Discurso durante a 181ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Congratulações a grupo de pesquisadores piauienses pelo desenvolvimento de jogo que facilita a aprendizagem de alunos com Transtorno do Espectro Autista.

Autor
Ciro Nogueira (PP - Progressistas/PI)
Nome completo: Ciro Nogueira Lima Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO, POLITICA SOCIAL.:
  • Congratulações a grupo de pesquisadores piauienses pelo desenvolvimento de jogo que facilita a aprendizagem de alunos com Transtorno do Espectro Autista.
Publicação
Publicação no DSF de 18/10/2013 - Página 73846
Assunto
Outros > EDUCAÇÃO, POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, GRUPO, PESQUISADOR, PROFESSOR, ESTUDANTE, INSTITUTO, ESTADO DO PIAUI (PI), MOTIVO, DESENVOLVIMENTO, SOFTWARE, OBJETIVO, FACILITAÇÃO, EDUCAÇÃO, PESSOA DEFICIENTE, AUTISMO.

            O SR. CIRO NOGUEIRA (Bloco Maioria/PP - PI. Sem apanhamento taquigráfico.) - Srªs Senadoras, Srs. Senadores, tenho acompanhado com interesse a evolução normativa, no Brasil, atinente à área da inclusão social na educação, que teve seu grande momento na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) de 1996, onde ganhou capítulo próprio tratando "Da Educação Especial". A própria Constituição Federal já garante o "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino". Mesmo utilizando um termo desusado na área -"portador de deficiência"-, a Constituição avançou no entendimento de que é necessário, é imperativo atender a todos os nossos estudantes, sem distinção, inclusive oferecendo apoio técnico e financeiro para a implementação desse atendimento especializado.

            Sabemos que o tratamento legislativo dessa questão chegou bastante atrasado ao nosso ordenamento jurídico, mas também devemos reconhecer que as associações, as instituições e os profissionais que lidavam - e lidam - com essa área sempre foram - e são - extremamente atuantes, mantendo acesa a chama da luta por memores condições de aprendizado para os estudantes atingidos por dificuldades físicas e ou mentais variadas.

            Hoje quero parabenizar um grupo de pesquisadores piauienses composto por dois professores e três estudantes do curso de Tecnólogo de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do instituto Federal do Piauí, campus Teresina central. A equipe é responsável pela invenção de um jogo digital que procura facilitar a aprendizagem das cores primárias a estudantes portadores do TEA (Transtorno do Espectro Autista); São eles os professores Otílio Paulo e Fernando Santana e os estudantes Victor Hugo, João Manoel e Gleison Batista.

            O jogo, chamado de G-TEA, foi testado em tablets por estudantes autistas da Associação de Amigos do Autista (AMA), no Piauí, e deverá ser ampliado para facilitar o estudo de letras, números, formas, sons e animais, atendendo assim ampla população de estudantes atingidos pelo TEA em todo o País, pois será distribuído gratuitamente pela rede mundial de computadores. Os seus criadores recomendam que profissionais treinados nas áreas pedagógica, psicológica e de fonoaudiologia apliquem o jogo.

            Srªs Senadoras, Srs. Senadores, devemos louvar iniciativas desse porte para a área da educação especial. Quanto mais tecnologia e técnica proporcionarmos aos nossos estudantes, mais teremos de igualdade humana, substrato indispensável a uma vida social digna. A inclusão veio para ficar! Nossas escolas devem ser paradigma para toda forma de inclusão possível e vemos que há muitas pessoas preocupadas em aprimorar a experiência pedagógica dos estudantes que mais precisam de auxílio.

            O uso da informática e de seus meios parece ser- um "caminho natural" para os estudantes com TEA e o grande interesse pelos aparelhos eletrônicos deve ser aproveitado no aperfeiçoamento da experiência educativa desses jovens.

            É graças a equipes como essa que atenderemos a larga parcela da nossa população carente de recursos educativos inovadores. E devo dizer que, como Senador pelo Piauí, estou orgulhoso do que esse grupo de pesquisadores está fazendo pelo Brasil em terras piauienses. Desejo que mais grupos se dediquem a essa área, tão sensível no âmbito da educação, para que nossos estudantes com algum tipo de limitação consigam melhor aproveitamento e tenham melhor formação nas nossas escolas.

            Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/10/2013 - Página 73846