Discurso durante a 196ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da implementação em caráter permanente de uma Política de Atenção Integral à Saúde do Homem.

Autor
Ângela Portela (PT - Partido dos Trabalhadores/RR)
Nome completo: Ângela Maria Gomes Portela
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Defesa da implementação em caráter permanente de uma Política de Atenção Integral à Saúde do Homem.
Publicação
Publicação no DSF de 06/11/2013 - Página 79348
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • DEFESA, IMPLEMENTAÇÃO, POLITICA, ATENÇÃO, SAUDE, HOMEM, CARATER PERMANENTE, OBJETIVO, REDUÇÃO, MORTE, MOTIVO, DOENÇA.

            A SRª. ANGELA PORTELA (Bloco Apoio Governo/PT - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, O edifício do Congresso Nacional de azul. O gesto simbólico marca a adesão destinada à conscientização para os riscos do câncer de próstata.

            Tem Importância significativa para os brasileiros; o câncer de próstata é a segunda causa de morte entre. homens no Brasil, atrás apenas das doenças cardíacas.

            Ao mesmo tempo em que registro a oportuna proposta da senadora Ana Amélia que levou a essa adesão, gostaria de mencionar, também, que a adesão ao Novembro Azul representa um passo relevante para chamar a atenção para a necessidade de defesa de uma política de saúde do homem.

            Apresentei projeto de lei que determina a instituição, em caráter permanente, da Política de Atenção Integral à Saúde do Homem, a ser formulada e aplicada pelo Sistema Único de Saúde.

            Sabemos bem que o Ministério da Saúde já conta com um programa voltado para a saúde do homem, mas pretendemos mais do que isso. Desejamos a formulação e execução de uma Política de Atenção para ter continuidade na ação governamental.

            A Política de Atenção Integral à-Saúde do Homem deverá abranger a prevenção, a detecção precoce, o diagnóstico e o tratamento de doenças e agravos à saúde que acometem exclusiva ou predominantemente a população masculina, entre outras ações a serem definidas em regulamento.

            Não podemos esquecer que os homens não apenas são acometidos de doenças ou agravos à saúde especificamente relacionados ao sexo masculino, como os cânceres e as infecções da próstata, do pênis e dos testículos, mas também estão sujeitos a outros transtornos da saúde que, embora acometam também as mulheres, apresentam taxas de mortalidade mais elevadas na população masculina.

            É o caso, por exemplo, do consumo abusivo de bebidas alcoólicas, da obesidade, da aids, da tuberculose, do câncer do aparelho respiratório, das neoplasias de esôfago e estômago, e das doenças isquêmicas do coração.

            A maior exposição da população masculina a determinados fatores de risco para a saúde reflete-se na proporção de homens e de mulheres que formam a população brasileira, nas taxas de mortalidade e nas expectativas de vida, por sexo.

            O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que, em 2011, a população brasileira seria constituída de 51,5% de mulheres e 48,5% de homens.

            No mesmo ano, 56,88% dos óbitos foram de homens, e 43,12%, de mulheres. Ainda no mesmo ano, a esperança de vida ao nascer era de 70,6 anos para homens e 77,7 anos para mulheres.

            Justamente por isso pretendemos que o Governo Federal formule, implemente e mantenha, em caráter permanente, política específica de cujos indicadores de mortalidade contradizem a representante do sexo forte.

            É imprescindível que, mediante tal política, essa característica se torne realidade e se reflita nos indicadores epidemiológicos.

            Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/11/2013 - Página 79348