Fala da Presidência durante a 113ª Sessão Especial, no Senado Federal

Encerramento da Sessão Especial destinada a comemorar os 110 anos do início da imigração japonesa no Brasil.

Autor
Hélio José (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/DF)
Nome completo: Hélio José da Silva Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Encerramento da Sessão Especial destinada a comemorar os 110 anos do início da imigração japonesa no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 28/08/2018 - Página 25
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • ENCERRAMENTO, SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, INICIO, IMIGRAÇÃO, ORIGEM, PAIS ESTRANGEIRO, JAPÃO, DESTINO, BRASIL.

    O SR. PRESIDENTE (Hélio José. Bloco Maioria/PROS - DF) – O Umeda e o Kanegae são dois exemplos da integração Brasil-Japão. O Kanegae teve que ir, porque ele é o administrador de uma cidade, mas, com certeza, filho do nosso primeiro... Primeiro filho aqui de Brasília. O pai dele é uma pessoa muito bacana.

    Cento e dez anos de imigração japonesa no Brasil.

    Poucos anos depois de o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação firmado entre o Brasil e o Japão ser aprovado pelo Congresso Nacional, chegaram, em 1908, os primeiros imigrantes japoneses. Foram 781 pessoas cheias de esperança e fé em um futuro que não imaginavam ser tão difícil e árduo.

    Deste outro lado do mundo, conheceram a dor da saudade e sofreram para se adaptar a uma terra onde não encontraram seus alimentos e sua cultura. Uma terra bruta e hostil, mas que dominaram nas gerações seguintes e ajudaram a transformar em uma terra de convívio de povos, os mais diversos, e etnias, as mais diferentes. Ensinaram mais do que aprenderam. Com certeza os ensinamentos japoneses foram muito grandes.

    A homenagem que o Senado Federal presta aos imigrantes japoneses se estende a todo o povo daquele país do sol nascente. Devemos muito aos japoneses e aos seus descendentes.

    Nesses 110 anos, aprendemos a respeitá-los, e agora não se veem diferenças. Estão fortemente presentes em São Paulo, no Paraná e em Mato Grosso do Sul – também aqui em Brasília –, mas também encontramos seus descendentes em todos os Estados, desde o Pará até o Rio Grande do Sul, contribuindo para o desenvolvimento do País. Não à toa em São Paulo, onde mais se encontram, chama-se Liberdade o grande bairro habitado pelos japoneses. Um dos dons mais caros e preciosos para humanidade: a liberdade.

    Os debates havidos no Senado Federal desde 1896 sobre a imigração japonesa hoje não mais se dão com caráter de distinção; somos todos brasileiros e comemoramos 110 anos de vida em comum com a comunidade japonesa. Que Deus ilumine! (Palmas.)

    Eu quero agradecer, em nome do Senado Federal, as palavras dos oradores.

    Antes de encerrar os trabalhos desta manhã, eu gostaria de convidar os presentes para a inauguração da exposição de documentos históricos sobre a imigração japonesa no Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima. O espaço é aqui embaixo, é só me seguir.

    Antes disso, eu queria fazer uma homenagem ao nosso nobre Mestre Woo. O Mestre Woo está aqui presente ainda? (Pausa.)

    Mestre Woo, uma salva de palmas ao senhor! (Palmas.)

    O senhor, todos os dias, ensina, na prática do tai chi chuan, a paz, a vida fraterna; ensina para as pessoas o tanto que é importante o entrelaçamento cultural entre os povos. Muito obrigado ao senhor. Ali, na Asa Norte, toda manhã, está lá o Mestre Woo dando força e fazendo a nossa integração. Não é, Sato? É uma pessoa a quem nós só temos a agradecer.

    Ali, na exposição no Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima, serão expostos documentos do Arquivo S: o Senado na História do Brasil, um trabalho conjunto de pesquisa da SGIDOC (Secretaria de Gestão de Informação e Documentação do Senado Federal) e a Comunicação Social. Os documentos expostos estão sob a guarda do Arquivo da Biblioteca do Senado Federal. Os pesquisadores reuniram registros de mais de um século de informações históricas sobre a imigração japonesa, no Congresso Nacional. Estarão na exposição ainda telas originais de Tomie Ohtake, que fazem parte do acervo de obras de arte do Senado Federal. Não deixem, pois, de prestigiar a exposição.

    O Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima está localizado no corredor que dá acesso ao Anexo I do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Para quem não sabe, o Anexo I é aquele prédio do Senado Federal das duas torres – nos prédios, para lá é Câmara dos Deputados, para cá é Senado Federal. Encontramo-nos ali dentro de alguns minutos para descerrar, com a proteção divina do meu amigo, do meu monge querido, o Dr. Sato, a placa dessa exposição tão importante.

    Agradeço a presença de todos nesta importante sessão.

    Está encerrada esta sessão.

    Muito obrigado a todos os servidores do Senado Federal, muito obrigado a todos desta Casa. Vamos à luta! Que Deus nos proteja e nos encaminhe para os melhores caminhos pela paz do Senhor. Muito obrigado. Que Deus nos abençoe. (Palmas.)

(Levanta-se a sessão às 13 horas e 27 minutos.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/08/2018 - Página 25