de assinaturas no momento da criação. Informa a Folha de S. Paulo, no dia 16/05, que o Governo passou o dia 15/05 tentando convencer alguns Senadores a retirar suas assinaturas do requerimento de criação da CPI. Conseguiu duas, mas não foi suficiente;

            - A reação imediata do Governo após a criação. Segundo o Presidente da estatal, a empresa estava tranquila e responderia a tudo com transparência. No entanto, optou pelo “vale-tudo” (Estadão on-line, 27/06/2009);

·     a demonização da imprensa. Gabrielli afirma que estão se criando fatos artificiais com a participação da imprensa e dos Senadores da oposição (Estadão on-line de 27/06). Exatamente o que fez seu partido durante todo o tempo em que esteve na oposição;

·     a criação do blog Fatos e Dados, supostamente jornalístico, mas que reproduz somente os fatos e os dados de interesse do Governo e da própria Petrobras. Até as manifestações dos Senadores da oposição na CPI - minha, do Senador Alvaro, do Senador Sérgio Guerra -, eles omitiam de propósito;

·     o aumento da publicidade, retomada do discurso ufanista, aproveitando, inclusive, a questão do pré-sal para tentar encobrir o trabalho da CPI;

·     a mobilização de aparatos estudantil e sindical. Manifestações de centrais sindicais e da UNE contra a criação da CPI. Obviamente que recompensadas financeiramente pela Petrobras;

            - Contrainformação. Alegação de intenções de privatização, quando, na verdade, é o Governo que está promovendo a reestatização do setor petrolífero; alegação de que a CPI prejudicaria os negócios da estatal, versão desmontada pelos números nas bolsas de valores.

            Vê-se que era uma forma de levar a opinião pública a achar que era um absurdo se criar a CPI da Petrobras, que ela não faria sentido e, portanto, ela deveria ser desmoralizada a ponto de nada investigar. Esse foi o trabalho de blindagem e de publicidade excessiva que foi feito, inclusive tentando fazer com que a opinião pública recebesse informações distorcidas daquilo que nós, oposição, objetivávamos fazer.

            Resultados da ação do Governo:

·     a CPI não alcançou nenhum resultado prático - nenhuma quebra de sigilo, nenhum depoimento importante.

            Aliás, nos depoimentos, nós apresentamos uma série de requerimentos, Senador Alvaro, que estão aqui, e que foram liminarmente recusados, para convocação de pessoas. Simplesmente, eles convidaram aquelas pessoas que eles gostariam que viessem, e da forma combinada entre eles e essas pessoas. Ou seja, nós não tivemos o direito, como minoria, de investigar pessoas que, fatalmente, poderiam nos dar informações. Por exemplo: a Srª Aldenira Sena, Vice-Presidente do PT baiano, envolvida com ONGs de intermediação com prefeituras baianas; a Srª Josenia Bourguignon Seabra, esposa de Victor Martins, que tinha contratos com a ANP para questão de royalties; o Procurador Marinus Marsico, que solicitou investigar o caso dos artifícios contábeis da Petrobras. São três exemplos!

            Eu e o Senador Alvaro Dias apresentamos cerca de 80 ou mais requerimentos, e nenhum deles foi aprovado. Ou seja, nenhuma revelação nova, daquelas que eram temidas pelo Presidente Gabrielli e que ele chamou de “coisas que vão aparecer” (Estadão online de 27/6).

·     A imprensa também acabou se desinteressando.

            Evidentemente, pela falta de dinamismo e de condição de trabalho da CPI, a imprensa também começou a achar que a CPI não iria à frente e, é claro, o público ficou desinformado. Assim, o Governo conseguiu o que pretendia: o descaso da imprensa em relação à CPI. Afinal, organogramas e planos de mídia não vendem jornal. São “traços” no Ibope. Isso é que foi apresentado nas CPIs. O Governo conseguiu esconder do Senado, da imprensa e da população todos os escândalos que envolvem a Petrobras.

·     A CPI, então, passou a agonizar.

            Antes que eu entre na fase mais conclusiva, eu gostaria de conceder um aparte ao Senador Alvaro Dias.

            O Sr. Alvaro Dias (PSDB - PR) - Senador Antonio Carlos Magalhães Júnior, vou falar em seguida, portanto não vou tomar o tempo de V. Exª, mas queria apenas destacar o empenho de V Exª, a competência com que se organizou para trabalhar na investigação, com assessoria competente, assessoria técnica competente, sempre com questionamentos importantes, requerimentos fundamentais para o aprofundamento das investigações. Mas, como todos nós, V. Exª também ficou impedido de trabalhar, de investigar, de oferecer esse serviço ao País. Mas nós vamos continuar. A CPI, para nós, acabou lá, naquela inutilidade, naquela farsa, naquela encenação. Lá acabou, mas nós vamos continuar trabalhando. São dezoito representações hoje. Teremos outras representações ainda a interpor junto ao Ministério Público. Mas, como falarei logo a seguir, meu aparte tem o objetivo de apenas aplaudir V. Exª pelo esforço, pela competência e pela capacidade de organização que demonstrou, preparando-se para trabalhar nessa CPI.

            O SR. ANTONIO CARLOS JÚNIOR (DEM - BA) - Senador Alvaro, Dias, eu agradeço as considerações de V. Exª. Num esforço de parceiros, nós tentamos e fizemos o que pudemos. Não conseguimos mais pelas razões que estamos expondo ao público hoje, eu, V.Exª e o Senador Sérgio Guerra.

            Mas ainda há mais. Nós vimos a protelação da instalação da CPI: quanto tempo o Governo ficou a amarrar essa situação, protelando para ganhar tempo, para blindar mais a CPI e a própria Petrobras em relação às denúncias que eram feitas?

            Depois, veio a eleição da “tropa de choque” do Governo: a eleição do Presidente e a indicação do Relator, também quebrando uma tradição que a oposição sempre teve, de ter o Presidente ou ter o Relator. O Governo, por ordem direta do Presidente Lula, quebrou a tradição, impedindo que a oposição participasse da direção dos trabalhos. Essa foi outra manobra para impedir o bom funcionamento da CPI.

            E quais foram as táticas que eles usaram para impedir as investigações? O Governo indicou o seu Líder para a Relatoria da CPI, inaugurando a moda do Relator de esteira, que passa por cima de tudo e de todos que atravessam a sua frente, seja um pé de laranja, seja um Senador da República. Isso foi o que aconteceu. O Senador Romero Jucá tratorou definitivamente todas as nossas pretensões de investigação no âmbito de uma CPI.

·     Desqualificação dos requerimentos feitos por mim e pelo Senador Alvaro. O Relator rejeitou sistematicamente todos os requerimentos que poderiam gerar algum tipo de condição de investigação;

·     Oitivas inúteis, longas sessões de desrespeito ao Poder Legislativo. Horas e horas de exposições sobre o organograma da companhia e sobre centenas de ações de propaganda, nas quais a empresa gastou centenas de milhões de reais;

·     Documentos inúteis, documentos gigantescos, que demandam análise técnica; documentos disponibilizados em cima da hora e, mesmo assim, durante oitivas;

·     Ensaios, entre o cômico e o trágico: reuniões preliminares entre Senadores governistas e os inquiridos, para combinar o teatro (Globo Online, de 15/08/2009);

·     Impedimento das reuniões administrativas. Na prática, o Presidente da Comissão recusa-se sistematicamente a discutir os rumos dos trabalhos, evitando agendar as reuniões administrativas:

            Inclusive, o estopim do nosso rompimento com a CPI foi exatamente este: houve uma combinação entre mim, o Senador Sérgio Guerra e o Senador Alvaro Dias, no sentido de que teríamos sessões administrativas. E isso não foi feito. Tentaram nos enrolar. Então, tomamos a decisão drástica de abandonar a CPI na última sessão. E o fizemos, com total consciência. Hoje, estamos aqui prestando contas do nosso trabalho e mostrando o que não tivemos condição de fazer.

·     Horário das reuniões. O Senador Alvaro Dias reclamava, em todas as sessões, sobre essa questão. A Presidência da CPI agendava as reuniões de modo a evitar a transmissão pela TV Senado e, ao mesmo tempo, interromper a reunião para a Ordem do Dia.

            Então, vejam quantas manobras foram feitas para impedir o funcionamento da CPI!

            Senador Papaléo Paes.

            O Sr. Papaléo Paes (PSDB - AP) - Senador Antonio Carlos Magalhães Júnior, quero registrar aqui seu pronunciamento como de extrema importância para o Brasil, porque V. Exª está tratando de um assunto muito sério, muito grave, que é o boicote que o Poder Executivo conseguiu por meio da força que tem, construído pela chamada base aliada. Não por ideologia, mas construído na base dos acordos políticos; outros, por acordos de cargos. E, seja lá de que forma for, o Governo tem a maioria e, realmente, esmaga quem quer que seja. O que mais lamentamos, Excelência, é exatamente o seguinte: lembremo-nos do desgaste pelo qual o Senado Federal passou. Tenho certeza absoluta de que, se não tivesse havido participação da mídia, seria um desgaste bastante pequeno, mas a mídia se envolveu de corpo e alma num processo político que transformou algo que é muito sério, que é a crítica que se faz, a crítica construtiva que se faz a um Poder, que é o Senado Federal, em uma disputa política, fazendo com que os escândalos da Petrobras fossem encobertos pela crise do Senado. Até que essa crise foi amenizada e veio a CPI. Infelizmente, sei que V. Exª foi muito brando quando disse que o Governo conseguiu esconder da imprensa... Não escondeu nada, porque a mídia nacional tem as informações todas. Mas eu lhe pergunto: a quem interessa brigar com a Petrobras, que tem o poder de veicular propagandas pagas, que tem o poder de patrocinar, com dinheiro público, com dinheiro do povo brasileiro, o que bem pretende patrocinar - boi-bumbá, disputa de peteca, campeonato de pipa -, seja lá o que for? Por trás disso, as ONGs que ela alimenta; depois, essas ONGs alimentadas geram recursos para as campanhas políticas. Então, a quem interessa tudo isso? Não sei! Vê-se na imprensa, por exemplo, alguns comentaristas, alguns críticos escrevendo uma coluna, mas não se veem manchetes absurdas, como havia, contra esta Casa, até muitas delas levianas. Então, quero parabenizar a decisão de V. Exªs, responsáveis que são, como V. Exª, o Senador Alvaro Dias e outros, que estão querendo a seriedade naquela CPI, de trazer para o plenário a crítica que deve ser feita. Pelo menos, o povo estará assistindo às retransmissões do Senado. Ridícula, ridícula essa CPI, exatamente porque entregamos o açúcar nas mãos das formigas! Então, esse é o resultado, infelizmente, dessa CPI. Temo, com isso, também, Senador Antonio Carlos, exatamente o que pode acontecer com a CPI dos Sem-Terra. Essa será outra lástima para nós, para o povo brasileiro. Muito obrigado.

            O SR. ANTONIO CARLOS JÚNIOR (DEM - BA) - Senador Papaléo Paes, V. Exª aborda um assunto fundamental, ou seja, a mídia, realmente, ficou com receio de estar ao nosso lado na CPI para aprofundar as investigações. Não tenho dúvida de que isso aconteceu.

            Já vou chegar à parte final do meu pronunciamento, exatamente o último ponto que V. Exª abordou.

            A CPI dos Correios foi uma lição para o Governo. Ele resolveu arrumar uma estratégia para abafar qualquer CPI que venha a ser apresentada em qualquer das Casas, ou nas duas - CPI mista. Ele apanhou na CPI dos Correios e resolveu blindar a CPI da Petrobras, como já tinha feito com a CPI dos Cartões Corporativos, em que a presença da tropa de choque do Governo foi um escândalo.

            Desse jeito, o instrumento que a oposição tem para exercer seu papel de fiscalização está sendo desmoralizado pelo Governo. O Governo resolveu desmoralizar o instituto da CPI, que é um importante instrumento da oposição, das minorias. Corremos esse perigo, o que é antidemocrático. É uma posição absolutamente antidemocrática a que o Governo vem tomando no sentido de abafar as CPIs. Isso não era feito, quando o PT era oposição, pelos governos de então. Tanto que houve a CPI do PC Farias, a CPI dos Anões, e tudo foi investigado sem problema.

            Agora, infelizmente, está acontecendo isso, que é mais um passo para submeter o Congresso às vontades e às decisões do Executivo. Eles querem nos colocar como força auxiliar do Poder Executivo. Não somos isso! Somos um Poder independente e precisamos ter instrumentos de trabalho. Não podemos nos submeter à vontade do Executivo e temos que reagir. Não é só a oposição, não; a própria base governamental. Vão acabar desmoralizando a Casa e seus próprios mandatos. Temos que reagir a isso!

            Portanto, qual foi a decisão tomada pelo PSDB e pelo Democratas? Após conversa...

(Interrupção do som.)

            O SR. ANTONIO CARLOS JÚNIOR (DEM - BA) ...durante o final da semana passada e esta semana com os Senadores Alvaro Dias, Sérgio Guerra e com os líderes dos dois partidos, os dois partidos, juntos, estão entrando com representações no Ministério Público. E faremos isso diretamente com o Procurador-Geral, Roberto Gurgel.

            São dezoito representações de fatos graves que consideramos e que merecem ser investigados pelo Ministério Público Federal, sendo que o mais grave deles é o da Refinaria Abreu e Lima, porque todos já sabem das divergências que houve nas reuniões da CPI entre o TCU e a Petrobras. E a distância é muito grande. Isso vai merecer um estudo mais profundo, porque ali, tenho certeza, há gravidades do mais alto grau.

            Portanto, tomamos essa decisão.

(Interrupção do som.)

            O SR. ANTONIO CARLOS JÚNIOR (DEM - BA) - Procuraremos, o mais rápido possível, o Procurador-Geral, Roberto Gurgel, porque essas investigações não podem... Como disse o Senador Alvaro Dias, a CPI acabou para nós lá, mas vamos continuar trabalhando fora da CPI para que essas investigações não fiquem paradas e para que possamos continuar investigando, cumprindo nosso papel de fiscalizadores do Poder Executivo. Nós não podemos abrir mão desse papel, porque, como está acontecendo aqui, a base do Governo está levando o Congresso Nacional a ficar submisso, e nós não podemos aceitar isso.

            Então, parabenizo o Senador Alvaro Dias, o Senador Sérgio Guerra, os outros membros suplentes da CPI e os Líderes que nos deram todo o apoio, o Senador José Agripino e o Senador Arthur Virgílio.

            Nós continuaremos nessa luta. É o compromisso que eu assumo agora, juntamente com o Senador Alvaro Dias.

            Muito obrigado.


            Modelo1 10/20/243:46



Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/11/2009 - Página 57913