Discurso durante a 124ª Sessão Especial, no Senado Federal

Registro do discurso de posse como Senador em Sessão Especial destinda a prestação do compromisso regimental e posse do Sr. José Wilson Siqueira Campos, primeiro Suplente do Senador Eduardo Gomes.

Registro sobre a necessidade de criação de mais Estados Federados e comentário sobre a importância da economia de mercado e do combate à corrupção.

Autor
Siqueira Campos (DEM - Democratas/TO)
Nome completo: Jose Wilson Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO:
  • Registro do discurso de posse como Senador em Sessão Especial destinda a prestação do compromisso regimental e posse do Sr. José Wilson Siqueira Campos, primeiro Suplente do Senador Eduardo Gomes.
CONSTITUIÇÃO:
  • Registro sobre a necessidade de criação de mais Estados Federados e comentário sobre a importância da economia de mercado e do combate à corrupção.
Publicação
Publicação no DSF de 17/07/2019 - Página 14
Assuntos
Outros > SENADO
Outros > CONSTITUIÇÃO
Indexação
  • REGISTRO, DISCURSO, POSSE, SENADOR.
  • REGISTRO, NECESSIDADE, CRIAÇÃO, ESTADOS, COMENTARIO, ECONOMIA, LIBERDADE, COMBATE, CORRUPÇÃO.
  • SESSÃO ESPECIAL, APRESENTAÇÃO, COMPROMISSO, REGIMENTO INTERNO, GUARDA, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, LEIS, MOTIVO, POSSE, ORADOR, SUPLENTE, MANDATO, SENADOR, REPRESENTAÇÃO, ESTADO DO TOCANTINS (TO), SUBSTITUIÇÃO, EDUARDO GOMES, CIRCUNSTANCIAS, SECRETARIO DE ESTADO, REGISTRO, NOME, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, FILIAÇÃO PARTIDARIA.

    O SR. SIQUEIRA CAMPOS (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - TO. Para discursar.) – Sr. Presidente Davi Alcolumbre, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, eminentes amigos que comparecem a esta sessão, em que, sumamente honrado, tomo posse como Senador da República, suplente que sou do Senador Eduardo Gomes, a vinda aqui era exatamente para preencher um claro, porque, muitas vezes, desejavam que eu fosse Senador, e eu dizia: "Bom, minha carreira política está encerrada. Agora eu sou um velho que vai cuidar da família, dos netos e das pessoas que precisam de mim, pessoas pobres principalmente, e vou me dedicar às causas do Estado". Eu seria movido, com imensa alegria, se me acionassem, como me acionaram várias vezes, para me dedicar às causas do Estado, defender os interesses do Estado e os interesses do Brasil.

    Aqui estou, Sr. Presidente, com o jovem Governador do nosso Estado, com o ainda jovem Governador do Distrito Federal, com o ex-Governador Gaguim e com a grande Prefeita de Palmas, uma pessoa extraordinária, que merece todo o nosso apoio pela dedicação com que está se empenhando no cargo. Todos... Permitam-me que não faça a citação de todos, porque infelizmente, afastado do mundo político, eu não conheço, nem me lembro sempre daqueles que estão mais próximos e que participaram de lutas maravilhosas que defendi na vida. Junto comigo, nós fomos defender o Brasil, defender as diversas regiões, os diversos Estados da Federação e os interesses do nosso povo.

    Perdoem-me, eu estou emocionado pelo discurso de todos, particularmente, me permitam, do meu filho Eduardo Siqueira Campos. (Palmas.)

    Eduardo pertenceu a esta Casa, foi seu 2º Vice-Presidente, ocupou outros postos e saiu daqui com o nome limpo. Esteve na área nacional, integrando um dos maiores Poderes, o Senado Federal é um dos maiores Poderes: o Senado, a Câmara e o Executivo. E, graças a Deus, vive tranquilo, sem peso na consciência e com a satisfação de ter servido ao Brasil, ao Tocantins e ao Brasil.

    Aqui há muitas pessoas queridas minhas que vieram, sacrificadamente, para ver esta posse. Um representante daquela figura querida que foi o primeiro Prefeito de Palmas, Fenelon Barbosa, e, representando também D. Maria Rosa, a saudosa D. Maria Rosa, que faleceu, mas trabalhou tanto por Palmas, está essa jovem figura, Wanderlei Barbosa. Agradeço muito a presença dele aqui e a presença de todos, Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, piauiense.

    São esses que vieram de toda parte para construir Palmas, para construir Brasília. Nós nos integramos aqui nessa luta, porque aquilo que o Juscelino veio e fez, com tanta determinação, nós seguimos. E, hoje, o Brasil é outro, quando Brasília é a sua capital. É muito mais importante, porque está quase no centro, e eu digo, Presidente, quase do centro, porque no marco zero do centro geodésico do Brasil está construído o Palácio do Governo do Estado do Tocantins. Lá é o marco zero. (Palmas.)

    Senador Lasier Martins; Senador Izalci Lucas, meu velho amigo de tantas lutas juntos; Senador Alvaro Dias, admirável Líder, com quem tive a honra de conviver; Senador Jorge Kajuru; Senador Styvenson Valentim; Senador Wellington Fagundes; Senador Eduardo Girão; Senador Pacheco; Senador Acir Gurgacz; Senador Elmano Férrer; empresário e ex-Senador José João Stival; Desembargador do Distrito Federal, que honrou a magistratura tocantinense como um juiz importante, importante e digno, que só deixou motivos, razões e fatos que fazem com que todos nós sempre o elogiemos em toda parte, um homem limpo, digno, um grande magistrado, nosso muito bom e querido empresário Sérgio Xavier Souza Rocha; ex-Governador Raimundo Boi... Imaginem, Raimundo Boi é médico, é isso, é aquilo. Se disser para ele usar o nome dele mesmo, o sobrenome, ele só assina o sobrenome dele nos documentos e tal, porque não é possível assinar nos documentos Raimundo Boi. (Risos.)

    Mas ele não larga o Raimundo Boi de jeito nenhum. (Palmas.)

    De jeito nenhum. Eu acho é que ele tem muita namorada e muitas admiradoras e admiradores pelo Tocantins inteiro, e é por isso que ele não larga. Minha Prefeita Cinthia Ribeiro, fico tão feliz e surpreso com a sua presença, muito surpreso; Presidente do Tribunal do Tocantins, Desembargador, um grande desembargador, grande juiz, grande magistrado, Helvécio de Brito Maia Neto; Procurador-Geral de Justiça, Dr. José Omar, uma grande figura, um destacado líder dessa área; Conselheiro do Tribunal de Contas do Tocantins, Presidente Severiano Costa Andrade; Conselheiro Wagner Praxedes; Conselheiro Manoel Pires; Deputado Federal Carlos Gaguim; Deputada Federal Professora Dorinha; Deputado Federal Tiago Dimas; Comandante-Geral da Polícia Militar do Tocantins, Cel. Jaizon Veras; Prefeito de Colinas do Tocantins, onde iniciei minha vida política. Eu fui Vereador por um ano em Colinas. Era um mandato de um ano. Muito feliz pela sua presença aqui, Prefeito.

    Uma saudação especial ao povo, ao nosso povo, ao povo de Colinas do Tocantins. (Palmas.)

    Quero lhes dizer que, ao chegar aqui, está fortalecido em mim aquilo que sempre foi o meu rumo e a minha postura com relação a isso: "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo" – isso disse o poeta Carlos Drummond de Andrade. Realmente é importante: o sentimento do mundo. Nós temos que ser solidários com o nosso povo, temos que ser solidários com aqueles que sofrem a pobreza e com aqueles que não têm nem condições de sobreviver nos diversos lugares do Brasil ainda em atraso.

    O Brasil precisa criar mais Estados. Tem 27 e precisa criar mais 20 no mínimo – no mínimo! Temos um território imenso. Imaginem que, no Pará, há uma cidade cuja jurisdição é maior que a do Estado do Tocantins praticamente: Altamira. Que nome bonito! É onde está instalada uma hidrelétrica. É uma beleza! E lá, no mandato passado, era Prefeito um ex-Deputado Federal. Nós temos que mudar essa realidade.

    Aos Deputados Estaduais Ricardo Ayres e Olyntho Neto, aqui presentes, os meus agradecimentos.

    Meus agradecimentos a todos. Desculpem-me por não citar o nome de cada uma, mas desejo homenagear a todos.

    Sr. Presidente, senhores aqui desta Casa, eu ando meio adoentado agora, mas, se estivesse em minha saúde plena, eu estaria do mesmo jeito: emocionado e cheio de saudades, especialmente com uma saudade imensa de Ulysses Guimarães e Humberto Lucena. (Palmas.)

    Eles foram, na realidade, os fortes que me ajudaram na luta pela criação do Estado do Tocantins.

    Agora, Presidente, quero me referir ao Senador Eduardo Gomes. Ah, Sr. Presidente, esse rapaz é brilhante. Eu não sei como ele aguenta: visita todo mundo, vai para todo lado. É uma pessoa que, até estando parado com a gente, ele fica se movimentando. (Risos.)

    É incrível! Mas tem um coração generoso, tem uma boa cabeça; é um rapaz preparado para ser governador de qualquer Estado e um rapaz preparado para ser até candidato a Presidente – até isso! (Palmas.)

    Senador Pacheco, meus agradecimentos também pela sua presença. Muito importante a sua presença.

    É aquela história que já disse aqui: "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo". Eu queria o meu País desenvolvido, sem essa pobreza. Há milhões que querem um emprego de salário mínimo, porque ainda não têm um emprego de salário mínimo.

    Nós temos que fazer deste País é uma economia de mercado. É disso que nós precisamos, porque não é possível viver assim por toda a vida. Nós temos que superar isso. Nós precisamos superar essas dificuldades, esses sistemas que dão ensejo a tantos processos de corrupção, em que muitos têm milhões e milhões, vivendo uma vida nababesca, com barcos, com aviões, com apartamentos em Paris, com tantas coisas, e o pobre, que não tem o que comer.

    Nós temos que criar no mínimo mais, para ser razoável, três Estados, para fazermos 30. E é pouco, é pouco!

    Presidente, a sua terra, o Amapá... Ah, Presidente, eu, como enviado do Presidente da República, à época, que era meu amigo, fui visitar os Territórios, com um extraordinário povo, a sua liderança e tudo, mas com aquele sentimento de que nada podiam. Imagine, Presidente, um Estado que agora tem um Senador do nível intelectual de V. Exa. e de uma liderança extraordinária, que fez superar aquele processo antigo. (Palmas.)

    Até o nome é de renovação: entra para fazer o Senado ter não 30%, nem 40%, mas ter 100% de participação no desenvolvimento nacional, no desenvolvimento brasileiro.

    Nós temos que estar aí na economia de mercado. Nós precisamos ter liberdade de ação e apoio do Governo para todas as boas iniciativas, seja do mais humilde trabalhador, que se transforma em pequeno empresário, ao maior, ao mais sábio homem do nosso País.

    Precisamos fazer urgentemente mais três Estados. Agora, o ideal nosso é ter 50 Estados. Isso que é o ideal. Imagine um Estado com 1,4 milhão de habitantes? Imagine um Estado com 1,2 milhão de habitantes? Isso não é possível. Sergipe, terra do nosso Presidente, que nos honra com a sua presença, é um pequenino Estado, com 21 ou 22 mil quilômetros quadrados. É uma terra em que tudo é bem feitinho, tudo é organizadinho, apesar do sistema brasileiro, que não é um sistema de livre iniciativa, de economia de mercado, que enseja a participação de todos. O sujeito é grande, desde que mereça, desde que se esforce, mas tem que ter liberdade para se esforçar, para lutar, para enfrentar.

    Sr. Presidente, não quero cansar esses nobres e queridos amigos, que aqui vieram generosamente. E eu agradeço a presença de todos. Alguns não pude saudar, para não extrapolar o tempo previsto para essa questão de posse. E V. Exa. está sendo generoso. Obrigado pela deferência que teve para comigo. Nesta Casa, quando participar das suas gestões, eu estarei sob a liderança de V. Exa., dos nossos companheiros, ajudando em tudo o que for possível. Que o Senado, já tendo uma participação maravilhosa na condução do processo de Governo, de liderança, seja cada vez melhor, porque merece, teve nomes importantíssimos.

    Eu quero lhes dizer uma coisa: citei alguns nomes, pelos quais eu sempre tive uma admiração muito grande, dos quais tive apoio, com os quais sempre lutei, mas, desculpe-me, é uma falta de educação minha, é uma falta de postura minha, eu tive um único inimigo no Senado, um único inimigo. E eu peço a Deus pela sua alma, que todas as coisas deem certo, mas lamento a sua atuação no panorama nacional. E é por isso que eu vou citar o nome dele, para que sirva de exemplo, para ninguém seguir os rumos de Filinto Müller, para ninguém seguir os rumos dele, que ele imprimiu na vida dele. Ele fez alguma coisa boa? Deve ter feito. Eu não sei, eu não conheço, mas deve ter feito. No entanto, uma convivência muito difícil e uma ação sempre distorcendo tudo aquilo que um homem público tem que conservar e tem que conduzir.

    Presidente, nobres e queridos amigos, todos os Srs. Senadores e Sras. Senadoras, todos os companheiros que vieram do nosso Estado, que aqui estão presentes, obrigado por tudo. Um milhão de agradecimentos, abraços e tudo deste velho amigo de todos, o velho Siqueira Campos, que continua com o coração para todos. Muito sucesso.

    Muito obrigado.

    Parabéns, Sr. Presidente!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/07/2019 - Página 14