Pela ordem durante a 197ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do voto aberto no Parlamento.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
CONGRESSO NACIONAL. LEGISLAÇÃO PENAL. RELIGIÃO. SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Defesa do voto aberto no Parlamento.
Publicação
Publicação no DSF de 07/11/2013 - Página 79758
Assunto
Outros > CONGRESSO NACIONAL. LEGISLAÇÃO PENAL. RELIGIÃO. SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • DEFESA, APROVAÇÃO, VOTO ABERTO, CONGRESSO NACIONAL.
  • REPUDIO, PEDOFILIA.
  • COMENTARIO, ESTADO DE DIREITO, INFLUENCIA, RELIGIÃO, DEFESA, DOUTRINA, FAMILIA.
  • COMENTARIO, PESQUISA, JORNAL, A GAZETA, ASSUNTO, VIOLENCIA, SEGURANÇA PUBLICA, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES).

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nós estávamos aqui aguardando, com muita expectativa, que tivéssemos a possibilidade de, ao encerrar a votação tão importante do Orçamento Impositivo, nós também podermos votar o voto aberto.

            A Nação requer, a Nação pede, a Nação não consegue entender. Os mais jovens; a terceira idade; quem deixa de receber aposentadoria; quem está lutando para se aposentar; quem já se aposentou; quem se aposentou, ajudou a construir o País e ainda não ganha o suficiente para comprar remédios; quem está na faculdade; quem tem sede de entrar na faculdade; quem ganha salário mínimo; enfim, do mais indouto ao mais letrado, neste País, todos anseiam por ver uma Nação que vote aberto - que vote aberto.

            Penso que essa era a grande possibilidade de fazermos o voto aberto: hoje. Mas, infelizmente, ainda não foi hoje.

            Revelo a V. Exª que deixo o plenário entristecido e com certa decepção. Até porque aguardei que, hoje, nós pudéssemos fazer um debate, um debate que já foi feito, um debate que massivamente já ocorreu na sociedade brasileira, até pelas próprias manifestações de rua. E V. Exª é precursor desse debate, Senador Paim, que apresentou proposição absolutamente importante em tempos distantes de nós - a briga é muito antiga, muito velha -, e que nós, hoje, esperávamos que fosse acontecer. Aliás, eu estava ali sentado com V. Exª, quando esperávamos que pudesse ser hoje, e, infelizmente, para aqueles que estão vendo a TV Senado, ainda não foi hoje.

            Senador Paim, uma ONG construiu um ciborgue como se fosse uma criança tailandesa - e tão somente era uma criança criada em 3D - e colocou na internet, e uma investigação da Holanda, a partir daí, trouxe à luz mil pedófilos - mil pedófilos! E essa mesma matéria traz a preocupação no sentido de que um conselho - que é um viés do conselho de medicina americano - começa a entender e tomar a posição de que a pedofilia é uma opção sexual do cidadão e que ele não pode sofrer repressão por isso.

            Aí eu pergunto a V. Exa: Aonde é que nós vamos chegar? Aonde é que nós vamos chegar? Porque, na hora em que nós aprovarmos a pedofilia, na hora em que o mundo entender pedofilia como coisa normal e não como crime, está aprovado a bestialidade: a relação sexual com animal - pode levar um animal para dentro de casa, que está tudo certo; a necrofilia - gente doente que gosta de ter relação sexual com um morto. A bestialidade!

            Ande é que nós vamos parar? Nós estamos começando a enxergar a lama e o final da humanidade? Se bem que a Bíblia diz que os tempos vão piorar.

            Mas que isso não estimule o Brasil, e que nós sejamos estimulados a fazer esse tipo de enfrentamento.

            Aliás, arrebentar valores de família é o que querem todos os livros didáticos agora - e eu quero falar sobre isso na terça-feira. Estão se preparando com essa história: porque o Estado é laico. O Estado é laico, mas a Bíblia não pode entrar. Você não pode levar uma Bíblia.

            Tantos projetos que entraram aqui e na Câmara dos Deputados foram rechaçados, porque era a bíblia, porque o Estado é laico. Mas você pode dizer que uma criança pode ter dois pais, que uma criança pode ter duas mães, em nome de um Estado laico. Isso pode! A Bíblia não pode entrar na escola, mas pode entrar no presídio. Depois que estão desgraçados, presos, a Bíblia pode ajudar lá no presídio, mas na escola não pode ajudar na formação.

            Então, nós vamos fazer uma discussão em nome da família brasileira, em nome de uma sociedade que precisa ser sarada e que está apodrecida por esse tipo de comportamento.

            Para tanto, Sr. Presidente, eu faço esse registro com muita angústia no meu coração e encerro o meu pronunciamento - até porque, na terça-feira, eu inicio uma série de discursos sobre isso - dizendo que, nesse final de semana próximo passado, o jornal A Gazeta, do meu Estado, trouxe uma pesquisa sobre segurança no Estado do Espírito Santo, o segundo mais violento do País, com números maquiados do Governo, até porque é uma prática, desde o Governo passado, maquiar números.

            A pesquisa com a população é que a nossa segurança é horrorosa, é ruim, é péssima. A segurança do Estado do Espírito Santo, que não existe, aliás. É uma insegurança. E eu lamento, até porque o instituto nem merece confiança. É o instituto chamado Futura, que eu chamo de “mintchura”, no meu Estado, que não merece confiança, mas maquiar números para dizer que a violência no Espírito Santo está diminuindo? No mínimo é uma brincadeira.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/11/2013 - Página 79758