Encaminhamento durante a 201ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente à PEC nº 22-A/2000.

Autor
Roberto Requião (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PR)
Nome completo: Roberto Requião de Mello e Silva
Casa
Senado Federal
Tipo
Encaminhamento
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente à PEC nº 22-A/2000.
Publicação
Publicação no DSF de 13/11/2013 - Página 81283

            O SR. ROBERTO REQUIÃO (Bloco Maioria/PMDB - PR. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - O Magno Malta fala depois de mim, mas quero invocar a Bíblia, Magno. Sempre é você quem o faz. Desta vez, faço eu: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

            Nós não estamos dando 15% a mais para a saúde, como se pretende fazer entender. Nesses 15%, estão incorporados o que historicamente os Governos Federais vêm atribuindo à saúde. Nós estamos colocando uma pequena percentagem sobre a pouca quantidade que já aplicamos em saúde. E pouco em cima de nada é pouco ou mais que nada.

            Nós perdemos a oportunidade de estabelecer 18%. Mas é evidente que, nesta ocasião, nós podemos relembrar a coragem do Governo com o Programa Mais Médicos, que, sem sombra de dúvida, terá sucesso. Oito milhões a mais cantam em prosa e verso sobre o que o Governo vem historicamente dando.

            Senador Cyro Miranda, oito milhões é um pouco menos do que garfeou Eike Batista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico; é pouco ou mais que nada. Perdemos a oportunidade de aprovar a emenda do Cícero, viabilizando um aumento substancial.

            Recebi, há pouco, pela internet, uma mensagem da Fafá Schmidt, uma peemedebista lá de Santa Catarina, que conversa conosco todo dia. E a mensagem é a seguinte: o aumento foi, sem sombra de dúvida, na linguagem dela, um aumento muquirana. Nós aumentamos quase nada.

            Então, acabem com essa história de comemorar essa vitória! Não foi vitória alguma. Vitória foi o Mais Médicos. Vitória foi a coragem do Governo de enfrentar esse problema, trazendo médicos de Portugal, da Espanha, dos países de língua hispânica e de Cuba.

            Não vejo vitória alguma. Veja uma absoluta falta de decisão e de interesse concreto pela saúde. É claro que todos nós vamos votar “sim”. Não acredito que, neste momento, este painel apresente um voto contrário. Mas eu quero, mais dia, menos dia, votar, Senador Pimentel, por uma iniciativa corajosa do Governo: a volta da tributação sobre o capital financeiro para financiar a saúde; a volta com uma vinculação muito séria da CPMF.

            O voto é “sim”, mas eu não comemoro nada dessa vitória pífia, vitória que não foi vitória alguma.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/11/2013 - Página 81283