Discurso durante a 26ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da nota da Bancada do PSB que defende o aprofundamento das investigações no âmbito da “Operação Lava Jato” e sugere que a composição do Conselho de Ética do Senado não contemple membros que estejam na relação dos investigados pelo STF.

Autor
João Capiberibe (PSB - Partido Socialista Brasileiro/AP)
Nome completo: João Alberto Rodrigues Capiberibe
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO:
  • Registro da nota da Bancada do PSB que defende o aprofundamento das investigações no âmbito da “Operação Lava Jato” e sugere que a composição do Conselho de Ética do Senado não contemple membros que estejam na relação dos investigados pelo STF.
Publicação
Publicação no DSF de 11/03/2015 - Página 529
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • REGISTRO, NOTA, BANCADA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO (PSB), ASSUNTO, DEFESA, AUMENTO, EMPENHO, INVESTIGAÇÃO, OPERAÇÃO, AUTORIA, POLICIA FEDERAL, OBJETIVO, APURAÇÃO, IRREGULARIDADE, GESTÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), SUGESTÃO, COMPOSIÇÃO, COMISSÃO DE ETICA, SENADO, EXCLUSÃO, NOME, SENADOR, ACUSADO, PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA, SUJEIÇÃO, JULGAMENTO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF).

            O SR. JOÃO CAPIBERIBE (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente Randolfe Rodrigues, Srªs e Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado.

            Na verdade, Sr. Presidente, minha intervenção vai ser rápida. Trata-se de uma nota da Bancada do PSB, composta pela Senadora Lídice da Mata e pelos Senadores Antonio Carlos Valadares, Romário, Roberto Rocha e Fernando Bezerra. Nós nos reunimos hoje pela manhã para analisar a conjuntura nacional e, sobretudo, o pedido do Procurador-Geral da República de abertura de investigação em desfavor de vários Parlamentares, Senadores, Deputados Federais e também de outros agentes do Estado.

            A preocupação é grande de todos nós, há uma angústia no ar, até porque, quando tomamos a nossa missão política, a nossa decisão política, nunca imaginei que poderíamos chegar a uma situação tão triste, dramática e complicada como a que estamos vivendo.

            A atividade política, que é uma atividade fundamental na sociedade, chegou a tal nível de desqualificação que nos envergonha portar um broche do Senado na lapela de nossos paletós, infelizmente. Mas passo à leitura da nota:

A Bancada do PSB no Senado, reunida nesta terça-feira (10/03/15), em Brasília, considerou da maior gravidade os pedidos oficiais de abertura de investigação de parlamentares citados na Operação Lava Jato e tornados públicos, na sexta-feira, pelo Ministro Teori Zavascki, do STF.

            A citação de tantos parlamentares nesse esquema criminoso contamina o ambiente político e especialmente o Congresso Nacional.

            Diante disso, para preservar a imagem do Poder Legislativo, a Bancada do PSB no Senado defende o aprofundamento das investigações e, sobretudo, a celeridade, para evitar prejulgamentos.

            Em defesa da transparência e da ética, o PSB sugere que seja feita a composição do Conselho de Ética do Senado, com a exigência, para assegurar a credibilidade de suas decisões, de que nenhum de seus membros estejam na relação dos investigados pelo STF.

            Por último, a Bancada reafirma sua confiança na condução de todos os procedimentos investigatórios a serem efetivados, em observância ao princípio do contraditório e da ampla defesa.

            Brasília, 10 de março de 2015.

            Essa é uma satisfação que a Bancada do PSB dá à Nação, no sentido de que nós estamos atentos, vamos acompanhar, confiamos nas autoridades que investigam, confiamos no Ministério Público, na Polícia Federal, que, a partir de agora, buscam elementos de prova no sentido de inocentar ou de condenar aqueles que mal procederam.

            Era isso, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/03/2015 - Página 529