Encaminhamento durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente ao PLV n. 26/2013 (proveniente da Medida Provisória n. 621, de 8-7-2013).

Autor
Cristovam Buarque (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Encaminhamento
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente ao PLV n. 26/2013 (proveniente da Medida Provisória n. 621, de 8-7-2013).
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2013 - Página 72515

            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, nosso País tem algumas características. Uma das características do Brasil, Senador Pimentel, é o descaso; o descaso com que tratamos diversos grupos; o descaso, por exemplo, com os adultos que não aprenderam a ler, que são 13 milhões; o descaso com crianças que trabalham no lugar de estudar; o descaso com adolescentes que não estudam; o descaso com famílias que não têm onde morar ou moram em lugares sem água potável, sem saneamento.

            Entre os muitos descasos a que nós condenamos os brasileiros, está aquele com que deixamos que um número grande de cidades ficasse sem um único médico. Felizmente, hoje, pelo menos esse descaso nós estamos corrigindo. Ainda é muito pouco, ainda é muito pouco colocar um, dois ou três médicos em uma cidade. Isso ainda é muito pouco pela falta de equipamentos que eles vão ter, ainda é muito pouco pela falta de tudo que se precisa para dar um bom atendimento de saúde, mas, pelo menos, cada cidade vai ter um médico.

            Quero dizer que, se eu fosse criticar o Governo por esse projeto, Senador Vital, eu teria uma crítica muito séria a fazer, a de que demorou muito para fazer isso. Foram oito anos de Fernando Henrique Cardoso, oito anos de Luiz Inácio Lula da Silva, quase três anos de Dilma, para, só agora, votarmos um projeto que coloca um médico em cada cidade. E, mesmo assim, somos obrigados a trazê-los do exterior, o que não deixa de ser um constrangimento. Mas que venham! São bem-vindos, porque vão preencher uma lacuna e vão permitir que pelo menos um dos muitos descasos com os quais nós cuidamos mal do povo brasileiro desapareça.

            A partir de agora, graças inclusive à nossa votação, toda cidade do Brasil vai ter pelo menos um médico.

            Era isso o que tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2013 - Página 72515