Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre sua desfiliação do PDT – Partido Democrático Trabalhista.

Apresentação de plataforma macroeconômica para superação da crise econômico-fiscal existente no País.

Autor
Cristovam Buarque (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Considerações sobre sua desfiliação do PDT – Partido Democrático Trabalhista.
ECONOMIA:
  • Apresentação de plataforma macroeconômica para superação da crise econômico-fiscal existente no País.
Aparteantes
Hélio José.
Publicação
Publicação no DSF de 19/02/2016 - Página 47
Assuntos
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • COMENTARIO, RETIRADA, FILIAÇÃO, ORADOR, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA (PDT).
  • APRESENTAÇÃO, PLANO, OBJETIVO, MELHORIA, SITUAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, DEFESA, NECESSIDADE, GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO, FOCO, LONGO PRAZO, ERRADICAÇÃO, AJUSTE FISCAL, UTILIZAÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), COMENTARIO, IMPORTANCIA, AMPLIAÇÃO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), SIMULTANEIDADE, QUALIDADE DE VIDA, ENFASE, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, PRODUÇÃO, TECNOLOGIA.

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Mas eu espero não passar do limite, até em respeito a essa grande figura que é o Senador Acir, que é o próximo da vez.

    Senador, ontem, eu tive o privilégio de participar de uma sessão em que, ao comunicar uma mudança de sigla partidária, depois de dez anos no Partido Democrático Trabalhista, sigo para outra agremiação. Ficou faltando dizer quais as bandeiras que eu quero levar para o Partido. Não deu tempo. Tomamos todo aquele tempo; o Senador Hélio teve sua participação, o Senador Acir também.

    Eu disse aqui que estava mudando porque não sentia um terreno firme por onde carregar as bandeiras que carrego desde a adolescência e que são muito inspiradas nas figuras do trabalhismo. Desde Getúlio, eu menino ainda, ouvindo na minha casa; Brizola, que conheci e em quem votei para Presidente, meu primeiro voto; Darcy Ribeiro, que foi um dos mestres que eu tive.

    Eu quero continuar carregando essas bandeiras que eu tentei e carreguei por quinze anos no PT e que carreguei por dez anos no PDT. Por diversas razões, eu sinto que o terreno não está firme. Eu quero começar a falar dessas bandeiras; e vou falar ao longo das próximas semanas, talvez. Eu vou falar de uma hoje.

    Eu não vou começar - não para desmenti-lo, porque o senhor falou "o Senador da educação" - pela educação, embora, em todas as bandeiras, a educação termine aparecendo. Eu vou começar pela bandeira - o Senador Acir, inclusive, é um dos mais preparados, está aqui - da economia.

    Qual é a bandeira da economia que eu imagino? Aqui, quero dividir em duas partes: a primeira, vou chamar de a bandeira da chave da roda, que a gente tem que usar para consertar o carro que está ruim, trocar os pneus. É um ajuste.

    Ninguém pode falar em economia sem falar na crise atual. Fica abstrato, teórico, absurdo! Falar de economia sem falar da crise, sem falar da inflação, sem falar dos déficits fiscais, sem falar do endividamento das empresas - terrível endividamento -, sem falar do endividamento das famílias e do endividamento do setor público; sem falar da crise das nossas estatais, sem falar da baixa taxa de poupança que o Brasil tem, uma das menores do mundo, pelo menos dos países que têm economia razoável.

    Nós temos que cuidar do ajuste. Temos que mudar a opinião do carro. É o período da chave de roda, e, aí, Senador, as bandeiras com as quais caminho preveem, sim, ajuste, mas preveem um ajuste, Senador Hélio, com quatro princípios. O primeiro princípio é não ignorar o longo prazo. O curto prazo não pode ser desprezado, mas o longo prazo não pode ser ignorado. Então, em toda hora de fazer o ajuste, nós temos que olhar duas coisas de longo prazo: um, as consequências disso para as camadas mais pobres; dois, as consequências disso para a infraestrutura. Não podemos imaginar, por exemplo, Senador Hélio - o senhor defende tanto isto - um ajuste que sacrifique o setor energético das novas fontes alternativas.

    E um outro ponto é a participação. O ajuste não pode ser imposto de maneira autoritária, não pode ser por medida provisória. Tem que ser por debate, e esse debate tem que incluir as oposições; e as oposições não têm o direito de recusar-se a participar quando o Brasil precisa; e quem fala pelo Brasil é a Presidente da República, queiramos ou não, votando nela ou não.

    A gente tem que dar as sugestões necessárias, mas dentro desses princípios. Ajuste não deixa de considerar o longo prazo. Logo, o ajuste não pode ser de choque. O ajuste tem de ser também ao longo de anos.

    Um documento que eu fiz uma vez dizia que, se eu fosse a Dilma, eu propunha cinco anos para conseguir fazer o ajuste, mesmo que a inflação fosse enfrentada mais devagar, mesmo que o déficit fiscal fosse enfrentado mais devagar, mas é preciso proteger as camadas pobres, é preciso proteger a infraestrutura e é preciso dialogar.

    Essa é a bandeira imediata da roda do carro, mas eu acho que uma proposta transformadora como aquela que eu quero conduzir, a bandeira de longo prazo, tem que trazer o GPS. Não basta a roda de carro. Talvez, por isso, a gente não atraia a juventude. A gente está querendo consertar, com "s", o carro sem fazer um concerto com "c", definindo para onde ele vai.

    A economia também tem que ser pensada para os próximos 20, 30, 50 anos, sem esquecer os próximos quatro. E, aí, na minha bandeira, na bandeira que eu quero ajudar a conduzir, a carregar em um terreno sólido, a primeira coisa que eu quero colocar é a necessidade, Senador Hélio, de mudar - e o senhor vai gostar disto - o perfil do Produto Interno Bruto.

    De imediato, o que a gente precisa fazer é parar a recessão, ou seja, retomar o crescimento. Mas, no longo prazo, não basta retomar o crescimento, é preciso mudar a cara do PIB. Não basta um PIB grande, é preciso um PIB bonito. E o PIB grande pode ser da agroindústria, pode ser da metalmecânica, pode ser até de produtos que poluam, e a economia cresce poluindo. Esse é um PIB grande. O PIB bonito é o PIB que produz bens de alta tecnologia, porque isso que é o futuro. O PIB bonito é o PIB que se distribui para a população. O PIB bonito é o que não polui, que não depreda.

    Aquilo que aconteceu em Mariana aumentava o PIB, mas um PIB feio, um PIB que terminou destruindo uma cidade inteira, matando pessoas, matando até mesmo um rio tão bom cujo nome é Doce, e que a gente matou pelo menos por algumas décadas, talvez.

    Temos que propor ao Brasil um PIB bonito; e, possivelmente, grande também. Mas é a beleza do PIB, a contemporaneidade do PIB distribuído, equilibrado ecologicamente e de alta tecnologia. Três coisinhas. Esse é o PIB do futuro.

    Sobre ser distribuível, há PIBs que não se distribuem. A indústria automobilística, por exemplo, não é distribuível. Primeiro, porque não cabe um número infinito de carros nas ruas; segundo, para se ter um carro, é preciso ter uma renda elevada ou um endividamento de longuíssimo prazo. Então, não é por aí que vamos ter o PIB desejável, que vamos atrair a juventude para nos apoiar no futuro.

    Além disso, para ser distribuível, produzindo coisas que cheguem às pessoas, é preciso que ele sirva para aumentar o bem-estar, e não apenas a riqueza.

    Nós esquecemos de chamar de riqueza o que é bem-estar. Por exemplo, aumentar o número de automóveis aumenta a riqueza; nem sempre o bem-estar, quando você fica duas, três horas num engarrafamento. O transporte público - metrô ou ônibus - é capaz até de não aumentar igualmente o Produto Interno Bruto, porque o número é menor, de produção anual. Você faz um trem daqueles, aumenta o PIB naquele ano, e fica anos sem precisar de outro. O PIB não cresce, mas o bem-estar aumenta. E o que a gente quer é o bem-estar. Um PIB bonito é o PIB do bem-estar, não é o PIB da renda, da riqueza.

    Nós temos que subordinar a economia a objetivos sociais. A modernidade fez com que nós submetêssemos a economia ao avanço técnico. Tem que ser o contrário: submeter o avanço técnico à economia, a economia aos objetivos sociais, e os objetivos sociais aos valores éticos de uma sociedade. Essa é uma bandeira que eu quero carregar, a bandeira dessa economia bonita, dessa economia colorida, dessa economia justa. E para isso ela tem que ser eficiente.

    O Brasil tem uma das economias menos eficientes do mundo. Todo mundo se vangloria de que o Brasil é um país que era a sexta, sétima, chegou à quinta, dizem, economia do mundo no PIB. Mas é que nós temos 220 milhões, nós somos tantos, que o PIB fica grande mesmo que caiba pouquinho para cada um. Não basta. É preciso que fique bem para todos. Para isso a produtividade tem que aumentar.

    Nós temos uma produção alta, mas uma produtividade baixa. Qual é a diferença? A produção é a soma, a produtividade é o que cada brasileiro produz. Cada brasileiro produz muito pouco. Agora, a soma de todos os brasileiros termina produzindo muito, mas fica pouco para cada um.

    Nós vamos precisar aumentar a produtividade do trabalhador brasileiro. E aí começa a aparecer a educação. A produtividade vem da educação. Aí dizem: "Não, vem das máquinas que a gente usa". Mas para usar as máquinas precisa da educação, senão não usa.

    Um dia desses, eu tive um almoço no Comando do Exército, Senador Acir, e os generais com quem eu almocei disseram: "Hoje nós teríamos problemas se houvesse uma guerra, porque nossos soldados não vão saber usar as armas modernas". Havia um tempo em que o papel do soldado era apertar o dedo para puxar o gatilho, olhando o outro lado. O soldado de hoje não puxa mais o gatilho, ele aperta o botão do computador. Não é mais aquele gesto, é este gesto aqui.

    Sabe qual é a diferença? Aquele gesto é o da mecânica; este gesto é o digital. Para aquele gesto basta ter força; para este gesto é preciso ter conhecimento. O que se fala para a segurança, para a guerra, para os soldados, vale para o que antes a gente chamava de operário e que hoje a gente tem de chamar de operador. Não existe mais, daqui para frente, operário, a gente tem é operador. Isso vai exigir educação e vai exigir uma formação muito especial dos nossos trabalhadores para aumentar a produtividade. Não basta aumentar o PIB, é preciso um PIB bonito. E não basta um PIB bonito, é preciso um PIB em que cada brasileiro tenha produtividade.

    O outro ponto dessa bandeira, ainda na economia, é a abertura internacional. Acabou-se o tempo em que nós, nacionalistas - o que me considero - podíamos ser isolacionistas. Nacionalismo era você se fechar. Não! Nacionalismo, hoje, é ter a força suficiente para se abrir sem medo e para conviver internacionalmente, com força. A força que vem também do saber, a força que vem do conhecimento de produzir as coisas de que a sociedade precisa lá fora.

    Nós precisamos, por isso, de algo fundamental na bandeira da economia do futuro: inovação. Somos um país paupérrimo em inovação - paupérrimo em inovação.

    No Brasil hoje, pode-se dizer, qualquer produto que a gente vê por aí - estes aqui, este aqui, em tudo isto - a gente pode escrever: "Produzido no Brasil". Como se registra em todos os lugares do mundo: Made in Brazil. Mas não se pode colocar, Senador Dario: Created in Brazil, porque não são criados no Brasil.

    Aliás, nem isto aqui foi criado no Brasil, porque isto aqui tem mais de mil anos, talvez: a ideia do copo. Isto aqui foi fabricado, provavelmente, no Brasil, mas as invenções, aqui dentro, vieram de fora. Os remédios que nós tomamos são fabricados, hoje, em laboratórios brasileiros, mas é a mistura das fórmulas que vêm de fora. Dos equipamentos médicos que nós usamos raros são criados no Brasil, raríssimos, como as canetas que o senhor está usando.

    O Brasil é um País paupérrimo em inovação. E o que acontece? O que tem valor hoje é a inovação. O que tem valor hoje não é mais a produção. O que tem valor é inventar o produto e que outro o produza. Quando se produz um celular no Brasil - e há produção de celular no Brasil - o lucro vai para quem o inventou.

    Senador Hélio, quando o senhor toma o seu remédio para diabetes - não é isso? - o senhor está enriquecendo algum suíço, mesmo que o laboratório que o fabricou seja brasileiro, isso porque é a fórmula que dá o dinheiro. Isso vale para todos os equipamentos que nós usamos. A engenharia vem de fora. A mão é daqui; o cérebro, lá de fora.

    Por isso, uma economia do futuro - e eu quero carregar a bandeira - tem que ter a inovação como objetivo. E aí há que se mudar algumas coisas. Por exemplo, não faz sentido o BNDES ser um banco que financia, às vezes, a fusão de empresas que já existem. O BNDES tem que financiar inovação. À indústria que quiser inovar o BNDES dá o dinheiro. A indústria que quiser produzir coisas antigas que procure no mercado privado.

    Pouca gente sabe, mas a empresa que produzia esse telefonezinho, que foi o primeiro a pegar no mundo, se não me engano, o Nokia, produzia papel higiênico, madeira. Quiseram o dinheiro para isso, mas o governo não deu. Disseram: "Vamos dar o dinheiro para que se fabrique algo novo". Aí, eles bolaram a ideia do telefone celular, que estava começando. O BNDES da Coreia só financia produtos de alta tecnologia, e nós não fazemos isso.

    Finalmente, nessa ideia da bandeira da economia que tem um PIB bonito, que se distribua, que não polua, de alta tecnologia, inovando e com alta produtividade, é preciso haver um sistema nacional do conhecimento e da tecnologia.

    Eu disse que não ia falar de educação, a bandeira da educação talvez seja a última neste ciclo que eu quero fazer aqui, mas ela vai entrar em todos os lugares, porque está por traz de tudo que for moderno, de tudo que for novo, de tudo que for futuro.

    Um sistema nacional de ciência e tecnologia vai exigir centros de pesquisa; vai exigir o envolvimento dos empresários na inovação; vai exigir que o sistema nacional de financiamento de empreendimentos cuide da inovação; vai exigir, portanto, universidades com qualidade, convivendo com o setor privado, e não isoladas; vai exigir, portanto, um bom sistema de educação, de ensino médio na área da produção, na área técnica. Portanto, isso vai exigir um ensino médio de qualidade, um ensino fundamental de qualidade e cuidar dos cérebros, desde pequeninos, para que não apenas o Aedes aegypti transmita a microcefalia, mas que também não a falta de educação produza uma espécie de microcefalia.

    Há duas microcefalias: a microcefalia biológica, do cérebro pequeno, e a microcefalia do cérebro grande, mas sem conhecimento em quantidade, por falta de educação. Da mesma forma que eu tenho também falta de músculos, por falta de exercícios, provavelmente, alguns têm falta de conhecimento, por falta de educação. Não sei como é que diria: "micromúsculo", temos "micromusculatura", por falta de exercícios. E existe microcefalia por falta de exercício intelectual.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/PMDB - SC) - Senador Cristovam.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Pois bem, só para fechar aqui e passar a palavra.

    Então, eu gostaria de usar as próximas sessões para discutir bandeiras que a gente precisa carregar. Eu comecei pela bandeira da economia, mas espero trazer aqui as outras bandeiras também, que eu penso que são fundamentais para um futuro que o Brasil precisa ter.

    Terminaria aqui, Senador, mas eu passo a palavra ao Presidente, Senador Dário, que pediu a palavra, e ao Senador Hélio.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/PMDB - SC) - Eu não tive a oportunidade de ontem apartear V. Exª, que foi uma unanimidade nesta Casa. V. Exª abordou, de forma sensata, objetiva - como sempre faz - e muito inteligente, a maneira como acabou se desligando do seu ex-partido e ingressando em outro partido. Queria ter eu o dom da palavra para expressar com exatidão a grandeza que, naquele momento e neste, seu discurso representa para todos nós e para o Brasil inteiro. Entretanto, permita-me dirigir a V. Exª para dar a impressão que tenho de V. Exª. V. Exª me parece um homem simples, agradável, humilde, humano, enfim, um grande homem. E grande é aquele que enxerga o futuro respeitando as pessoas.

(Soa a campainha.)

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/PMDB - SC) - Essa que é a grande verdade. E V. Exª reúne esses requisitos todos, o que engrandece sobremaneira o Parlamento brasileiro e, sobretudo, o Senado Federal, a Casa moderadora, a Casa mais alta do Legislativo brasileiro. Quero desejar a V. Exª paz de espírito, serenidade, equilíbrio - o que não lhe falta - para que enfrente este recomeço. E quero ainda dizer que, enquanto existirem pessoas como V. Exª, que é uma pessoa que estende a mão com prazer e com alegria, que dá um abraço apertado, que tem um sorriso no rosto, enquanto V. Exª mantiver suas ideias e seus ideais e, sobretudo, suas bandeiras, sempre haverá um tempo para recomeçar.

(Soa a campainha.)

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/PMDB - SC) - V. Exª é um homem experiente, mas com ideias inovadoras, novíssimas, um homem por quem tenho muita admiração, depois de conviver esse período com V. Exª. Ouço seus pronunciamentos sempre que tenho oportunidade e neles tenho me inspirado, inclusive, para consolidar a minha posição de que a educação é o início, o meio e o fim, não só do Brasil, mas de todas as civilizações. Parabéns a V. Exª.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Muito obrigado, Senador.

    Senador Hélio, V. Exª havia pedido um aparte.

    O Sr. Hélio José (Bloco Maioria/PMB - DF) - Senador Cristovam, faço das palavras do Senador Dário as minhas também, corroboro com tudo que S. Exª disse. Como eu já falei ontem aqui, V. Exª é um líder nosso aqui no Distrito Federal, pela inteligência, pela sabedoria, pela maneira como encaminha as questões. Deixou um legado muito grande quando foi governador desta cidade, todos se lembram. Hoje, V. Exª vem aqui para discorrer sobre as bandeiras que o levaram a este novo caminho, o que demonstra que está bem intencionado e que quer o melhor para o Brasil. As bandeiras que V. Exª aqui externou são fundamentais. Essa questão da diferença entre o PIB grande e o PIB bonito é tudo.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Muito obrigado.

    O Sr. Hélio José (Bloco Maioria/PMB - DF) - O que adianta o PIB grandão e essa confusão que nós conhecemos lá no Oriente?

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Exatamente.

    O Sr. Hélio José (Bloco Maioria/PMB - DF) - Não adianta o povo viver daquela forma. Com relação ao nosso País, se nós conseguirmos fazer um PIB bonito, como V. Exª falou, já seremos vencedores. E alcançaremos esse PIB bonito com o desenvolvimento tecnológico, como o senhor bem relatou aqui. Necessitamos de evolução tecnológica e de educação. V. Exª tem cem por cento de razão. Quero apenas fazer esta pequena intervenção. Não a fiz antes porque o discurso estava tão bom, tão concatenado, que não faria sentido algum de nós interromper, estragar o discurso de V. Exª. Então, quero parabenizá-lo e dizer que é essa linha mesmo. O senhor está de parabéns. E sucesso na nova empreitada.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Muito obrigado, Senador.

    E eu quero lhe fazer um pedido e um convite: no dia em que eu vier aqui falar sobre a bandeira da energia, eu gostaria muito de ter a sua presença.

    O Sr. Hélio José (Bloco Maioria/PMB - DF) - Com certeza.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - O senhor é um dos que carrega aqui a formulação de uma proposta que mude o perfil da energia no Brasil.

    Srs. Senadores, muito obrigado! Fico satisfeito de estar terminando com a presença do meu querido amigo e Líder Acir Gurgacz.

    O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. Bloco Apoio Governo/PDT - RO) - Meus cumprimentos, Senador Cristovam, pelo seu pronunciamento. E continuemos a nossa luta em favor da educação e das pessoas que mais precisam da ação do governo, sejam governos estaduais, municipais ou do Governo Federal.

    A população não faz essa diferenciação, se o buraco na sua rua ou a falta de educação pública é uma responsabilidade do Município, do Estado ou da União; eles querem que haja uma ação política, e nós devemos e vamos continuar trabalhando para que possamos levar uma qualidade de vida melhor à população brasileira.

    Meus cumprimentos pelo seu pronunciamento.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Obrigado, Senador.

(Durante o discurso do Sr. Cristovam Buarque, o Sr. Dário Berger deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Acir Gurgacz.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/02/2016 - Página 47