Discurso durante a 59ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações acerca da eleição presidencial francesa, com destaque para tendências que podem nortear mudanças no sistema político brasileiro.

Autor
Cristovam Buarque (PPS - CIDADANIA/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SISTEMA POLITICO:
  • Considerações acerca da eleição presidencial francesa, com destaque para tendências que podem nortear mudanças no sistema político brasileiro.
Aparteantes
Alvaro Dias, Ana Amélia, José Medeiros.
Publicação
Publicação no DSF de 09/05/2017 - Página 53
Assunto
Outros > SISTEMA POLITICO
Indexação
  • ANALISE, ELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LOCAL, PAIS ESTRANGEIRO, FRANÇA, CORRELAÇÃO, POLITICA NACIONAL, REVISÃO, ESTRUTURA, FUNÇÃO, PARTIDO POLITICO, MOTIVO, CRISE, AUSENCIA, REPRESENTAÇÃO, CLASSE POLITICA, NECESSIDADE, ALTERAÇÃO, POLITICA, IMIGRAÇÃO, GLOBALIZAÇÃO, POLITICA FISCAL, POLITICA ADUANEIRA, DEFESA, REFORMA POLITICA.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Senadora Gleisi, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, venho falar de um assunto que tem tudo a ver com o Brasil, embora tenha acontecido ontem, longe daqui, na França. Tem tudo a ver com o Brasil e com os próximos anos no nosso País.

    Ontem o que a gente viu, o mundo inteiro acompanhou, foi a eleição de um novo presidente na França. Isso tem tudo a ver com o Brasil e com o mundo, pela maneira como esse jovem político chegou ao poder na França. Ele chegou representando duas coisas, dois fatos: primeiro, que é uma realidade, os partidos não representam mais a maneira única, e eu diria principal, de fazer política. Ele, para ser candidato, deixou o partido ao qual pertencia. Para ser candidato, fundou em uma espécie de partido que na verdade é um movimento, é uma plataforma pela França, não um partido. É uma coisa quase provisória e de movimento, não de organização partidária. Essa é a primeira coisa.

    Isso reflete o que vem acontecendo no mundo, especialmente o que aconteceu, por exemplo, nos Estados Unidos, com o atual Presidente. Ele ficou no partido, mas desprezou o partido. Ele usou o partido como uma plataforma, da mesma maneira que, na França, foi preciso criar a plataforma. Ele passou por cima do seu partido, dos dirigentes do partido. É como se ele tivesse criado um outro, e não como se ele tivesse feito parte do partido. Este é o primeiro fato: os partidos não estão representando hoje a maneira que o povo melhor entende para fazer política. Mas outra coisa fundamental que vimos ontem na França foi que a saída para essa crise dos partidos não é retrocesso, é avanço.

    Nos Estados Unidos, foi um radical retrocesso o que se fez. Recusou-se a forma tradicional da política, foi trazida uma pessoa de fora, e essa pessoa de fora faz um governo diferente, voltando ao passado. Voltando ao passado, por exemplo, ao protecionismo, voltando ao passado, à irresponsabilidade fiscal, voltando ao passado, desprezando o meio ambiente, voltando ao passado, desprezando conquistas trabalhistas ao longo dos anos.

    Ontem, a eleição na França mostrou que é uma realidade a crise das instituições e das organizações partidárias tradicionais, mas mostrou que é possível uma saída avançando e não regredindo.

    Esses foram dois fatos importantes que aconteceram ontem e que podem nos servir de lição, porque, aqui, o que nós vemos são propostas que têm a ver com os partidos tradicionais, e aí ponho diversos, ou todos, se quiserem. São partidos tradicionais, todos eles em crise profunda diante da opinião pública. Quando digo todos, eu incluo o meu. E propostas críticas a isso, mas olhando para o passado, não para o futuro. São propostas absurdas, como, por exemplo, de autoritarismo. E tem candidato bem nas pesquisas, defendendo a volta ao autoritarismo, elogiando torturadores. Não tem pior volta ao passado do que essa. E outros que não defendem essa volta ao autoritarismo, mas defendem a volta a uma maneira de fazer economia que não é mais possível nos tempos de hoje.

    Não é mais possível continuar imaginando a economia baseada no isolamento nacional. Não dá mais. Acabou. Não tem como. É um retrocesso que vai custar muito ao povo e ao mundo, no caso de países importantes como os Estados Unidos. Não dá mais para voltar ao passado e fazer economia defendendo protecionismo a setores ineficientes, como nós nos acostumamos. E quando eu chamo setores, eu incluo os agentes econômicos também. Não dá mais para fazer economia protegendo agentes e setores ineficientes, como fizemos ao longo do tempo.

    Não dá mais para fazer política voltando ao passado e protegendo cada fronteira contra imigrantes. Não dá mais; o mundo ficou global. Nós vamos ter que conviver com eles, tomando as proteções que forem necessárias, mas não barrando da maneira como tentam fazer na Europa e como já há candidatos no Brasil falando.

    Não temos como barrar importações a partir de artifícios que emperram a economia. Nós temos é que desamarrar a economia brasileira e não a amarrar ainda mais.

    Não há como voltar ao passado, defendendo, Senadora Ana Amélia, a irresponsabilidade fiscal, o aumento dos gastos públicos além do que é possível. Não há como voltar ao passado sem respeitar formas de austeridade no uso dos recursos, sejam financeiros, sejam ecológicos. Pois bem. Diante de nós, pelo que se vê aí, o debate é entre ficar nesses partidos que não estão satisfazendo o eleitor ou voltar ao passado, seja o passado – eu não vou fulanizar – de candidatos que falam em autoritarismo, seja o de candidato que falam como se estivessem nos anos 50, pré-globalização, pré-esgotamento fiscal do Estado, pré-crise ecológica, pré-abertura comercial – os candidatos dos anos 50 que, se vocês prestarem atenção, vão ver quais são.

    Pois bem. Nós precisamos aprender um pouco com o que aconteceu ontem na França. É possível haver plataformas dentro de um partido, como fez o Trump, ou até fora de um partido, Senador Alvaro. É possível haver plataformas que joguem lá para frente uma proposta diferente. E é possível uma proposta surgir olhando para frente. O presente não está permitindo saída, mas a saída não está no passado. É aí que é o desafio da gente: como, num presente que não mostra saídas, encontrarmos uma saída para o futuro e não para o passado.

    E eu creio que para algumas coisas nós podemos saber por onde ir.

    Primeiro, é que temos que ter regras éticas sob as quais fique o capitalismo, porque vai ser o capitalismo por muito tempo ainda como o regime do sistema econômico que vai funcionar. Vai ser; não adianta voltar ao passado nas ideias, quando havia, sim, alternativas ao capitalismo. Hoje, nas ideias, não existe; na realidade, pode ser que esteja nos subterrâneos sendo construída por algum filósofo; não por nós, políticos. Mas tem que haver algumas regras éticas. Regra ética de que não vai ser permitido ganhar muito dinheiro com droga – isso é crime – de que não vai ser possível trabalho escravo, e nem mesmo escravo disfarçado, como tem gente querendo propor; a regra ética do respeito à decência, à dignidade do trabalho.

    Agora definida essas regras éticas, o futuro vai exigir liberdade para que a economia funcione desamarrada e não nas amarras que ela hoje tem. Só desamarrando a economia debaixo de regras éticas, mas não de regras econômicas definidas pelo Estado, só a desamarrando é que nós vamos poder trazer para o Brasil os nossos imigrantes, os jovens. Cada jovem brasileiro hoje é um imigrante querendo entrar no futuro. Ele está proibido pelas amarras que aí estão. Ele está proibido de ter uma previdência, porque, do jeito que a Previdência está aí, não vai se manter para pagar a aposentadoria deles quando eles estiverem na idade. Eles não vão poder funcionar bem nas relações capital/trabalho nesse novo mundo da robótica, nesse novo mundo da informática; não vão com as leis trabalhistas mais velhas que eu. Eu não sou um garoto, eu não sou um jovem, mas as leis trabalhistas são anteriores ao meu nascimento. Não dá para nós permitirmos que os jovens entrem no Brasil que nós desejamos, o do futuro, na maneira como essas leis trabalhistas aí estão.

    Os nossos jovens são os nossos imigrantes. Há um mediterrâneo separando o futuro do passado. E os jovens não querem o passado porque eles não são do passado; eles querem entrar no futuro. A gente precisa incorporar os jovens. Para esses jovens serem incorporados, é preciso que a economia seja desamarrada. E, com a economia desamarrada – aí vem a diferença de alguns de nós para outros –, com a economia eficiente, temos os recursos para investir corretamente no social, para garantir bolsas àqueles que não são capazes de serem incorporados agora – vamos ter que esperar muitos anos para incorporar toda a população –, para investir radicalmente na educação, mas com responsabilidade, não jogando dinheiro fora, porque hoje a gente gasta menos do que deveria, mas poderia ter muito melhor escola do que tem com o que gasta. Poderia ser muito melhor com o que a gente gasta hoje; nós gastamos pouco e desperdiçamos.

    É preciso, portanto, uma economia desamarrada, contemporânea, que funcione dentro do mundo real do século XXI, e não nesse mundo ideal dos anos 50, que servia naquela época. É preciso que isso gere eficiência para termos os recursos e investir no social, Senador Medeiros, e, aí sim, através disso, atender aos nossos imigrantes, que são os jovens, que estão na porta, querendo entrar, impedidos de entrar, porque nós não estamos dando as condições para eles.

    Essas são as duas lições – vou passar ao aparte da Senadora Ana Amélia – que eu senti ontem ao ver o resultado nas eleições francesas. Um Presidente eleito contra tudo que é tradicional, mas que não caiu na tentação de se eleger pelo populismo, pelo protecionismo, pelo isolacionismo, pelo passadismo. Ele rompeu com o tradicional, propondo na frente, olhando à frente.

    Pode ser algo da geração dele – não tem nem 40 anos ainda –, mas eu acho que a juventude das ideias não depende da juventude biológica; depende de você estar sintonizado com o que alguns chamavam de espírito do tempo, para onde vai o mundo, e nós sermos capazes, como políticos, de ajustarmos as realidades das legislações para que as coisas caminhem nessa direção; e não indo para trás, como muitos defendem, seja no autorismo na política, seja no protecionismo, estatismo, desperdício, controlismo na economia.

    Essas eram as duas lições que eu queria compartir hoje, Srª Presidente, mas eu acho que será melhor se pudermos debater, aproveitando o aparte da Senadora Ana Amélia e o do Senador José Medeiros.

    Senadora Ana Amélia.

    A Srª Ana Amélia (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) – Senador Cristovam Buarque, é tão bom o frescor trazido por esse debate, que coloca um ar novo, neste plenário, em torno de um fato extremamente didático e relevante, que foi o resultado da eleição da França. Na era da revolução tecnológica que nós estamos vivendo hoje, é triste constatar isto que V. Exª acabou de constatar: há gente que quer voltar 50 anos, voltar ao passado, quando o futuro está exigindo de nós maior adaptação e maior preparo à revolução tecnológica. Se não estivermos preparados para essa revolução tecnológica, seremos tragados por ela, porque ela é inexorável. O resultado da eleição, como avaliou muito bem V. Exª, traz também uma outra lição: a lição de que o pragmatismo, a racionalidade e a realidade venceram a ideologia. E os franceses tiveram, com esse resultado, a demonstração clara de que sabiam o que estavam escolhendo, ao tomarem o lado do que era melhor para o país, de um Ministro da Fazenda, de um Ministro de Economia. Aquilo que, hoje, no mundo todo, está se revelando o sucesso dos chamados candidatos outsiders, daqueles que não estão vinculados a sistemas arraigados do tradicionalismo político – alguns de muito atraso ideológico ou programático ou de governo –, foi também, sob esse aspecto, uma revelação de que o eleitor também quer novidade. O candidato de fora do sistema está tendo muito sucesso não apenas na França, mas também em outros países, como nós já vimos – alguns não tão bem-sucedidos, como é o caso francês. Então, quero cumprimentá-lo exatamente por ter trazido esse debate, nesta tarde, ao plenário, para demonstrar que nós precisamos olhar para frente e não para o passado, no retrovisor. Este País não vai sair da oitava economia do mundo, vai descer na classificação e vai piorar, se nós não estivermos adaptados e ajustados a essa nova exigência de uma economia globalizada. Então, parabéns, Senador Cristovam, pela lucidez que o senhor traz a esse debate.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - DF) – Obrigado, Senadora.

    Um pequeno comentário sobre a diferença que a senhora coloca entre a ideologia e a racionalidade. Vamos pegar um aspecto: qual moeda os franceses escolheram ontem, ideologicamente? Seria natural que quisessem o velho franco, uma moeda própria, em que, no lado de trás, apareceria a efígie de algum francês, com a cara da França, e que os governos pudessem manipular, aumentando a quantidade de moeda em circulação para financiar os gastos exagerados que, provavelmente, a candidata que perdeu defendia. Seria o franco – a moeda deles –, para poder gastar mais, ou o euro.

    O euro é uma maneira de teto dos gastos, como nós votamos aqui. O euro é uma espécie de, como antigamente se usava, padrão ouro, que realmente ficou superado. Mas o euro é você dizer: a moeda não é minha, a moeda é da Europa inteira. O Banco Central não é meu; é tão independente o Banco Central que não é do País, é uma instituição internacional. Ou seja, o povo francês optou ontem para a realidade fiscal, para gastar o que for possível, sem fabricar moeda, dentro dos limites do Banco Central Europeu.

    Essa foi uma opção racional – sofredora talvez –, sem ilusões, realista. E é importante que tenha havido isso.

    Senador Medeiros.

    O Sr. José Medeiros (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – Senador Cristovam, como V. Exª engrandece esta Casa e a discussão política do Brasil. Eu não tenho dúvida de que a história lhe reservará um canto na galeria dos maiores, porque V. Exª consegue ter um discurso honesto intelectualmente, sem ser fraudulento com as mentes que assistem a V. Exª, passa a ideia realmente do que V. Exª pensa. É de uma clareza, de uma transparência. Eu não tenho dúvida de que quem pretende entrar para a política tinha que assistir a alguns discursos de V. Exª. Há tempos que V. Exª vem tocando nesse assunto; desde antes dessa discussão, antes do impeachment, antes dessa crise total se estabelecer, que V. Exª vem avisando. Na década de 80, já falava sobre o perigo de a gente não investir na educação. De forma que as coisas não aconteceram, mas V. Exª continua como pingo d'água, avisando, e hoje nos traz aqui esse discurso maravilhoso, numa segunda-feira, mostrando como a gente pode fazer debate de alto nível no Senado. Eu diria que, se fosse para comparar, no reino animal, V. Exª seria uma águia; consegue enxergar atrás dos montes. Enquanto muitos gostam de chafurdar na lama, V. Exª gosta de olhar por trás dos montes. Muito obrigado pelo aparte.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - DF) – Eu que tenho que agradecer sua generosidade, Senador Medeiros.

    Passo a palavra ao Senador Alvaro. Confesso que não tinha visto que V. Exª queria um aparte, porque o microfone está escondido na cor do seu terno, não dava para ver que o microfone estava levantado.

    O Sr. Alvaro Dias (Bloco Social Democrata/PV - PR) – Obrigado, Senador Cristovam. V. Exª, mais uma vez, faz a leitura correta. Sempre nós nos debatemos com esta angústia: a necessidade de fazer a leitura correta do que se passa na cabeça do povo do nosso País. Da mesma forma que V. Exª faz essa leitura agora, esse líder francês que assumirá a Presidência do seu país fez a leitura correta. Ele poderia ter sido candidato pelo Partido Socialista. O seu partido verificou que ele não teria condições de fazer com que a população ouvisse a voz do seu partido, por isso buscou fazer a leitura do que ocorria na Europa. E verificou o surgimento de movimentos como o Podemos, na Espanha, e o Movimento 5 Estrelas, na Itália. E caminhou esse caminho da inovação; sobretudo, estabeleceu algo que considero fundamental: um caminho para adiante, para o futuro – como prega, neste momento, V. Exª –, acabando com essa dicotomia entre esquerda e direita. Até porque nós encontramos virtudes na esquerda e virtudes na direita, encontramos defeitos de um lado e do outro, e é preciso somar as virtudes dos dois lados e caminhar adiante, caminhar para a frente. Foi essa a pregação daquele que obteve a consagração popular na França neste momento. Creio que devemos olhar para lá, aprender. Certamente, é um ensinamento que não pode ser ignorado por todos nós do Brasil, que também estamos aflitos buscando alternativas de futuro, buscando construir uma ponte que possa nos levar desse estágio de descrença generalizada para um tempo novo de confiabilidade nas instituições. E V. Exª é um leitor competente, faz a leitura com correção e inteligência. Os nossos parabéns a V. Exª! Temos que ouvi-lo mais.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - DF) – Muito obrigado, Senador.

    Só para concluir, Senadora Presidente. É um simples comentário.

    De fato, nós estamos superados pela realidade quando não nos adaptamos com lucidez, com perspicácia, olhando lá na frente. Lamentavelmente, os partidos hoje – e aparentemente esse é um fenômeno mundial, aconteceu na Espanha, acontece na França, aconteceu na Itália, aconteceu menos em Portugal, acontece nos Estados Unidos, embora por dentro – estão sendo superados. E, quando eles são superados, a população, o povo se encarrega de buscar, de onde vierem, alternativas.

    Na França, um jovem político que soube criar sua plataforma com ideias e com meios; meios, usando os novos veículos de comunicação que aí estão disponíveis; e ideias, sendo capaz de dizer que não dá mais para ficar com o tradicionalismo na política, mas não dá para colocar como superação do atraso da realidade dos partidos de hoje um passo atrás. Não! Vamos olhar à frente.

    Este é o desafio que nós temos aqui: como sair do tradicionalismo em que ninguém mais acredita, indo para a frente e não voltando? Seja o autoritarismo...

(Soa a campainha.)

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - DF) – ... que um candidato à presidente do Brasil já defende, sejam as políticas econômicas absolutamente superadas e irresponsáveis que alguns outros estão defendendo.

    Era isso, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/05/2017 - Página 53